Filme de Woody Allen abrirá o próximo Festival de Cannes

“Midnight in Paris” (Meia-noite em Paris), filme que Woddy Allen preparou para 2011, foi escolhido pela organização do 64º Festival de Cannes para abrir o evento no dia 11 de maio. A informação é da organização do festival francês que terá Robert De Niro como presidente do júri. “O filme é uma maravilhosa carta de amor à Paris”, declarou em nota oficial Thierry Frémaux, diretor do festival. “É um filme em que Woody Allen lança um profundo olhar para as questões levantadas em seus últimos filmes: nossa relação com a história, arte, prazer e vida. Seu 41º filme revela, mais uma vez, sua inspiração.”

A comédia romântica, como o próprio título anuncia, foi rodada na capital francesa e reúne em seu elenco nomes como Owen Wilson, Rachel McAdams, Marion Cotillard e Michael Sheen. Mas quem chamou a atenção durante as filmagens foi a primeira-dama francesa, Carla Bruni-Sarkozi que, estreiando como atriz, faz uma breve participação como a diretora de um museu parisiense. Em 2010, a mídia chegou a especular que Carla teria sido cortada do elenco porque “ficava olhando diretamente para a câmera”, mas os rumores foram negados por Woody Allen.

 “Midnight in Paris” provavelmente chegará ao Brasil no segundo semestre deste ano. Mas se por acaso você  for ao Festival de Cannes, na volta conte pra gente o que achou do novo Woddy Allen…

• Owen Wilson (esq.), Carla Bruni e Woody Allen (dir.) no set de "Midnight in Paris", em Paris (28/7/2010)

Woody Allen conversa com Marion Cotillard e Owen Wilson no set de filmagem - Photo by © / WENN

Desde os anos 80, a L&PM publica livros de Woddy Allen.

Feliz Ano Novo Chinês!

Enquanto para nós, ocidentais, o novo ano já conta trinta e três dias, para os chineses ele está prestes a começar. Assim que o relógio marcar duas horas da tarde no Brasil, será meia-noite na China. Nesse exato instante, do outro lado do mundo, os chineses juntarão as mãos e os mais pirotécnicos fogos de artifício riscarão o céu anunciando que o Ano do Coelho tem início. Ligado à lua, o coelho simboliza a felicidade e a sorte e promete trazer calmaria, diferente do ano que chega ao fim, regido pelo Tigre.  

O Brasil também vai festejar a chegada do Ano do Coelho. Além das festas realizadas nas comunidades orientais como o Bairro da Liberdade, o vão do MASP – Museu de Arte de São Paulo vai oferecer uma programação especial e gratuita a partir do meio-dia desta quarta-feira. Apresentações de artes marciais, música chinesa ao vivo e as tradicionais danças do Dragão e do Leão serão algumas das atrações. Até às 15h, quem passar pelo local da festa também poderá conferir exposições de ideogramas, demonstrações de caligrafias e a distribuições de kits com enfeites chineses, mensagens de prosperidade e o tradicional Hong Pao (envelope vermelho).

E como em todo reveillon que se preze, vai ter até contagem regressiva através de um painel que, exatamente às 14h, dará boas vindas ao novo ano. Para completar, às 19h, uma cerimônia na Assembléia Legislativa terá a presença de autoridades e representantes da comunidade chinesa. Ali, haverá mais dança e música típica, além de sorteios de bolsas de estudos e passagens para a China. Se puder, vá lá aproveitar a festa e… Feliz Ano Novo!

