Capote e Bukowski na The Paris Review

Qual foi a idéia que deu inicio à trama do livro? O escritor buscou conhecer pessoas para criar o personagem? Quando escreve, o que faz?

Algumas respostas estão no novo site da publicação literária The Paris Review. A revista reuniu em um grande arquivo entrevistas com grandes escritores como Ernest Hemingway, Ralph Ellison, Jorge Luis Borges, entre outros. Estão por lá, também, artigos sobre autores publicados pela L&PM, como Charles Bukowski e Truman Capote. Vale a pena conferir.

Encontrei o Leonardo!

Por Paula Taitelbaum*

Enquanto leio o primoroso Roubaram a Mona Lisa! de R. A. Scotti (você não leu? Tá esperando o quê?) descubro, além de um livro muitíssimo bem escrito – sobre o verídico roubo do quadro mais famoso do mundo em 1911 – que alguns personagens das belas artes mundiais possuem um lado que eu desconhecia. Primeiro, deparei com um Picasso que envolvia-se com freqüência em furtos de obras de arte: “No final da audiência, Picasso, que havia comprado as peças roubadas, foi liberado depois de assumir o ato e ser alertado para que não saísse de Paris”. Depois, fiquei sabendo que Leonardo da Vinci arrasava os corações de Florença com um rosto que tinha uma beleza “fora do comum”. Para mim, a imagem que surgia ao ouvir falar do mestre da Vinci era a de um velho homem de nariz adunco, muitas rugas e vasta cabeleira – e não a figura do titã de cabelos louros e encaracolados que lhe caiam sobre os ombros despertando suspiros nas donzelas. Confesso que duvidei. E por isso fui ao Google procurar algo que pudesse atestar a beleza do pai da Mona Lisa. O que encontrei foi o vídeo produzido pelo TED – Ideas worth spreading. É uma micro palestra do artista Siegfried Woldhek sobre o verdadeiro rosto de Leonardo da Vinci. Muito bom!

Este texto foi originalmente publicado em março de 2010, mas como considero esse livro e esse vídeo imperdíveis, decidi postá-lo novamente.

Paula é jornalista, escritora e coordenadora do Núcleo de Comunicação L&PM

Nós e “As veias abertas…”

Por Ivan Pinheiro Machado 

Conheci Eduardo Galeano na Feira Internacional do Livro de Frankfurt, em 1976. Era minha primeira vez em um evento como este e eu, muito jovem, representava uma editora que tinha apenas um livro. Lembro que Millôr Fernandes me levou ao aeroporto do Galeão e disse: “o Gasparian vai estar neste vôo”. Fernando Gasparian, que faleceu em 2006, era o dono da Editora Paz e Terra e foi, além de uma extraordinária figura humana, um dos maiores editores do Brasil. Seu lugar na história das lutas democráticas nos anos 70 está garantido. Além de editor de livros, Gasparian foi dono do célebre jornal “Opinião” e um dos donos do não menos célebre “O Pasquim”. Pois bem, encontrei Gasparian no avião, me apresentei e conversamos durante muitas horas até que, quando chegamos a Frankfurt, fomos juntos procurar um hotel. Instalados, nos encontramos na Feira, onde Fernando me apresentou Eduardo Galeano. Naquele ano, a Feira Internacional do Livro de Frankfurt se posicionava politicamente ao homenagear a literatura Latino-americana – época em que a América do Sul era 100% tomada por ditaduras militares. Todos os grandes autores, com exceção de Jorge Luis Borges, estavam lá: o colombiano Gabriel García Marquez, o peruano Mario Vargas Llosa, o paraguaio Augusto Roa Bastos, o argentino Julio Cortázar, o chileno José Donoso, os uruguaios Eduardo Galeano e Mario Benedetti, os brasileiros Jorge Amado, Thiago de Mello e muitos outros. Houve várias manifestações e uma histórica mesa redonda com todos os escritores importantes num auditório lotado por mais de 2.000 pessoas. 

Hoje, primeiro de outubro, a L&PM está lançando uma nova edição de “As veias abertas da América Latina”. Com nova capa, nova tradução e índice analítico, “As veias abertas…” vem juntar-se à totalidade da obra de Eduardo Galeano editada pela L&PM. 

