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Grandes clássicos agora em formato maior

Tem gente que adora ler os grandes títulos da literatura universal em pocket. Mas tem aqueles que preferem um formato maior. Foi pensando nisso que a L&PM já começou a publicar os clássicos também em tamanho 14 x 21cm e com um preço super acessível.

O projeto da L&PM de publicar clássicos vem acontecendo nos últimos 20 anos. Alguns dos maiores tradutores brasileiros foram mobilizados para este trabalho e o resultado são mais de 500 novas traduções de alta qualidade técnica.

Os títulos da nova Série L&PM Clássicos que já chegaram são A metamorfose, seguido de O veredicto de Kafka; A arte da guerra de Sun Tzu e Ecce Homo de Nietzsche.

Os três primeiros clássicos que já chegaram

Os três primeiros clássicos que já chegaram

 Os lançamentos previstos para setembro e outubro são A arte de escrever de Schopenhauer; Discurso do método de Descartes; Romeu e Julieta e Otelo de Shakespeare; Édipo Rei de Sófocles; Elogio da Loucura de Erasmo e Da tranquilidade da alma de Sêneca.

Os cartazes de “O vermelho e o negro”

Entre todos os romances produzidos na história da literatura mundial, há quem defenda que O vermelho e o negro, de Stendhal, é o mais clássico, vasto, célebre, radical e brilhante. A saga romântica de Julien Sorel, o filho detestado de uma família de camponeses, e suas “eternas e definitivas” amadas sra. De Rênal e Mathilde de La Mole foi inspirado em fatos reais (um escândalo entre famílias de destaque da burguesia francesa).

O vermelho e o negro rompeu com a tradição do romantismo e introduziu o realismo no romance francês.

Em 1954, o livro de Stendhal foi adaptado para os cinemas pelo diretor Claude Autant-Lara. Encontramos muitas versões de posters para essa que é a única superprodução com a saga de Julien Sorel feita nesses 60 anos. Dê uma olhada:

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O vermelho e o negro, com tradução de Paulo Neves, acaba de sair em formato convencional pela L&PM Editores.

Um novo Macbeth nos cinemas

A manipuladora Lady Macbeth é considerada por muitos como a grande personagem feminina de Shakespeare. Ambiciosa, é ela quem estimula e ajuda o marido a matar o rei Duncan para assumir o seu lugar.

Macbeth – E no caso de fracassarmos?

Lady Macbeth – Nós fracassarmos? Estica as cordas no alaúde de tua coragem, e não falharemos. Quando Duncan estiver dormindo (e para a cama sadiamente o terá confinado a dura jornada do dia de hoje), seus dois camareiros encarrego-me eu de dominar com vinho e, de brinde em brinde, não será mais que vapores a memória, essa sentinela do cérebro, e não será mais que alambique esse recipiente da razão. Quando estiverem dormindo como dois porcos, duas naturezas encharcadas, dois corpos numa espécie de morte estirados, o que não podemos, tu e eu, aplicar no indefeso Duncan?… que não se possa impingir a seus dois oficiais-esponja?… que vão carregar a culpa do nosso formidável crime de morte?

Agora imagine essa cena tendo Marion Cotillard como Lady Macbeth. A bela e talentosa atriz francesa, oscarizada por sua interpretação em Piaf, já assinou o contrato para viver a personagem. Cottilard substituiu Natalie Portman que havia sido anunciada no papel durante o último Festival de Cannes. A nova versão da tragédia shakespeariana, que começará a ser rodada em 2014, terá Michael Fassbender como Macbeth. A direção será de Justin Kurzel e a produção de Iain Canning e Emile Sherman, de “O Discurso do Rei” (2010).

A previsão de estreia é para 2015, mas aguardaremos ansiosos.

Bela dupla: Marion Cottilard e Michael Fassbender serão o casal Macbeth na nova versão cinematográfica da obra de Shakespeare

Bela dupla: Marion Cottilard e Michael Fassbender serão o casal Macbeth na nova versão cinematográfica da obra de Shakespeare

A L&PM publica Macbeth em pocket e no volume Shakespeare Série Ouro com tradução de Beatriz Viégas-Faria.

A história e o futuro dos livros de bolso

O Prosa e Verso, caderno de literatura do Jornal O Globo, publicou no sábado, 31 de agosto, uma matéria assinada por Fernando Eichenberg que, diretamente de Paris, conta que os pockets se tornaram um fenômeno na Paris dos anos 60 e que agora seu mercado se encontra em retração. Complementando a matéria, há um texto assinado pelo repórter Maurício Meireles que, durante a Bienal, entrevistou o editor da L&PM, Ivan Pinheiro Machado, sobre como andam os livros de bolso no Brasil. Vale a pena ler:

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Para ler, clique sobre a imagem

A divina comédia de Salvador Dalí

Está em cartaz em São Paulo uma exposição com 100 gravuras de Salvador Dalí sobre A Divina Comédia, de Dante Alighieri. Os desenhos feitos em aquarela foram encomendados pelo governo italiano nos anos 60 para ilustrar uma edição comemorativa do livro nos 700 anos de Dante.

