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Unidunitê salamê minguê, um presente colorete, o escolhido foi você!

Você ainda não comprou os presentes do Dia da Criança? Não vai esquecer do sobrinho, da afilhada, do filho do amigo, do enteado… Só pra lembrar: roupa não é o presente preferido da galerinha. Vídeo game, bicicleta e essas coisas mais caras é melhor deixar pro Natal (que, logo, logo, vai dar o ar da sua graça). Então… que tal um livro? Ele pode ser uma grata surpresa para as crianças que gostam de ler e um ótimo estímulo para as que ainda não descobriram o mundo das letras. A gente tem diferentes dicas para diferentes tipos de crianças. Dá só uma olhada:

Os verdadeiros contos de fadas: Sabe aquele personagem malvado que aparece no filme Shrek Para Sempre, o Rumpelstiltskin? Pois a história dele é um dos Contos de Grimm que está neste livro da Coleção L&PM Pocket. O volume 1, A bela adormecida e outras histórias, traz 32 contos, todos originais (isso quer dizer que eles não têm a mão da Disney para atrapalhar). Um ótimo presente para crianças curiosas que já dormem de luz apagada à noite.

O menino que não queria crescer: A criança que você vai presentear já está na fase dos livros mais longos, na idade limite entre a infância e a adolescência? Então está na hora de dar a verdadeira história de Peter Pan pra ela. O Peter Pan da Coleção L&PM Pocket ganhou uma nova e excelente tradução de Rodrigo Breunig que começa assim “Todas as crianças crescem, exceto uma. Elas logo descobrem que vão crescer…”

Que puxa, que ideia legal!: Impossível encontrar uma criança no mundo que não se identifique com algum personagem da Turma do Charlie Brown. Só para você comprovar isso, em Snoopy e sua turma, Marcie discursa em sala de aula: “Um metro é igual a 100 centímetros. Um decímetro é igual a 100 milímetros. Uma jarda é igual a três pés… um palmo é igual a três polegadas… E um dia escolar é igual a 100 anos! Lamento, senhora, não pude evitar essa observação.” diz ela para à professora.

Um presente smurferdivertido: Os Smurfs estão na moda. Com o sucesso do filme (recorde de bilheteria!), eles voltaram a habitar os corações de crianças no mundo inteiro. O Smurf repórter e O bebê Smurf são os dois títulos que agora fazem parte do catálogo nos formatos álbum ou pocket. Para crianças ligadas em cinema, para as que amam a cor azul e para as que estão e a fim de aprender o idioma smurfês. Smurfentendeu como deixar uma criança smurfeliz?

A turma mais popular do Brasil: Turma da Mônica é clássico. Sua geração leu e a nova geração continua lendo. Só que muitas crianças não sabem que não é só de gibi colorido que vive essa turma. Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Bidu nasceram em tirinhas e não em quadrinhos. A Caixa Especial Turma da Mônica reúne cinco diferentes títulos em pocket com tirinhas de Mauricio de Sousa que eram publicadas lá no início da década de 60. Um presente cinco vezes mais legal.

Uma viagem até a China: Que tal trocar o brinquedo “made in China” pelos Contos sobrenaturais chineses? Este livro é lindo, colorido, cheio de ilustrações e traz 25 histórias maravilhosas como “O homem que queria ser peixe”, “A história da lua”, “A origem do bicho-da-seda” e “Vende-se um fantasma”. São contos traduzidos do chinês por Márcia Schmaltz e Sérgio Capparelli.

Rimas ricas: “O Zigue e o Zague / Não sabiam a direção. / É por aqui? / Por aqui, não! / E sumiram no horizonte, / Sem chegar à conclusão.”. Esse é apenas um dos belos poemas de Sérgio Capparelli que estão reunidos em 111 poemas para crianças, livro que traz uma surpresa visual em cada página. Para crianças que são cibernéticas sem deixar de ser poéticas. E que já estão na idade de aprender o valor de uma boa rima.

Era uma vez uma lenda brasileira: Não sabe o que dar de presente para aquele seu sobrinho que queria ter nascido índio? Achou! A dica é As 100 lendas melhores do folclore brasileiro. Um livro que também é perfeito pra incentivar os pequenos a valorizarem “as coisas nossas”. Mas caso ele prefira mais os gregos do que os indígenas, tem também Deuses, heróis e monstros, livro que traz histórias da mitologia grega para crianças.