Sobre a China, a L&PM publica:

50 Fábulas da China fabulosa

Contos sobrenaturais chineses

China: uma nova história

Escrita chinesa

 

13. Mais de mil pessoas na sessão de autógrafos de Eduardo Galeano

Por Ivan Pinheiro Machado*

Na Feira do Livro de 2008, Eduardo Galeano veio a Porto Alegre para lançar seu livro “Espelhos”, então recém editado na Espanha e em toda a América espanhola. Galeano é um homem gentil, calmo, um papo agradabilíssimo. Nos poucos dias em que ele esteve aqui em Porto Alegre na companhia de seu velho amigo, o carioca Zé Fernando Balbi, tivemos noitadas memoráveis. Junto com a equipe da L&PM, fechamos (no sentido de ser o último cliente) vários bares em conversas deliciosas e bem humoradas. Galeano gosta de Porto Alegre, seus bares e restaurantes. Evidentemente que, como bom uruguaio, não entra em churrascaria fora do seu país. Então, nosso roteiro gastronômico gaúcho foge do circuito “tradicionalista”. Entre almoços e jantares, ele fez o que devia; deu entrevistas e compareceu à leitura de seu livro e sessão de autógrafos que foi realizada no Teatro da Assembléia Legislativa. Na ocasião, ele foi entrevistado pelo jornalista Ruy Carlos Ostermann no palco do teatro, dentro da programação de “Encontros com o Professor”.

Aquilo que seria uma conservadora entrevista com um grande intelectual, acabou se transformando numa verdadeira comoção no centro da cidade.  Naquele dia ensolarado de outubro, Galeano teve o seu momento pop star. Uma multidão acumulava-se em frente ao prédio do teatro da Assembléia Legislativa. Foi permitida a entrada de cerca de 1.000 pessoas em um auditório onde cabiam 800. E mais de duas mil ficaram na rua. A solução que a administração da Assembléia encontrou, foi agilizar a transmissão ao vivo pela TV Assembléia, com a instalação de um telão em frente ao teatro que retransmitiu a palestra/entrevista para a multidão que ficou do lado de fora. Ele respondeu às perguntas do professor Ostermann e com sua voz pausada e musical leu as belas, líricas e ao mesmo tempo contundentes passagens de “Espelhos”. Foi muito aplaudido. No final, iniciou sua sessão de autógrafos. Quatro horas depois,estava muito cansado (ele dá autógrafos em pé e conversa com cada um dos leitores). Pediu-me para parar, pois não aguentava mais, queria ir embora para o hotel. A fila era imensa. Fiquei imaginando o que fazer com a multidão que se acotovelava em frente ao palco há horas, com o livro na mão, esperando a sua vez. Um editor tem que estar preparado para “administrar” uma saia justa deste porte… Tomei um ar, subi no palco e disse mais ou menos isso: “Pessoal, o Galeano está há mais de 4 horas aqui, em pé e está muito cansado. Pedimos desculpas, mas vocês que gostam dele, vão ter que compreender. Por favor, aqueles que quiserem o autógrafo, deixem o seu livro conosco, com o nome, ele autografará no hotel e os livros estarão, devidamente autografados, à disposição dos seus donos a partir das 15 horas de amanhã na barraca da Câmara Riograndense do Livro na Praça da Alfândega”. Obviamente fui vaiado. Muito vaiado. Depois de vaias e xingamentos, acabaram deixando mais de 300 livros que foram colocados em seis caixas e levados  ao hotel onde Galeano estava hospedado. Ele autografou todos os livros que foram entregues para os seus donos no dia seguinte. Um exemplo de ordem (e sorte), pois dos trezentos, não faltou nenhum e não houve nenhuma reclamação.

Eduardo Galeano é um dos grandes autores latino americanos e nós temos orgulho de editar toda a sua obra no Brasil. Em 2010, a L&PM publicou o seu grande clássico (era o único livro que não tínhamos em nosso catálogo), “As veias abertas da América Latina”, em edição convencional e em pocket, numa nova tradução do grande escritor Sergio Faraco. Também em 2010 republicamos em livro de bolso, numa caixa especial, a trilogia “Memória do Fogo” (“Nascimentos”, “As caras e as máscaras” e “O século do vento”).

Para assistir a entrevista de Eduardo Galeano com Ruy Carlos Ostermann, clique na imagem abaixo:

*Toda terça-feira, o editor Ivan Pinheiro Machado resgata histórias que aconteceram em mais de três décadas de L&PM. Este é o décimo terceiro post da Série “Era uma vez… uma editora“.

