Não há perdão para Billy the Kid

Billy the Kid

Billy the Kid

William Bonney tinha apenas 21 anos quando ficou conhecido em todo o velho oeste dos Estados Unidos pelos crimes, assassinatos e fugas espetaculares que cometeu sob o codinome Billy the Kid. Sua fama se espalhou pelo mundo e sua história já serviu de inspiração para trabalhos de Bob Dylan, Jorge Luis Borges, Sam Peckimpah e Arthur Penn.

Se com tão pouca idade ele fez tanto mal, há de se admitir também algo de heróico em sua trajetória. Pois junto com a fama de matador, Billy the Kid carrega uma aura de Robin Hood americano, que usava armas de fogo no lugar de arco e flecha.

As personas de bandido e herói se revezam de acordo com a fonte da história. Billy é apontado como culpado por cerca de 20 mortes, mas estima-se que algumas delas tenham sido cometidas por homens de seu bando e atribuídas a ele por engano – ou por comodidade.

O perdão

Em 1879, o então governador do Novo México, Lew Wallace, teria prometido perdoar os crimes de Billy em troca de seu testemunho em outro caso. O bandido teria aceitado o acordo e cumprido sua parte, mas quem faltou com a palavra foi o governador. Billy teve que fugir e no ano seguinte foi capturado pelo xerife Pat Garrett, que o matou e contou sua história no livro The Authentic Life of Billy the Kid, imortalizando a saga de uma das maiores lendas do velho oeste.

Eis que em 2010, uma advogada que vive na região onde os crimes aconteceram resolveu resgatar a história e cobrar o perdão prometido à Billy the Kid, ainda que póstumo. As famílias de alguns dos mortos se envolveram no caso para tentar impedir. Na última semana, o então governador do Novo México, Bill Richardson, recusou o pedido da advogada alegando que não cabe a ele “reescrever este capítulo proeminente” da história de seu país.

Para conhecer a história do bandido mais célebre do velho oeste, contada pelo homem que o matou, vale ler Billy the Kid, publicado pela L&PM em 1986 e reeditado na Coleção L&PM Pocket.

Veja o trailer do filme realizado por Sam Peckimpah em 1973, com trilha sonora de Bob Dylan:

9. Um brinde com Woody Allen

Por Ivan Pinheiro Machado*

Quando publicamos Cuca Fundida, em 1978, Woody Allen ainda não era Woody Allen. Se é que me entendem. Só no ano seguinte ele ganharia todos os Oscars a que tinha direito com seu consagradíssimo “Annie Hall”, que no Brasil foi pateticamente batizado de “Noivo neurótico, noiva nervosa”. O livro foi uma indicação de Luis Fernando Veríssimo, sempre muito bem informado sobre literatura americana. Além disso, houve o acaso de eu encontrar em Frankfurt, na Feira de 1977, o agente de Allen. Avalizado pelo então editor da Nova Fronteira, Roberto Rieth Correa, fizemos o segundo contrato internacional da L&PM. Ruy Castro foi o tradutor e lançamos Cuca Fundida no final de 1978. Em março do ano seguinte, Woody Allen foi “Oscarizado” e o livro decolou na lista dos mais vendidos. Depois disso, editamos Sem Plumas e Que Loucura!, hoje reeditados na Coleção L&PM Pocket, e mais os roteiros Manhattan e Play it again Sam, as peças de teatro Lâmpada Flutuante e Adultérios e um livro em quadrinhos, O nada e mais alguma coisa. O Paulo Lima, que como vocês sabem é o “L” da L&PM, estava em Nova York no final dos anos 80 e resolveu arriscar uma segunda-feira no Michael’s, um tradicional pub na 55th Street (East side), onde Woody Allen costuma (ou costumava) tocar seu clarinete acompanhado de sua banda. O Lima é um cara de sorte, habitué de N. York (veja o post em que ele abafou no Limelight como sósia do Spielberg) e achou que era uma noite propícia para o Woody aparecer por lá. Ele nunca avisa quando vai, mas se for, é sempre numa segunda-feira. Não deu outra. Paulo Lima estava recém brindando com sua jovem companhia, quando o astro surgiu no palco. Tocou cerca de uma hora e, em seguida, foi jantar num lugar mais ou menos protegido dos curiosos, no próprio restaurante. Paulo Lima não confessa, mas tenho certeza de que ele quis impressionar sua companhia. Levantou-se e para espanto da moça ele disse “Vou lá bater um papo como o Woody Allen”. Ela gaguejou: “mas e os seguranças?” (havia um par de trogloditas de 2 metros e meio de altura impedindo a aproximação dos curiosos). “Deixa comigo” sussurrou o Lima. E foi na direção da mesa onde Woody Allen jantava com Mia Farrow e um casal de amigos, Kirk Douglas e sua mulher. Quando o gorila deu um passo para impedir que prosseguisse, Paulo Lima, no seu impecável inglês de Cambridge falou alto “sou o editor brasileiro de Mr. Allen”. Ele ouviu, virou-se e, vendo Lima luzindo no seu terno preto e gravata Hermés, pediu que ele passasse. Afinal, era o seu editor e, nos países civilizados, esta é uma profissão importante. Lima conversou rapidamente, apresentou-se, fez uns poucos comentários e pediu para o garçom 5 taças de Dom Perignon ano 1963 para um brinde com Woody, senhora e seus convidados. A seguir, cumprimentou-os e retirou-se para a sua mesa, olhado com inveja e admiração por todo o Michael’s. Na mesa, sua jovem acompanhante estava perplexa e encantada com aquela contundente demonstração de prestígio…

