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Bolos literários para devoradores de livros

Bolos e livros podem combinar mais do que a gente imagina. É o que mostram as fotos abaixo:

Bolo biblioteca

Bolo biblioteca

Bolo Poirot criado pela Sugar Rush Jill

Bolo Poirot criado pela Sugar Rush Jill

Era uma vez um bolo encantado...

Era uma vez um bolo encantado…

Bolo que incentiva a leitura

Bolo que incentiva a leitura

Bolo tributo a Jane Austen

Bolo tributo a Jane Austen

Bolo para devoradores de livros

Bolo com três andares de livros

Bolo "casinha" de livros

Bolo “casinha” de livros

Cupcakes literários

Cupcakes literários

Tatuagens literárias

Tem gente que ama tanto os livros que é capaz de gravar seu autor preferido na pele. Conheça aqui algumas tatuagens deste tipo que o pessoal exibe com o maior orgulho na Web:

agatha

Agatha Christie

hamlet 2

De “Hamlet”, de Shakespeare

grande gatsby

De “O grande Gatsby”, de F. Scott Fitzgerald

jack

Jack Kerouac e um trecho de “On the road”

alice 2

Ilustração de “Alice”, de Lewis Carroll

ginsberg howl

Trecho de “Uivo”, de Allen Ginsberg

Peter Pan, de J. M. Barrie

Peter Pan, de J. M. Barrie

Essa é fã de "Orgulho e preconceito", de Jane Austen

Essa é fã de “Orgulho e preconceito”, de Jane Austen

Um dia dedicado aos animais

É dia de Snoopy, Garfield e Simon’s Cat. Dia de festejar os personagens principais de quatro patas que estão em obras como O livro da selva de Rudyard Kipling, Caninos brancos de Jack London ou mesmo Max e os felinos de Moacyr Scliar. Dia ainda dos bichinhos que habitam as Fábulas de Esopo, as histórias dos irmãos Grimm ou os Contos de Mamãe Gansa.  É  Dia Mundial dos Animais, uma data que existe desde 1931 e que foi escolhida por ser o dia de São Francisco de Assis.

Não faltam livros em que os animais são personagens principais

Não faltam livros em que os animais são personagens principais

Autor de hoje: Honoré de Balzac

Tours, França, 1799 – Paris, França, 1850

Honoré de Balzac nasceu em Tours, em 20 de maio de 1799, filho do camponês Bernard-François Balssa (mais tarde Honoré mudou o nome para Balzac, precedido de um aristocrático de) e de Anne-Charlotte-Laure Sallambie. A mãe de Balzac, 33 anos mais jovem que Bernard, era filha de uma modesta burguesia da província e teve uma relação distante e ao mesmo tempo marcante com o filho mais jovem, Honoré. Ele conheceu na infância e na adolescência a solidão e a dureza dos internatos, onde fez sua formação básica. Formou-se em Direito, profissão que jamais praticou. Aventurou-se em numerosos negócios em busca de fortuna, fracassando nisso de maneira sistemática. Paralelamente ao sonho de enriquecer, escreveu uma das maiores e mais consistentes obras da história da literatura mundial. Morreu em 18 de agosto de 1850.

Obras principais (Quase a totalidade da obra de Balzac foi publicada sob o título geral de A comédia humana): A pele de Onagro, 1831; Eugénie Grandet, 1833; O Pai Goriot, 1834; O lírio do vale, 1835; A mulher de trinta anos, 1835; Ilusões perdidas, 1843; Esplendores e misérias das cortesãs, 1847.

HONORÉ DE BALZAC por Ivan Pinheiro Machado

A comédia humana é o título geral que dá unidade a obra de Honoré de Balzac, composta de 89 romances, novelas e histórias curtas. Esse enorme painel do século XVIII foi ordenado pelo autor em seis subséries: Cenas da vida privada, Cenas da vida provinciana, Cenas da vida parisiense, Cenas da vida militar, Estudos filosóficos e Estudos analíticos.

