O Segundo Caderno do jornal O Globo de sábado, 16 de junho, traz uma crítica do livro “O caçador de histórias”, de Eduardo Galeano, assinada por Diogo de Hollanda, jornalista, tradutor e doutor em literaturas hispânicas pela UFRJ. Leia abaixo:
Posts Tagged ‘O Globo’
O belo “O caçador de histórias” em O Globo
segunda-feira, 18 julho 2016A história e o futuro dos livros de bolso
segunda-feira, 2 setembro 2013O Prosa e Verso, caderno de literatura do Jornal O Globo, publicou no sábado, 31 de agosto, uma matéria assinada por Fernando Eichenberg que, diretamente de Paris, conta que os pockets se tornaram um fenômeno na Paris dos anos 60 e que agora seu mercado se encontra em retração. Complementando a matéria, há um texto assinado pelo repórter Maurício Meireles que, durante a Bienal, entrevistou o editor da L&PM, Ivan Pinheiro Machado, sobre como andam os livros de bolso no Brasil. Vale a pena ler:
Liu Xiaobo no Caderno Prosa e Verso
segunda-feira, 25 fevereiro 2013A matéria de capa do Caderno Prosa e Verso do Jornal O Globo de sábado, 23 de fevereiro, foi sobre o escritor e ativista poliítico chinês Liu Xiaobo, Prêmio Nobel da Paz 2010, cujo livro, Não tenho inimigos, desconheço o ódio, foi lançado há pouco no Brasil pela L&PM Editores. Preso desde 2009, Xiaobo mostra, através de seus textos, uma China que o Ocidente ainda não conhece. Escrita por Cláudia Sarmento, correspondente de O Globo em Tóquio, a matéria fala também sobre Liu Xia, mulher de Xiaobo que se encontra em prisão domiciliar e cuja exposição de fotos está correndo o mundo. Clique sobre as imagens para ler:
Feliz por tudo
segunda-feira, 26 setembro 2011Motivos não faltam para estarmos felizes com o novo livro de Martha Medeiros. Menos de três meses depois de seu lançamento, Feliz por nada já atingiu a marca de 70 mil livros vendidos e está há dez semanas entre os tops da Revista Veja, Revista Época e Jornal O Globo.
Em seu bestseller, Martha começa a crônica que dá nome ao livro dizendo “Geralmente, quando uma pessoa exclama ‘Estou tão feliz!’, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.”
Concordamos com você, Martha. Mas que também é bom estar feliz por tudo isso, lá isso é.
32. Atravessando o Brasil de Fusca para fazer uma editora nacional
terça-feira, 14 junho 2011Por Ivan Pinheiro Machado*
Quando fizemos a L&PM e lançamos nosso primeiro livro, o “Rango 1” do Edgar Vasques, decidimos que ela não seria uma “editora gaúcha”, mas uma editora brasileira. Portanto, precisávamos apresentá-la ao Brasil. Isto na prática significava levar o primeiro livro em mãos para os principais jornais do centro do país. O jornalista Mario de Almeida Lima, pai do Paulo, o “L” da L&PM, era diretor da sucursal do “Estadão” em Porto Alegre e preparou-nos uma lista de jornais e jornalistas importantes de Florianópolis, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. Para alguns editores amigos, o Mario Lima fez uma carta de apresentação.
Não tínhamos dinheiro para fazer este périplo de avião. Naqueles tempos ancestrais, você pagava para ir de Porto Alegre ao Rio o mesmo que hoje se paga para ir a Paris… O Lima tinha um Fusca 1971 (estávamos em 1975) e eu tinha um Puma conversível quase Zero km. Os pneus do carro do Lima estavam completamente “carecas” e no Puma (um esportivo de dois lugares) não cabiam as caixas de livros e a nossa bagagem. A solução foi tirar as rodas do Puma, colocar no Fusca (era a mesma bitola) e enfrentar a velha BR-116 rumo ao Rio de Janeiro com escala em outras capitais. Tudo ocorreu conforme o planejado. Fomos aos principais jornais de Floripa e Curitiba, e em São Paulo conseguimos uma matéria de meia página no Estadão extremamente elogiosa sobre o “Rango 1”, primeiro e – até então – único lançamento da L&PM. E foi com o Estadão embaixo do braço que fomos para o Rio. Primeiro visitamos o grande jornal da época, o Jornal do Brasil, editado pelo gaúcho Raul Riff e depois O Globo. Em ambos os jornais o “Rango 1” obteve resenhas consagradoras – e este seria o primeiro passo para que Edgar Vasques se tornasse colaborador do famoso O Pasquim.
Foi aí então que resolvemos ligar para o célebre Ziraldo, na tentativa de que ele nos recebesse. Ele foi muito simpático e marcou um encontro conosco às 13 horas no restaurante de um hotel à beira mar em Copacabana, pois morava ali perto. O Lima e eu ficamos excitadíssimos. Íamos conhecer o grande Ziraldo!… Chegamos no velho prédio do Ouro Verde Hotel, subimos para o restaurante e ficamos ao mesmo tempo impressionados e preocupados. Na sala de espera do restaurante, decorada em pesados lambris de mogno e velhas gravuras inglesas, o embaixador Walther Moreira Salles lia o “Le Fígaro”. Mais tarde ficamos sabendo que a revista americana Fortune, havia incluído o restaurante do Ouro Verde entre os “10 melhores pequenos restaurantes do mundo”… Ziraldo já nos aguardava numa mesa diante de um geladíssimo vinho branco português. Nos apresentamos e começamos uma ótima conversa. Como sempre, Ziraldo foi muito simpático. E do alto da sua celebridade tratou os dois jovens desconhecidos muito bem. Apresentamos o projeto de um “Álbum do bebê”, utilizando os personagens da turma do Pererê, personagem desenhado por ele. Ziraldo achou ótimo, conversamos bastante e então pedimos o almoço. Ou melhor, o Lima e eu, apavorados com os preços, optamos pela saladinha mais barata.
O resumo desta história é o seguinte: o papo foi sensacional, comemos, bebemos, até que chegou a conta. Para os nossos modestíssimos recursos, era um valor astronômico. O Lima e eu nos preparávamos para rachar o prejuízo quando o Ziraldo magnanimamente disse: “Não! Esta conta é comigo!!”. O imenso alívio que tomou conta de nós, no entanto, durou pouco. Ele começou a apalpar os bolsos insistentemente até que disse: “Xiiiiii! Acho que esqueci a carteira em casa… então paguem vocês”.
Íamos ficar mais uma semana no Rio de Janeiro, curtindo as lendárias noites do Baixo Leblon, no “Luna Bar”, “Diagonal”, Pizzaria Guanabara” etc. Mas no outro dia, na madrugada, contrariando nossos planos, estávamos já na estrada. Depois de pago o almoço do Ouro Verde, mal sobrou para alguns sanduíches e a gasolina da viagem. As aventuras no Baixo Leblon ficariam para uma próxima oportunidade.
*Toda terça-feira, o editor Ivan Pinheiro Machado resgata histórias que aconteceram em mais de três décadas de L&PM. Este é o trigésimo segundo post da Série “Era uma vez… uma editora“.