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Programação de julho do canal Philos terá Beats e Leonardo Da Vinci

Philos é um canal que apresenta ótimos documentários. São produções de alta qualidade sobre arte, ciência, história, música e cultura em geral. Todo conteúdo é em HD e ser acessado pelo www.philos.com. A partir de 1°  julho, o Philos vai apresentar dez produções do acervo do canal Mais Globosat e  a programação abre nesta sexta-feira, às 13h, com “A influência da Geração Beat”, seguido de “A alimentação de Da Vinci”.

“A influência da Geração Beat” é um documentário focado nas figuras de Allen Ginsberg, Jack Kerouac e William Burroughs. Já “A alimentação de Da Vinci” é uma produção baseada na descoberta da lista de compras de mercado do grande pintor, feita pelo casal Won-jin e Song Eun-jung, mostrando as prováveis receitas que ele talvez tenha criado.

Beat Generation filme

A L&PM Editores tem uma série inteira dedicada aos beats e publica a biografia de Leonardo da Vinci.

No Dia Mundial sem Tabaco…

… propomos algumas mudanças. Sabemos que os personagens a seguir talvez não concordassem totalmente com elas, mas o que vale é a intenção. 🙂

Faça como Anais Nïn, troque o cigarro pela arte:

Anais ok

Faça como Freud, troque o cigarro por uma gentileza:

Freud ok

Faça como Bukowski, troque o cigarro por uma gostosura:

Buk ok

Faça como Jack Kerouac, troque o cigarro por uma brincadeira de criança:

Kerouac ok

Faça como Mark Twain, troque o cigarro pela alimentação natural:

mark twain ok

Faça como Hunter Thompson, troque o cigarro por um esporte saudável (nem que seja ping pong):

Hunter ok

Faça como Truman Capote, troque o cigarro por uma invenção de moda:

capote ok

E, por fim, faça como William Burroughs, troque o cigarro por uma boa causa:

Burroughs ok

5 de fevereiro de 1914: nascia William Burroughs, o mais velho dos beats

William S. Burroughs foi mais longe do que os outros beats. Não que tenha feito mais sucesso, mas além de ter vindo ao mundo antes de Allen Ginsberg e Jack Kerouac, o “velho Bill” morreu depois deles. Nascido em 5 de fevereiro de 1914, faleceu de ataque cardíaco em 2 de agosto de 1997 aos 83 anos. Um verdadeiro sobrevivente a oito décadas de vida junky. Em On the road, de Kerouac, ele virou o personagem Old Bull Lee.

Burroughs foi uma figura polêmica. Seu currículo incluía relações com garotos menores de idade e o assassinato da esposa (que ele matou sem querer ao brincar de Guilherme Tell). Mas isso não o impediu de ter um séquito enorme de fãs e muitos amigos famosos que o veneraram até o fim – incluindo aí Mick Jagger, Patti Smith e Madonna.

No livro Jack Kerouac & Allen Ginsberg: As cartas, Burroughs é tema frequente na correspondência trocada entre os amigos beats. Aqui, por exemplo, Kerouac escreve sobre ele em março de 1952:

Jack Kerouac [São Francisco, Califórnia] para
Allen Ginsberg [Paterson, Nova Jersey]