A comédia humana é um monumental conjunto de histórias, em que cerca de 2.500 personagens se movimentam por vários livros, ora como protagonistas, ora como coadjuvantes. Genial observador do seu tempo, Balzac soube como ninguém captar o “espírito” do século XVIII. A França, os franceses e a Europa no período entre a Revolução Francesa e a Restauração têm nele um pintor magnífico e preciso. Friedrich Engels, em uma carta a Karl Marx, dizia que “eu aprendi mais em Balzac sobre a sociedade francesa da primeira metade do século, inclusive nos seus pormenores econômicos (por exemplo, a redistribuição da propriedade real e pessoal depois da Revolução), do que em todos os livros dos historiadores, economistas e estatísticos da época, todos juntos (…)”.

Tido como o inventor do romance moderno, Balzac deu tal dimensão aos seus personagens que, já no século XVIII, mereceu de Hippolyte Taine, o maior crítico literário do seu tempo, a seguinte observação: “Como William Shakespeare, Balzac é o maior repositório de documentos que possuímos sobre a natureza humana”. Esse criador de milhares de personagens foi – quem sabe – o mais balzaquiano de todos. Obcecado pela idéia da glória literária e da fortuna, adolescente ainda, convenceu sua família de recursos limitados a sustentá-lo em Paris por no máximo dois anos, tempo suficiente para que ele se consagrasse como escritor e jornalista. Começou a vida literária publicando obras de terceira categoria sob pseudônimo. Era a clássica “pena de aluguel”. Escrevia sob encomenda histórias de aventuras, policiais, romances açucarados, folhetins baratos, qualquer coisa que lhe rendesse algum dinheiro.

Somente em 1829, dez anos depois de sua chegada a Paris, Balzac sente-se seguro para colocar o seu verdadeiro nome na capa de um romance. É quando sai A Bretanha em 1799 – um romance histórico em que tentava seguir o estilo de Sir Walter Scott, o grande romancista inglês de seu tempo. Paralelamente à enorme produção que detona a partir de 1830, seus delírios de grandeza levam-no a criar negócios que vão desde gráficas e revistas até minas de prata. No entanto, fracassa como homem de negócios. Falido e endividado, reage criando obras-primas para pagar seus credores em uma destrutiva jornada de trabalho de até dezoito horas diárias. “Durmo às seis da tarde e acordo à meia-noite, às vezes passo 48 horas sem dormir….” queixava-se em cartas aos seus amigos.

Em 1833, teve a antevisão do conjunto de sua obra e passou a formar uma grande “sociedade”, com famílias, cortesãs, nobres, burgueses, notários, personagens de caráter melhor ou pior, vigaristas, homens honrados e avarentos, que se cruzariam em várias histórias diferentes sob o título geral de A comédia humana. Vale ressaltar que em sua imensa galeria de tipos, Balzac criou um espetacular conjunto de personagens femininos que – como dizem unanimemente seus biógrafos e críticos – tem uma dimensão muito maior do que o conjunto dos seus personagens masculinos.

Aos 47 anos, massacrado pelo trabalho, pela péssima alimentação e o tormento das dívidas que não o abandonaram pela vida inteira, ainda que com projetos e esboços para pelo menos vinte romances, Balzac já não escrevia mais. Consagrado e reconhecido na França e na Europa inteira como um grande escritor, havia construído em frenéticos dezoito anos esse monumento com quase uma centena de histórias. Morreu em 18 de agosto de 1850, aos 51 anos, pouco depois de ter casado com a condessa polonesa Eveline Hanska, o grande amor de sua vida.

Guia de Leitura – 100 autores que você precisa ler é um livro organizado por Léa Masina que faz parte da Coleção L&PM POCKET. Todo domingo,você conhecerá um desses 100 autores. Para melhor configurar a proposta de apresentar uma leitura nova de textos clássicos, Léa convidou intelectuais para escreverem uma lauda sobre cada um dos autores.

Capote e Bukowski na The Paris Review

Qual foi a idéia que deu inicio à trama do livro? O escritor buscou conhecer pessoas para criar o personagem? Quando escreve, o que faz?

Algumas respostas estão no novo site da publicação literária The Paris Review. A revista reuniu em um grande arquivo entrevistas com grandes escritores como Ernest Hemingway, Ralph Ellison, Jorge Luis Borges, entre outros. Estão por lá, também, artigos sobre autores publicados pela L&PM, como Charles Bukowski e Truman Capote. Vale a pena conferir.