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Google homenageia os 160 de Freud

Nascido em 6 de maio de 1856, Sigmund Freud permanece vivo no consciente – e no inconsciente – do mundo. Hoje, 160 anos após seus olhos se abrirem pela primeira vez, são muitas as homenagens prestadas ao pai da psicanálise. O Google, por exemplo, criou um belo Doodle na página principal do site. No desenho, o rosto de Freud, de perfil, simboliza a ponta de um iceberg, enquanto o restante de sua cabeça, representando o inconsciente, permanece submersa, fazendo referência à sua obra mais conhecida, A interpretação dos Sonhos (que a L&PM publica em diversos formatos).  O criador do Doodle, Kevin Laughlin, explica no blog do Google que dispensou outros símbolos que lembram Freud, como o divã ou sua tradicional poltrona de couro, para desenhar o iceberg: “O iceberg é uma referência às profundezas obscuras da mente inconsciente.”

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A L&PM Editores tem uma série inteira dedicada a Sigmund Freud com suas obras traduzidas direto do alemão, além da sua biografia.

Livros de filhos para pais

Ainda não comprou o presente do Dia dos Pais? Nas dicas abaixo você certamente vai encontrar alguma sugestão que vai deixar seu pai feliz:

A AUTOESTRADA DO SUL, de Julio Cortázar – Oito contos escolhidos de Julio Cortázar. Após cada história, sentimos como se uma nova janela houvesse se aberto para nossa compreensão da vida. Perfeito para pais reflexivos, inteligentes e que gostam de jazz, já que o autor tem contos sobre o tema.

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OS FILHOS DOS DIAS, de Eduardo Galeano – Inspirado na sabedoria dos maias, este livro se situa como uma espécie de calendário, onde de cada dia nasce uma nova história. Provocante, intenso e sensível como toda obra desse escritor uruguaio, Os filhos dos dias vai agradar os pais que curtem contar história e gostam de saber um pouco sobre tudo.

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JANGO: A VIDA E A MORTE NO EXÍLIO, de Juremir Machado da Silva – O recém lançado livro de Juremir Machado da Silva reconstrói a vida do ex-presidente João Goulart durante o exílio, até a sua morte, ao mesmo tempo em que aborda a suspeita de que Jango teria sido assassinado. Se o seu pai é do tipo politizado ou simplesmente gosta de história do Brasil, esse é o presente perfeito.

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INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS, de Sigmund Freud – Pela primeira vez publicado em português com tradução direta do alemão, o mais famoso livro de Freud traz as perspectivas sobre a natureza e o significado dos sonhos em uma viagem até o inconsciente humano. Pais que buscam entender o mundo vão adorar.

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O sonho de publicar “A interpretação dos sonhos”, de Freud

Cinco anos depois: sobre a experiência de editar a primeira tradução brasileira direta de “A interpretação dos sonhos”

Por Caroline Chang*

Hoje fiz as contas: faz cinco anos que começamos o projeto de publicar a obra de Freud, iniciando com A interpretação dos sonhos, traduzido direto do alemão (coisa que não tinha sido feita, ainda; os leitores brasileiros liam A interpretação ou numa tradução da versão em inglês de James Strachey, ou em espanhol). Vendo retrospectivamente, foi uma aventura e tanto, que relembro aqui.

A ideia era nos prepararmos para a entrada da obra freudiana em domínio público, que ocorreria em 1º de janeiro de 2010. Trata-se de um marco importante: a partir dessa data, qualquer pessoa ou editora que quisesse publicar os textos freudianos, em alemão ou em tradução, poderia fazê-lo, sob o ponto de vista legal de direitos autorais. O que significa que pela primeira vez o pensamento deste grande homem estaria (está) disponível para os leitores em várias traduções e edições, numa pluralidade de opções e leituras que só posso ver como bem-vinda.

O início do projeto envolveu a Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre. Queríamos um colegiado de estudiosos de Freud que pudesse nos apontar, dentre a imensidão de textos escritos pelo pai da psicanálise, uma lista inicial de obras a serem editadas (sobre a fértil genialidade de Freud, não posso deixar de pensar: sorte nossa que não havia televisão naquela época). Não poderia ficar fora dessa lista A interpretação, primeira obra psicanalítica do autor no sentido de que é nela que ele afirma a existência e explica parte do funcionamento de uma novidade chamada “inconsciente”.