Abaixo, você pode conhecer o Michael´s Pub em um vídeo que mostra Woody Allen tocando ao lado Eddy Davis:

Para ler o próximo post da série “Era uma vez uma editora…” clique aqui.

Shakespeare em Machado de Assis

Por Luís Augusto Fischer*

Não há ficcionista brasileiro que tenha lido e aproveitado mais a Shakespeare do que Machado de Assis; e não há autor que mais tenha influenciado o brasileiro do que o gênio inglês. Desde a juventude, nosso maior escritor frequentou as páginas teatrais e poéticas do autor do Ham­let, e isso numa época em que o prestígio cultural da língua inglesa no Brasil era pequeno, muito menor do que o do francês. Machado sabia que ali, e não em seus estimados franceses Voltaire, Pascal e Victor Hugo, estava a chave para os maiores segredos da psicologia humana, que sua literatura iria explorar com profundidade inédita em português.

Machado traduziu, parafraseou e citou Shakespeare desde sua juventude. A partir de 1870 essa relação se intensificou, em parte pelo amadurecimento do próprio autor brasileiro (nascido em 1839), em outra parte pela chance que teve de assistir a um conjunto expressivo de interpretações de peças shakesperianas feitas por uma companhia italiana de passagem pelo Brasil; foi a primeira vez que Machado (e talvez todo o país) pôde ver como era uma ótima montagem europeia do grande autor inglês, e registrou suas impressões em crônica da época.

Mas as maiores provas da importância do bardo inglês na obra do brasileiro acontecem em seu apogeu. A primeira vez que saíram publicadas as Memórias Póstumas de Brás Cubas, em folhetim, lá estava uma epígrafe shakesperiana, de As You Like It, em tradução do autor: “Não é meu intento criticar nenhum fôlego vivo, mas a mim somente, em quem descubro muitos senões”. Seu primeiro grande romance, assim, vem precedido de Shakespeare, que funciona aqui como um parachoque autocrítico.

Depois o mesmo dramaturgo apareceu em muitos contos memoráveis (como A Cartomante) e em crônicas, até ganhar sua maior homenagem em terras brasileiras, nada menos que o nervo psicológico do mais importante romance machadiano, Dom Casmurro. Ocorre que Bentinho reencarna o ciumento Otelo – esta peça foi citada 28 vezes por Machado, em narrativas, peças e artigos –, vivendo o sentimento em seu cotidiano e medindo Capitu com Desdêmona, aquela culpada, esta inocente.

