Arquivo da tag: Mary Shelley

Um novo Frankenstein está chegando nos cinemas e nas livrarias

Um filme com nome, sobrenome e uma história de terror clássica para contar. “Victor Frankenstein”, nova adaptação da famosa obra de Mary Shelley estreia nesta quinta-feira, 26 de novembro, no Brasil.

O longa reconta a história do brilhante cientista Victor Frankenstein que tem o sonho de reanimar os mortos.  James McAvoy está no papel título e, ao seu lado, vemos Daniel Radcliffe (o protagonista da série Harry Potter) como seu assistente Igor Strausman. Igor acompanha horrorizado a transformação de seu mestre que vai perdendo todo limite e ética. Fiel ao colega (aqui é mais colega do que mestre), Igor tenta salvá-lo antes que a loucura vá longe demais e traga terríveis consequências. Vale lembrar que Igor não foi criado por Mary Shelley e aparece apenas nos filmes, não no livro.

“Victor Frankenstein” tem a direção de Paul McGuigan, mais conhecido por ser o diretor de alguns episódios da série britânica Sherlock. Veja aqui o trailer legendado:

Para os que ainda não leram a história original de Mary Shelley, escrita quando ela tinha apenas 19 anos, a L&PM Editores tem Frankenstein na Coleção L&PM Pocket e está lançando um novo volume, em formato maior, que chegará às livrarias em dezembro.

Frankenstein_14x21

O trailer do novo Frankenstein

Um filme com nome, sobrenome e uma história de terror clássica para contar. “Victor Frankenstein”, nova adaptação da famosa obra de Mary Shelley, teve seu trailer oficial publicado no Youtube em 18 de agosto e, menos de 24 horas depois, as visualizações já passavam de 2 milhões.

O longa reconta a história do brilhante cientista Victor Frankenstein que tem o sonho de reanimar os mortos.  James McAvoy está no papel título e, ao seu lado, vemos Daniel Radcliffe (o protagonista da série Hary Potter) como seu assistente Igor Strausman (Daniel Radcliffe). O Igor desta adaptação não é corcunda ou assustador e acompanha horrorizado a transformação de seu mestre que vai perdendo todo limite e ética. Fiel ao colega (aqui é mais colega do que mestre), Igor tenta salvá-lo antes que a loucura vá longe demais e traga terríveis consequências. Vale lembrar que Igor não foi criado por Mary Shelley e aparece apenas nos filmes, não no livro.

“Victor Frankenstein” tem a direção de Paul McGuigan, mais conhecido por ser o diretor de alguns episódios da série britânica Sherlock.

O filme tem estreia prevista no Brasil para o dia 1º de outubro.

Assista ao trailer legendado pelo site adorocinema.com:

A Coleção L&PM Pocket publica Frankenstein, de Mary Shelley.

 

Manuscrito de Frankenstein ganha vida no Dia das Bruxas

O manuscrito original de “Frankenstein”, escrito por Mary Shelley durante o verão de 1816, será a peça central da primeira fase do Arquivo Shelley-Godwin cuja abertura será celebrada nesta quinta-feira, 31 de outubro, em um evento que acontece na Biblioteca Pública de Nova York.

shelleygodwinarchive

Não por acaso, o Dia das Bruxas foi escolhido para ser a data oficial do início deste projeto digital que vai reunir todos os manuscritos literários de Mary Shelley, de seu marido Percy Bysshe Shelley e de seus pais William Godwin e Mary Wollstonecraft – a “primeira família da literatura inglesa”, segundo classificação do próprio arquivo.

O manuscrito de “Frankenstein”, propriedade da biblioteca Bodleian de Oxford, é ele mesmo uma espécie de monstro reconstruído, explica Neil Fraistat, um dos líderes do projeto. Ele é composto principalmente de dois cadernos de notas escritos por Mary, com comentários de Percy. No site, os internautas podem apertar um botão para ver apenas as palavras escritas por um ou pelo outro.