O passo seguinte: encontrar um tradutor para a tarefa hercúlea. Hercúlea não apenas pelo alentado tamanho do texto – em torno de 650 laudas –, mas pela importância (inclusive simbólica) do trabalho; pela dificuldade da terminologia psicanalítica (que na Interpretação ainda não é tratada com rigor pelo próprio Freud); e pelo fato de que esse é um dos textos mais “duros” do autor, estilisticamente falando. Nele Freud ainda se prende um tanto a um estilo acadêmico do qual depois se despojará, como se vê em Totem e tabu, considerado um de seus textos mais elegantes.

A escolha natural recaía sobre Renato Zwick, jovem tradutor, ex-estudante de psicologia que já havia vertido para a L&PM, entre outras, O mal-estar na cultura e O futuro de uma ilusão, duas obras freudianas mais curtas e mais simples.

Como diz a frase usualmente atribuída a Cocteau, “Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez”. O Renato, com sua têmpera germânica, recebeu o convite, ponderou-o e aceitou a missão. Acordamos que a tradução se basearia na Studienausgabe da S. Fischer Verlag. O conceito da edição que queríamos – voltada para o público em geral, não apenas para estudiosos, psicanalistas e especialistas – o Renato já conhecia. Entre ele começar a estudar o trabalho e entregar a última parcela da tradução, foram-se quase dois anos. Recebi o arquivo final em dezembro de 2010.

O ano de 2011 foi todinho de revisões. Primeiro li o texto e sugeri várias modificações para o tradutor. Então o Renato fez as alterações necessárias e me devolveu o arquivo. Encomendei então a revisão técnica da igualmente destemida Tania Rivera, psicanalista e professora da Universidade de Brasília. Imbuída da importância da tarefa, a Tania fez uma leitura à altura. Além de várias observações e sugestões de alterações terminológicas, foi dela a ideia de sinalizar, na nossa edição, os trechos e notas que Freud foi acrescentando à Interpretação à medida que o livro, originalmente de 1899, ia sendo reeditado.

Sem se mixar para o desafio de redigir o texto de apresentação da primeira tradução direta de uma obra dessa envergadura, junto com a revisão técnica a Tania também entregou seu texto, intitulado “O sonho e o século”. Foram-se mais algumas semanas de leituras internas da apresentação e solicitações de alteração para tornar o texto acessível a todo tipo de leitor (inclusive ao leitor que estivesse se deparando com Freud pela primeiríssima vez).

Enquanto isso eu tinha que explicar pro Ivan Pinheiro Machado, publisher da casa e meu chefe, por que um livro que já tinha custado uma pequena fortuna ia atrasar mais uma vez.

Foi então o momento de “mediar” os argumentos da Tania e do Renato em relação a trechos específicos – geralmente o Renato defendia a visão germanista da coisa, levando sobretudo em consideração a língua em que o texto foi escrito, enquanto a Tania tinha uma visão mais psicanalítica. Depois de muitos e-mails, arquivos para lá, arquivos para cá, acho que quem saiu ganhando foi o livro – e o leitor. (Aliás, uma das coisas legais de editar o Freud é justamente o intercâmbio com pessoas preparadíssimas, de alto nível e comprometidas com a causa como a Tania e o Renato.)

Em seguida demoramos mais um bom tempo para inserir as marcações de acréscimos a edições posteriores feitas por Freud. Chegamos à conclusão de que a melhor maneira de sinalizar isso era como fora feito pela Presses Universitaires de France: apresentar um risco vertical ao lado do trecho acrescentado e, ao final do referido trecho, informar entre colchetes o ano do acréscimo.

Como fazer isso no editor de texto? Como transpor essa marcação para o programa de paginação? A solução que encontramos foi sublinhar todos os trechos a serem destacados, para que a Mônica Bohrer, mais tarde trabalhando no InDesign, pudesse inserir os riscos verticais nas margens das páginas e apagar o sublinhado.