Estamos muito orgulhosos. “As veias abertas da América Latina” vendeu milhares de exemplares em todo mundo. Líamos este livro na década de 70, em espanhol, pois esteve quase 10 anos proibido no Brasil. É um inventário da espoliação, da colonização e da predação europeia e norte-americana na América Latina. Em seu prefácio, escrito especialmente para esta edição, Galeano diz, em 2010, que lamenta que o livro não tenha perdido a atualidade… Apesar destes tempos neoliberais, “As veias abertas…” segue tendo muitos leitores. Afinal, as novas gerações querem conhecer este clássico e este lado sombrio da nossa história. 

O tradutor de "As veias abertas..." Sergio Faraco, Eduardo Galeano e os editores da L&PM Ivan Pinheiro Machado e Paulo de Almeida Lima

 

L&PM recebe visita especial de Sergio Faraco

Olha quem está aqui na editora: Sergio Faraco.  Um dos mais importantes contistas do Brasil, ele acaba de traduzir As veias abertas da América Latina, de Eduardo Galeano, que chega amanhã às livrarias com a nova tradução, nova capa, nova introdução do autor, além de contar agora com um índice analítico. Pela L&PM, Faraco publicou, entre outros, o livro de contos Dançar tango em Porto Alegre, agraciado com o Prêmio Nacional de Ficção da Academia Brasileira de Letras em 1999.

Vera Shida e Sergio Faraco

Nossa simpática visita não recusou um café. Adoramos recebê-lo. Volte sempre Faraco!

Sergio Faraco esperando um cafezinho na sede da L&PM - Foto: Angélica Segui

Presentes especiais para Minduim

Sábado  é dia de alegria para os fãs de Peanuts. Para festejar a “terceira idade” do Minduim, já foram produzidos presentes especiais como Moleskines, tênis, canecas e outros mimos.  Agora os admiradores das criações de Charles M. Schulz também contam com um hotsite especial de aniversário da turma do Charlie Brown. No http://greatpumpkincountdown.com estão trechos de desenhos animados do Snoopy, tirinhas, jogos virtuais e backgrounds especiais para publicar no perfil de redes sociais, como Twitter e Facebook.  Amanhã, divulgamos aqui no blog o que a L&PM preparou para esta data tão especial.

Facebook em quadrinhos

Estréia essa semana o filme sobre a vida de Mark Zuckerberg, cocriador do Facebook.

The Social Network foi transformado em filme por David Finch, um cineasta respeitado de Hollywood, e pelo roteirista Aaron Sorkin.

Chegará a ser um zeitgeist? Não sabemos, mas o filme certamente vai representar muito bem a chamada “geração digital”.

Acha que é pouco? Pois tem mais. A vida do jovem magnata de 26 anos será contada em formato de história em quadrinhos. O lançamento está previsto para dezembro de 2010, nos Estados Unidos. Saiba mais aqui.

Porque estamos neste clima geek? Estamos com página nova no Facebook!

Curta a página da L&PM Editores e compartilhe as últimas novidades e lançamentos de seus livros preferidos.

David Coimbra, Fraga e uma mulher espetacular!

“Quem viu Jô, nunca mais esquece.

Os cabelos, o rosto, os seios apontando para o céu, as pernas longas, o bum-bum impecável, as pernas longas, roliças, rijas. Enfim, linda. E além de tudo isso, excelente dona de casa, esposa exemplar, mãe extremada.

Até que um dia…Bem, você vai ler este livro e vai saber tudo o que acontece quando esta mulher resolve jogar tudo pro alto e ganhar a estrada.

Sai da frente!”

Este é um trecho da orelha do livro “Jô na estrada” escrito por David Coimbra e desenhado por Fraga. Acho que nem o David imaginou uma mulher como Fraga teve o talento de desenhar. E este é o grande barato deste livro. O texto corre junto com os quadrinhos. Ou melhor, o texto é interrompido e a história segue em quadrinhos até retomar o texto e lá adiante prosseguir graficamente. Texto e HQ mancomunados. Dois talentos brasileiros de primeira grandeza. O ficcionista David Coimbra e o desenhista Gilmar Fraga.

