Arquivo mensais:dezembro 2012

Carta escrita por Kafka revela fobias do escritor

Folha de S. Paulo – 11/12/2012

Uma carta de quatro páginas que o escritor Franz Kafka (1883-1924) escreveu em 1917 e em que confessa, entre outras fobias, seu pavor de ratos, foi arrematada em leilão na Alemanha por uma quantia não especificada.

A carta, enviada ao amigo Max Brod com selo do dia 4 de dezembro, esteve durante décadas na mão de colecionadores particulares, mas o Arquivo Literário Alemão, com sede na cidade de Marbach, no sul do país, pretende exibí-la a partir de abril de 2013.

O objeto deverá ser a estrela da exposição “Os Ratos de Kafka”, que vai reunir manuscritos do famoso escritor.

Segundo fonte do Arquivo Literário Alemão, a carta foi à leilão com o preço mínimo de € 42 mil (cerca de R$ 113 mil).

Escritor Franz Kafka com a irmã, Ottla, em uma praça no centro histórico de Praga, na atual República Checa

De Franz Kafka, a L&PM publica Um artista da fome, O processo, A metamorfose e Carta ao pai.

Memórias das gêmeas do bordel

A L&PM Editores vai publicar no Brasil o livro que conta as memórias das irmãs Fokkens, as gêmeas idênticas Louise e Martine, hoje setentonas, que trabalharam por mais de 50 anos como prostitutas no Bairro da Luz Vermelha em Amsterdã, aquele em que as moças ficam expostas em vitrines.

Louise foi a primeira a cair na vida, depois de ficar grávida aos 17 anos e casar com um rapaz que não queria saber de responsabilidades. Depois foi a vez de Martine que, aos 19 anos e já com uma filha, aceitou um emprego de faxineira no bordel em que a irmã trabalhava para depois decidir experimentar a prostituição como a irmã.

Em 1978, as gêmeas Fokkens abriram seu próprio bordel e, em 2011, Louise já havia parado de trabalhar, enquanto Martine seguia na ativa.

O livro, que originalmente tem o impronunciável título de Ouwehoeren é o maior sucesso editorial da Holanda em 2012. Ele alterna relatos das duas irmãs que, além de narrarem episódios e fantasias envolvendo os clientes, falam como fizeram para criar os filhos, contam sobre outros personagens da zona e relatam como a vida em Amsterdam modificou-se desde que elas começaram.

A L&PM lança as memórias das gêmeas Fokkens em 2013, mas ainda sem mês definido. Enquanto aguarda, assista ao trailer de um documentário feito a partir do livro:

Clique na imagem para assistir o vídeo

É ou não é Emily Dickinson?

Emily Dickinson nasceu em 10 de dezembro de 1830. Poeta reclusa, produziu muito e publicou pouco. Na verdade, nunca lançou um livro em vida. Para completar o surgimento do “mito Dickinson”, apenas uma foto sua é considerada autêntica até hoje. É uma imagem datada de 1847, quando Emily Dickinson tinha 16 anos e mostra uma jovem séria, de cabelo preso e vestido preto.

Este ano, no entanto, a revelação da existência de um novo daguerreótipo colocou os fãs da escritora em polvorosa. Especula-se que esta nova imagem seja da escritora perto dos trinta anos, pois provavelmente foi feita entre 1859 e 1860. Segundo o Museu Emily Dickinson, a imagem ainda está sendo analisada, mas há muitas evidências “físicas” que levam a crer que dessa vez a foto é mesmo de Dickinson. O daguerreótipo mostra duas mulheres, sendo que a moça da esquerda seria a poeta. Já a mulher da direita teria sido identificada como Kate Scott Turner, amiga da família Dickinson. “É fascinante, pois o período mais produtivo de Dickinson ocorreu justamente quando ela estava na casa dos trinta anos e ver a mulher que poderia ser Emily Dickinson na fase adulta remodela o pensamento de cada um.” disse Jane Wald, diretora do Museu.