Machado sabia que, para ser grande, era preciso conhecer os maiores; Shakespeare foi a melhor referência que nosso grande autor poderia ter escolhido.

*A crônica acima foi originalmente publicada na pg. 6 do Segundo Caderno do Jornal Zero Hora  (link exclusivo para cadastrados) em 4 de janeiro de 2011. 

“Aline” em cores e novo formato

A série Aline, inspirada nos quadrinhos de Adão Iturrusgarai (Coleção L&PM Pocket), vai estrear sua 2ª temporada na telinha em 2011. E a L&PM aproveita a entrada de ano para contar duas novidades: vem aí o volume 5 da série na versão pocket e mais uma edição especial com tirinhas coloridas em novo formato.

Aline é uma jovem contemporânea, tem 20 e poucos anos, trabalha fora, odeia cozinhar e arrumar a casa e tem DOIS namorados. Por causa disso, alguns dizem que ela é tarada e “maníaca sexual”, enquanto outros acham que ela é uma mulher normal que simplesmente deixa  seus instintos sexuais agirem livremente.

Rótulos à parte, vale acompanhar a série e dar uma olhada nas tirinhas. É diversão na certa!

O 5º volume de Aline e a edição especial colorida ainda não têm data definida para publicação. A data de estreia da nova temporada também não foi divulgada pela Rede Globo, mas enquanto isso dá pra ir matando a saudade da Aline, do Pedro e do Otto:

Você está precisando de férias?

Como janeiro nem sempre é sinônimo de férias – afinal você não deve estar lendo este post sentado à beira da praia com o computador em uma mão e  a água de coco na outra – resolvemos compartilhar aqui algumas tirinhas do Dilbert publicadas no livro Preciso de Férias.

Pareceu familiar? Clique aqui e veja outras tirinhas. Tem Dilbert para todos os gostos e ocasiões!

Top 10 L&PM, os destaques do ano

Todo ano que se preze termina com listas de “melhores”, “mais lembrados”, “mais influentes”,  “mais importantes”… A restrospectiva faz parte do encerramento em grande estilo. Para nós, aqui da L&PM, foi bem difícil pensar nos 10 livros que marcaram o ano. Porque foram vários e todos eles, especiais. Mas também não vamos negar que alguns se destacaram e chamaram mais atenção dos leitores e da mídia. E são eles, agora, que (re)apresentamos aqui como sendo o “Top Ten L&PM 2010”:

1. Freud traduzido direto do alemãoO ano começou com duas novas traduções das obras de Freud: O futuro de uma ilusão e O mal-estar na cultura, traduzidos direto do alemão por Renato Zwick. São dois livros, mas concluimos que eles são um único destaque.

2. Os informantes – lançado em março,  marcou a estreia do escritor Juan Grabriel Vásquez no Brasil. O romance retrata a conturbada relação entre pai e filho a partir de uma parte esquecida da história da Colômbia.

3. Peanuts Completo – Este ano foram mais dois volumes de Peanuts Completo, a primorosa edição de luxo, com capa dura, que traz tiras dos anos 50 de Charlie Brown e sua turma. Em 2011 tem mais!

4. Surdo Mundo – Comovente e irônico, o romance do inglês David Lodge foi inspirado na própria surdez do escritor e conquistou leitores e críticos de todo o Brasil.

5. Anjos da Desolação – O romance de Jack Kerouac nunca antes traduzido e publicado no Brasil foi lançado no mês de agosto. Diretamente transcrito dos diários de Kerouac, a edição é complementada pela apresentação de Seymour Krim, escritor e crítico literário que participou da geração beat.

6. Pedaços de um caderno manchados de vinho – O livro de Charles Bukowski que apresenta uma seleção de contos e ensaios que ainda não haviam sido reunidos ou publicados. Contém, inclusive, o primeiro e o último contos escritos por Buk.

7. Agatha Christie em Quadrinhos – No ano dos seus 120 anos, Agatha Christie teve destaque na L&PM e ganhou até um Hotsite. Mas foram os HQ que mais chamaram a atenção. O primeiro volume foi lançado em agosto: trouxe Assassinato no Expresso Oriente, seguido de Morte no Nilo. Em outubro, chegou Morte na Mesopotâmia, seguido do Caso dos Dez Negrinhos.

