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Kama Sutra, a arte do prazer

Engana-se quem pensa que o Kama Sutra se resume a posições amorosas e outras maneiras de se “chegar lá”. O Kama Sutra é um livro sobre a arte de viver, sobre o relacionar-se com o outro, sobre a conduta ideal. E, claro, sobre como dar e receber prazer.

A origem do que hoje a gente chama de Kama Sutra perde-se na mitologia: seria um tratado muito antigo, com mil capítulos, surgido da energia liberada entre a união do deus Shiva e de sua consorte Parvati: Nardi, o touro sagrado  guardião de Shiva, tomado por grande inspiração, recitara os versos durante o enlace sexual dos deuses. O Kama Sutra de Vatsyayana (que foi traduzido pela primeira vez pelo explorador inglês Richard Francis Burton no século XIX) oferece uma inestimável visão do estilo de vida do povo indiano – um dos povos que mais valoriza a alma e as relações humanas.

No Kama Sutra da Coleção L&PM POCKET não há figuras, mas textos sobre união sexual, beijo, abraço, mordidas, sons, mulheres, homens, sexo oral, casamento, segurança, virtude, atração e muito mais.

Para os que, no entanto, sentirem falta de imagens, separamos aqui algumas das posições do Kama Sutra que vão além do papel. Nas cenas que seguem (tirem as crianças da sala), há algumas posições feitas de chocolate, lã, biscoito, farinha e madeira.

Kama Sutra de chocolate

Kama Sutra de lã

Kama Sutra de biscoito

Kama Sutra de madeira

Gostou do assunto? Conheça a Série Eróticos da Coleção L&PM POCKET.

Quando Marilyn ainda não era Marilyn

Em 1946, Marilyn Monroe já tinha os cabelos claros, mas não tão claros e loiros quanto no filme O pecado mora ao lado, que anos depois a tornaria a maior e mais desejada estrela do cinema de todos os tempos. Isso porque em 1946, Marilyn ainda não era Marilyn, mas sim Norma Jeane. Tinha apenas 20 anos e até pouco tempo era casada com o marinheiro Jim Dougherty, que a deixou por não suportar conviver com a cobiça estampada nos olhares masculinos sobre sua mulher.

Foi em 1946, a serviço da agência Blue Book, que o fotógrafo Joseph Jasgur clicou o ensaio cujas fotos vão a leilão no início de dezembro deste ano, na Califórnia: três imagens em preto e branco e uma colorida de uma Marilyn jovem e sorridente em trajes de banho na beira da praia. Jasgur guardou estas fotos durante mais de 70 anos e agora elas vieram a público por determinação de um juiz na Flórida, que mandou leiloar as imagens para quitar as dívidas deixadas pelo fotógrafo, morto em 2009.

Documento assinado por Norma Jeane que cede o uso de suas fotos a Jasgur

A carreira de modelo da jovem Norma Jeane na agência Blue Book começou um ano antes, em 1945, quando um outro fotógrafo chamado André de Dienes caiu nas graças daquela garota de luz frágil, porém intensa, e corpo escultural. Após a primeira sessão de fotos, ele já estava completamente apaixonado pela moça. No livro Marilyn Monroe, da Série Biografias, esta passagem está contada em detalhes:

De madrugada, o fotógrafo conduz a moça a uma praia deserta e passa o dia disparando cliques. Norma Jeane está radiosa, um largo sorriso devora seu rosto. Oferece à objetiva todo o seu desejo de vida, suas esperanças de amanhãs melhores Está tão feliz por estar ali, existente, tão reconhecida àquele homem que a escolheu e lhe demonstra consideração, que desenha um coração na areia. Na mesma noite, ao revelar os negativos, De Dienes fica estarrecido com os resultados.

Pouco tempo depois, os cabelos castanho-claros que aparecem nas fotos desta época se tornam loiros. A mudança foi sugerida pela dona da Blue Book, Miss Snively, assim que conheceu e se encantou pela moça:

– Um pequeno conselho – ela acrescenta no momento de se despedir da moça toda alegre, derramando lágrimas de felicidade, sorrindo com uma gratidão exaltada -, você vai fazer um sucesso louco com os fotógrafos se pintar os cabelos de louro. Eu lhe garanto. Mande descolori-los, vire loura, e vai ter todos eles aos seus pés. Acredite em mim.

– Não, obrigada – fala Norma Jeane, embaraçada. Não está interessada. Ficaria com um rosto muito artificial. Não se reconheceria mais.
Loura não seria mais ela.

