Arquivo mensais:outubro 2013

Canini partiu, ele que foi um dos principais ilustradores do Zé Carioca

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O desenhista Renato Canini morreu dormindo na noite desta quarta-feira, 30 de outubro, aos 77 anos na cidade de Pelotas. Ele que foi um dos principais ilustradores do personagem Zé Carioca, da Disney e que ficou conhecido por dar às histórias do Zé Carioca, criado nos Estados Unidos, uma jeitinho mais brasileiro.

Em 1976, Canini participou do primeiro volume da Antologia Brasileira de Humor, editada pela L&PM. Além das charges que ilustraram cinco páginas do livro, ele também fez parte do conselho editorial da publicação.

A capa da Antologia Brasileira de Humor- Vol. I, publicada pela L&PM em 1976

O nome de Canini na capa da “Antologia Brasileira de Humor- Vol. I”, publicada pela L&PM em 1976

A página da antologia explicava quem era Canini

A página da antologia explicava quem era Canini

Charges de Canini

Charges de Canini

Manuscrito de Frankenstein ganha vida no Dia das Bruxas

O manuscrito original de “Frankenstein”, escrito por Mary Shelley durante o verão de 1816, será a peça central da primeira fase do Arquivo Shelley-Godwin cuja abertura será celebrada nesta quinta-feira, 31 de outubro, em um evento que acontece na Biblioteca Pública de Nova York.

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Não por acaso, o Dia das Bruxas foi escolhido para ser a data oficial do início deste projeto digital que vai reunir todos os manuscritos literários de Mary Shelley, de seu marido Percy Bysshe Shelley e de seus pais William Godwin e Mary Wollstonecraft – a “primeira família da literatura inglesa”, segundo classificação do próprio arquivo.

O manuscrito de “Frankenstein”, propriedade da biblioteca Bodleian de Oxford, é ele mesmo uma espécie de monstro reconstruído, explica Neil Fraistat, um dos líderes do projeto. Ele é composto principalmente de dois cadernos de notas escritos por Mary, com comentários de Percy. No site, os internautas podem apertar um botão para ver apenas as palavras escritas por um ou pelo outro.

Fraistat conta que durante seu relacionamento, as letras de Percy e Mary foram se tornando cada vez mais parecidas, dando origem a debates sobre que era responsável por quais trechos. Para ele, o arquivo digital dará a pesquisadores e fãs comuns uma ligação direta com a colaboração literária dos Shelley. Ele ressalta dois momentos em particular nos quais Percy deixa de lado o papel de editor e se dirige à mulher de forma mais íntima. Num deles, corrige a ortografia de “enigmatic”, usando um de seus apelidos favoritos, “pecksie”. Ela chamava o marido de “Elf”.

A próxima fase do arquivo online, financiado com uma verba de US$ 300 mil, trará manuscritos de “Prometheus Unbound” e cerca de 30 páginas de cadernos de Percy Shelley. Alguns deles, afirma Fraistat, revelam a influência de Mary no trabalho do marido.

Leia mais detalhes na matéria publicada no Jornal O Globo.

Jane Austen: orgulho e desagrado

Em julho deste ano, o Banco da Inglaterra anunciou que, a partir de 2017, as notas de 10 libras serão estampadas com o rosto da escritora Jane Austen. A notícia deixou orgulhosos os fãs da autora pelo mundo, mas desagradou profundamente a biógrafa Paula Byrne, autora de “The Real Jane Austen”, pois o retrato escolhido, segundo ela, teria sido “embelezado” e transformou a escritora numa “boneca bonita com olhos grandes e fofos”. Em entrevista à BBC, ela completou: “A roupa está errada e a imagem cria o mito de que Austen era uma solteira modesta e não uma autora de pensamento profundo. Ela estava à frente do seu tempo e o retrato original, feito por sua irmã Cassandra, mostra uma mulher inteligente e determinada.”

A Jane Austen Society, entidade que preserva a memória da escritora, aprovou o desenho e reafirmou à BBC que o Banco da Inglaterra “fez um bom trabalho”, uma vez que o único retrato autêntico da escritora é um desenho feito a lápis, que está na National Portrait Gallery.