Fraistat conta que durante seu relacionamento, as letras de Percy e Mary foram se tornando cada vez mais parecidas, dando origem a debates sobre que era responsável por quais trechos. Para ele, o arquivo digital dará a pesquisadores e fãs comuns uma ligação direta com a colaboração literária dos Shelley. Ele ressalta dois momentos em particular nos quais Percy deixa de lado o papel de editor e se dirige à mulher de forma mais íntima. Num deles, corrige a ortografia de “enigmatic”, usando um de seus apelidos favoritos, “pecksie”. Ela chamava o marido de “Elf”.

A próxima fase do arquivo online, financiado com uma verba de US$ 300 mil, trará manuscritos de “Prometheus Unbound” e cerca de 30 páginas de cadernos de Percy Shelley. Alguns deles, afirma Fraistat, revelam a influência de Mary no trabalho do marido.

Leia mais detalhes na matéria publicada no Jornal O Globo.

Até Mary Shelley escreveu para crianças

Com o Dia das Crianças se aproximando, aproveitamos para pesquisar notícias sobre grandes escritores da literatura universal que não eram especializados em literatura infantojuvenil, mas que vez ou outra acabaram escrevendo para os pequenos leitores. No meio dessa busca virtual, encontramos um livro perdido de Mary Shelley, a autora de Frankenstein.

Em novembro de 1997, o The Times anunciou que um manuscrito costurado havia sido encontrado em um pequeno palácio na Itália. Ele estava dentro de um baú, entre cartas e papéis e seu título era Maurice, or The Fisher’s Cot (Maurice, ou A cabana do pescador). O livro logo foi comparado a uma joia resgatada do fundo do mar e, vindo direto das profundezas do tempo, revelou-se a única história infantil já feita por Mary Shelley.

Escrito em 1820, dois anos depois de Frankenstein, Maurice é também uma novela repleta de melancolia. Foi criado para Laurette, uma menina de onze anos, filha de uma amiga de Mary Shelley. E conta a história de um menino que perdeu seus pais e que está em busca de alguém que o proteja das maldades do mundo. Maurice não é considerada uma grande obra, mas além de sua importância histórico literária, ajuda a mostrar que muitos dos grandes escritores, em algum momento da vida, arriscaram-se no universo infantil.

O manuscrito de "Maurice", de Mary Shelley, encontrado na Itália

O manuscrito de “Maurice”, de Mary Shelley, encontrado na Itália (clique para ampliar)

Ser vegetariano, eis a questão

1º de outubro é Dia Mundial do Vegetarianismo. Entre os adeptos da salada nossa de cada dia, estão escritores e pensadores como Platão, Leonardo da Vinci, Leon Tolstói, Franz Kafka, Mary Shelley, Charlote Brontë, Isaac Bashevis Singer, Thoreau, H. G. Wells e Mark Twain. Einstein também foi vegetariano a partir de certa idade. E há quem defenda que Shakespeare, em alguns de seus sonetos, deu indícios de que não comia carne.

Tolstói chegou a escrever que “a mudança para o vegetarianismo seria a primeira consequência natural para a iluminação.” 

Tolstói, um dos vegetarianos mais militantes da literatura

Tolstói, um dos vegetarianos mais militantes da literatura

 

As muitas faces do monstro de Frankenstein

Foi em 1910 que os Estúdios Edison lançaram o primeiro filme com a história de Frankenstein de Mary Shelley. Escrito e dirigido por J. Searle Dawley tinha os atores Augustus Phillips como Dr. Frankenstein, Charles Ogle como o monstro e Mary Fuller como a noiva do doutor.

Depois dele, muitos outros filmes vieram com atores que ficaram célebres pelas cicatrizes no rosto, a testa enorme e os pinos no pescoço. Aliás, qual dos m0nstros seria o mais parecido com o que Mary Shelley imaginou? Veja algumas abaixo e vote no seu prerido.

Boris Karloff no filme de 1931

Bela Lugosi em 1943

Glenn Strange em 1944

Cristopher Lee em 1957

Peter Boyle em 1974

Robert de Niro em 1994

Mary Shelley, a escritora que criou Frankenstein aos 19 anos nasceu em 30 de agosto de 1797. Seu célebre livro é publicado na Coleção L&PM Pocket e na Série Ouro.