Assustadoramente Smurfs!

Já imaginou os Smurfs, estas criaturinhas divertidas e adoráveis, fazendo maldades e assustando pessoas em histórias de terror? No site de compras eBay, encontramos os Smurfs metamorfoseados nos mais terríveis personagens da literatura de horror. Mas diga a verdade: você teria medo de um Drácula azul? E de um Frankenstein com gorro branco? 😉

Ok… Ok… Os Smurfs até tentaram, mas mesmo fantasiados para a festa de Halloween, não deixaram de ser adoráveis e engraçadinhos!

Mas se você é fã do tipo ortodoxo, que prefere os personagens da forma como eles vieram ao mundo, não deixe de ler as histórias do Smurf Repórter e do Bebê Smurf, que a L&PM publica em formato pocket ou convencional.

O dia em que Machado de Assis virou Michael Jackson

Por Paula Taitelbaum*

Já faz uns dias que todos nós acompanhamos o caso do Machado de Assis pintado de branco pela Caixa Econômica Federal. Pobre Machado: sem querer, virou Michael Jackson. Num misto de desleixo e ignorância (talvez mais ignorância do que desleixo), uma das maiores instituições públicas do país cometeu uma gafe de proporções homéricas. Pura estupidez humana. E põe humana nisso, já que a fila de gente que aprovou o casting, acompanhou as filmagens e deu ok ao produto final não deve ter sido pequena. Se pensarmos que envolveu a direção e o marketing da Caixa Econômica Federal, a criação e o atendimento da agência de propaganda (no caso a BorghiEhr/Lowe) e o pessoal da produtora de vídeo (a conceituada Conspiração Filmes), a conta, por baixo, soma umas cem pessoas. Será que ninguém destes leu sobre a vida de Machado (melhor nem perguntar se leram a obra de Machado)? Como assim?

Eu confesso que não assisti ao comercial no ar, vi agora há pouco, pelo Youtube. O ator escolhido é de uma brancura rinso constrangedora. Só falta ter olho azul! Bastaria trocar a assinatura final para virar comercial de OMO: “Fizemos o teste: deixamos  Machado de molho e removemos até as manchas mais difíceis!”.

Caixa Econômica Federal e todos os envolvidos são culpados. Não há perdão para eles. Até porque não é apenas uma questão de valorização dos negros, mas de verdade histórica.

No final, entre comerciais mortos e contas bancárias feridas, vejo algo de positivo no ar. Pense bem: fazia tempo que o povo não falava tanto em Machado de Assis. E, pelo menos agora, as pessoas vão saber que, em uma de suas fotos mais famosas, clicada por ninguém menos do que o célebre Marc Ferrez, Machado não estava bronzeado. Ele era mulato. Que o erro, afinal, sirva de lição.

A L&PM publica todos os romances de Machado de Assis na Coleção Pocket e produziu um documentário sobre o escritor para a L&PM WebTV.

* Paula Taitelbaum é escritora e coordenadora do Núcleo de Comunicação L&PM.

Feliz por tudo

Motivos não faltam para estarmos felizes com o novo livro de Martha Medeiros. Menos de três meses depois de seu lançamento, Feliz por nada já atingiu a marca de 70 mil livros vendidos e está há dez semanas entre os tops da Revista Veja, Revista Época e Jornal O Globo.

Em seu bestseller, Martha começa a crônica que dá nome ao livro dizendo “Geralmente, quando uma pessoa exclama ‘Estou tão feliz!’, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.”

Concordamos com você, Martha. Mas que também é bom estar feliz por tudo isso, lá isso é.

E agora, Albert?

Eles são em número de cinco, cinco profetas de papel dos tempos modernos. Vão irromper no mundo científico e durante décadas, até os dias de hoje, alimentar os debates, as fantasias, as venerações e os ódios. Permitirão explorar mundos, suscitar outras descobertas. Abrirão para uma nova concepção do universo. Estes cinco artigos irão pregar, cada um num mundo diferente, uma palavra revolucionária. Encontrarão apóstolos às centenas, detratores aos milhares. Os mais importantes sobreviverão ao século. Alguns conhecerão as chamas do inferno.