fim de março de 1952

Caro Allen:
[…]
Notícias do livro de Bill são fantásticas – eu sabia, quem mais escreve uma confissão completa, soque seu Meron fodido num chiqueiro, blá, Bill ainda é fantástico; escrevi DUAS semanas atrás e pedi a ele para que me levasse para o Equador com ele e [Lewis] Marker, e ainda estou esperando uma resposta: aqui um trecho da carta que ele me escreveu:
“Caro Jack, não sei por quanto tempo vou ficar por aqui. Fui classificado como um ‘estrangeiro problemático’ e o departamento de imigração vai pedir minha saída assim que o caso for decidido…” (mais tarde) (fala sobre seu novo romance gay, estou sugerindo que o chame simplesmente de Queer, é uma sequência para Junk, e ele diz que é melhor, e acredito que seja…) “E me deixe dizer, meu jovem,” (ele escreve) “que eu não ‘abandonei minha sexualidade em algum lugar perdido na estrada do ópio,’ esta frase ficou comigo por todos estes anos. Preciso pedir a você que, se eu aparecer no seu livro atual, que eu apareça adequadamente equipado.” (e aí acrescenta, depois do ponto) “com capacidades masculinas. Meu Deus, cara, você sabe mesmo escolher suas mulheres. Não precisava ter me dito para não dar o seu endereço para a esposa de Kell, ela e eu nem nos dizemos oi, acho que ela não gosta de mim” (soa como o velho bill no Ruyon da 8ª Av., não é?) o P.S. é como segue: “Outra coisa, não estou totalmente feliz com aparecer sob a alcunha de Old Bull Balloon, não consigo deixar de pensar que o epíteto Bull faz uma referência pouco elogiosa, e não sou velho de forma alguma… você vai me equipar” (equipar de novo, duas vezes essa palavra) “com cabelos brancos no próximo livro”. Não é interessante isso vindo de Bill?… no novo livro ele é Bill Hubbard, por falar nisso. Ele diz que Dennison foi descoberto por sua mãe em Cidade pequena, cidade grande, de forma que terá que usar Sebert Lee como nome em Junk, mas para se esconder de mamãe, mas… “Pensei em Sebert Lee, mas Sebert é como Seward e Lee é o nome de minha mãe. Acho que ainda assim vai funcionar.” (fim da carta). (louco?) Se ele me chamar, meu terceiro romance vai estar a caminho imediatamente… vai ser sobre Bill descendo à América do Sul, ainda sem título, e tão vasto como On the Road, diga a Carl, e também diga a Carl que vou enviar o Road completo e datilografado direitinho com todas as considerações feitas e arrumadinho no máximo até abril. De forma que eu possa começar o romance número 3, quero seguir em frente, um desses anos vou conseguir produzir TRÊS obras-primas em um ano, como fez Shakespeare em seu ano Hamlet-Lear-Júlio César, – não convidei você para Paris porque preciso de você, estava só sendo legal com um amigo escritor e sendo tradicional, e também, vai se foder.

Ti-Jean

Burroughs e Kerouac fotografados por Allen Ginsberg em 1953

Ginsberg e Burroughs em 1984

De William Burroughs, a Coleção L&PM Pocket publica Cartas do Yage e O gato por dentro.

Bowie & Burroughs

Impossível não seguir pensando e falando em David Bowie.

Em novembro de 1973, o repórter grego Craig Copetas reuniu em uma só entrevista o “Beat Godfather” William Burroughs e o “Glitter Mainman” David Bowie. Pelo menos foi assim que ele chamou ambos no título da matéria publicada na revista Rolling Stone de 28 de fevereiro de 1974. Bowie tinha 26 anos. Burroughs, 59. Falaram sobre música, poesia, sexualidade, ficção científica, viagens, Andy Warhol. Mostraram desprezo pela Flower Power dos anos 60.

A matéria na Revista Rolling Stone (clique para ampliar)

A matéria na Revista Rolling Stone (clique para ampliar)

As fotos foram feitas por Terry O’Neill e uma delas, colorida à mão pelo próprio Bowie, costuma estar presente em exposições que correm o mundo. Clique aqui para ler a matéria da Rolling Stone em inglês.

David Bowie and William Burroughs photographed by  Terry O'Neill in 1974 and hand-coloured by Bowie

De William Burroughs, a L&PM publica Cartas do Yage O gato por dentro.

No ritmo de William Burroughs

William s. Burroughs é considerado o mais sombrio dos Beats. Guru junkie, escreveu vários livros e inspirou muitos rebeldes das gerações que vieram depois dele. Não são poucas as celebridades do meio musical, por exemplo, que se declararam suas fãs.

Além disso, ele está presente na capa do disco “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” dos Beatles e no vídeo da música “Last Night on Earth” da banda U2, ele também fez uma parceria musical Kurt Cobain no início dos anos 90 em que compôs uma música que o líder do Nirvana musicar.

William Burroughs com David Bowie

William Burroughs com David Bowie

Com Mick Jagger

Com Mick Jagger

Com Patti Smith

Com Patti Smith

Com Kim Gordon e Michael Stipe

Com Kim Gordon e Michael Stipe

Com Jimmy Page

Com Jimmy Page

Com Madonna

Com Madonna

Com Frank Zappa

Com Frank Zappa

Com Sting e Andy Summers

Com Sting e Andy Summers

Com Blondie

Com Blondie

Com Tom Waits

Com Tom Waits

Com Curt Cobain

Com Kurt Cobain

Em 2012, após a morte do escritor, a banda Chelsea Light Moving, liderada por Thurston Moore, ex-Sonic Youth, lançou seu disco de estreia intitulado “Burroughs” em homenagem a ele.