Devo dizer que sou uma franca admiradora do dr. Sig. Tenho uma tia que é psicóloga, fiz terapia desde os sete anos e sou adepta da análise. Tenho plena convicção de que devia estar assegurado na Constituição o direito de todo cidadão fazer análise uma vez na vida, pelo menos. Daí o senso de responsabilidade – ou melhor dizendo, o nervosismo que tomou conta de mim durante todo esse processo de edição. Deus me livre fazer feio logo com a obra mais emblemática desse gênio, a quem devo tanto da minha saúde mental. Havia grandes chances de que a nossa edição fosse a primeira tradução direta a ser lançada no Brasil, e eu sabia que, embora estivéssemos pensando no leitor em geral, todos os olhos psicanalíticos – freudianos, lacanianos, junguianos, kleinianos etc. – estariam voltados para nós. A discussão de cada termo me parecia crucial. Toda decisão editorial era tomada com muito cuidado, pesando prós e contras.

Uma vez acrescentada a biografia dos colaboradores, o “Itinerário para uma leitura de Freud”, de autoria dos psicanalistas e professores Edson Sousa e Paulo Endo, bem como os índices ao final do livro, decidimos publicar A interpretação em dois volumes, tal como acontece na Argentina (me refiro à edição da Amorrortu, que, como as outras duas edições estrangeiras já citadas, consultamos muitas e muitas vezes). Definição de onde vai terminar o primeiro volume e começar o segundo; da numeração das páginas; como seriam os sumários, a numeração das notas etc. Finalmente lá estavam os arquivos finais, prontos para a preparação. Que ficou a cargo da Patrícia Yurgel, que já fizera um bom trabalho com textos de Freud.

Foi durante o acompanhamento da preparação e da supervisão das emendas aceitas e rejeitadas pelo tradutor que o inesperado se deu. Eu estava grávida, mas esperava que a minha filha aguentasse as pontas e me deixasse concluir a edição do livro, só dando o ar da graça lá pela última semana de janeiro. Porém, no dia 12 tive que correr para o hospital e delegar tudo da Interpretação para a minha colega, a editora Janine Mogendorff.

Não me entendam mal: eu confiaria (e confio) tudo à Janine. Somos unha e carne, cu e cueca, etc. Mas – quem é editor vai me entender – eu queria levar esse livro pela mão até o final. Só que a natureza não está nem aí para veleidades intelectuais, e lá me fui para cinco meses de licença-maternidade.

Pula para junho de 2012: a Dora, minha filha, tá com 5 meses, linda, lépida e faceira, e eu volto a trabalhar. Para minha felicidade, o processo de edição de A interpretação não estava concluído, e pude acompanhar as etapas finais. A revisão paginada foi feita pela Lia Cremonese, que também já tinha trabalhado nos dois Freuds anteriores, e o Renato, anos depois de concluída a tradução, fez mais uma leitura. Fizemos alguns ajustes na paginação, melhoramos os cabeçalhos, revimos os índices, revimos tudo mais uma vez, incluímos na página de créditos o logo do Goethe Institut (o livro recebeu um subsídio de tradução do governo alemão), liberei os arquivos, a Lúcia Bohrer mandou o livro para a gráfica, a Janine conferiu as provas, repassamos os últimos detalhes, e chegou a hora em que era necessário largar a mão do livro e confiar que ele caminharia sozinho.

Então, cinco anos depois do início de tudo, depois de a publicação ser programada e reprogramada várias vezes, chega o resultado. Mal dá para acreditar. É uma felicidade, ao mesmo tempo que um alívio, ver A interpretação pronta. Se como editora foi um privilégio ficar encarregada dessa edição, é também um privilégio para o leitor ter a possibilidade de ler um texto dessa envergadura numa tradução direta e numa edição acessível sob todos os pontos de vista – privilégio que nem todos os países gozam.

Partilho com o leitor o trecho que mais me chamou a atenção durante o processo de edição: uma nota à edição de 1909 sobre a relação da vida intrauterina e do ato do nascimento com a crença na vida após a morte:

“Apenas tardiamente aprendi a avaliar o significado das fantasias e dos pensamentos inconscientes acerca da vida no ventre materno. Eles contêm não só a explicação para o medo singular que muitas pessoas sentem de serem enterradas vivas, como também a motivação inconsciente mais profunda para a crença numa continuação da vida após a morte, crença que apenas figura a projeção no futuro dessa vida inquietante antes do nascimento. Aliás, o ato do nascimento é a primeira experiência de angústia e, assim, a fonte e o modelo para esse afeto.”

