Arquivo mensais:novembro 2013

Peanuts do dia: Woodstock

 woodstock

Primeira aparição: 4 de abril de 1967
Este vibrante e às vezes avoado pequeno pássaro amarelo é ajudante de Snoopy, seja como o fiel mecânico do Às voador da I Guerra Mundial, como o afoito secretário do seu chefe Beagle, ou seu amigo bebedor de cerveja. Gorjeando em uma linguagem que só Snoopy entende, Woodstock e seus amigos penados nunca se afastam da casinha de cachorro de Snoopy.

Você sabia: Woodstock apareceu pela primeira vez em uma tira de 1967, mas só ganhou nome em 1970, após o festival de música mais famoso do mundo.

Interesses:
Minhocas: Uma vez que essa é a sua comida favorita, Woodstock se apaixona por uma minhoca que está frequentando a escola.
Helicópteros: Woodstock é piloto de helicóptero de Snoopy.
Tropa de Escoteiros Beagle: Woodstock é o segundo no comando, depois de Snoopy, na liderança das caminhadas com a tropa de escoteiros Beagle.

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Anonymus Gourmet além mar

Anonymus Gourmet atravessou o Atlântico, chegou na Europa e está no Caderno Life&Style do jornal português “Público”. Na matéria, escrita pela jornalista Alexandra Prado Coelho, e publicada em 28 de novembro, os portugueses são apresentados ao personagem criado há 30 anos por José Antônio Pinheiro Machado e que há duas décadas possui um programa de gastronomia em um canal de televisão do Rio Grande do Sul. Confira parte da matéria:

Afinal, quem é Anonymus Gourmet?

A pergunta no título deste texto não faria qualquer sentido se estivéssemos no estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Aí será difícil encontrar alguém que não reconheça o lacinho (gravata borboleta, como dizem os brasileiros), os óculos de aros grossos e redondos, e o sorriso bem-disposto do homem que há duas décadas fala de comida na televisão e se apresenta como Anonymus Gourmet.

Sentado à nossa frente num restaurante de Lisboa, numa recente passagem pela cidade, exibe, orgulhoso, o passaporte, onde aparece identificado com esse mesmo nome: Anonymus Gourmet. “Foi uma personagem de um livro que escrevi há uns 30 anos [O Brasileiro que ganhou o Prémio Nobel – Uma Aventura de Anonymus Gourmet], e que ficou muito marcada”, conta. “Era um homem muito exigente, mas partidário das coisas simples e de boa qualidade, e era contra esses enfeites que muitos cozinheiros fazem para disfarçar os erros”. 

Mas o homem dos óculos redondos e lacinho ao pescoço tem outro nome, e outra (ou outras) vida. Ele é (também) José António Pinheiro Machado, advogado, jornalista, escritor, antigo correspondente em Roma e em Paris, que esteve em Lisboa “durante a revolução dos cravos e muitas outras vezes depois disso”. E um apaixonado por cozinha a quem um dia propuseram que fizesse um programa no canal RBS-TV, que pertence à Rede Globo no Sul do Brasil, chamado Homem na Cozinha. “Eu achei o nome muito calhorda, achei que as mulheres iam detestar e sugeri dar-lhe o nome da personagem do meu livro?”. Nasceu o Anonymus Gourmet. (…)

(Clique aqui e leia o texto na íntegra)

O mais recente livro de receitas de Anonymus Gourmet

O mais recente livro de receitas de Anonymus Gourmet

A magia ao luar de Woody Allen

“Blue Jasmine” segue em cartaz e Woody Allen já está totalmente focado em seu novo filme, “Magic in the Moonligh”. As primeiras imagens divulgadas mostram os atores Colin Firth e Emma Stone com roupas de época. O próximo filme do diretor, que estreia em 2014, será uma comédia ambientada na década de 1930 no sul da França, mais especificamente na Cote d’Azur.

Colin Firth em cena do novo filme de Woody Allen

Colin Firth em cena do novo filme de Woody Allen

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Marcia Gay Harden e Emma Stone também estão no elenco do próximo filme de Woody Allen

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Peanuts do dia: Lucy

Lucy

Primeira aparição: 3 março de 1952
Conhecida pela vizinhança (e por seu irmão mais novo, Linus) por ser ranzinza e mandona, Lucy pode ser encontrada dando conselhos por 5 centavos na sua cabine de psiquiatra, puxando para longe o cobertor de estimação de Linus ou humilhando Charlie Brown. A única fraqueza de Lucy? Seu amor não correspondido pelo pianista Schroeder.

Você sabia: Lucy frequentemente fala dos direitos das mulheres e tem grandes aspirações de um dia ser presidente e rainha.

Interesses:
Ser chefe: Lucy muitas vezes usa sua voz alta e sua personalidade forte para dar ordens a todos que estão por perto.
Schroeder: Lucy poderá ouvir Beethoven durante o dia inteiro, se isso significar que ela estará mais perto de Schroeder.
Cabine psiquiátrica: Lucy está sempre disposta a dar conselhos por alguns trocados.

