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Carta de Einstein que fala sobre o início do nazismo é leiloada por U$ 25 mil

Uma carta de quatro páginas escrita por Albert Einstein e por sua esposa, Elsa, e endereçada a Maja Winteler-Einstein, irmã do cientista, foi leiloada nesta quinta-feira, 28 de junho, e atingiu o preço de US$ 25 mil. A carta foi escrita no dia 28 de março de 1933, a bordo do navio SS Belgenland, que deixou Nova York em direção à cidade de Antuérpia, na Bélgica, onde Einstein entregou seu passaporte no consulado alemão. O casal estava a caminho dos Estados Unidos quando Adolf Hitler foi nomeado chanceler, no dia 30 de janeiro de 1933. Durante a viagem no navio, Einstein foi informado que os nazistas tinham atacado seu apartamento na capital alemã. Além disso, tinham publicado uma placa que dizia “ainda não foi enforcado” e puseram uma recompensa de US$ 5 mil por sua cabeça. Menos de dois meses depois, o casal decidiu voltar para a Alemanha para ficar em sua residência de veraneio, na cidade de Caputh, ao sudoeste de Berlim, contra o que lhe aconselhavam amigos e colegas. Na carta, escrita apenas minutos antes de chegar em Antuérpia, como se especifica no texto, Elsa refletia sua preocupação com o estado de Tetel Einstein (filho de Albert, fruto do seu primeiro casamento) e lembrava que todos os seus amigos tinham fugido da Alemanha ou estavam presos. Na carta, a esposa de Einstein explica que o casamento está vivendo situações “profundamente tristes” e que não conseguiu conter as lágrimas ao ler uma carta dos filhos do cientista, Hans Albert e Tetel. Einstein conclui a carta com um tom que contrasta com o sentimento demonstrado pela sua esposa, talvez como sinal de aceitação do seu destino.

A carta escrita por Einstein e sua esposa Elsa que foi leiloada por U$ 25 mil.

A carta escrita por Einstein e sua esposa Elsa que foi leiloada por U$ 25 mil.

A biografia “Albert Einstein“, de Laurent Seksik, publicada na Coleção L&PM Pocket, conta um pouco sobre essa época. E de autoria de Einstein, a L&PM publica “A Teoria da Relatividade” em formatos convencional e pocket.

Encontro marcado com a teoria quântica

Foi há um século que o maior encontro de gênios da física começou. O Congresso de Solvay é uma série de conferências científicas que acontece em Bruxelas desde 1911. Já no começo do século XX, estas conferências reuniam os mais consagrados cientistas, responsáveis por proporcionar os avanços fundamentais da Física Quântica. Realizado no Instituto Internacional de Solvay de Física e Química, o congresso foi uma ideia do químico industrial belga Ernest Solvay e acontece de três em três anos.

Em 1927, a 5ª edição deste encontro foi um tanto quanto especial. Com o tema “Elétrons e Fótons”, ela reuniu um time de cientistas que pode ser chamado de “Dream Team of Science”. Dos 29 participantes, 17 já tinham recebido ou viriam a receber o Prêmio Nobel. Entre eles, estavam Einstein, Schrödinger, Heisenberg, Dirac, De Broglie, Bohr, Planck e Madame Curie.

O time dos sonhos da física no Congresso de Solvay de 1927 - Clique para ampliar

Neste que foi provavelmente o mais famoso dos Congressos de Solvay, a teoria quântica foi discutida por Albert Einstein e Niels Bohr em um debate que, para os que puderam assistir, foi inesquecível.

A teoria quântica também foi o ponto principal da 23ª edição do Solvay, em 2005, com o tema “A estrutura quântica do espaço e do tempo”. Em 2008, foi a vez de “Teoria quântica da matéria condensada” e, em outubro deste ano, quando o encontro científico completou 100 anos, os gênios da física moderna discutiram “O mundo da teoria quântica”.

A teoria quântica é a bola da vez na física. Sorte é que nós, os leigos, vamos poder entender um pouco mais sobre ela em breve, assim que o novo volume da Série Encyclopaedia chegar.