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Retrato de Jane Austen no original (esquerda) e na nova nota de 10 libras

via Folha

Peanuts, Garfield e a publicidade

Para lançar um novo modelo de carro que era, na verdade, uma variação de um modelo já existente e aprovado pelo público, a Volkswagen utilizou os personagens de Peanuts e até o gato Garfield para sua campanha de marketing. A ideia era mostrar que o novo carro, chamado Crosspolo, trazia as mesmas funcionalidades e vantagens já conhecidas de seu antecessor, o Polo, só que com um toque mais selvagem. Assim nasceu a campanha “Just a bit wilder”:

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Carta inédita mostra como Stefan Zweig salvou um preso político de Mussolini

Nesta quarta-feira, 30 de outubro, às 19h, acontece a abertura da exposição “Stefan Zweig e o Caso Germani” no Centro Cultural Midrash no Rio de Janeiro. Entre fac-símiles das cartas e um filme sobre Zweig, a mostra apresenta uma carta inédita que o escritor austríaco enviou para Mussolini com o objetivo de salvar um preso político.

Segundo matéria publicada no Jornal O Globo, a carta foi encontrada por um historiador italiano, em 2006, em meio à papelada do arquivo nacional de seu país. E era muito estranha. Nela, o escritor austríaco, conhecido por sua defesa do pacifismo, bajulava um personagem inesperado: o ditador fascista Benito Mussolini (1883-1945). Zweig agradecia a Mussolini por “Sua” bondade (assim mesmo, com letra maiúscula) e declarava-se um admirador. O autor dizia, ainda, que o ditador havia salvado a vida de “uma senhora torturada”.

O documento remete à história de três personagens cujas vidas se cruzam. A “senhora torturada” era Elsa Germani, mulher de Giuseppe Germani, preso pelo regime de Mussolini depois de carregar o caixão do político socialista Giacomo Matteotti, seu amigo, pelas ruas de Roma. Foi Elsa que escreveu a Zweig pedindo que ele usasse sua fama para ajudar o marido — daí a carta dele a Mussolini, que atendeu ao pedido. A história ficou conhecida como “O Caso Germani”.

Cmovido com a história de Germani, Zweig bem que tentou, ao longo de meses, convencer amigos escritores a interceder junto ao regime fascista. Mas eram anos difíceis na Itália, e todos tinham medo. Como sabia que Mussolini era admirador de seus livros, resolveu escrever para o ditador em pessoa. Bajulando Mussolini, Zweig não questiona a sentença, mas pede clemência para Germani. Poucos dias depois, Mussolini manda transferir o médico para uma prisão onde pode receber visitas. Dois anos depois, Giuseppe Germani é solto.

Quando a carta apareceu, Zweig foi tratado por setores da imprensa italiana como admirador de Mussolini. — Eu vi essas notícias que saíram na Itália, mas não era nada disso. Os radicais continuam aí, intransigentes como sempre. A missão do Zweig era salvar uma vida, e ele conseguiu. Ele teve que bajular o Mussolini, claro. Não tinha outra forma de isso ser feito — diz o jornalista Alberto Dines, presidente da Casa Stefan Zweig.

O escritor austríaco, pacifista, encarou o sucesso na libertação de Germani como uma prova de que a palavra pode vencer a força bruta. Não à toa, escreveu empolgado para Romain Rolland, um de seus mentores intelectuais: “Acabo de obter o meu maior sucesso literário, maior ainda do que o Prêmio Nobel — salvei o doutor Germani”.

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Agora, toda a correspondência que Zweig enviou a Elsa, inédita, chega a público no livro “Contei com sua palavra, e ela foi como uma rocha — Como Zweig salvou Giuseppe Germani dos cárceres de Mussolini”, editado pela Casa Stefan Zweig. O lançamento acontecerá junto com a abertura da exposição, às 19h, no Midrash. E, no sábado, 02 de novembro, uma mostra semelhante será aberta na própria Casa Stefan Zweig, em Petrópolis, onde o autor de Brasil, o país do futuro (publicado na Coleção L&PM Pocket) viveu até se suicidar, em 23 de fevereiro de 1942.

Os eventos acontecem no momento em que o cineasta francês Patrice Leconte se prepara para lançar, em janeiro, “Uma promessa”, baseado no conto “Viagem ao passado”, de Zweig. E também enquanto o diretor Matt Zemlin roda o filme “The week before”, uma nova versão do romance “Carta de uma desconhecida”. Os dois filmes fazem referência ao Caso Germani.