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Um segundo enterro para Jango

O enterro de João Goulart, que aconteceu em 1976 na cidade de São Borja, foi acompanhado por 30 mil pessoas. Mas, na época, a despedida do ex-presidente não recebeu honras de chefe de Estado. Agora, 37 anos depois, ele terá a cerimônia oficial que merece. Assim que a exumação do corpo de Jango tiver chegado ao fim, um novo enterro vai acontecer. A data marcada é 6 de dezembro e o prefeito de São Borja, Farelo Almeida, estuda a possibilidade de decretar feriado municipal neste dia. Na data, às 10h, o avião da FAB com o caixão do ex-presidente pousará no aeroporto da cidade e, de lá, será levado, em carro de bombeiros, para uma igreja no centro da cidade. Três pessoas, além do padre, deverão se pronunciar na igreja: o senador Pedro Simon (que discursou no primeiro enterro), o filho de Jango, João Vicente, e o prefeito da cidade. Um novo caixão e uma urna funerária abrigará os restos mortais do ex-presidente. O segundo enterro de Jango deve começar por volta das 14h e não estão previstos discursos no cemitério. As roupas com que o ex-presidente foi enterrado serão repassadas à família, que estuda a possibilidade de doá-las a um museu.

Abaixo, um trecho do livro Jango, a vida e a morte no exílio, de Juremir Machado da Silva, sobre o enterro de 1976:

“No cemitério de São Borja havia tanta gente que foi muito difícil carregar o esquife até o jazigo da família Goulart, distante 50 metros do túmulo onde está enterrado Getúlio Vargas, o pai político de Jango”. A narrativa encadeia, depois que o caixão é depositado sobre a tampa do túmulo, o discurso do deputado emedebista Pedro Simon, sua lembrança de que a Getúlio e Jango o destino determinou o retorno a São Borja em caixões, e fala de Tancredo Neves, primeiro primeiro-ministro, em 1961, que lamentou ter Jango morrido longe do calor de sua gente, e o último ato: às 16h30, “o corpo foi colocado no interior do nicho”. Fim do fim, começo de uma dúvida sinuosa, tristeza: “Maria Thereza, os filhos, João Vicente e Denize, e a nora, Estela, deixaram o local, seguidos pelas irmãs de Jango. Ficou apenas a multidão cercando o jazigo e dificultando os movimentos dos que pretendiam abandonar o cemitério. Estendidas contra o céu nublado de São Borja, duas faixas permaneciam erguidas: “Jango continuará conosco” e “São Borja chora a perda de mais um filho ilustre”.

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Peanuts do dia: Snoopy

Snoopy 

Primeira aparição: 4 de outubro de 1950
O descontroladamente imaginativo, extremamente confiante, mundialmente famoso beagle é um mestre canino do disfarce. Ele é indiferente, imperturbável e está acima da disputa. Ele é o cão requebrante que todos nós gostaríamos de ser. Como um ás voador da I Guerra Mundial, ele se envolve em combates aéreos com o famoso Barão Vermelho. Enquanto pondera sobre a vida, no topo de sua casinha de cachorro, ele escreve o grande romance americano, viaja para a lua e trama planos de vingança para o gato da porta ao lado. Seu dono é Charlie Brown e seu melhor amigo é Woodstock, um passarinho que se comunica em uma linguagem que só o beagle entende.

Você sabia: Snoopy lê “Guerra e Paz” na velocidade de uma palavra por dia.

Interesses:
Hora feliz: Snoopy nunca esquece quando é hora de comer e muitas vezes celebra a ocasião com uma dança feliz.
Escrita: Como o autor mundialmente famoso, Snoopy está sempre tentando escrever o grande romance americano. Ele também escreve cartas de amor para uma namorada que ninguém sabe se existe ou não.
Fantasia: Snoopy gosta de se fantasiar de vários personagens. O mais notável deles é o ás voador da Primeira Guerra Mundial.

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Kennedy depois de Camelot

Argumenta-se que Camelot foi um mito criado por Jackie Kennedy para dar brilho ao legado do marido. Se as comparações com Camelot eram ou não discutidas na Casa Branca dos Kennedy durante a vida do presidente não está claro. Mas as comparações são apropriadas e, como Jackie havia esperado, a história de Camelot definiu o modo como a presidência do marido é lembrada até hoje.

John Fitzgerald Kennedy está enterrado em um declive perto da ex-casa de Robert E. Lee, no Cemitério Nacional de Arlington, o lugar que ele tanto admirou poucas semanas antes de sua morte. Ele é um dos dois únicos presidentes enterrados lá – o outro é William Howard Taft, que morreu em 1930.

Jackie Kennedy insistiu que o funeral do marido fosse o mais parecido possível com o de Abraham Lincoln. O professor James Robertson Jr., diretor da Comissão do Centenário da Guerra Civil Americana, e David Mearns, da Biblioteca do Congresso, foram designados para pesquisar o funeral de Lincoln no breve período entre o assassinato de JFK e seu enterro. O Salão Leste da Casa Branca foi transformado para que ficasse quase exatamente igual ao que era quando recebeu o corpo de Lincoln em 1865. Além disso, a carreta e o cortejo fúnebre por Washington foram copiados da jornada final de Lincoln.