8. As veias abertas da América Latina – O clássico de Eduardo Galeano ganhou nova tradução de Sérgio Faraco e foi lançado, ao mesmo tempo, em formato convencional e pocket. Para completar, ganhou índice analítico.

9. Série Encyclopaedia – Aqui, o destaque foi para uma série. Em 2010, a Série Encyclopaedia L&PM entrou em uma nova fase, com títulos da britânica Oxford University Press e livros trazendo ilustrações, fotos e mapas.

10. WaldenLançado em novembro, o clássico de Thoreau ganhou apresentação de Eduardo Bueno e elogiada tradução de Denise Bottmann.

Sorte e leveza para o Ano Novo

Já é hora de pensar no cardápio da ceia de Réveillon! A clássica recomendação é comer carne de porco ou cordeiro, para que o novo ano seja próspero. E mais importante: nunca servir carne de aves como frango ou peru, pois estes animais ciscam para trás. Dizem que isso dá azar e pode dificultar as coisas no novo ano. Cruz, credo, vá de retro…

Para acompanhar, que tal uma massa levinha para começar a nova fase sem peso na consciência? No livro 100 receitas de massas light há várias opções. A nossa sugestão é o Ravióli ao molho de cordeiro. Além de ser um bicho que “fuça para a frente”, simbolizando a prosperidade, na fé católica o cordeiro é considerado um animal puro, sendo permitido até no período da quaresma, em que os fiéis não podem comer carne vermelha. Além disso, a carne do cordeiro é rica em vitaminas do complexo B, ferro e fósforo. Aí vai a receita:

Ingredientes:

400g de massa ravióli recheada com espinafre
10ml de azeite de oliva extravirgem
1 molho de alecrim (50g)
2g sal light
Pimenta-do-reino a gosto
300g de pernil de cordeiro
10g de alho picadinho
20g de cebola picadinha
30g de cenoura picadinha
30g de aipo picadinho
100ml de vinho tinto seco
2 sachês de caldo de carne 0% gordura

Modo de preparo:

1. Corte o pernil de cordeiro em cubos. Tempere com sal light, pimenta e alecrim.
2. Em uma panela, refogue no azeite de oliva o alho, a cebola, a cenoura e o aipo.
3. Acrescente o cordeiro e refogue bem.
4. Dilua os sachês de caldo de carne 0% gordura em 1 litro de água morna.
5. Coloque o vinho tinto, deixe secar e aos poucos coloque o caldo de carne.
6. Cozinhe lentamente.
7. Cozinhe em água quente os raviólis.
8. Disponha os raviólis cozidos num refratário e regue com o cordeiro por cima.
9. Decore com ramo de alecrim.

Rendimento: 6 porções

Para completar e caprichar nos rituais da virada, faça uma mesa de frutas variadas com presença obrigatória de uva e romã. A uva traz boa sorte, não importa o método: pode comer 3 dando as costas para a lua, 12 dando pulinhos ou 11 guardando as sementes. Tanto faz, pois o que vale é acreditar que a sorte virá.

A romã é o símbolo da fartura e da fertilidade, devido a grande quantidade de sementes. Os judeus comem romã para multiplicar as bençãos e colocam as sementes embaixo do travesseiro para trazer dinheiro. No ano novo, a romã simboliza renovação e a esperança de que o ano que chega será melhor do que o ano que passou.

2011 vai ser o ano do coelho

Como já falamos no post anterior, superstição é o que não falta nessa época do ano. Em qualquer lugar da Terra, as pessoas recorrem à religião, à filosofia ou a alguma superstição para garantir uma boa virada. A quem interessar possa, 2011 vai ser o ano do coelho no calendário chinês. A interpretação diz que a próxima volta que daremos ao redor do astro-rei será marcada pela diplomacia e pela negociação, já que 2010 foi o ano do tigre – agitado e instável.

Vários países da Ásia utilizam o calendário chinês. São ciclos de 12 anos, cada um correspondendo a um animal cujas características determinam como será o respectivo período. O coelho é sereno e tranquilo e assim será também 2011.