A abertura da mostra e o lançamento do livro contarão com a presença da jornalista Monika Germani, nora de Giuseppe e viúva de seu filho Hans. Ela, que está no Brasil especialmente para o evento, entrou em contato com a Casa Stefan Zweig em 2010. Kristina Michahelles, diretora da instituição, aproveitou uma viagem à África do Sul para ver as cartas e organizou a publicação.

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O cartaz da exposição e lançamento do livro

Clique aqui e leia mais na matéria publicada no Jornal O Globo de 30 de outubro de 2013.

Os 45 anos de carreira de Edgar Vasques

O cartunista Edgar Vasques, criador do “Rango”, personagem do primeiro livro publicado pela L&PM, em 1974, está comemorando 45 anos de carreira. Para marcar a data, será lançado nesta terça-feira, dia 29 de outubro, em Porto Alegre, o livro “Edgar Vasques – Desenhista crônico” (org. de Susana Gastal), que reúne boa parte da produção do artista.

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Além do livro, a obra de Edgar Vasques pode ser contemplada pelo público na exposição homônima que fica em cartaz no Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo de 30 de outubro de 2013 a 31 de janeiro de 2014 (terça a sexta, das 10h às 19h, e sábado, das 11h às 18h).

“A arte da guerra” na arte da negociação

Especialista em negociação e professor da HSM Educação, Renato Hirata escreveu um artigo no Jornal Zero Hora de domingo, 27 de outubro, no qual demonstra como A arte da guerra, de Sun Tzu, pode ser aplicado aos negócios e ao cotidiano. Hirata lista 12 passagens do livro que interessam, em especial, aos gestores. Leia abaixo o texto na íntegra:

A ARTE DA NEGOCIAÇÃO

Por Renato Hirata

De acordo com os filósofos da antiga China, quando distorcia seus propósitos de vida em consequência das ambições pessoais, a sociedade vivia em perpétuo estado de guerra. Os filósofos converteram a guerra em uma preocupação particular ao estudar os mecanismos de conflito humano e ao trans­formar sua compreensão em uma ciência de administra­ção de crises. Os clássicos sobre estratégia, como o famoso livro A Arte da Guerra, de Sun Tzu, geralmente contêm um apa­nhado filosófico da antiga China. Sun Tzu foi um general chinês que viveu no século 4 a.C. e que, no comando do exército real de Wu, acumulou vitórias, apesar da escassez de recursos. O dogma básico de Sun Tzu é que, se sua es­tratégia estiver bem fundamentada, você vencerá e, se tiver uma estratégia verdadeiramente boa, o fará sem lutar. Essa ênfase oriental difere da estratégia ocidental, que enfatiza a ação de lutar como meio de vencer uma guerra. As máximas de Sun Tzu são simples e, ainda assim, perspicazes. Seu poder prático é impres­sionante. Elas aplicam-se aos negócios e ao cotidiano. Abaixo, 12 passagens de sua obra que interes­sam aos gestores.

1. “Se você conhece o inimigo e a si mesmo, não tema o resultado de cem batalhas. Se se conhece, mas não ao inimigo, para cada vitória sofrerá uma de­rrota. Se não conhece nem o inimigo nem a si, perderá todas as lutas.”

É uma versão da matriz SWOT, formada por pontos fortes e fracos e amea­ças e oportunidades. Autoconhecimento e conhecimento do oponente são fa­tores críticos de qualquer planejamento estratégico. Reconhecer o que não se sabe é a maneira mais rápida de encontrar soluções em um cenário de incertezas.

2, “A arte da guerra é uma questão de vida ou morte, um caminho tanto para a segurança quanto para a ruína.”

Negociadores que estão comprome­tidos com o resultado estão prontos para “morrer” pela causa em questão. Quando “compram” o propósito, as agendas se abrem, facilitan­do o processo de entendimento dos interes­ses mútuos. Vendedores que acreditam que o problema deles é o cumprimento de metas não focam nos reais proble­mas dos clientes e, portanto, não têm nenhum compro­misso em resolvê-los.

3. “O mérito supremo consiste em quebrar a resis­tência do inimigo sem lutar.”

