A pergunta pode levar a uma divertida brincadeira. Comece pensando no gênero que ele seria: romance, conto, poesia, humor, enciclopédia, revista em quadrinhos, dicionário ambulante? Depois pense num título que tenha a ver com o seu pai. Ou ainda em um personagem da literatura cuja personalidade seja parecida com a dele. Conseguiu? Então compartilhe com a gente, publicando nos “comentários” do Blog. Funcionará como uma homenagem coletiva.
Dúvidas? Pergunte a seu pai…
… desde que seu pai não seja Hagar, o horrível. E por falar em pai, já comprou o presente dele? Lembre que livro é sempre uma ótima opção.
9 de agosto: Dia Internacional dos Povos Indígenas
Como dizia Baby do Brasil (ex Baby Consuelo), havia uma época em que “todo dia era dia de índio”. Mas os tempos mudaram e agora eles têm dias específicos para serem homenageados. O Brasil comemora o Dia do Índio em 19 de abril. Já 9 de agosto é o Dia Internacional dos Povos Indígenas. Eduardo Galeano dedica uma página do seu novo livro, Os filhos dos dias a esta data:
Pavilhão da Bienal do Livro de SP começa a borbulhar
Por Amanda Zulke*
O cinza que toma conta do céu de São Paulo nessa quinta-feira se contrapõe ao colorido dos livros que preenche os pavilhões do Anhembi, onde acontece a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que começa hoje e segue até o dia 19 de agosto. Aberta oficialmente às 11 horas, com a presença da Ministra de Estado da Cultura, Ana Buarque de Hollanda, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e de outras autoridades, editores, livreiros e leitores, a 22ª edição da Bienal promete grandes momentos. E já começou bem, diga-se de passagem: foi emocionante a apresentação do Hino do Brasil feita pelo maestro João Carlos Martins com a Orquestra Bachiana do Sesi – SP.
Pouco a pouco, o público vai tomando conta dos corredores e estandes da Bienal. O lema desse ano, “Livros transformam o mundo”, a curadoria de peso, que inclui nomes como os jornalistas e apresentadores Paulo Markun e Zeca Camargo, os eventos e atrações programados e, obviamente, a quantidade colossal de livros são chamarizes para essa que é a maior feira de literatura do país.
Uma variedade inacreditável de formatos, cores e gêneros de livros estão expostos em quase 500 estandes. Um desses espaços é o da L&PM, que atrai leitores e livreiros com seu catálogo multifacetado. Agatha Christie, Jack Kerouac, Shakespeare, Eduardo Galeano e Martha Medeiros convivem harmoniosamente nas prateleiras, junto de HQs, mangás, livros eróticos e muitos mais. Não há quem não se sinta contemplado nesse espaço.
* Amanda Zulke é assessora de imprensa da L&PM e está na Bienal do Livro de São Paulo.
A terra de Peter Pan e as Olimpíadas
Esta manhã, no lago Serpentine do Hyde Park em Londres, aconteceu a maratona aquática feminina das Olimpíadas. Uma prova de resistência de 10 quilômetros que levou a húngara Eva Risztoy ao lugar mais alto do pódio. Já a brasileira Poliana Okimoto precisou abandonar a prova, pois passou mal devido à hipotermia (a temperatura da água é de 20 graus Celsius).
Quem assistiu à prova viu que as atletas passavam ao lado de uma ilha cravada no meio do lago. O que muita gente não sabe é que essa é a ilha que aparece na história de Peter Pan. O escritor J. M. Barrie, criador do célebre personagem, morava em frente ao chamado Kensington Garden, um dos recantos de Hyde Park, e usou o belo cenário do parque como inspiração para a inventar a Terra do Nunca. Barrie imaginou que no fundo do lago havia árvores submersas. Será que alguém perguntou às nadadoras olímpicas se elas sentiram alguma coisa estranha?