Filme sobre Freud e Jung tem pré-estreia no “The New York Film Festival”

Começou há pouco menos de uma semana, na Big Apple, o The New York Film Festival que vai até o dia 16 de outubro. E é lá que, hoje, às 18 horas (19 horas no Brasil), será exibido o novo filme de David Cronemberg: A Dangerous Method. A obra do diretor canadense narra a relação entre Carl Jung (vivido por Michael Fassbender) e Sigmund Freud (na pele de Viggo Mortensen). Com estreia oficial prevista para este ano, A Dangerous Method conta como a relação entre Jung e Freud é alterada quando entra em cena uma nova paciente, Sabina Spielrein, interpretada por Keira Knightley.

E por falar em Freud e Jung, a Coleção L&PM POCKET está preparando novos livros com eles. No início do ano que vem, chega A interpretação dos Sonhos, de Freud. Pra completar, a Série Encyclopaedia terá um volume dedicado a Jung.

O pai da psicanálise já tem seu espaço na L&PM. Já Jung está chegando por aqui.

Picasso, Matisse e Cézanne juntos em Paris

No início do século 20, anos antes de estourar a 2ª Guerra Mundial na Europa, circulavam por Paris os artistas da chamada “geração perdida”. Em meio a festas e noitadas em bares, eles produziram romances, quadros e esculturas que seriam reconhecidas mais tarde como verdadeiras obras-primas da história da arte e da literatura mundial.

Uma das festas mais badaladas e “bem frequentadas” da época acontecia na casa da família Stein, que tinha se mudado de São Francisco, nos Estados Unidos, para a capital francesa. O famoso sobrado da Rue de Fleurus ocupado por Gertrude Stein e seus irmãos tinha as paredes “forradas” com mais de 200 quadros de alguns dos maiores gênios da pintura mundial como Picasso, Matisse, CézanneGauguin e Toulouse-Lautrec – só para citar alguns que frequentavam o local e deixavam por lá suas marcas.

É a própria Gertrude Stein quem conta as histórias desta época no livro Autobiografia de Alice B. Toklas (Coleção L&PM Pocket), que certamente serviu de inspiração para Woody Allen no filme Meia-noite em Paris. Aliás, quem assistiu ao filme, sabe bem do que estamos falando! E a boa notícia é que a partir de hoje (5/10), as obras do acervo de Gertrude Stein farão parte de uma exposição na galeria Grand Palais, em Paris.

Visitantes observam pinturas de Picasso e Cezanne, durante pré-estreia de exposição da coleção dos Stein

Quem estiver pela Cidade Luz não pode deixar de conferir! A exposição começa hoje e vai até o dia 16 de janeiro de 2012.

Rimbaud por Jack Kerouac

Arthur Rimbaud viveu apenas 37 anos, mas foi o suficiente para influenciar uma turma enorme de artistas e intelectuais. A produção literária e musical do século 20 deve muito ao poeta francês: de Bob Dylan e Patti Smith (só para citar alguns) a T. S. Eliot, J. D. Salinger, Henry Miller, Anaïs Nin passando pelos poetas e escritores da geração beat, vários artistas “estamparam” a influência de Rimbaud em seus textos e letras de música.

Uma das homenagens mais escancaradas foi feita por Jack Kerouac com o poema “Rimbaud”, que faz parte da coletânia “Scattered Poems” e foi publicado pela L&PM no Brasil no livro Alma beat, de 1984. Clique sobre a imagem e leia o poema na íntegra:

A L&PM publica a história de Rimbaud na Série Biografias L&PM.

O melhor amigo dos escritores

Graziela dormia numa cesta de vime, que ficava ao lado de uma cadeira. Certo dia, na ausência dos donos, ela aproveitou um descuido da empregada e fugiu pelo portão aberto. Ao serem informados do acontecido por telegrama, Machado de Assis e sua esposa Carolina ficaram inconsoláveis e, imediatamente, mandaram publicar na Gazeta de Notícias e no Jornal do Commercio um anúncio que oferecia cem mil réis de recompensa para quem trouxesse de volta a cachorrinha. Para alívio do casal, Graziela foi encontrada poucos dias depois e viveu com eles por muitos anos ainda, até morrer já bem doentinha, cega e sem dentes. O próprio Machado de Assis enterrou-a com seu cesto de vime no jardim da frente.