Mary Shelley e sua visão

No ano de 1816, conhecido como “o Ano sem Verão”, a jovem Mary Wollstonecraft Godwin, então com apenas dezenove anos, hospedou-se às margens do Lago Léman, na Villa Deodati, a convite de Lord Byron. Também integravam a companhia John Polidori, médico pessoal de Byron e escritor e Percy Bysshe Shelley, com quem Mary viria a se casar no mesmo ano. Reunidos no pé da lareira para fugir do frio e da chuva fora de época, os amigos passavam o tempo lendo histórias de fantasmas, até que Byron sugeriu que cada um escrevesse uma história baseada em algum evento sobrenatural. Mal sabia o lorde inglês que esta prosaica sugestão acabaria dando ensejo a uma das ocasiões mais célebres da história da literatura. Dia após dia perguntavam a Mary Godwin se havia pensado em uma história; dia após dia a resposta era uma negativa. Até que, certa noite, a autora teve uma visão:

Depois de repousar a cabeça no travesseiro, não dormi, nem se poderia dizer que eu estivesse pensando. A minha imaginação, agindo por vontade própria, possuiu-me e guiou-me, conferindo sucessivas imagens que surgiram na minha mente uma vividez muito além dos limites ordinários da fantasia. Eu vi – os olhos fechados, mas com uma visão mental precisa -, eu vi o pálido estudante das artes profanas de joelhos ao lado da coisa que havia montado. Vi o odioso espectro de um homem estendido, que então, sob a influência de algum móvel poderoso, deu sinais de vida e agitou-se com movimentos canhestros, dotados de uma espécie de semivida.

Logo o tempo melhorou e o grupo foi passear nos Alpes – porém Mary, obcecada pela ideia do monstro e graças ao incentivo e ao apoio de Shelley, saguiu lapidando o texto que culminaria no romance Frankenstein, finalmente publicado em 1818.

Trecho de Breve esboço sobre a vida literária dos monstros, texto de Guilherme da Silva Braga que abre o livro Clássicos do Horror da Série Ouro L&PM e que traz, no mesmo volume, Frankenstein, Drácula e O médico e o monstro, títulos que também são publicados na Coleção L&PM Pocket.

Autor de hoje: Bram Stoker

Dublin, Irlanda, 1847 – † Londres, Inglaterra, 1912

De família modesta, Stoker frequentou o Trinity College em sua cidade natal. Embora atraído pelo jornalismo e pela poesia, especialmente a de Walt Whitman, com quem chegou a manter correspondência, estudou ciências exatas. Funcionário e crítico teatral, esteve na Irlanda em 1876 como secretário e representante do ator inglês Sir Henry Irving, com quem dirigiu o Lyceum Theatre de Londres. Juntamente com outros literatos da época, como Stevenson, Yeats, Conan Doyle, Rider Haggard e Arthur Machen, participou de uma sociedade esotérica e ocultista, cuja temática está presente em sua obra. Sua fama internacional deve-se, sobretudo, ao romance Drácula, que narra a história do conde Drácula, da Transilvânia, um vampiro obcecado pelo amor de sua esposa, morta e reencarnada. Esse enredo tem servido, ao longo do tempo, como inspiração para filmes e romances.

OBRA PRINCIPAL: Drácula, 1897

BRAM STOKER por Rafael Bán Jacobsen

Bram Stoker é um desses autores que garantiu sua imortalidade no panorama da literatura ocidental com apenas uma obra. Apesar de ter escrito e publicado vários romances, contos e até mesmo uma coletânea de histórias de fadas para crianças, seu nome é hoje conhecido como o autor de Drácula. Indagar a respeito da importância de Stoker para as letras é buscar compreender as razões do fascínio exercido por Drácula no imaginário coletivo. Graças, fundamentalmente, às muitas adaptações cinematográficas, todos conhecem bem a história de Jonathan e Mina Harker, Van Helsing e demais membros do grupo que enfrenta e derrota o velho vampiro transilvano obcecado pela busca da reencarnação de sua amada; porém, até mesmo pelo desgaste desse tão repetido enredo, torna-se pouco aparente a riqueza subjacente a ele.