Uma das melhores ferramentas de negociação é a capa­cidade de ouvir. Quando sabemos ouvir, conseguimos en­tender. Negociadores que têm essa habilidade conseguem “desar­mar” com facilidade seus oponentes.

4. “O guerreiro inteligente vence com facilidade.”

A equação “fazer mais com menos e melhor” deve estar na mente do negociador de alta performance. Quando o esforço é descomunal, provavelmente esse profis­sional não está pensando estrategicamente.

5. “Preparar iscas para o inimigo, fingir de­sorganização e depois esmagá-lo. Quando perto, fazer ele acreditar que estamos longe. Se ele for superior, evite combate. Se ele for temperamental, procure irritá-lo. Finja estar fraco, ele se tornará arrogante. Ataque quando ele se mostrar despreparado.”

Táticas competitivas precisam ser utilizadas sempre que houver uma disputa. Para vencer, a saída é focar as fraquezas do adversá­rio para desequilibrar suas forças.

6. “Quando os emissários do inimigo são lisonjeiros, desejam trégua. Quando, sem prévio acordo, pedem trégua, estão arquitetando algo. Quando há desordem nas tropas, o general perdeu prestígio.”

Outra forma de evitar o confronto em áreas de desvantagem é gerar desordem e conflitos in­ternos no adversário. Se a companhia tem produtos co­moditizados (fornecidos por muitas empresas), sua força está no capital humano. Um processo de atração de ta­lentos pode enfraquecer o adversário.

7. “O tempo vale mais do que a superioridade numérica.”

Quando o tempo para a conclusão da ne­gociação é uma variável crítica de sucesso, o foco de de­cisão do negociador é minimizar perdas e não maximizar ganhos. Isso faz com que ele não consiga pensar em outras possibilidades de solução de problemas.

8. “Será vencedor quem souber quando e como lutar, manobrar e quem tiver capacidade militar, não sofrendo a interfe­rência do soberano.”

Negociadores que não têm alçada para decidir são “sol­dados”, cumprem com seu script. Não pensam e, portanto, não têm discernimento do timing de avançar e de recuar.

9. “Apenas gostar de palavras não basta, é preciso saber transformá-las em atos e ações.”

Alguns vendedores insistem que falar é me­lhor do que ouvir. Negociadores e líderes que têm discur­sos excepcionais, mas não conseguem entregar o que está no discurso perdem credibilidade com muita rapidez. A melhor maneira de ganhar credibilidade como negocia­dor ou como líder é cumprir com aquilo que se promete.

10. “O guerreiro vence os combates não come­tendo erros, pois conquista um inimigo já derrotado.”

O método tentativa e erro em negociação é irresponsável. Muitos executivos vão para uma reunião apenas com um “vamos ver o que eles desejam” . Se preparar para uma negociação não se resume em desenhar a estratégia. É importan­te que se faça o simulado para que todas as táticas sejam executadas com perfeição.

11 “O guerreiro hábil põe-se numa posição que torna a derrota impossível e não perde a oportunidade de aniquilar o inimigo.”

Quando temos outras formas de resolver nosso problema, nos colocamos em uma posição de alto poder. Isso faz com que possamos dirigir o processo de negociação.

12. “Quem ocupa primeiro o campo de opera­ções, esperando o inimigo, é aquele que se garante em posição de força. O que chega de­pois, lançando-se ao combate, já está enfraquecido.”

Em negociação, ocupar o campo de operações signifi­ca posicionar a marca na mente do consumidor como única opção. Os grandes players lutam para um market share cada vez maior. Quanto maior o poder, mais a estratégia se torna necessária.

A L&PM publica "A arte da guerra" em várias versões: ilustrado, grande, pequeno, em mangá e capa dura

A L&PM publica “A arte da guerra” em várias versões: ilustrado, grande, pequeno, em mangá e capa dura

Lou Reed (1942-2013)

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Lou Reed: Estou completamente sozinho. Ninguém pra conversar. Dá uma chegada aqui, daí posso falar com você… Há um tempão a gente tocava junto num apartamento de trinta dólares por mês e não tinha grana pra nada; comia mingau de aveia todo o dia e vendia sangue, entre outras coisas, ou posava praqueles tabloides semanais baratos. Quando posei pra eles, minha foto saiu dizendo que eu era um maníaco sexual assassino que tinha matado quatorze crianças e gravado tudo, e que rodava aquelas fitas num celeiro no Kansas à meia-noite. E quando a foto de John Cale saiu no tabloide, dizia que ele tinha matado o amante porque o cara ia casar com a irmã dele, e ele não queria ver a irmã casada com um veado. (Trecho inicial do livro Mate-me por favor (Please kill me) – A história sem censura do punk, por Legs McNeal e Gillan McCain.