O enterro de John Kennedy em Arlington é iluminado por uma chama eterna, por sugestão de Jackie Kennedy. Queima no centro de uma placa circular de granito de Cape Cod, com um metro e meio de diâmetro. Jackie jaz ao lado dele, bem como seus dois bebês falecidos, Arabella e Patrick. A cobertura televisiva do funeral de John Kennedy transformou Arlington de um lugar de enterro de soldados e marinheiros a um popular destino turístico. Até hoje, nenhum local em Arlington é mais popular do que o túmulo de John Fitzgerald Kennedy. Mesmo uma geração após o seu assassinato, o túmulo atrai mais de quatro milhões de pessoas por ano em Arlington. São pessoas dispostas a prestar homenagem ao presidente morto.

E também ao grande sonho americano que ele representou.

(Trecho do posfácio de Os últimos dias de John F. Kennedy, de Bill O’Reilly e Martin Dugard)

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Peanuts do dia: Charlie Brown

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Primeira aparição: 2 de Outubro, 1950.
“O bom e velho Charlie Brown” é um adorável perdedor com uma camiseta zigue zague – o garoto não desiste nunca (mesmo que ele quase nunca ganhe). Ele é o capitão da pior equipe de baseball do mundo… que participa de todos os campeonatos. Ele nunca consegue reunir coragem o suficiente para conversar com a Garotinha Ruiva… que continua esperando por isso. Seu apelido é “Minduim”, forma como Patty Pimentinha o chama. Patty, aliás, é apaixonada por Minduim. Compartilhando o sofrimento com seus amigos, sua árvore comedora de pipas e até com seu próprio cão Snoopy, Charlie Brown segue sendo um herói valente.

Você sabia: O pai de Charlie Brown é barbeiro assim como o pai de Charles Schulz.

Interesses:
Baseball: Charlie Brown está sempre de olho na próxima temporada de baseball e é jogador e capitão de seu time.
Pipas: Charlie Brown sempre tenta empinar pipa, mas raramente consegue. Ele tem vários desentendimentos com a “árvore comedora de pipas”.
A Garotinha Ruiva: Charlie Brown tem uma queda pela Garotinha Ruiva. Ela nunca aparece nas tirinhas.

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Raridades de Edgar Allan Poe na Morgan Library

Está em cartaz na Morgan Library, em Nova York, a exposição Terror da Alma, que reúne livros, cartas e manuscritos de Edgar Allan Poe. Entre as preciosidades então algumas edições históricas de  O Corvo, exemplares raros de Tamerlane (o primeiro livro de poemas do escritor, que teve tiragem de apenas 50 cópias) e o manuscrito do conto A Tale of The Ragged Mountains.

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A documentação também revela relíquias trocadas com renomados admiradores, como Charles Baudelaire, Charles Dickens, Arthur Conan Doyle, T.S. Eliot, Vladimir Nabokov e Allen Ginsberg. De Oscar Wilde, por exemplo, pode-se ver o manuscrito de O Retrato de Dorian Gray e ler a carta mandada a Stéphane Mallarmé, na qual agradece pelo envio da segunda edição de O Corvo, traduzido pelo poeta francês. A cultuada edição de 1875, com litografias do pintor Édouard Manet, é um dos “hits” da exposição.

O toque pop fica por conta do cartaz do filme Histórias Extraordinárias, de 1968. São três episódios dirigidos por Federico Fellini, Louis Malle e Roger Vadim, e estrelados por Brigitte Bardot, Alain Delon, Jane Fonda e Terence Stamp.

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A a exposição “Terror da Alma” segue em cartaz na Morgan Library, em NY, até 26 de janeiro.

A cantora Diana Krall é fã de Charlie Brown

O sexto volume de Peanuts completo (1961-1962) acaba de chegar. Como nos outros livros da série, além de trazer as tirinhas da turma do Charlie Brown escritas diariamente ao longo de um ano, ele vem com uma introdução especial e, dessa vez, ela foi escrita pela cantora e pianista canadense de jazz Diana Krall. Leia o início do texto:

Eu ainda era pequena quando descobri Peanuts. Uma das minhas primeiras lembranças é a de meu pai desenhando o Snoopy em uma camiseta minha. Aos quatro anos de idade, minha roupa preferida era um moletom do Charlie Brown – meu pai deve ter alguma foto minha com ela. Porém, nem tudo era glamour. Acho que sou parente do Charlie Brown em algum grau. Até hoje uso a expressão “Eu ganhei uma pedra”, que ele imortalizou em um especial de Dia das Bruxas, e sem nenhum cinismo. Acho que a primeira vez que ouvi alguém falar em “sarcasmo”, “cinismo” e “depressão” foi no mundo de Charlie Brown, um mundo em que as crianças são inteligentes e os adultos só dizem “blá, blá, blá”. Os “Cinco centavos, por favor” que Lucy pedia quando resolvia os problemas dos demais anda fazem parte das minhas conversas do dia a dia, ainda que o preço tenha aumentado consideravelmente ao longo dos anos.

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