Arquivo mensais:julho 2013

É Dia Mundial do Orgasmo

31 de julho é Dia Mundial do Orgasmo, uma data criada por sex shops inglesas para aquecer as vendas de produtos eróticos e estimular debates sobre o prazer sexual feminino, já que pesquisas revelaram que 80% das britânicas não atingiam o clímax em suas relações.

Orgasmo

A busca pelo orgasmo, aliás, é o assunto central do livro da jovem jornalista norteamericana Mara Altman: Esse tal de orgasmo. Lançado em 2012 pela L&PM, ele conta, em suas mais de 300 páginas, as aventuras e desventuras de Altman na tentativa de chegar lá.

O orgasmo é um distanciamento momentâneo da vida. Os franceses o chamavam de le petit mort, a pequena morte. Shakespeare escreveu sobre a relação entre orgasmo e morte, os tibetanos também. Deixe-se perder na morte, deixe-se perder no outro, deixe-se perder na vida, deixe fluir seus sentidos. Distanciamento da consciência, ausência de lógica; erradicação da identidade; perda de controle. O orgasmo é a essência do que há de bom; é a vida concentrada. (Trecho de Esse tal de orgasmo, de Mara Altman).

Ah, e não esqueça que livros podem ser tão estimulantes quanto produtos de sex shops. Duvida? Então clique aqui e conheça a Série Eróticos da Coleção L&PM Pocket.

Andy Warhol bebe água Perrier

Para comemorar seus 150 anos, a marca de água Perrier vai lançar em agosto uma linha de garrafas inspiradas no legado de Andy Warhol. A edição comemorativa foi desenvolvida em parceria com a Andy Warhol Foundation, detentora dos direitos sobre a obra o criador da pop art. A novidade estará à venda no Brasil em agosto, na versão em vidro de 330 ml.

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Conhecido por usar a publicidade em suas obras, Warhol é autor de pinturas famosas que exibem embalagens das sopas Campbell e da Coca-Cola. O que pouca gente sabe é que, nos anos de 1980, o artista criou mais de 40 trabalhos inspirados na garrafa de água Perrier, como estes:

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Para conhecer melhor a vida e a obra do artista que revolucionou a arte moderna do século 20, vale ler Andy Warhol da Série Biografias e os Diários de Andy Warhol, ambos da Coleção L&PM Pocket.

A trilha sonora de “Smurfs 2”

Já estamos em contagem regressiva para a estreia do filme “Smurfs 2” nesta sexta-feira, dia 2 de agosto. Enquanto isso, dá tempo de ler as novas histórias das adoráveis criaturinhas azuis que acabaram de chegar na L&PM (O Smurf selvagem e A Smurfette) ao som da trilha sonora do filme, que já está à venda no iTunes 🙂

SMURFS 2 album cover

Quintana recebe homenagem em Porto Alegre

No dia do aniversário de Mario Quintana não vão faltar homenagens! Em Porto Alegre, cidade onde o poeta morou durante toda a vida, uma programação especial com música e literatura marca a comemoração dos 107 anos do “poeta das coisas simples”. Os festejos acontecem na Casa de Cultura Mario Quintana, casarão localizado no Centro Histórico de Porto Alegre que, por si só, já é uma homenagem vitalícia dos gaúchos a um de seus poetas mais queridos.

Confira a programação abaixo e participe!

19h – “Meu encontro com Quintana”: palestra com Cláudio Levitan e mediação de Fernando Ramos

20h30 – Pocket show “Eu beijei Quintana na boca de meu irmão” com Sandro Dorneles

21h – Sarau Poemas de Quintana com Andréia Laimer, Cristina Macedo, Diego Petrarca, Eliana Mara, Letícia Schwartz, Moyses Lopes, Nanni Rios e Walney Costa – Mediação da FestiPoa Literária e Cabaré do Verbo.

George Bernard Shaw e o teatro brasileiro

A comédia Pigmaleão, uma das peças mais famosas do Prêmio Nobel de Literatura George Bernard Shaw, inspirou o musical “Minha querida dama”, que fez sucesso nos palcos brasileiros nos anos 60. Com Bibi Ferreira e Paulo Autran no elenco, o espetáculo marcou época na história do teatro brasileiro.