O domingo, 27 de outubro de 2013, foi marcado pela morte de Lou Reed. Aos 71 anos, o guitarrista e compositor norte-americano, ex líder da banda The Velvet Underground, faleceu em decorrência de complicação de um transplante de fígado que havia realizado em maio deste ano.

Lewis Allan Reed nasceu no dia 2 de Março de 1942 no bairro do Brooklyn em Nova York. De família  judaica, aprendeu a tocar guitarra ouvindo rádio ainda na década de 1950 quando estava no colegial. Foi nessa época que ele sofreu uma de suas experiência mais traumáticas e que seria tema de canções ao longo de sua carreira: bissexual assumido, seus pais o submeteram a um tratamento de choque para tentar supostamente curá-lo.

Da amizade de Lou Reed com o músico galês John Cale nasceria uma das bandas mais importantes para a origem do punk rock nos Estados Unidos: o The Velvet Underground que contava ainda com o guitarrista Sterling Morrison e a baterista Maureen Tucker. O grupo chamou a atenção do artista plástico Andy Warhol que quase imediatamente colocou o The Velvet Underground como uma das atrações do  Exploding Plastic Inevitable, uma série de eventos multimídia organizados por ele. O contato com Warhol deu novas dimensões à criatividade de Reed que começou cada vez mais mostrar um perfil artístico multifacetado. A relação, entretanto, nem sempre foi harmônica: para o disco de estreia, Warhol insistiu que a banda gravasse com a ex-modelo alemã e cantora Nico. Para expressar sua objeção a banda batizou o disco de The Velvet Underground & Nico, mostrando que a vocalista era apenas uma convidada.

Apesar da resistência, Reed escreveu a maioria das canções do álbum pensando na voz de Nico e os dois chegaram a ter um breve relacionamento amoroso (mais tarde ela teria um outro pequeno affair com Cale). O famoso disco apresentou uma obra de Warhol na capa, a célebre banana.  

Depois de deixar o The Velvet, Reed se dedicou à carreira solo. Desde 2008 estava casado com Laurie Anderson.

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Andy Warhol e Lou Reed

Quinta-feira, 20 de julho, 1978 – (…) De táxi até o Bottom Line ($6). Steve Paul estava lá, acho que ele é empresário de David Johansen. Lou Reed estava numa mesa próxima e Catherine estava loucamente apaixonada por ele. (…) Quando estávamos entrando uns garotos ficaram cochichando, “Aquele é o Lou Reed.” Ele disse para eles, “Vão se matar”. Não é ótimo? Os dois dachshund que ele comprou depois de ver os meus são adoráveis – Duke e Baron. Ele está meio separado de Rachel, o travesti, mas não completamente, eles têm apartamentos separados. Na realidade, o lugar onde Lou mora é mais como uma casa. É um lugar de aluguel controlado que uma namorada conseguiu para ele, seis quartos, e ele só paga $485 por mês. A melhor peça é um banheiro comprido e estreito, 70cm x 4m, e ele disse que está pensando em reformar e eu disse que não deveria, que é ótimo como está. E ah, a vida de Lou é tudo que eu gostaria que a minha vida fosse. (Trecho de Diários de Andy Warhol – Volume 1)

Santiago em Santiago

Foi em 1976, no Jornal Folha da Tarde, que o cartunista Santiago criou um personagem que foi batizado de “Macanudo Taurino Fagunde”. Segundo o artista, Macanudo foi criado com características de pessoas que ele conheceu.

Agora, Santiago acaba de lançar O melhor de Macanudo Taurino, livro da Coleção L&PM Pocket que ele autografa neste sábado, 26 de outubro às 21h na Feira do Livro de Santiago, no interior do Rio Grande do Sul.

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Uma das charges de Macanudo Taurino, um gaúcho bem gaúcho

Na Feira do Livro de Porto Alegre, o cartunista vai participar de um evento no dia 14 de novembro às 17h e autografar o livro às 19h.