Enquanto alguns apreciam a companhia dos gatinhos, outros não ficam sem seus fiéis companheiros: os cachorros. A exemplo de Machado de Assis, que tinha verdadeira adoração por Graziela, outros escritores deixaram registrado todo seu carinho pelos cãezinhos nas fotos a seguir, reunidas pelo blog Dog Art Today.

Gertrude Stein no pátio de casa com Pepe e Basket

Kurt Vonnegut com seu pequeno Pumpkin no colo (1982)

Jack London tinha vários cachorros!

John Steinbeck e Charley (1962)

Eu gosto de gatos porque…

Se me pedissem para completar a frase “Eu gosto de gatos porque…”, duvido que ganhasse algum prêmio, mas sei o que gosto neles e por quê. Gosto de gatos porque eles são elegantes e silenciosos, e têm efeito decorativo; uns leõezinhos razoavelmente dóceis, andando pela casa. Poderia dizer que eles são silenciosos na maior pare do tempo, porque um siamês no cio não é silencioso. Acredito que os gatos dão menos trabalho do que os cachorros, embora admita que cachorros, em geral, viajam melhor.

Assim começa o ensaio “Sobre gatos e estilo de vida” de Patricia Highsmith, que era assumidamente apaixonada pelos pequenos felinos. Eles não só a inspiram como ganharam dela uma linda homenagem: três histórias, três poemas, um ensaio e sete desenhos que compõem o livro Os gatos (Coleção L&PM Pocket).

Temos que reconhecer que os bichanos têm algo que combina muito com literatura, pois não há outra explicação para o fascínio que alguns escritores têm por eles como bem mostra outro trecho do ensaio de Patricia:

Raymond Chandler gostava de ter um gato roliço junto dele, ou sobre a escrivaninha. Simenon é frequentemente fotografado com algum de seus gatos, em geral um gato preto. Os gatos oferecem para o escritor algo que outros humanos não conseguem: companhia que não é exigente nem intrometida, que é tão tranquila e em contante transformação quanto um mar plácido que mal se move. (…) Gosto de fazer aniversário no mesmo dia de Edgar Allan Poe: 19 de janeiro. Ele é outro não solteirão que aparentemente gostava de gatos.

Bukowski, Jack Kerouac, Allen Ginsberg, William Burroughs e outros escritores também adoravam os bichanos, como registramos em outro post aqui no blog.

E você, gosta de gatos? Conta pra gente o porquê aí em baixo nos comentários 😉

“On the road” pela França

Não é de hoje que a famosa viagem de Jack Kerouac pelos Estados Unidos inspira fãs e seguidores pelo mundo. O fotógrafo Arnaud Contreras (fã confesso dos beats) colocou uns livros na mochila (mais especificamente os livros de Kerouac), chamou o amigo Alain Dister (que faz as vezes de Neal Cassady, também é fotógrafo e carrega um exemplar de On the road na mochila) e colocou o pé na estrada numa viagem semelhante à que deu origem à bíblia dos beats. A diferença é que Contreras e seu fiel escudeiro viajaram pela França – e não pelos Estados Unidos, mas isso não fez com que a dupla perdesse o foco da viagem. Afinal, Jack Kerouac está presente em diversas ruas na França:

Os registros da viagem estão disponíveis no blog de Arnaud Contreras e fazem parte do documentário “Kerouac, l’obsession bretonne” realizado pelo fotógrafo e lançado no início deste ano.

Se você ainda não leu o clássico beat On the road, de Jack Kerouac, ainda é tempo! Além do livro em formato pocket, a L&PM publica também o manuscrito original.

O céu não é o limite para a China

Por Paula Taitelbaum*

A China impressiona e ao mesmo tempo assusta. Ano passado conheci Xangai, Wenzhou e Hong Kong. Uma pequena fração deste que é o maior e mais populoso país do mundo. Sou testemunha ocular de que, nas ruas, impera um misto de obediência e eficiência, onde as pessoas andam olhando para o chão, enquanto os prédios alcançam o céu como se buscassem ultrapassar todos os limites. 

