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My Andy Warhol’s way of (social) life

Por Nanni Rios*

300 caixinhas brancas de 10 x 10cm distribuidas pelas paredes coloridas de uma sala redonda no MIS, em São Paulo. Dentro de cada uma delas, um retrato feito por Andy Warhol com a sua Polaroid Big Shot. Eu tinha lido muito sobre o Andy, sobre as famosas polaroides e sobre o significado daquilo tudo, mas nada se compara ao que senti quando entrei lá.

O que estava diante dos meus olhos e ao alcance das minhas mãos – e das lentes do meu iPhone! – eram os mesmos pedaços de papel fotográfico com rostos impressos que passaram pelas mãos de Andy Warhol instantes após ele apertar o disparador de sua câmera de revelação instantânea. E Walter Benjamim que me desculpe, mas não importam quantas reproduções dos retratos de Liza Minnelli (foto ao lado) eu já vi na vida e nem quantas obras derivadas o próprio Andy Warhol produziu a partir daquelas fotos: ver aquelas polaroides originais ao vivo me arrancou arrepios.

E não é pra menos. A herança de Andy Warhol guia a minha leitura de mundo. O colorido, a cópia, o remix, os mitos transformados em gente, o pop e o popular, o descompromisso com cânones e a banalidade daqueles registros me encantam. É com essa leveza e sem protocolos tradicionais que eu gosto de me relacionar com o mundo e com as pessoas. E quando dá, ainda carrego nas cores.

Também levo Andy Warhol como inspiração para o meu trabalho aqui na L&PM. Ou por acaso existe algo mais “15 minutos de fama” do que as redes sociais?

Só uma coisa me decepcionou na exposição: era proibido tirar fotos. Ok, a regra é praxe em museus, mas não combinava com aquela exposição. No entanto, assim que o segurança se virou, prestei uma homenagem ao meu ídolo: saquei meu iPhone, tirei umas fotos e postei no mural da L&PM no Facebook e também no meu mural pessoal. Em seguida, postei no Twitter recomendando a exposição. Não tenho a menor dúvida de que Andy adoraria ver a foto da foto da foto postada, curtida, compartilhada, retuitada, favoritada, alterada com os filtros do Instagram e alvo de vários pins no Pinterest.

Ah, o álbum no Flickr também está garantido. Aí estão todas as fotos que eu consegui tirar enquanto o segurança não voltava ao seu posto de guardião da “aura” das obras de arte:

A exposição Andy Warhol Superfície Polaroides fica em cartaz no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, até o dia 24 de junho.

*Nanni Rios é editora de mídias sociais da L&PM Editores e usa a Liza Minnelli de Andy Warhol como avatar em todos os seus perfis.

E o Oscar de melhor busca vai para…

O Google sabe tudo. Todo o conteúdo disponível na rede mundial de computadores está registrado lá. Ele não perde uma atualização sequer e ainda consegue tornar tudo acessível  por meio de uma busca pra lá de eficiente. Como se não bastasse entender de passado e até de presente – faz buscas em tempo real no Twitter – agora o Google quer buscar o futuro. A primeira investida da empresa no ramo da futurologia diz respeito ao Oscar.

Faltam 10 dias para a grande festa e, provavelmente, os nomes ainda não foram definidos. Mas o Google diz que já sabe quais serão os ganhadores. Com base nas estatísticas de busca dos outros anos, a empresa detectou algumas coincidências, que de tanto se repetirem viraram aposta.

Segundo o Google, nos últimos três anos, o ganhador da categoria de melhor filme apresentou um aumento no volume de buscas nas quatro semanas que antecederam a premiação. Além disso, neste mesmo período houve um aumento no número de buscas feitas a partir da cidade de Nova York. Suspeito, não?

Sendo assim, se o Google realmente estiver com uma bola de cristal nas mãos, os candidatos com mais chances na categoria de melhor filme são A Rede Social (cujo volume de pesquisas aumenta há cinco semanas), Cisne Negro e O Discurso do Rei(os dois com a quantidade de buscas crescendo há quatro semanas). O site Oscar Search Trends foi criado pelo Google especialmente para acabar com qualquer mistério que ainda resta antes da premiação:

Por enquanto, as informações não passam de especulação. Podemos voltar neste assunto após o dia 27 de fevereiro, quando acontece a entrega do Oscar em Los Angeles.

E por falar em Oscar, o livro Cenas de uma revolução, escrito pelo jornalista britânico Mark Harris, chega às livrarias em março. Harris analisa de perto as histórias, os cineastas e as inovações de cinco filmes vencedores do Oscar em 1967 – Bonnie e Clyde, A primeira noite de um homem, No calor da noite, Adivinha quem vem para o jantar e Doctor Doolittle – e transforma tudo isso numa trama repleta de heróis, bandidos, intrigas e romances, em um cenário ao mesmo tempo psicodélico e turbulento. Uma ótima pedida para quem curte cinema e literatura!

Egito: passado, presente e futuro

As manifestações populares no Egito estão atraindo a atenção do mundo inteiro desde a última terça, dia 25. E nem mesmo a renúncia do ditador Hosni Mubarak neste sábado, após 30 anos no poder, foi capaz de conter o levante civil pelo fim da corrupção e da repressão no país. A imprensa local tem atuação bastante limitada devido ao forte controle do estado e a censura acabou respingando também nas redes sociais online: boa parte do acesso à internet no país está suspenso com o objetivo de impedir a proliferação de informações pelo mundo via Twitter ou Facebook.