As características físicas também serviram como ponto de partida para identificar a mulher à esquerda da fotografia. Famosos oftalmologistas examinaram cuidadosamente os olhos da nova imagem e compararam com o retrato de 1847, onde se nota um reconhecível astigmatismo em um dos olhos. Depois de ampliar e comparar, eles acreditam tratar-se da mesma pessoa. Outra característica facial analisada foi a posição da sua orelha direita e a configuração da área entre o nariz e o lábio superior (veja aqui o relatório completo).

As roupas usadas também oferecem pistas adicionais, pois há uma acentuada semelhança no estilo do vestido usado na imagem de 1847 com esta nova. Além disso, uma amostra de tecido azul-xadrez nas coleções do Museu de Emily Dickinson é semelhante no padrão e brilho encontrado na figura da esquerda no daguerreótipo.

Estudos ainda mais aprofundados ainda estão sendo feitos e os envolvidos no processo de pesquisa estão eufóricos. Veja você mesmo, compare e dê a sua opinião. É ou não é Emily Dickinson?

Será Emily Dickinson à esquerda da foto? Estudiosos dizem que sim. (clique na imagem para ampliá-la)

Se quiser comparar com a imagem de Emily Dickinson aos 16 anos, aqui está ela


A Coleção L&PM Pocket publica Poemas escolhidos de Emily Dickinson em edição bilingue e com tradução de Ivo Bender.

Pessoa, Ginsberg e Dalí no mesmo palco

Imagine Fernando Pessoa, Salvador Dalí, Allen Ginsberg e até Roberto Piva reunidos sobre o mesmo palco. Pois é exatamente isso o que a Cia. Teatro do Incêndio apresenta no segundo musical “São Paulo Surrealista”, que agora ganhou o nome de “Poesia Feita de Espuma”. A peça, escrita e dirigida por Marcelo Marcus Fonseca aborda o submundo paulista com um imaginário que começa com a chegada de Fernando Pessoa (o ator João Sant’Ana) à capital, onde é recebido por Beatriz (Giulia Lancelloni), musa de Dante. Mais tarde, ambos encontram o poeta beat Allen Ginsberg (Diego Freire), o poeta paulistano Piva (vivido pelo próprio diretor) e o pintor Dalí (Sonia Molfi) que está na cidade para dirigir uma peça surrealista. A curadoria poética da peça é de Claudio Willer, escritor e tradutor especialista nos beats.

O espetáculo é uma ótima dica para este final de semana. E para o próximo também.

 

SERVIÇO:

São Paulo Surrealista 2: A Poesia Feita de Espuma
Data: Até 15 de dezembro de 2012.
Horário: Quintas, sextas e sábados, às 21h.
Local: Madame – Rua Conselheiro Ramalho, 873 – Bela Vista.
Preço: R$ 15 (entrada) ou R$ 30 (consumíveis) – estudantes pagam meia-entrada.
Tel.: (11) 2592-4474.
www.teatrodoincendio.com.br

QR Codes L&PM: uma surpresa em cada livro

Se você prestar atenção nos mais recentes lançamentos da L&PM, verá que eles trazem um QR Code na capa. Assim como um código de barras, o QR Code contém informações que podem ser acessadas através de um aplicativo que lê esse código por meio da câmera do celular (iPhone, Android, Blackberry, etc).

Nos livros da L&PM, os QR Codes dão acesso a vídeos exclusivos, produzidos pela L&PM WebTV para que os leitores possam conhecer melhor a obra e o autor. Com isso, até mesmo antes de comprar o livro, é possível assistir, por exemplo, a uma pequena entrevista dentro da livraria.

Apesar dos QR Codes estarem cada vez mais populares, presentes em anúncios de revistas, placas de esquinas e outdoors, a L&PM é a única editora do Brasil a investir em conteúdo inédito e colocar QR Codes em todos os seus lançamentos e reedições.