“Vocês precisam entender que será difícil acompanhar as nossas aventuras se não se familiarizarem com o Kensington Gardens, se não o conhecerem tão bem quanto David o conhece. O Gardens fica em Londres, onde vive o rei, e as crianças o visitam todos os dias, a não ser que estejam decididamente febris, mas ninguém jamais conseguiu percorrer muito rápido. (…) O Serpentina começa aqui perto. É um lago encantado, e há uma floresta submersa no fundo dele. Se você espiar na beira da água, verá as árvores todas crescendo de lá para cá, e dizem que no período da noite também existem estrelas submersas no lago. Se existem mesmo, Peter Pan as vê quando está velejando pelo lago no Ninho de Tordo. Só uma pequena parte do Serpentina fica no Gardens, pois ele logo passa por baixo de uma ponte e se estende para muito longe, até a ilha na qual nascem todos os pássaros que viveram meninos e meninas. Ninguém que seja humano, exceto Peter Pan (e ele é apenas meio humano), consegue chegar até a ilha, mas você pode escrever o que deseja (menino ou menina, moreno ou loiro) num pedaço de papel e depois dobrar o papel em forma de barco e lançá-lo na água, e ele chega à ilha de Peter depois do anoitecer.” (Trecho do primeiro capítulo de Peter Pan em Kensington Gardens – Coleção L&PM Pocket)
Descubra “América”
Imagine colocar lado a lado Sylvester Stallone, Jane Fonda, Michael Jackson, Madonna, Boy George, Mick Jagger, David Byrne, John Travolta, Farrah Fawcett, Ronald Reagan, Calvin Klein, William Burroughs e Truman Capote. Que salada mista, hein? Pois é exatamente o que faz América, livro que traz fotos que o artista pop Andy Warhol fez nas décadas de 70 e 80.
Mas nem só de celebridade vive as páginas de América. Warhol também fotografou cenas das ruas de Nova York e do Texas para mostrar que a arte fotográfica pode estar em todas as esquinas.
América já está sendo distribuído para as livrarias e é um ótimo presente para o Dia dos Pais. Desde que seu pai seja um cara que curta fotografia, é claro.
O mapa da mina
A 22ª Bienal do Livro de São Paulo começa amanhã, 09 de agosto, e vai até o dia 19 com uma programação intensa repleta de encontros com escritores e muitos e muitos livros para o público leitor. O estande da L&PM fica bem em frente ao Salão das Ideias e vai estar esperando cheio de novidades em formato convencional e com milhares de livros de bolso para todos os gostos.
Ontem, nossa equipe trabalhou intensamente para colocar tudo no lugar. Os livros de Agatha Christie já estão esperando no expositor. A Bienal do Livro de São Paulo fica no Pavilhão de Exposições do Anhembi, Av. Olavo Fontoura, 1.209, bairro Santana.
O encontro de Caetano e Quintana
Faltam dois dias para mais uma Bienal do Livro de São Paulo
Contagem regressiva para a abertura de mais uma Bienal do Livro de São Paulo que começa nesta quinta-feira, 09 de agosto e vai até o dia 19. Este ano, o evento homenageia os centenários de nascimento de Jorge Amado e de Nelson Rodrigues e também os 90 anos da Semana de Arte Moderna de 1922. Na programação, o destaque são os encontros promovidos no “Salão de Ideias”, sob o comando de Paulo Markun. É nesse espaço que, no dia 17 de agosto às 16 horas, Flávio Tavares, autor de “1961 – O golpe derrotado”, participa da mesa “Recuperar o Passado” ao lado de Leonencio Nossa e Paulo Moreira Leite.
Dentro da programação, há ainda o “Deu a Louca nos Livros”, dedicado ao público infantil. O “# Você + Quem = ?”, dirigido por Zeca Camargo e voltado para o público jovem. O “Espaço do Professor” com foco nos educadores. O “Cozinhando com Palavras”, espaço gourmet que receberá chefs-autores. O “Telas e Palcos”, onde Rubens Ewald Filho comandará encontros com autores, dramaturgos, cineastas, músicos e artistas. E ainda o “Livros & Cia, um espaço para palestras e debates sobre temas de interesse dos profissionais que atuam nas diversas atividades de todos os elos da cadeia do livro.