A todos os estudiosos e curiosos, boa leitura!

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*Caroline Chang é editora da L&PM e escreveu este texto em 31 de outubro de 2012. “A interpretação dos sonhos” é publicada em em dois volumes na Coleção L&PM Pocket e também em um só volume na Série Ouro.

 

Os melhores amigos de Freud

Enquanto Freud analisava o sonho de seus pacientes, uma fiel companheira permanecia aninhada junto à sua poltrona. Era a cadela Jofie (Jo-Fi), da raça chow-chow, que costumava levantar-se para notificar o paciente que seu tempo estava esgotado. “Se Jofie manifesta desagrado por alguém que nos visita, pode estar certo que há alguma coisa errada com essa pessoa” disse Freud certa vez. A raça chow-chow era a preferida do “herr professor” e, além de Jofie, ele teve também a cadela Lün que o acompanhou no período crítico de sua doença.

Freud gostava tanto de seus cães que, em 1926, em uma entrevista ao jornalista norteamericano George Sylvester Viereck, chegou a dizer que preferia a companhia dos animais à companhia humana. Leia abaixo o trecho:

George Sylvester Viereck: Por vezes imagino se não seríamos mais felizes se soubéssemos menos dos processos que dão forma a nossos pensamentos e emoções. A psicanálise rouba a vida do seu último encanto, ao relacionar cada sentimento ao seu original grupo de complexos. Não nos tornamos mais alegres descobrindo que nós todos abrigamos o criminoso e o animal.

Sigmund Freud: Que objeção pode haver contra os animais? Eu prefiro a companhia dos animais à companhia humana.

George Sylvester Viereck
: Por quê?

Sigmund Freud: Porque são tão mais simples. Não sofrem de uma personalidade dividida, da desintegração do ego, que resulta da tentativa do homem de adaptar-se a padrões de civilização demasiado elevados para o seu mecanismo intelectual e psíquico. O selvagem, como o animal, é cruel, mas não tem a maldade do homem civilizado. A maldade é a vingança do homem contra a sociedade, pelas restrições que ela impõe. As mais desagradáveis características do homem são geradas por esse ajustamento precário a uma civilização complicada. É o resultado do conflito entre nossos instintos e nossa cultura. Muito mais desagradáveis são as emoções simples e diretas de um cão, ao balançar a cauda, ou ao latir expressando seu desprazer. As emoções do cão (acrescentou Freud pensativamente) lembram-nos os heróis da Antiguidade. Talvez seja essa a razão por que inconscientemente damos aos nossos cães nomes de heróis com Aquiles e Heitor.

 

A L&PM tem uma série inteira dedicada a Freud com traduções feitas direto do alemão. Clique aqui para ver.

O insight de Freud

No verão de 1895, Freud passava o verão no castelo de Bellevue, no topo da colina Grinzing, próximo à Viena, quando teve o insight que faria com que seu trabalho se tornasse ainda mais significativo. Na noite de 23 para 24 de julho, ele teve o que chamou de “sonho da injeção de Irma”, o sonho que lhe mostrou como associar sonhos e desejos e que daria origem à sua maior obra: A interpretação dos sonhos. Pouco depois disso, ele escreveu uma carta em tom jocoso a seu amigo e colega Wilhelm Fliess dizendo que talvez um dia, naquele local, fosse colocada uma placa onde todos poderiam ler: “o segredo dos sonhos foi revelado ao Dr. Sigmund Freud em 24 de julho de 1895”.

A previsão freudiana estava certa. Em 6 maio de 1977, uma placa foi posta no exato lugar em que Freud teve a sua “revelação” com a exata frase que ele havia escrito a Fliess.

O castelo de Bellevue, em que Freud passou seu inesquecível verão de 1895, já não existe mais e em seu lugar hoje há um restaurante.

A placa que hoje existe no lugar em que Freud teve o seu insight

 A L&PM publica, pela primeira vez no Brasil, A interpretação dos sonhos traduzida direto do alemão.