E agora, Albert?

Eles são em número de cinco, cinco profetas de papel dos tempos modernos. Vão irromper no mundo científico e durante décadas, até os dias de hoje, alimentar os debates, as fantasias, as venerações e os ódios. Permitirão explorar mundos, suscitar outras descobertas. Abrirão para uma nova concepção do universo. Estes cinco artigos irão pregar, cada um num mundo diferente, uma palavra revolucionária. Encontrarão apóstolos às centenas, detratores aos milhares. Os mais importantes sobreviverão ao século. Alguns conhecerão as chamas do inferno.

Este trecho está no livro Albert Einstein da Série Biografias e se refere ao conjunto de 5 trabalhos do jovem físico alemão publicados na revista Annalen der Physik, que constituem um exemplo único na história da criatividade científica. No espaço de 6 meses, um rapaz de apenas 25 anos enunciou uma nova definição da luz, explicitou a existência dos átomos, explicou o movimento das moléculas e inventou o conceito espaço-tempo. A partir daquele ano de 1905, a física não seria mais a mesma e o conjunto da obra de Einstein inaugurava a Física Moderna.

No entanto, quase cem anos depois, parece que mais uma revolução está para acontecer. Esta semana, um grupo de pesquisadores do Conselho Europeu para Pesquisa Nuclear anunciou a descoberta de uma partícula que viaja mais rápido do que a luz, colocando em xeque a Teoria da Relatividade Restrita de Einstein. Se você pensou “meu mundo caiu!”, é isso mesmo – ou quase.

Foram feitas mais de 15 mil medições da velocidade de neutrinos disparados num acelerador de partículas em direção a outro ponto a 730km de distância. Segundo o responsável pela pesquisa, em entrevista ao site da BBC, “de forma estatísticamente significativa”, os neutrinos pareciam chegar 60 nanosegundos (ou 60 bilionésimos de segundo) antes da luz.

Parece pouco? Olhando o número isoladamente, pode até parecer desprezível. Mas na prática, isso significa que a fórmula mais famosa do mundo, que diz que E=m.c² (em que a massa é mutável – até o tempo, segundo Einstein, pode ser dilatado! – e c seria uma “constante cósmica” correspondente à velocidade da luz) pode estar com os dias contados e um dos pilares da Física Moderna ameaça vir a baixo.

Mas calma! Ainda não é hora de jogar todos os livos de física na lata do lixo. A comunidade científica recebeu a novidade com certo ceticismo e até mesmo os pesquisadores que realizaram as experiências parecem não querer acreditar que Einstein estava errado. “Meu sonho é que outro experimento independente chegue à mesma conclusão. Eu ficaria aliviado. Por enquanto, não estamos afirmando nada, apenas queremos a ajuda da comunidade científica para entender esses resultados malucos. As consequências podem ser muito sérias”, disse um dos cientistas envolvidos na pesquisa.

Exposição abre diários de grandes pensadores

A Morgan Library & Museum inaugurou a exposição The Diary: Three Centuries of Private Lives com os escritos íntimos de alguns ilustres pensadores como Albert Einstein, Thoreau e Santo Agostinho. Os diários revelam mais de três séculos de histórias secretas contadas por pensonalidades famosas e algumas praticamente desconhecidas. Os diários da irmã de Victor Hugo, que também fazem parte da exposição, já tinham sido abertos em 1975 e serviram de inspiração para o filme L’histoire d’Adèle H., de Truffaut. Já as confissões escritas pelo fundador  da Morgan Library & Museum, JP Morgan, aos 9 anos de idade eram inéditas até então.

Conheça os guardiões das memórias secretas de Thoreau, Einstein e da Rainha Vitória da Inglaterra:

Thoreau escrevia seu diário com lápis fabricado pela empresa de sua família

O diário de viagem de Einstein traz cálculos sobre eletromagnetismo

O dia-a-dia da Rainha Vitória

O New York Times fez uma galeria com diversas imagens de outras raridades secretas que fazem parte da exposição. Vale a pena conferir!