A China não tem limites… Prova disto é que ontem, 29 de setembro, alcançou o espaço. Do Centro de Lançamento de Satélites Jiuquan, na província de Gansu, partiu um foguete que contém o laboratório espacial Tiangong-1 (Palácio Celestial-1), o primeiro módulo de uma espécie de miniestação que orbitará a Terra a 350 quilômetros de altitude e inicialmente não será tripulado. O plano é utilizar o Palácio Celestial para testar procedimentos de aproximação e acoplagem, essenciais para o funcionamento de uma estação maior que a China pretende colocar em operação em 2020.

Da tecnologia à ciência, do esporte à área militar, a China não poupa esforços para mostrar que é poderosa. Em 2010, o país se tornou a segunda economia do mundo e, no ano que vem, estima-se que ultrapasse o Japão e se torne o segundo maior consumidor de produtos de luxo do planeta. Um paradoxo, já que todo mundo sabe que lá também é o lugar que mais se pirateia produtos do mundo.

Tenho medo do que a China pode fazer. Tenho medo da China do futuro. Porque ela é capaz de tudo com seu exército de gente que entra no elevador e no ônibus assim que a porta abre, sem deixar que as pessoas que estão lá dentro saiam primeiro. Nos grandes centros, há sempre a sensação de que há chineses demais e espaço de menos. Talvez por isso agora eles resolveram se expandir para o espaço. 

Em breve, a L&PM lançará Os anos de fartura, livro de que mostra a China de 2013 como uma superpotência. É um livro de ficção. Mas talvez nem tão ficção assim…

* Paula Taitelbaum é escritora, coordenadora do Núcleo de Comunicação L&PM e em 2010 esteve na China (leia a Série de posts “Diário de Xangai“)

A L&PM já publica livros sobre a China. Veja aqui alguns deles.

“Big Sur” estreia no cinema em 2012

Os fãs de beats podem se preparar para ter emoções em dobro em 2012. Além de On the road, que Walter Salles está preparando para o primeiro semestre, vem aí a versão de Big Sur para a telona, que já está em fase de pós-produção. O responsável pela adaptação é o diretor Michael Polish e o elenco traz Josh Lucas como Neal Cassady, Radha Mitchell como Carolyn Cassady, Anthony Edwards como Lawrence Ferlinghetti e Jean-Marc Barr como Jack Kerouac. A julgar pelas semelhanças, este elenco promete!

Neal Cassady (E) e Josh Lucas

Carolyn Cassady (E) e Radha Mitchell

Kerouac (E) e Jean-Marc Barr

Após o frenesi causado pelo lançamento do livro On the road, em 1957, Kerouac passou um período retirado na cabana de Ferlinghetti, seu amigo, poeta e dono da City Lights Books, editora que publicava (e ainda publica) os beats. Na região de Big Sur, na Califórnia, ele dedicou seus dias à escrita de um novo romance, que a L&PM publica na Coleção L&PM Pocket.

A herança de Machado de Assis

Passava das três horas da manhã do dia 29 de setembro de 1908 quando Machado de Assis deixou essa vida e entrou para a história como o maior de todos os escritores brasileiros. Morreu tranquilamente, aos 69 anos de idade e cercado de amigos queridos na casa de Cosme Velho no Rio de Janeiro. “Na noite em que faleceu Machado de Assis, quem penetrasse na vivenda do poeta, em Laranjeiras, não acreditaria que estivesse tão próximo o desenlace de sua enfermidade (…) Na sala de jantar, para onde dizia o quarto do querido mestre, um grupo de senhoras – ontem meninas que ele carregara no colo, hoje nobilíssimas mães de família – comentavam-lhe os lances encantadores da vida e reliam-lhe antigos versos, ainda inéditos, avaramente guardados em álbuns caprichosos.” escreveu Euclides da Cunha, amigo que acompanhou Machado até o último momento. O velório ocorreu na Academia Brasileira de Letras, Rui Barbosa proferiu o discurso fúnebre e a escritora Nélida Piñon disse que “cercava-se de flores, círios de pratas e lágrimas discretas.”