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Além do casal, outro grande nome integrava o elenco: Jayme Costa. Bibi conta que várias vezes viu seu pai, o ator e diretor Procópio Ferreira, nos bastidores do teatro assistindo discretamente à peça. Certa vez, quando foi agradecer a ilustre audiência, ele respondeu: “Filha, você e o Paulo estão muito bem, mas na verdade eu venho aqui para assistir ao Jayme Costa”.

O musical deu origem a um disco, que eternizaria este grande momento do teatro brasileiro em vitrolas saudosas pelo mundo.

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Outra adaptação famosa do texto de Bernard Shaw foi o filme “My fair lady”, em 1964, com Audrey Hepburn no elenco, sob a direção de George Cukor. Na L&PM, o celebrado texto faz parte da Coleção L&PM Pocket e tem a tradução do mestre Millôr Fernandes.

Andy Warhol não perde a majestade

É fato conhecido que a Fundação Andy Warhol, responsável pelo legado e o espólio do pai da pop art, está vendendo boa parte de seu acervo para se manter em funcionamento. O último leilão, que começou em abril deste ano, colocou à venda 125 peças a preços relativamente acessíveis, a partir de US$ 1.500 (falamos dele aqui no blog). Mas o que espanta é que essa “popularização” não prejudicou, de uma forma geral, o valor da assinatura de Andy Warhol no mercado das artes.

Ao mesmo tempo em que muitos questionam até mesmo a legitimidade das centenas de peças semelhantes umas às outras espalhadas pelo mundo, a reprodução em série é justamente o que caracterizava boa parte da obra do artista.

Diante disso, é possível concluir que este aparente paradoxo é, na verdade, o retrato fiel da personalidade e do legado de Andy Warhol. O próprio artista era controverso no que dizia e fazia e sua obra quebrou diversos paradigmas clássicos do mundo das artes. Até agora, ninguém conseguiu explicar este fenômeno. O que se sabe, apenas, é que os anos passam e o rei do pop não perde a majestade.

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via Guardian

 

A grande queima de livros

Por Fernanda Scherer*

Na minha visita a Berlim no início de julho, fiz uma clássica caminhada guiada pela cidade, daquelas que a gente absorve 1.000 anos de história em uma tarde. Depois de passar pelo Portão de Brandenburg e pelo “Memorial aos judeus mortos”, eu olhava distraída para Humboldt-Universität zu Berlin (Universidade Humboldt de Berlin), pensando que ali estudaram grandes figuras como Einstein, Schopenhauer e Marx. Quase não percebi que estava no centro da Bebelplatz, a antiga Opernplatz (Praça da Ópera). Foi quando a guia chamou a nossa atenção para uma placa no chão da praça.

Imagine 20 mil livros, entre eles grandes obras de Thomas Mann, Walter Benjamin, Bertold Brecht, Alfred Kerr,  Sigmund Freud, Albert Einstein, Karl Marx e outros escritores importantes, todos alimentando uma grande fogueira em praça pública com 70 mil pessoas assistindo orgulhosas. É de arrepiar, não é mesmo?

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Foi o que aconteceu em 1933, logo após a chegada de Adolf Hitler ao poder. Uma campanha, promovida principalmente por estudantes, recolheu de livrarias e bibliotecas particulares e públicas os livros que “mereciam ser queimados”. Todos os autores “inconvenientes” ao regime nazista estavam nesta “lista negra”. A queima foi justificada pelo poeta nazista Hanns Johst como a “necessidade de purificação radical da literatura alemã de elementos estranhos que possam alienar a cultura”. Uma das queimas de livros foi feita no dia 10 de maio de 1933, bem ali onde eu estava, na Opernplatz.

Passados mais de 80 anos, Berlim ainda relembra este episódio com um memorial de estantes vazias e uma placa no chão. E continua sendo de arrepiar.

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A placa que marca o local na Opernplatz. Foto: Fernanda Scherer
O texto à direita, em tradução livre: “No centro deste lugar, em 10 de maio de 1933, estudantes nacional-socialistas queimaram as obras de centenas de escritores, editores, filósofos e cientistas.”

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Estantes vazias simbolizam a destruição de milhares de livros. Foto: Divulgação

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Imagem de estudantes no dia da queima, em exposição no museu Topographie des Terrors. Foto: Fernanda Scherer

*Fernanda Scherer é gerente de marketing da L&PM e esteve em Berlim, de férias, no início do mês.