Por que “Frankenstein” não envelhece?

Há exatos 160 anos, morria Mary Shelley, a mulher que criou “Frankenstein”. Filha de pais escritores (William Godwin e Mary Wollstonecraft) e esposa do poeta Percy Shelley, tudo na vida de Mary orbitava em torno da literatura. O legado intelectual deixado pela família está sendo mantido pelo projeto Shelley’s Ghost: Reshaping the Image of a Literary Family, uma parceria da Bodleian Libraries com a Universidade de Oxford, e conta com a participação de fãs e admiradores por meio de um concurso de vídeos. A chamada é provocativa:

Por que o trabalho de Percy Bysshe Shelley, Mary Shelley, William Godwin e Mary Wollstonecraft ainda nos impressiona hoje? Estamos fazendo este concurso de vídeos para descobrir.

Para participar, basta escolher um dos autores e gravar um depoimento em vídeo de, no máximo, três minutos sobre a importância de sua obra. Mas é bom gostar muito do autor escolhido! Pois o entusiasmo do participante no vídeo é um dos critérios do juri para escolher o melhor. Além disso, é importante mostrar que você captou bem o espírito do texto e não há limite para a criatividade, veja:

O vencedor ganha um exemplar exclusivo do livro Shelley’s Ghost: Reshaping the Image of a Literary Family, que traz um trecho do manuscrito de Frankenstein, fotos de família e outras raridades. Ainda dá tempo de participar! É possível inscrever vídeos até o dia 2 de março. Se quiser se inspirar, leia o célebre Frankenstein da Coleção L&PM Pocket e boa sorte!

Aline em nova temporada e em cores

Em primeira mão, algumas das novas histórias da Aline, só para dar um gostinho do que vem por aí. E o mais bacana: todas as tirinhas serão coloridas! Nesta nova fase, ela descobre o inferno, vira blogueira e dispensa Otto e Pedro por uns tempos, inaugurando a fase “Aline alone”.

Várias Alines à escolha do leitor 🙂

E na próxima quinta, dia 3, estreia a nova temporada da série “Aline” na Rede Globo. Não dá pra perder!

Egito: passado, presente e futuro

As manifestações populares no Egito estão atraindo a atenção do mundo inteiro desde a última terça, dia 25. E nem mesmo a renúncia do ditador Hosni Mubarak neste sábado, após 30 anos no poder, foi capaz de conter o levante civil pelo fim da corrupção e da repressão no país. A imprensa local tem atuação bastante limitada devido ao forte controle do estado e a censura acabou respingando também nas redes sociais online: boa parte do acesso à internet no país está suspenso com o objetivo de impedir a proliferação de informações pelo mundo via Twitter ou Facebook.

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Manifestantes vão às ruas no Egito

O cofundador do Twitter, Biz Stone, divulgou na última sexta-feira um manifesto de apoio ao livre fluxo de informações e pensamento por meio da internet e contra a censura do Twitter no Egito. Ele lembrou a importância que tiveram as redes sociais na guerra civil no Irã, pois eram o único canal de comunicação da população local com o mundo, possibilitando a cobertura do conflito pela imprensa mundial, que estava impedida de entrar no país.

O Egito é um país de tradições milenares e  sua cultura contemporânea ainda busca inspiração no passado. No volume sobre o Egito Antigo da Série Encyclopaedia, a historiadora Sophie Desplancques destaca que “a história, segundo os egípcios [antigos], define-se como a busca de um passado que possa fornecer modelos para o presente”. Mas parece que desta vez, as ferramentas para a construção de um país mais democrático e humano estão ao alcance de um clique, bem aqui: no presente.

Quanto vale um autógrafo de Jack Kerouac?