O estande da L&PM Editores nesta Bienal já está sendo preparado. São 400 caixas e 24 mil livros que vão colocar à disposição do leitor as mais recentes novidades e cerca de 1.000 títulos da Coleção L&PM Pocket. Não dá pra perder.

As caixas já estão sendo abertas para preparar o estande da L&PM Editores na Bienal do Livro de São Paulo
Para ver a programação completa e ver como chegar na Bienal acesse o site oficial do evento: www.bienaldolivrosp.com.br
“Tuareg”: não dá pra não ler
Por Paula Taitelbaum*
“Tuareg” é um livro denso e ao mesmo tempo tenso. Que flui como grãos de areia esparramados pelo vento no deserto. E prende como um oásis. Nunca tinha ouvido falar nele. Vergonhosamente, nem ao menos conhecia seu autor, Alberto Vázquez-Figueroa. Até que no final do ano passado, em uma reunião aqui dentro da L&PM, o Paulo Lima (o “L” da L&PM) comentou: “Quem não leu Tuareg, tem que ler, é um livro incrível e o final é espetacular.” Foi algo assim que ele disse. E eu confesso que não levei muita fé. Mas quando fui escolher um livro para levar na mala, no feriado do Ano Novo, lembrei do que o Lima tinha dito e peguei “Tuareg”. Daí que num dia de chuva no Rio de Janeiro, li a primeira frase. E você já deve estar desconfiado do que aconteceu: eu não parei mais. “Tuareg” conta a história de um… tuareg. Esses guerreiros do deserto que seguem um código de conduta muito próprio e muito definido.
O tuareg Gacel Sayad vivia quieto na sua tenda, peregrinando com sua família e seus escravos pelo Saara, lugar que ele conhecia como a palma da mão. Aliás, mais do que a palma da mão. Até que dois desconhecidos, vindos sabe-se lá de onde, meio mortos, meio vivos, chegaram em seu acampamento. O tuareg os recebeu – porque nenhum tuareg nega abrigo – e no dia seguinte, o exército veio, matando um deles e levando o outro. Começa aí, uma incansável saga que vai envolvendo o leitor como os próprios panos que envolvem esses incríveis guerreiros do deserto. E o final, bem, o final… é realmente brilhante. Já indiquei pra vários amigos. Só faltava indicar aqui no blog.
Por sua vez, Gacel permaneceu muito quieto, observando o comboio que se afastava, até que o pó e o ruído se perderam por completo na distância. Logo, devagar, ele se encaminhou à jaima onde já se amontoavam seus filhos, a esposa e os escravos. Não precisou entrar para saber o que encontraria. O homem jovem aparecia no mesmo lugar em que o deixara, após sua última conversa, com os olhos fechados, agarrado ao sono pela morte. Unicamente um pequeno círculo vermelho na testa fazia-o parecer diferente. Observou-o com pena e raiva durante um longo instante e, em seguida, chamou Suílem.
– Enterre-o – pediu. – E prepare meu camelo.
Pela primeira vez na vida Suílem não cumpriu a ordem do amo, e uma hora depois entrou na tenda e se atirou aos seus pés, tentando beijar-lhe as sandálias.
– Não faça isso! – suplicou. – Nada conseguirá.
Gacel afastou o pé com desagrado.
– Acredita que devo consentir com semelhante ofensa? – perguntou Gacel com voz rouca. – Acredita que continuaria vivendo em paz comigo mesmo, depois de haver permitido que assassinassem um dos meus hóspedes e levassem o outro?
* Paula Taitelbaum é escritora e coordenadora do Núcleo de Comunicação L&PM.