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Manifestantes vão às ruas no Egito

O cofundador do Twitter, Biz Stone, divulgou na última sexta-feira um manifesto de apoio ao livre fluxo de informações e pensamento por meio da internet e contra a censura do Twitter no Egito. Ele lembrou a importância que tiveram as redes sociais na guerra civil no Irã, pois eram o único canal de comunicação da população local com o mundo, possibilitando a cobertura do conflito pela imprensa mundial, que estava impedida de entrar no país.

O Egito é um país de tradições milenares e  sua cultura contemporânea ainda busca inspiração no passado. No volume sobre o Egito Antigo da Série Encyclopaedia, a historiadora Sophie Desplancques destaca que “a história, segundo os egípcios [antigos], define-se como a busca de um passado que possa fornecer modelos para o presente”. Mas parece que desta vez, as ferramentas para a construção de um país mais democrático e humano estão ao alcance de um clique, bem aqui: no presente.

Dalai Lama e o Twitter

De acordo com o ranking divulgado pela Revista Forbes, o 14º Dalai Lama possui um dos perfis mais influentes do mundo no Twitter.  Sua Santidade aparece em 5º lugar atrás de Kanye West, Joe Jonas (Jonas Brothers), Paulo Coelho e Justin Bieber.

O primeiro do ranking é o ídolo teen de apenas 16 anos. O que torna o perfil de Justin Bieber mais influente do que todos os demais, segundo a Forbes, é o impacto das opiniões e recomendações que ele compartilha com seus fãs por meio da rede de microblogs.

Já o mestre budista descobriu o Twitter no início deste ano e usa regularmente o serviço para se comunicar com seguidores de todo o mundo, em especial com aqueles que vivem em regiões onde a comunicação é difícil por outros meios. Na China, por exemplo, onde a censura do estado dificulta a comunicação pelos meios convencionais, Dalai Lama viu no Twitter a saída perfeita para burlar o bloqueio e manter contato com os budistas que ainda vivem lá. Questões políticas e culturais envolvendo a região do Tibete são as que mais preocupam Sua Santidade, como é conhecido Dalai Lama.

Pelo Twitter, os ensinamentos que circulam em livros como o Caminho da sabedoria, caminho da paz, Coleção L&PM POCKET, continuam chegando até mesmo onde os livros não tem como ir.

Twitter ressuscita escritores

Já há algum tempo o twitter deixou de ser um simplificado micro-querido-diário de seus usuários. Até o clássico “what are you doing?” foi substituído por um simpático “what’s happening?”. Mas além de ferramenta para publicação de notícias, divulgação de produtos, concursos e interação com clientes (oi, seguidores!), o twitter recebeu também outra função: ressuscitador de escritores. E pelos perfis dá para descobrir várias coisas sobre a personalidade de alguns dos nossos autores preferidos:

– Dostoiévski (@FDosto) não é dos mais assíduos e não posta nada desde março. Mas não é bobo e aproveitou os últimos meses para começar a seguir a musa da Copa, Larissa Riquelme.
– Os amigos Jack Kerouac e Allen Ginsberg parecem ter visões diferentes da coisa. @Jack__Kerouac, um cara simpático (ou será bisbilhoteiro?), segue mais de 300 pessoas. @allen_ginsberg não segue ninguém e parece bem assim.
– O último tweet (de dois) de Charles Bukowski (@hank_bukowski) dizia o seguinte: “Yesterday I met Adolf  H. in hell. He is fuckin stupid”. Tradução: “Ontem encontrei Adolf H. no inferno. Ele é um _ estúpido”. Talvez esse seja real, hein…

Mas nem só de fakes vive o twitter. Alguns autores da casa realmente mantêm contas no microblog, e nós fazemos questão de indicá-los para vocês: @mauriciodesousa, @thedycorrea, @carolteixeira_, @ZPgoulart e @ducaleindecker. Follow them!

Atualização: faltou listar um importantíssimo: no @voltaremos é possível encontrar as ótimas receitas do querido Anonymus Gourmet!

A ecobag da L&PM

Chegaram ontem aqui na editora as novas ecobags da L&PM. Na Bienal do Livro de São Paulo, compras acima de R$120 levarão uma de presente. Mas você, leitor de todo o Brasil, também pode ganhar a sua.

Hoje, os três primeiros colocados do concurso Seu conhecimento vale um livro, que é feito todas as quartas-feiras no twitter da L&PM (veja o regulamento aqui), além do livro que escolherem, levam também uma ecobag. Permaneçam online!

Dalai Lama responde perguntas via twitter

Pois não é que enquanto falávamos sobre o Dalai Lama na semana passada ele se preparava para dialogar com seus seguidores (literalmente) via twitter? Sua Santidade respondeu em 140 caracteres algumas das mais de mil perguntas que recebeu pela página de Wang Lixiong, um crítico chinês do regime comunista. Em uma das respostas ele disse que “em um futuro não muito distante, haverá mudanças e os problemas se resolverão (no Tibet)”.
Aos inocentes que resolverem acessar o twitter de Lixiong para ver todas a entrevista na íntegra, avisamos que o máximo que encontrarão é isso:


Ou seja, a não ser que você entenda chinês, é mais fácil acessar direto a versão em inglês aqui.

Shakespeare em 140 caracteres

A peça Romeu e Julieta foi encenada pela primeira vez em 1594, e nos últimos 416 anos foram muitas as versões para cinema, televisão e óperas. Mas agora, em 2010, o clássico está recebendo sua adaptação mais inusitada. Seis atores da Royal Shakespeare Company são os encarregados de “interpretar” os papéis principais no… twitter.

A experiência deve durar cinco semanas e os tweets são feitos em tempo real, ou seja, se determinada ação no texto original acontece às 8h, os atores atualizam suas contas às 8h. Para acompanhar a representação e saber mais sobre o projeto, é só acessar o site www.suchtweetsorrow.com
 

* Essa dica foi retirada da coluna ConexãoZH.