Aguarde para outubro!

(IPM)

Peanuts e Schulz recebem festa especial em Washington

Como já falamos anteriormente aqui no blog, dia 2 de outubro, Peanuts comemora 60 anos de vida. Estamos preparando várias surpresas para nossos leitores. Aguardem…

Mas as celebrações pela chegada à terceira idade de Peanuts não serão apenas na terra brasilis. Atividades especiais estão programadas em diversos pontos do planeta.

A partir de 1º de outubro, quem passar pela cidade de Washington, nos Estados Unidos, poderá ver de perto a mostra de “auto-retratos” de Charles M. Schulz e participar de eventos especiais.

Fotografias do Snoopy, shows com Sean Lane e o Projeto Bay Jazz, além de oficinas de cartoon com Joe Wos estarão acontecendo.

Além dos desenhos do mestre do HQ, os visitantes vão conhecer o lado mais pessoal do criador do Minduim em fotografias da vida do mestre. A exposição ocorre no Smithsonian´s National Portrait Gallery.

Imperdível se você estiver na terra do Tio Sam! Outras informações aqui.

A L&PM publica Peanuts Completo e as aventuras da Turma do Charlie Brown em dez volumes pocket.

Não digam à minha mãe que sou jornalista

*José Antonio Pinheiro Machado

Não há nada que irrite mais o príncipe do que o conhecimento da verdade, quando ela se opõe aos seus fins ou impede seus propósitos, escreveu Juan Luis Cebrián, num livro indispensável que acaba de ser lançado no Brasil: O pianista no bordel.O título do livro utiliza a ironia de um ditado espanhol: “Não digam à minha mãe que sou jornalista, prefiro que continue pensando que toco piano num bordel.” É um livro que celebra o jornalismo e as dificuldades para exercer com correção e eficiência essa profissão. Cebrián foi diretor-fundador de um dos mais importantes jornais do mundo, El Pais, que começou a circular em 1976, durante a transição na Espanha da ditadura de Franco para a democracia, e atualmente é um dos administradores do francês Le Monde. Os dois jornais têm algo em comum: El Pais, nas últimas três décadas, e Le Monde, desde sempre, se tornaram referências mundiais na busca da isenção e na despreocupação em desagradar os personagens de suas matérias. O grande Balzac é um exemplo: quando era elogiado, adorava os jornais. Quando recebeu críticas mudou de lado e escreveu: “Se a imprensa não existisse, seria preciso não inventá-la.”

*Advogado e jornalista.  Autor de diversos livros de gastronomia publicados pela L&PM.

Semana Cultural Sinais na Arte no MAM em São Paulo

“Você tem duas opções quando não consegue ouvir o que os outros dizem: ficar quieto, acenar com a cabeça, murmurar e sorrir, fingindo que ouve o que o seu interlocutor está dizendo, usando de vez em quando uma expressão de concordância, mas sempre correndo o risco de meter os pés pelas mãos com consequências desagradáveis; ou então tomar a iniciativa, ignorar as regras normais de turnos conversacionais e falar sem parar sobre o assunto que preferir, sem deixar nenhum espaço para o seu interlocutor, o que evita o problema de escutar e entender o que ele está dizendo.”

O trecho acima é apenas uma das situações vividas por Desmond Bates, personagem central do romance Surdo Mundo de David Lodge. Desmond, um homem de meia idade que tenta lidar com a incapacidade de distinguir os sons, não faz outra coisa que gerar confusão – para ele e para todos à sua volta.

Por que estamos falando de surdez? Ontem (26/09) foi o Dia nacional do deficiente auditivo e do surdo. O dia foi marcado por eventos que ressaltam a importância da inclusão do social e do ensino da linguagem de sinais (Libras).

Para quem mora ou está de passagem por São Paulo, o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) está com um evento especial: a Semana Cultural Sinais na Arte. A programação oferece exibição de filmes, oficina de fotografia e visitas guiadas. Todos os eventos são realizados em LIBRAS.

Mais informações aqui.