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Rubens Ewald Filho e o Dicionário de Cineastas

Essa semana uma notícia deixou todos os fãs de cinema mais tristes. Na quarta-feira, 19 de junho, Rubens Ewald Filho, um dos mais conceituados críticos de cinema do Brasil, nos deixou.

Nem todo mundo sabe, mas a L&PM Editores já teve um livro de Rubens Ewald Filho em seu catálogo. Lançado no outono de 1988, o Dicionário de Cineastas, era um livro capa dura com mais de 600 páginas que fez um grande sucesso e teve uma imensa fila de autógrafos na Bienal do Livro de São Paulo daquele ano. Nos primeiros parágrafos da apresentação do livro, o próprio autor explicou como seu dicionário, que já havia sido lançado por outra editora, acabou no catálogo da L&PM: “Em 1977, lançávamos a primeira edição do Dicionário de Cineastas com a pretensão de cobrir uma falha. Não era definitivo, nem concludente. Mas apenas uma primeira tentativa de se fazer um levantamento dos cineastas mais importantes do mundo. Onze anos depois essa obra ainda não tem similar no Brasil. Por desinteresse do editor original foi tirada apenas uma edição do dicionário, que se esgotou e virou raridade. Foi quando a L&PM, na figura de seu editor Ivan Pinheiro Machado, numa conversa informal no Festival de Gramado, se interessou por um projeto: reeditar o Dicionário.”

E assim nasceu um guia que, na época, foi considerado o mais fiel e completo dos grandes cineastas de todos os tempos, com datas, filmografia completa e elenco. É claro que, hoje, ao folhear suas páginas, sentimos falta de muitos diretores que estrearam depois de 1988 e de tantos filmes que vieram de lá pra cá. Mesmo assim, esta edição feita por Rubens Ewald Filho há mais de 30 anos continua, de alguma maneira, sendo uma preciosidade para os amantes da sétima arte.

Luz, câmera, ação: o “Dicionário de cineastas” posa para foto em uma das prateleiras da editora

 

Leiloado o revólver que Van Gogh teria usado em seu suicídio

Vincent havia saído para pintar na tarde de 27 de julho, quando nessa hora costumava trabalhar na sala dos fundos do albergue. Deu um tiro de revólver contra o peito, caiu e depois se ergueu para retornar. Caiu três vezes no caminho de volta e notaram sua ausência, pois estava atrasado para o jantar. Sua atitude ao chegar pareceu estranha aos Ravoux: Vincent subiu diretamente ao seu quarto. Depois, como não descia para jantar, o sr. Ravoux subiu para vê-lo, encontro-o estendido no leito e perguntou o que tinha. Vincent virou-se bruscamente, abriu o casaco e mostrou a camisa ensanguentada. “É isso, quis me matar e falhei”, ele diz. (Trecho de Van Gogh, David Haziot, Série Biografias L&PM Pocket).

Vincent Van Gogh não sairia mais da cama. Dois dias depois, em 29 de julho de 1890, morreria nos braços do irmão Theo, aos 37 anos e poucos meses.

Pois na quarta-feira, 19 de junho de 2019, o revólver Lefaucheux calibre 7 mm que o pintor holandês teria usado para dar o tiro contra ele próprio foi leiloado por 162 mil euros (o equivalente a R$ 703 mil). O comprador, que não teve sua identidade revelada, participou do leilão pelo telefone.

revolver suicidio

A arma foi descoberta em 1965 por um agricultor no mesmo campo em que Van Gogh tentou o suicídio, próximo da hospedaria onde, na época, o pintor estava estava instalado em Auvers-sur-Oise. Depois de sua descoberta, o camponês entregou a arma – muito danificada – a Arthur Ravoux, proprietário dessa hospedaria. O objeto teria permanecido na família até ser leiloado, conta a casa de leilões AuctionArt.

Estudos científicos apontam que o revólver permaneceu enterrado por entre 50 e 80 anos, tempo transcorrido até sua descoberta. E, em 2016, o museu Van Gogh em Amsterdã apresentou a arma na exposição “Nos confins da loucura, a doença de Vincent Van Gogh”.

Outra teoria sobre a origem da arma, muito polêmica, foi apresentada em 2011 por dois investigadores americanos. Segundo eles, Van Gogh não se suicidou. Ele teria sido, na verdade, vítima de um disparo acidental por parte de dois irmãos adolescentes que brincavam com uma arma.

A L&PM Editores publica vários livros sobre Van Gogh, veja aqui.

Visite a rua de Bukowski de onde você estiver!

Em 2008, foi determinado que a primeira casa de Charles Bukowski, localizada na Avenida De Longpre, tornaria-se um monumento municipal de Los Angeles, Califórnia. A decisão, assim, impediria qualquer construção no terreno onde ele produziu seu primeiro livro Cartas na rua. O local onde Hank viveu por 9 anos continua intocável, e resiste aos novos e luxuosos prédios construídos em seu entorno.

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