William Burroughs é um dos personagens do livro “Os rebeldes – Geração beat e anarquismo místico“, de Claudio Willer.

 

Allen Ginsberg, fotógrafo

Além de poeta, autor do Uivo e ícone da geração beat, Allen Ginsberg era um exímio fotógrafo, que registrou como ninguém a vida urbana e cultural de Nova York e também de outros lugares por onde passou. Suas fotos retratam cenas de sua própria vida e do convívio com outros escritores e artistas, entre eles Bob Dylan, Jack Kerouac, John Cage, William de Kooning, Paul McCartney, Patti Smith, William Burroughs e Iggy Pop.

Boa parte deste material (cerca de 8 mil fotos feitas entre 1944 e 1997) foi reunido pela Larry & Cookie Rossy Family Foundation e está sendo doado para a biblioteca de “special collections” do Centro de Artes da Universidade de Toronto (UTAC), famoso por seu grande acervo de manuscritos, fotos e outros materiais e por ser a maior biblioteca de livros raros do Canadá e uma das maiores do mundo. Várias imagens já foram digitalizadas e estão no Flickr da Thomas Fisher Rare Book Library do UTAC, veja algumas:

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Linda e Paul McCartney

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Patti Smith

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Auto-retrato

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Iggy Pop

Exposição em Londres marca centenário de William Burroughs

Está em cartaz até 30 de março em Londres a exposição Talking Shots, com mais de 100 fotos de William Burroughs. Além de escritor, o  autor de Naked lunch e O gato por dentro também tinha a fotografia, a pintura e as armas entre suas paixões. O título da exposição, inclusive, brinca com o duplo significado da palavra “shots”, que significa “tirar fotos” e também “atirar”. No caso de Burroughs, “shot” também tem relação com a pintura: para fazer seus quadros, ele posicionava uma lata de tinta em frente à tela em branco e atirava na lata, de modo ela estourasse e espalhasse a tinta sobre a tela.

Diferente de outras ocasiões em que as fotografias de Burroughs foram expostas, desta vez elas são tratadas de forma bem particular, tentando explorar como e porque ele utilizava esta linguagem para se expressar. Uma das curadoras da mostra, Patricia Allmer, disse em entrevista ao Estadão: “Houve algumas mostras menores das fotografias de Londres de Burroughs, e algumas de suas fotos foram exibidas anteriormente como parte do espectro amplo de seu interesse visual. Mas Taking Shots é a primeira exposição a tratar sua fotografia como fotografia”.

foto_burroughs

John Giorno na mira de W. Burroughs em 1965

William Burroughs nasceu em 5 de fevereiro de 1914, há exatos 100 anos, e a mostra Talking Shots, que vai até 30 de março no The Photographers’ Gallery (16-18 Ramillies Street), faz parte das comemorações do centenário do escritor.

As últimas palavras de William Burroughs

“Amor? O que é isso? Analgésico mais natural que existe. AMOR.”. Essas foram as últimas palavras escritas por William S. Burroughs no seu diário pessoal, em 30 de julho de 1997. Em 2 de agosto, apenas três dias depois, ele morreria aos 83 anos devido a um ataque cardíaco que sofrera no dia 1º. Guru junkie, ele é considerado o mais sombrio dos Beats originais e sua obra mais famosa é Naked lunch (Almoço nu).

There is no final enough of wisdom, experience- any fucking thing. No Holy Grail, No Final Satori, no solution. Just conflict.

Only thing that can resolve conflict is love, like I felt for Fletch and Ruski, Spooner, and Calico. Pure love. What I feel for my cats past and present.

Love? What is it?
Most natural painkiller what there is.
LOVE.

(Últimas palavras escritas por William Burroughs)

Em 2012, a banda Chelsea Light Moving, liderada por Thurston Moore, ex-Sonic Youth, lançou seu disco de estreia intitulado “Burroughs”. A canção que dá nome ao álbum foi inspirada nessas últimas palavras do escritor. Assista ao clipe:

De William Burroughs, a Coleção L&PM Pocket publica Cartas do Yage e O gato por dentro.

As celebridades de Richard Avedon

Em 15 de maio de 1923, há exatos 90 anos, nascia Richard Avedon, um dos maiores fotógrafos que o mundo já conheceu! São dele alguns dos registros mais célebres de grandes nomes da literatura, da música, do teatro e do cinema, como Marilyn Monroe, Andy Warhol, Allen Ginsberg, William Burroughs, Bob Dylan, Picasso, Tennesse Williams, Truman Capote e vários outros.

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