Este trecho está no livro Albert Einstein da Série Biografias e se refere ao conjunto de 5 trabalhos do jovem físico alemão publicados na revista Annalen der Physik, que constituem um exemplo único na história da criatividade científica. No espaço de 6 meses, um rapaz de apenas 25 anos enunciou uma nova definição da luz, explicitou a existência dos átomos, explicou o movimento das moléculas e inventou o conceito espaço-tempo. A partir daquele ano de 1905, a física não seria mais a mesma e o conjunto da obra de Einstein inaugurava a Física Moderna.

No entanto, quase cem anos depois, parece que mais uma revolução está para acontecer. Esta semana, um grupo de pesquisadores do Conselho Europeu para Pesquisa Nuclear anunciou a descoberta de uma partícula que viaja mais rápido do que a luz, colocando em xeque a Teoria da Relatividade Restrita de Einstein. Se você pensou “meu mundo caiu!”, é isso mesmo – ou quase.

Foram feitas mais de 15 mil medições da velocidade de neutrinos disparados num acelerador de partículas em direção a outro ponto a 730km de distância. Segundo o responsável pela pesquisa, em entrevista ao site da BBC, “de forma estatísticamente significativa”, os neutrinos pareciam chegar 60 nanosegundos (ou 60 bilionésimos de segundo) antes da luz.

Parece pouco? Olhando o número isoladamente, pode até parecer desprezível. Mas na prática, isso significa que a fórmula mais famosa do mundo, que diz que E=m.c² (em que a massa é mutável – até o tempo, segundo Einstein, pode ser dilatado! – e c seria uma “constante cósmica” correspondente à velocidade da luz) pode estar com os dias contados e um dos pilares da Física Moderna ameaça vir a baixo.

Mas calma! Ainda não é hora de jogar todos os livos de física na lata do lixo. A comunidade científica recebeu a novidade com certo ceticismo e até mesmo os pesquisadores que realizaram as experiências parecem não querer acreditar que Einstein estava errado. “Meu sonho é que outro experimento independente chegue à mesma conclusão. Eu ficaria aliviado. Por enquanto, não estamos afirmando nada, apenas queremos a ajuda da comunidade científica para entender esses resultados malucos. As consequências podem ser muito sérias”, disse um dos cientistas envolvidos na pesquisa.

De que morreu Pablo Neruda?

Jornal da época noticia a morte de Pablo Neruda

Em 23 de setembro de 1973, há exatos 38 anos, Pablo Neruda morria aos 69 anos. Em seu livro Paula, Isabel Allende defende que o grande poeta teria morrido de “tristeza”, poucos dias depois do golpe militar de Augusto Pinochet ter derrubado o governo de Salvador Allende. Mesmo assim (e mesmo ele estando doente), há os que acreditam que Neruda teria sido assassinado pela ditadura de Pinochet. Essa teoria ganhou força em junho de 2011, quando o Ministério Público chileno incluiu seu nome em uma lista de 726 pedidos de investigação sobre mortes em circunstância duvidosas. O resultado das investigações que estão em andamento promete ajudar a reescrever a história recente do Chile, marcada por uma das ditaduras mais violentas que a América Latina testemunhou.

Pablo Neruda é considerado um dos mais importantes poetas de língua espanhola do século 20 e durante as eleições presidenciais chilenas nos anos 70, desistiu de sua candidatura para que Salvador Allende vencesse. No livro Últimos poemas (O mar e os sinos), a voz de Neruda se levanta pela última vez, cheia de nostalgia e melancolia, mas ao mesmo tempo reafirmando a fé na palavra. Este livro derradeiro foi concluído em seu leito de morte e sua primeira edição saiu pela L&PM Editores em 1983. Atualmente, o livro em edição bilingue faz parte da coleção pocket.

Perdão se pelos meus olhos não chegou
mais claridade que a espuma marinha,
perdão porque meu espaço
se estende sem amparo
e não termina:
– monótono é meu canto,
minha palavra é um pássaro sombrio,
fauna de pedra e mar, o desconsolo
de um planeta invernal, incorruptível.
Perdão por esta sucessão de água,
da rocha, a espuma, o delírio da maré
– assim é minha solidão –
saltos bruscos de sal contra os muros
de meu ser secreto, de tal maneira
que eu sou uma parte do inverno,
da mesma extensão que se repete
de sino em sino em tantas ondas
e de um silêncio como cabeleira,
silêncio de alga, canto submergido.