SÉRIE OURO da L&PM Editores: uma grande coleção para todos os leitores

A “Série Ouro” é uma grande coleção de livros em formato 23 x 16 cm, papel pólen e acabamento especial de luxo, cujos volumes têm entre 600 e 1.000 páginas. O objetivo desta série é reunir várias obras de grandes autores com amplo material de referência, como texto biográfico, bibliografia do autor e comentários críticos e históricos dos textos publicados.

Com esta coleção, a L&PM Editores disponibiliza para o público leitor as principais obras de grandes autores clássicos, modernos e também grandes autores de quadrinhos, através de edições cuidadosamente planejadas, totalmente referenciadas e com traduções de reconhecida excelência, no caso de autores estrangeiros.

Já foram lançados os seguintes livros:

WILLIAM SHAKESPEARE – OBRAS ESCOLHIDAS – “Hamlet”, “Macbeth”, “Romeu e Julieta”, “Otelo”, “A megera domada” e outros textos num total de 12 comédias, tragédias e dramas históricos. As traduções são de Millôr Fernandes e Beatriz Viégas-Faria.

LIVRO DOS POEMAS – Mais de 400 poemas de autores brasileiros e portugueses do século XIV ao século XX, organizados de forma temática pelo escritor Sergio Faraco.

MACHADO DE ASSIS – “Memórias póstumas de Brás Cubas”, Quincas Borba” e “Dom Casmurro”. Os três principais romances de Machado em edição inteiramente revista e anotada, partindo dos textos estabelecidos pela edição crítica do Instituto do Livro, estabelecida pela comissão Machado de Assis. Inclui resumo biográfico, cronologia, ensaios críticos, mapas e panorama cultural do Rio de Janeiro na época do autor.

CLÁSSICOS DO HORROR – Os mais célebres romances do gênero: “Drácula”, de Bram Stoker, “Frankenstein”, de Mary Shelley, “O médico e monstro”, de Robert Louis Stevenson.

GARFIELD – de Jim Davis. “2.582 tiras”. 624 páginas de pura diversão com um texto crítico de Hiron Goidanich (Goida), especialista em quadrinhos e fã de gatos.

PRÓXIMOS LANÇAMENTOS:

FREUD – “A interpretação dos sonhos”. Edição integral e anotada. Pela primeira vez no Brasil em tradução direta do alemão, traz notas e comentários que Freud adicionou ao longo de sua vida. A edição é coordenada por renomados psicanalistas e professores.

FREUD – “Textos sociais” – “Totem e tabu”, “Psicologia das massa e análise do eu”, “O futuro de um ilusão”, “ O mal-estar na cultura” e “O homem Moisés e a religião monoteísta”.

BALZAC – “O Pai Goriot”, “Ilusões perdidas” e “Esplendores e misérias das cortesãs”. Excelentes e modernas traduções. Edição inédita que apresenta em sequência os três romances que Balzac considerava um livro só.

MOACYR SCLIAR“O Exército de um homem só”, “A guerra no Bom Fim”, “Os deuses de Raquel”, “O ciclo das águas”, “A festa no castelo”, “Max e os felinos” e “Os Voluntários”.  Todos os romances são precedidos de ensaio crítico de Regina Zilbermann e de introdução biobibliográfica.

FERNANDO PESSOA“Cancioneiro”, “Mensagem”, Odes de Ricardo Reis”, “Poemas de Alberto Caieiro”, “Poemas de Álvaro de Campos”, “Quadras ao gosto popular”, “Poemas dramáticos”. Introduções, organização e notas de Jane Tutikian.

SHERLOCK HOLMES (CONAN DOYLE) “O vale do terror”, “O cão dos Baskerville”, “Um estudo em vermelho”, “O signo dos quatro”, “Memórias de Sherlock Holmes” e “O último adeus”. Todos os romances e os principais contos protagonizados pelo célebre Sherlock Holmes.

Retrospectiva: os destaques de 2012

E lá se foi 2012. Deixando boas lembranças e ótimos livros no catálogo L&PM. Foram muitos os lançamentos em formato convencional e pocket. Aqui, destacamos um para cada mês do ano que está terminando, de dezembro até até janeiro.