O dono da Nunzio’s Wine and Liquor, nos Estados Unidos, deve saber bem qual a resposta. Em 1961, Jack Kerouac comprou bebidas em sua loja e pagou com um cheque no valor de 10 dólares, mas o cheque foi cancelado. Prejuízo? Muito pelo contrário. O fotógrafo e colecionador Richard Prince arrematou o cheque por um valor não divulgado, mas que deve ter coberto com bastante folga o “prejuízo” deixado por Kerouac.

Em 2005, Richard falou à revista Index Magazine sobre sua aquisição. “Saber escolher é tudo. Eu não compraria um cheque cancelado de Richard Nixon”, disse.

Um Sherlock Holmes inédito

Na verdade, é um Sherlock Holmes diferente, que vive uma história que nunca passou pela cabeça de Sir Arthur Conan Doyle. O criador da nova saga é o escritor e roteirista inglês Anthony Horowitz e o lançamento mundial pela editora Orion está previsto para setembro. Fã de histórias policiais desde a adolescência, Horowitz garante que seu Sherlock Holmes será exatamente o mesmo dos livros de Conan Doyle. Ele vai apenas inserir o personagem numa nova trama policial que, da mesma forma que no original, será ambientada no século XIX.

Anthony Horowitz é autor de livros para crianças como a série The Diamond Brothers e adaptou as histórias de Hercule Poirot, o famoso detetive de Agatha Christie, para uma série de TV na Inglaterra. Como as histórias de Sir Arthur Conan Doyle estão sob domínio público (ele morreu em 1930), não há entraves jurídicos, mas o que os fãs de Sherlock Holmes pensam disso?

O único negócio mais lucrativo do que petróleo e tráfico de drogas

*Por Ivan Pinheiro Machado

Há alguns meses atrás, eu escrevi neste blog um post protestando contra o marketing de um grande banco holandês/brasileiro que batizou de Van Gogh sua unidade destinada a atender clientes ricos. Uma ironia perversa, uma ofensa à memória do grande pintor que suicidou-se no desespero e na miséria, tendo vendido durante toda a vida apenas um quadro. Nenhuma novidade, pois os bancos estão sempre por trás das piores histórias. Principalmente no Brasil, campeão mundial de taxa de juros, cujo escorchante e humilhante escore é o pilar da política econômica do país desde FHC. Receituário aliás, seguido a risca pelo PT de Lula e Dilma. Aqui os grandes bancos fazem a maior farra do planeta. E patrocinados pelo governo. Afinal é o governo que determina as taxas de juros. A cada trimestre são anunciados os bilhões de lucros dos bancos. Como diria o Boris Casoy, “uma vergonha!”. Até porque, banco não produz nada. Pega o seu dinheiro, aplica a 0,8% e empresta a 10%…

Mesmo lá fora, onde a farra é menor – afinal as taxas de juro são infinitamente mais baixas do que no Brasil – a imagem dos bancos não é melhor. O exemplo maravilhoso é esta tira do “Hagar, o Horrível” que expressa a universalidade da péssima reputação dos banqueiros.

Dalí e seus duplos

Quando se fala em Salvador Dalí, não basta apenas contemplar, tem que vestir o personagem. É com esse espírito que o Museu Salvador Dalí, que inaugurou seu novo prédio no início deste mês na cidade de São Petesburgo, na Flórida, está à caça de “double takes” do artista catalão. O Double Takes: The Dalí Look-Alike Contest é uma espécie de concurso, em que os participantes elaboram vídeos de um minuto com imitações ou releituras da figura, da obra ou do universo do pintor. Em 2009, um dos vídeos incritos mostrava uma versão para o nascimento de Salvador Dalí:

Os vencedores escolhidos pelo juri participam da cerimônia de premiação que acontece no início de maio, durante as comemorações do aniversário do artista. Os realizadores dos vídeos comparecem à festa devidamente caracterizados:

As regras e o formulário de inscrição estão disponíveis no site do concurso. Ainda dá tempo de participar!

Enquanto isso, conta pra gente: qual a sua versão de Salvador Dalí?