Cada uma das gravuras corresponde a um dos 100 cantos da obra, respeitando a divisão original: Paraíso, Purgatório e Inferno. No poema, Dante desce ao submundo para resgatar sua amada Beatriz, sendo guiado pelo poeta Virgílio. A curadora Ana Rodrigues destaca que os três tempos da obra ilustrados por Dalí refletem momentos diferentes da carreira do pintor: “A parte do inferno é a que tem mais referências a todo o mundo onírico, ao universo surrealista de Dalí. É o espaço onde ele coloca todos os medos, os pesadelos, as angústias do ser humano”, disse ela em entrevista à Agência Brasil.

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“Paraiso: Cacciaguida prevê o exílio de Dante”

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“Purgatório: O Reino dos Penitentes”

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“Inferno: O Avarento e o Pródigo

A exposição – que já passou pelo Rio, por Curitiba e por Recife – fica em cartaz na Caixa Cultural São Paulo (Praça da Sé, 111 – Centro) até o dia 27 de outubro. No ano que vem, a L&PM vai lançar A divina comédia na Coleção L&PM Pocket.

Exposição em Veneza desvenda o mestre Leonardo da Vinci

Está em cartaz na Academia de Veneza uma exposição com 52 desenhos de Leonardo da Vinci, feitos no período entre 1478 e 1516. As imagens foram cedidas por importantes museus italianos e por prestigiosas coleções privadas, entre elas a da família real britânica Windsor, do Ashmolean Museum, do British Museum e do Louvre de Paris.

Pela primeira vez em 30 anos, o público poderá admirar o célebre desenho do “Homem Vitruviano”, com notas anatômicas escritas por Leonardo, que preenchia cadernos com múltiplas observações, escrevia cartas, elaborava croquis e cópias de obras consultadas nas bibliotecas das cidades que visitava. Ao toto, são 25 desenhos que nunca haviam sido expostos desde 1980. A exposição “Leonardo da Vinci: o Homem Universal” é uma ocasião única para admirá-los todos juntos.

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“Os desenhos foram expostos de maneira que possam ser observados dos dois lados, algo muito raro. É como folhear seu diário íntimo, entrever seu pensamento e seu modo de trabalhar”, declarou a curadora da exposição, Annalisa Perissa, em entrevista à AFP.

Para saber mais sobre a vida e a obra de um dos maiores mestres das artes visuais e da ciência, leia Leonardo da Vinci da Série Biografias L&PM.

via Folha de S. Paulo

Galeano e os desaparecidos

O dia 30 de agosto foi o escolhido para ser o Dia Internacional dos Desaparecidos, uma data para lembrar o desaparecimento de pessoas pelo mundo logo após conflitos armados ou desastres naturais. Nas Américas, estima-se que, entre 1966 e 1986, 90 mil pessoas “desapareceram” forçosamente em países como Guatemala, El Salvador, Honduras, México, Colômbia, Peru, Bolívia, Brasil, Chile, Argentina, Uruguai e Haiti.

Eduardo Galeano jamais deixaria a data passa em branco em seu livro Os filhos dos dias:

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Direto da Bienal do Rio

Fernanda Scherer*

Bienal é algo que acontece de dois em dois anos, mas pra gente Bienal é todo ano: anos pares em São Paulo e anos ímpares no Rio de Janeiro – sem contar as Bienais pelo Brasil em que estamos presentes com o apoio de parceiros locais em Fortaleza, Pernambuco, Minas…

Ontem foi a abertura oficial da Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Às 12h, quando abriu para o público, todos nós estávamos a postos e aguardando com ansiedade os primeiros leitores que chegariam até o Pavilhão Verde do RioCentro, até o nosso estande! Será que eles gostariam dos lançamentos que arrumamos com cuidado em cima da mesa ou iriam direto para o seu autor preferido em uma das paredes com Agatha Christie, Bukowski, Shakespeare e tantos outros grandes escritores. Será que a partir de um título descoberto ali, naquele espaço, surgirá um novo amor, um novo leitor?

Para tudo estar ali, arrumadinho, ordenado por tema e por autor, o nosso trabalho começou ainda em 2012, quando reservamos um espaço na feira. De lá pra cá, além de todo o trabalho editorial para a preparação dos livros, o departamento de marketing e vendas trabalhou muito. Começando pela arquitetura do estande, buscando o melhor jeito de expor os milhares de livros da Editora de forma que o leitor se sinta “em casa”. A separação dos livros no depósito – mais de 300 caixas e 23 mil livros, um caminhão inteiro! Documentação, programação visual, treinamento dos vendedores que vão atender ao público, uniformes, convites, crachás, brindes, marcadores, expositores, fotos… Ufa. São muitos detalhes.

A gente faz tudo isso com muito carinho, tudo isso pra vocês.