DEZEMBRO – Não tenho inimigos, desconheço o ódio, de Liu Xiaobo. Por que é destaque: o chinês Liu Xiaobo é um escritor, intelectual, ativista e professor que foi condenado a 11 anos de prisão por suas ideias. Prêmio Nobel da Paz 2010, pela primeira vez seus textos foram reunidos e publicados no Brasil, apresentando uma China que o ocidente ainda não conhece.

NOVEMBRO – Allen Ginsberg e Jack Kerouac: as cartas. Por que é destaque: o livro reúne a correspondência trocada entre os dois escritores beats durante mais de 20 anos. As quase 500 páginas que separarm a primeira da última carta oferecem “uma das mais frutíferas fusões de vida e obra da literatura do século 20” conforme disse a Folha de S. Paulo.

OUTUBRO – Um lugar na janela, de Martha Medeiros. Porque é destaque: a autora de Feliz por nada compartilha com seus leitores as mais afetuosas memórias de viagens feitas em várias épocas da vida, aos vinte e poucos anos e sem grana, depois, já mais estruturada, mas com o mesmo espírito aventureiro.

SETEMBRO – A interpretação dos sonhos, de Sigmund Freud. Por que é destaque: pela primeira vez no Brasil traduzida direto do alemão, a obra maior de Freud chegou à coleção L&PM Pocket em dois volumes coordenados por psicanalistas e professores de renome e que incluindo notas e comentários que Freud adicionou ao longo da vida, mais exclusivo índice de sonhos, nomes e símbolos.

AGOSTO – Guerra e Paz, de Tolstói, na Série Clássicos da Literatura em Quadrinhos. Por que é destaque: no caso de Guerra e Paz, uma obra bastante extensa, a adaptação para HQ é muito impressionante. “Coleciono HQs, de forma intensa, desde 1958. Nunca, nesses anos todos, vi ou ouvi falar de Guerra e Paz no formato de quadrinhos. Qualquer roteirista, mesmo com experiência e capacidade, deve ter sonhado com essa aventura louca.” disse Goida a respeito do livro.

JULHO – Os filhos dos dias, de Eduardo Galeano. Por que é destaque: inspirado na sabedoria dos maias, Galeano escreveu um livro que se situa como uma espécie de calendário histórico, onde de cada dia nasce uma nova história. Provocante, intenso e sensível como toda obra do escritor, os textos formam uma colcha de retalhos costurada com poesia, emoção e concisão.

JUNHO – Uma breve história da filosofia, de Nigel Warburton. Por que é destaque: a filósofa e escritora Sarah Bakewell definiu este livro como um “manual de existência humana em que poucas vezes a filosofia pareceu tão lúcida, tão importante, tão válida e tão fácil de nela se aventurar”. Partindo da tradição iniciada com Sócrates, o autor traz dados interessantes sobre a vida e o pensamento de alguns dos mais instigantes filósofos de todos os tempos.

MAIO – História secreta de Costaguana, de Juan Gabriel Vásquez. Por que é destaque: Juan Gabriel Vásquez foi um dos convidados da Flip 2012 – Festa Literária Internacional de Paraty. Misturando fatos históricos e ficção, Vásquez cria uma história em que o escritor Joseph Conrad é um dos personagens e que tem como pano de fundo a construção do Canal do Panamá.

ABRIL – Simon’s Cat, de Simon Tofield. Por que é destaque: em abril, Simon’s Cat foi publicado pela primeira vez no Brasil. O gato que não tem nome definido é o mais famoso felino do Youtube. Depois de Simon’s Cat – As aventuras de um gato travesso e comilão, em novembro deste ano foi lançado o segundo volume da série: Simon’s Cat – Em busca de aventura.

MARÇO – Erma Jaguar, de Alex Varenne. Por que é destaque: esta HQ luxo traz todas as aventuras de Erma Jaguar, personagem criada pelo notável ilustrador Alex Varenne. Erma é uma espécie de “madame” moderna que à noite, vestindo seu corpete preto e dirigindo seu carro, vai satisfazer todas as suas fantasias. Insaciável, ela enlouquece homens e mulheres de todos os tipos.

FEVEREIRO – Diários de Andy Warhol. Por que é destaque: esta nova edição dos Diários do artista pop Andy Warhol, dividida em dois volumes em formato de bolso (e reunidos em uma caixa especial), marcou a entrada da Coleção L&PM Pocket na casa dos 1.000 títulos. Um dos mais reveladores retratos culturais do século XX, Diários de Andy Warhol soma mais de mil páginas de glamour, fofocas e culto às celebridades.