(Versos de “Últimos poemas”, de Pablo Neruda)

Pernas pra que te quero…

As pernas de Úrsula e outras possibilidades, de Claudia Tajes, é a novidade do dia. O livro, lançado originalmente em 2001, volta agora em nova edição, na Coleção L&PM POCKET. Para homenagear essas que nos aproximam de pessoas e lugares, que correm o mundo, que caminham sem rumo e que se enlaçam de amor, nós separamos alguns textos e poemas que falam nelas, as pernas:

“Nos meus devaneios, as pernas de Úrsula haviam andado pelo mundo inteiro, conhecido línguas, em todos os sentidos, e causado a desgraça de franceses, egípcios e neozelandeses. Eu podia ver as pernas de Úrsula correndo da polícia nas manifestações das Diretas Já, dançando em cima da mesa nos bailes de carnaval do Monte Líbano, entrando em campo para uma partida de futebol feminino, fazendo um strip-tease para um felizardo qualquer…” (Trecho de As pernas de Úrsula, de Claudia Tajes)

* * *

(…) a garota do vestido vermelho
que desceu do carro branco
tinha as melhores pernas
a garota do vestido rosa
que desceu do carro vermelho
tinha pernas razoáveis

mas sigo lembrando da garota no vestido azul
que desceu do carro azul
vi suas calcinhas

você não sabe o quão excitante a vida pode ser
por volta
das 5h35 da tarde.
(Trecho de garotas voltando para casa, de Charles Bukowski, em O amor é um cão dos diabos)

* * *

(…) E todavia aquela perna indica
que muito longe dela o céu não fica:
tentar, como um Titã de raio em troco?

Aquela ponte de marfim maciço
passar, subir… quem pode fazer isso?
um louco? – Eu vou… Quem há do que eu mais louco?
(Trecho de A Perna, de Luís Delfino, em Livro dos poemas)

* * *

Eu abro as pernas para perpetuar a tênue ternura do infinito / da Fênix e seu rito. / Eu abro as pernas para enrijecer o grelo / descontrolar o grito / gotejar a gruta / e me perder no atrito. / Eu abro as pernas para entrar em mim / mimetizar o ego / e transformá-lo em mito.
(poema de Paula Taitelbaum em Porno Pop Pocket)

“Pulp magazines” em 3D

Quando foram criadas, em 1896, as “pulp magazines” eram inspiradas nos folhetins de contos e romances baratos vendidos em bancas de revista, desde o papel “fajuto” até a total ausência de ilustrações. Mas com o tempo os papéis se inverteram: os publishers perceberam que as revistas com capas ilustradas vendiam mais e começaram a produzir primeiro as capas para que a história fosse construída depois, a partir da ilustração.

Já no início do século 20, praticamente todas as pulp magazines eram ilustradas e diversos autores que conhecemos hoje começaram a lançar seus escritos por meio destas publicações. O conto “Aprisionado com os faraós” de H.P. Lovecraft foi publicado originalmente na edição de maio de 1924 da revista Weird Tales e aparece na coletânea A tumba e outras histórias.

Eis que no século 21 o artista Thomas Allen foi um pouco além e deu vida às capas ilustradas das pulp magazines. E não estamos falando aqui das maravilhas da computação gráfica e da animação. Ao contrário do que se imagina, o upgrade foi totalmente analógico: ele recortou as imagens, destacando-as da capa e dando a elas o aspecto tridimensional. E ao fotografar as novas figuras em planos diferentes, ele conseguiu recompor as cenas de forma muito mais real e até misturou capas para formar novas cenas:

via Zupi e blog da Letras&Cia

Todo mundo ama os Smurfs!

Ok, isso todo mundo já sabia. Mas agora temos vários números que não deixam dúvida. Da estreia do filme até o momento, cerca de 70% veio de fora dos Estados Unidos. E não é pouca coisa: são 345 milhões de dólares de todas as partes do planeta, sendo 30 milhões só do Brasil. Isso não deixa dúvidas de que, em terras “tupiniquins”, as divertidas criaturinhas azuis são um sucesso!

Até o último domingo, dia 18, as catracas dos cinemas brasileiros registraram a incrível marca de 4.765.086 espectadores nas sessões de “Os Smurfs”, superando até mesmo o sucesso de “Piratas do Caribe 4”.

No ranking das maiores bilheterias nacionais de 2011, o filme dos Smurfs só perde para “Harry Potter e as relíquias da morte: parte 2” e “Rio”.

Os Smurfs em quadrinhos também fizeram bonito nas bancas e livrarias de todo o Brasil. A L&PM publica as histórias do Bebê Smurf e do Smurf Repórter em dois formatos, pocket e convencional.