Agatha Christie faleceu em 12 de janeiro de 1976, aos 85 anos, deixando um legado de histórias que segue fazendo sucesso pelo mundo afora.
Em 1971, a escritora britânica foi condecorada “Dama” (uma honra que equivalente a “Sir”) pela rainha Elizabeth II. Sua Majestade e a Rainha do Crime também se encontraram em novembro de 1974, na premiere do filme Assassinato no Expresso Oriente, aliás a última aparição pública de Agatha Christie antes de sua morte.
Agatha Christie cumprimenta a Rainha da Inglaterra na premiére de “Assassinato no Expresso Oriente”
Em sua autobiografia, Christie escreveu sobre seu primeiro encontro com a Rainha da Inglaterra:
Vou confessar aqui e agora que as duas coisas que me empolgaram na vida, a primeira foi meu carro: um Morris Cowley cinza. A segunda foi jantar com a rainha no palácio de Buckingham, cerca de quarenta anos mais tarde. Ambos os acontecimentos pertenciam à categoria dos contos de fadas. Eram coisas que jamais imaginei que me aconteceriam, a mim: ter meu próprio carro e jantar com a rainha da Inglaterra!
(…)
Tão pequena e esbelta em seu vestido simples de veludo vermelho-escuro, com uma única e linda joia — e sua bondade e simplicidade no falar. Lembro-me de que nos contou a história de uma noite em que estavam conversando numa salinha e tiveram que sair às pressas, porque, de repente, desceu pela chaminé uma enorme crista de fuligem. É bem animador saber que desastres domésticos também acontecem nos mais elevados e requintados círculos sociais.
Em sua biografia, Agatha Christie conta outras passagens com membros da realeza, como o fato e ter escrito a peça Os três ratos cegos a pedido da rainha Mary (avó da Rainha Elizabeth II) ou o fato de, aos seis anos de idade, sonhar em casar com o príncipe Edward (a quem ela chama de príncipe Eddy), aquele que abdicou do trono para casar-se com uma mulher divorciada.
Como você pode perceber, não apenas os livros, mas também a vida de Agatha Christie, são recheados de histórias interessantes.