JANEIRO – 1961 – O golpe derrotado, de Flávio Tavares. Por que é destaque: este livro conta como um movimento de rebelião popular paralisou e derrotou o golpe de Estado dos ministros do Exército, Marinha e Aeronáutica e evitou a guerra­ civil. Escrito por um jornalista que testemunhou e participou do Movimento da Legalidade junto a Leonel Brizola,­ então governador­ do Rio Grande do Sul.

Os sonhos de Juremir

Em sua coluna de sábado, 20 de outubro, no Jornal Correio do Povo, Juremir Machado da Silva conta um pesadelo que teve e de coincidências envolvendo Freud, de quem a L&PM publica, entre outros, A interpretações dos sonhos, pela primeira vez traduzido direto do alemão. Juremir acaba de lançar seu mais recente livro de crônicas, A orquídea e o serial killer que será autografado na Feira do Livro de Porto Alegre no dia 28 de outubro às 17h. 

Vídeos mostram Freud falando sobre seus livros na L&PM

Com um forte sotaque alemão, Freud chama por “Fritz”, enquanto corre e diz que está atrasado para o lançamento de seu livro da L&PM. Depois, o pai da psicanálise comenta com um amigo que a L&PM é a mãe dos pockets no Brasil e que de mãe ele entende. Por fim, a filha de Freud comenta o quanto ele está bonito na foto de capa do livro da L&PM, ao que ouve do pai: “Arr, eu estarr muito sérria na foto…”.  Os três vídeos, feitos a partir de imagens reais de Sigmund Freud, fazem parte da campanha promocional dos novos títulos – entre eles A interpretação dos sonhos que pela primeira vez será lançado no Brasil com tradução direta do alemão, feita por Renato Zwick.

Os três vídeos foram produzidos pelo Núcleo de Comunicação L&PM. Edição, letterings, efeitos sonoros, pesquisa de som e mixagem por Nathália Silva. Roteiro e vozes por Paula Taitelbaum.

O mal-estar na cultura e O futuro de uma ilusão já fazem parte da Coleção L&PM Pocket. Além de A interpretação dos sonhos, vem aí também Moisés e o monoteísmo (título provisório), Totem e tabu e Psicologia das massas e análise do eu. Todos com previsão de lançamento para 2012.

Fotos que nem Freud explica

Cá entre nós: depois da invenção do Photoshop, a imaginação nunca mais foi a mesma. Afinal, o que antes só existia no reino dos sonhos e da fantasia, passou a ser mais real do que nunca. Hoje em dia, basta ter um pouco de criatividade e um tanto de habilidade para, por exemplo, juntar Freud e Jung em situações que nem eles conseguiriam imaginar. As fotos abaixo circulam pela internet como uma brincadeira (que um desavisado pode achar que é verdade) e ganharam até legenda com local e data. Como a cena em que os dois psicanalistas estão juntos no Pólo Norte e que vem acompanhada da seguinte descrição: “Freud e Jung posando para foto durante uma malfadada expedição ao Ártico, em 1912. Um homem e três cães morreram durante esta jornada. Este traumático episódio acabou colocando uma grande pressão sobre o relacionamento entre os dois.” Já é uma teoria e tanto…

Será que a relação deles era tão gélida assim?

Aqui, Jung não parece muito animado com o banho turco...

O que Freud estará levando nas costas? O peso da existência?

Essa é a legítima "história de pescador"

E por falar em Freud e Jung, além do filme sobre a relação dos dois, “Um método perigoso”,  que tem estreia prevista para breve, a Coleção L&PM Pocket vai lançar no primeiro semestre de 2012: Jung na Série Encyclopaedia e uma nova tradução de A interpretação dos sonhos, de Freud. Para meados do ano, estão previstos mais títulos de Freud: Totem e tabuMoisés e o monoteísmo. Do pai da psicanálise, a L&PM já publica sua vida na Série Biografias e seu pensamento na Série Encyclopaedia, além dos seus livros O futuro de uma ilusão e O mal estar na cultura.