Tá vendo esses quadradinhos nos livros? São os QR Codes

Para saber mais sobre como fazer a leitura do QR Code ou baixar o aplicativo, clique aqui.

Senado aprova Vale-Cultura, que aguarda a sanção de Dilma

Folha de S. Paulo – 06/12/2012 – Por Gabriela Guerreiro, de Brasília

Benefício mensal de R$ 50 para compra de livros e ingressos para shows e peças já passou pela Câmara

Como já havia acordo entre o governo e a oposição, votação ocorreu em tempo recorde no plenário

O Senado aprovou ontem projeto que cria o Vale-Cultura, benefício mensal de R$ 50 para quem recebe até cinco salários mínimos (R$ 3.110) gastar em produtos culturais -como entradas para shows e peças e compra de livros. O auxílio funcionará como uma espécie de “vale-alimentação” e poderá ser usado em todo o território nacional.

O projeto agora segue para sanção da presidente Dilma Rousseff. Não houve mudanças, no Senado, em relação ao texto que passou pela Câmara em novembro. A votação ocorreu em tempo recorde no plenário, de forma simbólica (sem registro do voto no painel da Casa), depois de acordo fechado entre governo e oposição. A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) endossara o texto na manhã de ontem. Segundo o projeto, o prazo para gastar o benefício deverá ser definido posteriormente em regulamento.

O texto também estipula que o vale seja disponibilizado aos empregados preferencialmente em cartões magnéticos, confeccionados por empresas cadastradas no Ministério da Cultura. De autoria da deputada Manuela D’Ávila (PC do B-RS), o projeto determina que as empresas que decidirem oferecer o vale tenham direito a deduzir o valor despendido do Imposto de Renda até 2017, no limite de 1% do total devido.

A pedido do governo, a versão aprovada na Câmara excluiu os servidores públicos, aposentados e estagiários. Essa emenda na redação original poupa o Planalto do desgaste de vetar trecho da que previa o benefício para essas três categorias. O objetivo do governo era aprovar o projeto até o fim do ano. Havia uma preocupação do Planalto com as eleições presidenciais de 2014, quando Dilma deve concorrer à reeleição.

Projetos com renúncia fiscal só passam a valer no exercício seguinte. Ou seja, aprovado agora, o Vale-Cultura só vigoraria em 2013. Além disso, há que considerar um prazo de seis meses que o governo acredita ser necessário para efetivamente implementar o vale, que estaria a pleno vapor no ano eleitoral.

Amazon e Google Play agora no Brasil

A Amazon chegou ao Brasil. A gigante de Seattle abriu sua loja online na internet brasileira a partir das 00h20 desta quinta-feira e, em www.amazon.com.br, já é possível comprar Kindles e e-books.

Entre os livros digitais mais vendidos, está Um lugar na janela, mais recente lançamento de Martha Medeiros pela L&PM Editores.

"Um lugar na janela" já está entre os mais vendidos da Amazon

Os livros de Martha Medeiros também aparecem em um banner da Amazon dedicado aos autores brasileiros

A L&PM, que faz parte da DLD – Distribuidora de Livros Digitais – já está com todo o seu catálogo de livros digitais disponível na Amazon. São 464 títulos de todos os gêneros.

Um pouco antes da Amazon brasileira entrar no ar, outra gigante também deu a partida para a venda de e-books em território nacional. Às 00:05 da mesma quinta-feira, a Google Play, loja do Google, começou suas operações. E Um lugar na janela também está lá em destaque.

"Um lugar na janela" também em destaque na Google Play

Com as novas opções para vendas de livros digitais, somadas a Apple Store que também chegou há pouco tempo, a expectativa é que os e-books decolem no país. Só a L&PM, como já falamos, tem um amplo catálogo que não para de crescer.