A notícia da morte de Machado de Assis no Jornal do Brasil

Após a morte de Machado de Assis, todos os seus objetos foram inventariados. O que mais chama atenção na lista de bens avaliados é a grande quantidade de móveis velhos ou em mau estado, o que provavelmente prova que ele não tinha lá muito apego a bens materiais. Vale a pena dar uma olhada no espólio do escritor:

Avaliação – Móveis existentes no prédio à rua Cosme Velho, n. 18: 1 Mobília de sala de jantar de vieux chène, constante de mesa elástica com 5 tábuas; 12 cadeiras; 2 étagères, 1 trinchante e 1 mesinha: 500$000; 2 Dunkerques de jacarandá, com espelho 100$000; 1 Grupo estofado, velho; (3 peças): 50$000; 1 Divã estofado (mau estado) 36$000; 1 Dito idem idem 30$000; 10 Cadeiras de bambu 30$000; 1 Conversadeira estofada (velha) 60$000; 2 Cadeiras de braço, estofadas, em mau estado 20$000; 1 Cadeira de balanço, idem 10$000; 4 Cadeiras de jacarandá 32$000; 1 Lavatório de canela, com espelho 80$000; 1 Guarda-vestidos vinhático, muito velho 50$000; 1 Guarda-casacas com frente de madeira (muito velho) 60$000; 1 Cômoda de canela (mau estado) 30$000; 1 Armário pequeno (canela) 30$000; 1 Aparador vinhático, com pedra mármore (mau estado) 20$000; 1 Guarda-comida de vinhático, em mau estado 5$000; 4 Cadeiras de vime, em mau estado 20$000; 1 Divã de palhinha, em mau estado 40$000; 1 Grupo de 2 cadeiras de balanças conjugadas, mau estado 10$000; 1 Porta-chapéu idem 10$000; 1 Cômoda com pedra mármore e espelho, mau estado 10$000; 1 Cômoda de vinhático, velha, em mau estado 5$000; 1 Cama de ferro nova 30$000; 1 Lavatório com pedra mármore em péssimo estado 5$000; 1 Sofá-cama, austríaco, em mau estado 5$000; 1 Secretária de vinhático 30$000; 1 Cadeira para secretária 10$000; 3 Armários envidraçados 30$000; 1 Estante de madeira 5$000; 2 Estantes de ferro 4$000; 1 Relógio de parede 15$000; 1 Jardineira de metal 15$000; 1 Espelho oval com guarnição dourada (estragado) 15$000; 2 Quadros a óleo (paisagem – cópias) 20$000; 1 Quadro a óleo (marinha) idem 10$000; 1 Quadro a óleo (figura) original de Pontorn 30$000; 2 Aquarelas de Pacheco 10$000; e Gravuras coloridas (paisagem) 20$000; 20 Quadros com gravuras diversas 40$000; 1 Serviço de lavatório (incompleto) 15$000; 1 Serviço de christofle constando de 1 colher para sopa, 1 pá para peixe, 4 facas grandes, 4 facas pequenas, 13 garfos grandes, 12 garfos pequenos, 5 colheres para sopa, 7 colheres para sobremesa, 11 colheres para chá (58 peças) tudo por 70$000; 1 Colher de metal 2$000; 3 Esteirinhas de palha 14$000; 1 Serviço de granito, constando de 1 terrina, 1 saladeira, 2 travessas, 1 prato coberto, 1 molhadeira, 1 fruteira, 19 pratos rasos, 1 prato fundo, 5 xícaras, 3 canequinhas para café, 10 pires avulsos, tudo 25$000; 12 copos de vidro (1/2 cristal) 10$000; 8 cálices de cores (vidro) 6$000; 7 cálices cristal para licor 5$000; 2 Garrafas cristal para licor 6$000; 2 Garrafas vidro para vinho 4$000; 1 Compoteira de vidro 1$000; 2 Fruteiras de vidro 2$000; 1 Fruteira vidro de cor 3$000; 2 Copos vidro de cor 1$000; 1 Bandeja metal (mau estado) 1$000; 1 Cesta de metal 2$000; 2 Bules e 1 açucareira metal (em mau estado) 5$000; 4 Taças de cristal para champanhe 5$000, 2 Toalhas e 4 guardanapos 14$000; 1 Lote de roupas de uso 2$000.

Livros – 400 volumes encadernados de diversos autores 600$000; 600 volumes em brochura de diversos autores 300$000; 400 Folhetos de diversos autores 120$000.

2:718$000 – Importa a presente avaliação na quantia de dois contos, setecentos e dezoito mil réis.

(Via Memorial do Bruxo – Conhecendo Machado de Assis)

Todos nós sabemos, no entanto, que a maior herança que Machado nos deixou foram suas obras. A L&PM publica todos os romances de Machado de Assis.