*Fernanda Scherer é Supervisora de Marketing da L&PM Editores e está na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro.

Parte da equipe no estande da L&PM Editores na Bienal do Livro do Rio

Fernanda Scherer (de camisa azul clara) e parte da equipe

O estande no início da arrumação

O estande no início da arrumação

E já aberto no primeiro dia de Bienal

E já aberto no primeiro dia de Bienal

Novos territórios em mangás

Por Alexandre Boide*

Em novembro de 2008, começou a circular na imprensa internacional a notícia de que uma adaptação em mangá de O capital, de Karl Marx, seria lançada por uma editora japonesa, a East Press, e com a expectativa de que se tornasse um best-seller. A justificativa: o Japão estava mergulhado em uma recessão profunda, o Partido Comunista local vivia um ressurgimento e a literatura anticapitalista vinha em alta no país. Uma indicação clara nesse sentido era a de que o campeão de vendas da coleção em que Das Kapital seria publicado era Kanikōsen, que narra o sofrimento da tripulação de um barco de pesca de caranguejos sob a exploração implacável da indústria capitalista. Faltou dizer, porém, que a coleção incluía também adaptações de obras muito anteriores à própria existência do capitalismo (como Rei Lear e A divina comédia) e escritos de cunho político que de forma nenhuma se identificavam com a literatura de esquerda (como o manual de conduta marcial Bushidō: A alma do Japão e Mein Kampf, o manifesto nazista de Adolf Hitler). Portanto, era de se esperar que houvesse outras razões por trás do esperado sucesso do lançamento que viria (sucesso, aliás, que acabou se confirmando e gerando uma pequena corrida pelo licenciamento dos títulos em diversos países e idiomas).

De fato, a coleção Manga de Dokuha (em uma adaptação livre, algo com o sentido de “Aprendendo em mangá”) tem características bastante peculiares. A primeira delas é ser uma empreitada coletiva, centrada na figura de seu editor, Kasuke Maruo. É ele quem supervisiona um a um os roteiros (que já ultrapassaram a marca das cem HQs lançadas), que mais tarde são encaminhados para um estúdio terceirizado (Variety Artworks), que faz todo o trabalho de arte. É por isso que os títulos não trazem créditos de roteirista e desenhista responsáveis pela adaptação, apenas o nome do autor do original — a propriedade intelectual de todos os mangás é da East Press. Por outro lado, isso não significa de maneira nenhuma menos liberdade artística. Como toda adaptação que se preze, os mangás da coleção são obras com identidade própria — ainda que derivadas —, e portanto devem ser lidas e compreendidas de acordo com seus próprios termos, e não como simples espelhos do original. Assim, o milenar manual de estratégia militar A arte da guerra se torna a história de uma grande guerra entre os Sete Reinos da China medieval, em que o general Sun Tzu vai elaborando suas táticas geniais à medida que a ação acontece. O Manifesto do Partido Comunista, por sua vez, se transforma na saga de um grupo de trabalhadores que tenta se livrar da exploração patronal, o que serve como pano de fundo para expor a teoria e os fatos por trás da proposta ideológica de Marx e Engels. Em Assim falou Zaratustra, de Friedrich Nietzsche, o protagonista vive no século XIX, e é criado dentro dos preceitos cristãos antes de sair propagando a ideia de que Deus está morto. E nem mesmo as obras de ficção precisam se limitar aos elementos contidos no original: em A metamorfose, por exemplo, passagens da biografia do autor, Franz Kafka, são incorporadas à história do personagem Gregor Samsa.

Se de fato cada contato com uma grande obra abre novos territórios e horizontes mentais para os leitores, os mangás desta coleção são uma prova do quanto essas incursões podem ser variadas. Alguns deles são como um voo panorâmico, que delineia os contornos gerais e as paisagens do local que está sendo visitado. Outros são como expedições noturnas lideradas por um guia, em que o facho de luz se concentra com mais ênfase em determinados aspectos, e a impressão que se tem do todo é inevitavelmente filtrada pelos olhos de quem segura a lanterna. Outros, ainda, são como picadas abertas a golpes de faca ao rés-do-chão — só depois de muito explorar é possível ter uma visão aproximada do todo. Seja como for, mesmo com toda sua pluralidade de abordagens, os mangás da East Press nunca deixam de se guiar por um preceito fundamental a qualquer coleção que se pretenda verdadeiramente universal: a livre exploração de pensamentos e ideias.

* Alexandre Boide é tradutor e responsável pela preparação dos títulos dos Clássicos em Mangás (da East Press) que estão sendo publicados na Coleção L&PM Pocket.

A arte da guerra, Hamlet, O grande Gatsby e Assim falou Zaratustra em mangá já chegaram. Os próximos títulos a serem lançados são O contrato social, A metamorfose, Manifesto do partido comunista, Em busca do tempo perdido e Ulisses.

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Os clássicos em mangás que já estão disponíveis