Nós & Martha Medeiros: Bodas de Prata

Por Ivan Pinheiro Machado

Em 1985, Martha Medeiros foi até a L&PM levada por sua amiga Beth Perrenoud que, na época, era nossa assessora de imprensa. Beth me apresentou à jovem poeta que, recordo bem, estava envergonhadíssima. Ela deixou os seus poemas na editora, eu li, lembro que gostei muito, mas a L&PM na época estava com outros projetos e nós acabamos não publicando o seu livro de estreia. Tanto o livro era bom que foi imediatamente publicado com o título de “Strip-Tease” pelo editor Caio Graco, um dos mais importantes editores brasileiros que comandava a então poderosa Editora Brasiliense. Como os rios correm para o mar (como dizia o Millôr), nós fomos atrás e Martha, – que entre suas incontáveis qualidades está o fato de não ser orgulhosa – concordou em dar para a L&PM seu segundo livro de poemas. “Meia-noite e um quarto” saiu em 1987 com uma belíssima capa do Caulos e um belo texto de apresentação do Caio Fernando Abreu. Quatro anos depois, publicamos “Persona non grata”. Sabendo da admiração do Millôr pelos poemas de Martha – coisa muito rara, pois poeticamente falando, o Millôr era mega exigente –, mandamos os originais para ele pedindo que, caso gostasse, escrevesse a orelha do livro. Millôr não só escreveu a orelha, como postou o texto (como não se dizia naquela ápoca) na sua poderosíssima coluna no mais poderoso jornal do Brasil que era justamente o Jornal do Brasil. No texto ele falava sobre o novo livro, comparando com o primeiro: “Persona non grata repete a dose, nem melhor, nem pior, apenas excelente”. O livro seguinte, também de poesia, foi “De cara lavada”, com outro lindo texto do Caio Fernando Abreu na orelha. Depois veio “Topless” em 1997, o primeiro livro de crônicas publicado pela L&PM. E “Non-Stop”, “Trem-bala”, “Montanha-Russa”, “Coisas da vida”, o livro “Poesia reunida” que, como diz o título, reunia toda a poesia de Martha desde “Striptease”.  Em 2001, foram publicadas as poesias inéditas em “Cartas extraviadas”. 2008 foi a vez do livro de crônicas “Doidas e Santas” com o qual Martha conquistou o Brasil definitivamente e apareceu em todas as listas de bestsellers do país. Mas foi em 2011, com “Feliz por nada”, que ela chegou ao topo, ao número 1 de todas as listas, ultrapassando em menos de um ano o incrível número de 200 mil livros vendidos. Em outubro deste ano, lançamos seu livro de relatos de viagens “Um lugar na janela”, que já é um sucesso. Passaram-se 25 anos desde o belo “Meia noite e um quarto”. Estamos completando as bodas de prata cheios de planos. Um longo e feliz casamento, como não se encontram mais hoje em dia.

* * *

Para ler o que Caio Fernando Abreu e Millôr disseram sobre Martha nas orelhas dos livros, clique aqui.

 

O Natal de Agatha Christie

O Natal está quase batendo às nossas portas. E já entrando no clima, publicamos aqui o prefácio de A aventura do pudim de Natal, um dos títulos da Série Agatha Christie. No texto, a Rainha do Crime fala um pouco do livro e relembra os natais de sua infância. Vale a leitura (do livro inteiro, aliás):

Este livro de delícias natalinas pode ser descrito como “A escolha do chef”. E eu sou o chef! Há dois pratos principais, “A aventura do pudim de Natal” e “O mistério da arca espanhola”, uma seleção de entradas, “A extravagância de Greenshaw”, “O sonho” e “Poirot sempre espera”, e uma sobremesa, “Vinte e quatro melros”.

“O mistério da arca espanhola” é uma especialidade de Hercule Poirot. É um caso no qual ele considera ter dado o melhor de si! Miss Marple, por sua vez, sempre orgulhosa de sua perspicácia em “A extravagância de Greenshaw”.