No budismo, algumas lendas tentam explicar a relação entre os animais e o calendário. Numa delas, Buda teria chamado todos os animais para uma festa de fim de ano e apenas 12 compareceram: o rato, o boi, o tigre, o coelho, o dragão, a cobra, o cavalo, a cabra, o galo, o macaco, o cachorro e o porco. Diz a lenda que o rato foi o primeiro a chegar e por isso ganhou o privilégio de abrir o ciclo.

Uma curiosidade: note que o gato não apareceu na festa de Buda. Sabe por quê? De acordo com a mesma lenda, o gato e o rato se davam muito bem até então e teriam combinado de irem juntos à festa. No entanto, o rato quis chegar cedo e esqueceu do gato, que perdeu a festa e ficou de fora do calendário. Desde então, o gato tenta se vingar do rato pelo esquecimento. Por isso estes dois bichos estão sempre em conflito.

Na série Encyclopaedia L&PM, há um volume inteiro sobre Budismo. Fica a sugestão para quem quiser ler mais sobre o assunto.

Nova York é a Terra de Oz. Alguém duvida?

Sabe a Dorothy? Ela mesma, aquela menininha do Kansas com cara de Judy Garland que, junto com seu cãozinho Totó embarca de carona em um tornado e vai parar na Terra de Oz. Pois ela cresceu, mudou-se para Nova York e virou uma famosa escritora de livros infantis. Até que um dia, como num passe de mágicas, descobre que suas obras de sucesso não são frutos da sua fantasia, mas baseadas em memórias reprimidas da infância. Oz é muito mais real do que ela pensa. E isso fica ainda mais claro quando a Bruxa Malvada do Oeste aparece na Times Square. The Witches of Oz (As bruxas de Oz) tem estreia prevista para 2011 e é um filme de cifras nada modestas. Dirigido e produzido por Leight Scott, traz Christopher Lloyd no papel do Mágico de Oz. “Filmes fantasia são o meu gênero favorito e eu queria fazer algo similar a Harry Potter, mas mais americano do que inglês” afirmou Scott. O filme, que tem até blog oficial, pretende brilhar feito Estrada das Esmeraldas. Mas… enquanto a estreia não chega, que tal aproveitar o verão para ler o verdadeiro “O Mágico de Oz” (Coleção L&PM POCKET) embaixo do seu guarda-sol?

Assista cenas do filme e veja Leight Scott falando sobre sua produção:

8. Spielberg por uma noite

Por Ivan Pinheiro Machado*

No final dos anos 90, o Paulo Lima, o “L” da L&PM, meu parceiro há muitas décadas, estava em Nova York para a feira anual da American Booksellers Associations. Pra quem não conhece, o Paulo Lima é um homem elegante, com um nariz levemente pronunciado, barba bem esculpida e usa óculos. E nesta noite, em Nova York, ele estava acompanhado do nosso amigo comum Flavio Torriani e algumas amigas brasileiras e americanas. Estavam numa limusine, daquelas cinematográficas, que tem uns 150 metros, obviamente de terno escuro, e rumavam para o SoHo para rodopiar na pista fashion do Limelight, o célebre night club novaiorquino albergado numa velha igreja estilo medieval. A limusine parou em frente a boite. Em Nova York, a tradição das baladas é deixar uns caras enormes em frente aos dancings, dizendo quem pode e quem não pode entrar. Óbvio que tudo parou para que o pessoal da “limo” pudesse entrar na festa. E desceram belas mulheres e… alguém murmurou, “Mr. Spielberg!!”. Foi uma correria. Os caras estão habituados a montar um esquema especial de segurança quando aparece alguma celebridade. E Paulo Lima, que é igual a Mr. Spielberg, acenou levemente para a multidão que se acumulava em frente ao Limelight. Foram conduzidos para a melhor mesa da casa. Ele deu alguns autógrafos e depois pediu para que os seguranças cuidassem para que não fosse mais importunado…

Steven Spielberg e Paulo Lima – Separados no nascimento?

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