Chama a atenção a grande originalidade da obra, obtida a partir de elementos já conhecidos, a começar pelo seu mote principal, o vampirismo, que, tendo origem na mitologia da Suméria e da Mesopotâmia, já há muito fazia parte do folclore europeu, personificado mesmo em figuras históricas como a condessa Erzsébet Báthory, que, conta-se, banhavase em sangue de mulheres jovens para conservar sua beleza, e o príncipe romeno Vlad Tepes, conhecido pela crueldade de seus atos. Além disso, a decisão de contar a história por meio do testemunho de múltiplos registros – diários, cartas, notas, recortes de jornais, gravações – partiu, provavelmente, da leitura dos livros de Wilkie Collins (The Moonstone, The Woman in White). Essa estrutura narrativa, essa alternância de pontos de vista das diferentes personagens têm a propriedade de conservar intacto o mistério de Drácula, dado que este é sempre aproximado do leitor de forma indireta.

Negando-se uma voz narrativa ao conde, é reforçado textualmente seu papel como o outro, o estrangeiro, a criatura das trevas. Mesmo o estilo do romance, apelando para o sombrio, o sobrenatural e o etéreo, está vinculado à chamada literatura gótica, vertente bastante comum na Inglaterra do século XIX, da qual também fazem parte livros como Frankenstein, de Mary Shelley, e os trabalhos de Edgar Allan Poe. A própria figura de Drácula é construída sobre os dois alicerces básicos de toda literatura: eros e tânatos (amor/sexo e morte em grego). Esses elementos são fundamentais para o entendimento de nossa civilização, e a figura do vampiro surge como a síntese deles, permitindo o pleno desfrute do binômio sangue-sexo e respondendo, ainda, ao anseio da imortalidade. Sombra especular de nossos egos, com todos os seus medos e desejos, a figura do vampiro propicia a conjunção das múltiplas facetas de uma personalidade pluripotente em um ser uno e eterno, não mais dividido e fragmentado, não mais perecível ao tempo. Por trabalhar diretamente com pulsões tão básicas e universais, a saga vitoriana de Bram Stoker, narrada com fluidez e suspense constantes, além de agradabilíssima leitura, torna-se uma obra atemporal e de inegável importância.

Guia de Leitura – 100 autores que você precisa ler é um livro organizado por Léa Masina que faz parte da Coleção L&PM POCKET. Todo domingo,você conhecerá um desses 100 autores. Para melhor configurar a proposta de apresentar uma leitura nova de textos clássicos, Léa convidou intelectuais para escreverem uma lauda sobre cada um dos autores.

Por que “Frankenstein” não envelhece?

Há exatos 160 anos, morria Mary Shelley, a mulher que criou “Frankenstein”. Filha de pais escritores (William Godwin e Mary Wollstonecraft) e esposa do poeta Percy Shelley, tudo na vida de Mary orbitava em torno da literatura. O legado intelectual deixado pela família está sendo mantido pelo projeto Shelley’s Ghost: Reshaping the Image of a Literary Family, uma parceria da Bodleian Libraries com a Universidade de Oxford, e conta com a participação de fãs e admiradores por meio de um concurso de vídeos. A chamada é provocativa:

Por que o trabalho de Percy Bysshe Shelley, Mary Shelley, William Godwin e Mary Wollstonecraft ainda nos impressiona hoje? Estamos fazendo este concurso de vídeos para descobrir.

Para participar, basta escolher um dos autores e gravar um depoimento em vídeo de, no máximo, três minutos sobre a importância de sua obra. Mas é bom gostar muito do autor escolhido! Pois o entusiasmo do participante no vídeo é um dos critérios do juri para escolher o melhor. Além disso, é importante mostrar que você captou bem o espírito do texto e não há limite para a criatividade, veja:

O vencedor ganha um exemplar exclusivo do livro Shelley’s Ghost: Reshaping the Image of a Literary Family, que traz um trecho do manuscrito de Frankenstein, fotos de família e outras raridades. Ainda dá tempo de participar! É possível inscrever vídeos até o dia 2 de março. Se quiser se inspirar, leia o célebre Frankenstein da Coleção L&PM Pocket e boa sorte!