“A aventura do pudim de Natal” é uma extravagância minha, já que ele me lembra, de modo muito prazeroso, os natais da minha juventude. Após o falecimento de meu pai, minha mãe e eu sempre passamos o Natal com a família de meu cunhado no Norte da Inglaterra – e que natais fascinantes eram aqueles para uma criança! Abney Hall tinha de tudo! O jardim exibia uma cachoeira, um riacho e um túnel por baixo do caminho de entrada!

As refeições tinham proporções gigantescas. Apesar de magrela e com a aparência delicada, eu era muito sadia e tinha uma fome de leão! Os meninos e eu costumávamos competir para saber quem comia mais na ceia de Natal. Não festejávamos muito a sopa de ostras e o peixe, mas então vinham o peru assado, o peru cozido e um enorme rosbife. Comíamos duas porções de cada! Depois havia o pudim de ameixa, as tortas de frutas, os pavês e todo tipo de sobremesa. Nunca ficávamos enjoados! Como era bom ter onze anos de idade e ser faminta!

Era um dia mágico, desde as meias penduradas na cama pela manhã, a igreja e as canções de Natal, a ceia, os presentes até, finalmente, o acender da árvore de Natal! Tenho profunda gratidão pelos gentis e hospitaleiros anfitriões que devem ter tido muito trabalho para fazer dos dias de Natal uma memória maravilhosa em minha velhice.

Portanto, dedico este livro à memória de Abney Hall – a sua gentileza e hospitalidade.

E feliz Natal para todos que lerem este livro.

Agatha Christie

A pequena Agatha Christie na época dos Natais aqui descritos por ela

Ricardo Freire indica o novo livro de Martha Medeiros

Ricardo Freire é um especialista em viagens. Ex-publicitário premiadíssimo, acabou largando a vida de agência para  escrever sobre lugares ao redor do mundo. Desde 2005, Freire dedica-se exclusivamente a textos relacionados a turismo e hoje é uma referência no assunto. Veja o que ele escreveu em seu blog “Viaje na Viagem” sobre o novo livro de Martha Medeiros, Um lugar na janela:

(…)

Já compre, li e devorei o livro, que é o segundo da Martha no tema viagens. Mas o anterior era um guia — de Santiago do Chile. Então esse é o primeiro de relatos (ou crônicas, ou memórias) de suas indas e vindas nos últimos 25 anos.

Não espere um livro recheado de dicas datadas como os últimos da Danuza (#prontofaleimermo): o que a Martha compartilha com generosidade e muita graça são suas experiências e sensações a cada viagem. Você vai rir muito da Martha mochileira que passou 45 dias na Europa hospedada em casas de amigos dos amigos que nem sabiam da sua existência até ela telefonar da estação ferroviária. E vai acompanhar sua trajetória de vida através das viagens, terminando com sua reconciliação com Nova York. É quase uma autobiografia, pípols.

Apenas dois capítulos não são de memórias. O último, “Meu jeito de viajar”, é uma compilação de dicas sensatíssimas para quem quer viajar melhor. E o primeiro, “Pré-embarque”, traz reflexões bacanas sobre o que é viajar. Adoro essa passagem:

“Se para você é um suplício abandonar seu sofá, seu carro, seu travesseiro e o Fantástico aos domingos, não viaje. Se você é do tipo que não consegue se maravilhar com o que está vendo porque está mais preocupado com os mosquitos, os remédios, as gorjetas, o fuso horário e em checar os e-mails do trabalho, não viaje. Se voê não faz idéia em que ponto do mapa fica o local para onde está indo, não tem a mínima curiosidae sobre a cultura do lugar, até desconhece o idioma falado, não viaje. Se você está fazendo as mala sob coação, pois sua mulher o ameaçou com o divórcio, faz bem em ter juízo, vá com ela. mas, fora algum outro caso assim extremo, não viaje. Não é obrigatório. Não assegura uma vaga no céu. Viajar é para quem tem espírito desbravador, mas se você não tem, não tem.”

Ah: falei que estou citado nesse capítulo? Honradíssimo.