Ainda dá tempo de aproveitar a 36ª Mostra Internacional de Cinema

Desde o dia 19 de outubro está acontecendo em São Paulo a 36ª Mostra Internacional de Cinema. E até 2 de novembro dá para aproveitar a grande programação que ao todo vai exibir cerca de 350 títulos de mais de 60 países em 28 espaços entre salas de cinema, museus e instituições culturais espalhados pela capital paulista.

E tem até sessão ao ar livre! No último dia da mostra, 2 de novembro, sexta-feira, às 20h, será realizada a exibição de Nosferatu, de F.W. Murnau, no Parque do Ibirapuera, acompanhado da Orquestra Petrobras Sinfônica e Coral, com regência do Maestro alemão Pierre Oser, que compôs a partitura do filme, em comemoração aos 100 anos de morte de Bram Stoker, autor de Drácula.

Quem estiver em São Paulo neste feriado pode aproveitar o programa. Clique aqui e veja a programação de hoje até o final do evento.

Os impressionistas chegam ao Rio

Quando minha filha Clara ainda era um toquinho de gente, com menos de 3 anos, ganhou dos avós o livro “M de Monet”. Foi amor à primeira imagem. Ela sentava no colo do avô e ficava literalmente impressionada com a ponte, com o lago, com as pequenas flores das Ninfeias. Daí pra frente, todos os livros para criança com Monet que meus pais encontravam, no Brasil ou em viagens no exterior, traziam para ela. Perdi as contas de quantas vezes a pequena Clara assistiu ao DVD “Lineia no jardim de Monet”.

Mês passado, estivemos em São Paulo e, como não poderia deixar de ser fomos na exposição “Impressionismo: Paris e a Modernidade”. São 85 obras vindas direto do Museu d’Orsay, de Paris. Bem montada, bem organizada, bem iluminada, a mostra é imperdível.

Mas o melhor de tudo foi presenciar o deslumbramento da minha filha, agora com 11 anos, diante da verdadeira ponte pintada por Monet. A real, a pincelada por ele, pelo mestre. “Uau” foi o que ela conseguiu dizer. E ficou ali, diante de “O lago da Ninfeias – Harmonia verde” por uns bons minutos, emocionada, fundindo seu olhar com o conjunto de manchas esverdeadas.

"O lago das Ninfeias - Harmonia Verde", de Claude Monet, está no Rio de Janeiro

Agora, depois de sair de São Paulo, a exposição chegou ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) do Rio de Janeiro, na minha opinião um espaço até melhor do que o paulista, pois é mais amplo, mais horizontal. Logo nos primeiros dias, as filas já foram enormes e, assim como em SP, no final de semana de estreia da mostra aconteceu a chamada virada impressionista, com a exposição gratuita aberta ininterruptamente das 9h de sábado (27) às 21h de domingo (28). Além de Monet, Cézanne, Manet, Gauguin, Renoir e Van Gogh são alguns dos pintores que sobem pelas paredes.

“Impressionismo: Paris e a Modernidade” fica no Rio até 13 de janeiro. Vale muito a pena conferir. Você vai ter a impressão de que para ir do Brasil até Paris basta atravessar uma ponte. (Paula Taitelbaum)

David Coimbra indica o novo livro de Martha Medeiros

O que ler – UM LUGAR NA JANELA

David Coimbra*

Li o novo livro da Martha Medeiros, Um lugar na janela – relatos de viagem, e depois fui conversar com ela. Então, a Martha, modesta como é, disse, com intenção de se menoscabar, que o texto do livro às vezes parece-lhe ter sido escrito por uma menina de 13 anos de idade. Dei um tapa na testa. Mas é isso mesmo! O livro é tão genuíno, tão puro, que dá a impressão de ser obra de uma menina. E é justamente por isso que “Um lugar na janela” é encantador. Esta é, precisamente, a palavra: encantador. Trata-se de um livro sem dissimulações, como todas as pessoas deveriam ser. Martha não esconde o seu deslumbramento com os lugares que visita e, assim, deslumbra o leitor. Mais do que isso: faz com que o leitor se sinta jovem, talvez com 13 anos. Uma bela idade para se ter.

* Esta dica de leitura de David Coimbra foi publicada originalmente em sua coluna dominical “O Código David”, do Jornal Zero Hora,  em 28 de outubro de 2012.

Martha Medeiros autografa Um lugar na janela na Feira do Livro de Porto Alegre no dia 10 de novembro às 16h. Em 29 de novembro, a autora estará lançando seu novo livro no Rio de Janeiro e no dia 01 de dezembro em São Paulo.

E-books da L&PM na iBookStore

Os e-books da L&PM estão à venda na iBookStore, a loja de livros da Apple. Na seção “Livros que viraram filme”, por exemplo, é possível comprar On the road, que foi adaptado pra telona por Walter Salles, e O grande Gatsby, cuja adaptação chega aos cinemas em dezembro, e vários livros de Sherlock Holmes, o detetives que ganhou inúmeras versões na tela grande.

Você pode acessar a iBookStore no computador pelo iTunes e no iPad ou iPhone no aplicativo iBooks. Já são mais de 100 títulos disponíveis, ao alcance de um clique.

“Esse tal de orgasmo” na Revista Glamour

A Revista Glamour, da Editora Globo, publicou esta semana em seu site uma entrevista exclusiva com Mara Altman, autora de Esse tal de orgasmo que a L&PM lançará no início de novembro. Confira aqui essa entrevista que fala sobre uma jovem mulher em busca do prazer.

Escritora faz jornada em busca do orgasmo e ensina como chegar lá!

Depois de várias experiências exóticas, Mara Altman escreveu um livro contando o caminho do orgasmo. Conversamos com ela antes! Veja essas boas dicas

Lembre-se que seus dedos são seu harém e sua vagina é a rainha (Foto: Getty Images)

A norte-americana Mara Altman perdeu a virgindade aos 17 anos. Dois namoros e muitas transas depois, aos 26, descobriu que simplesmente nunca tinha atingido o orgasmo. O que ela fez? Foi atrás da solução. Consultou psiquiatras, sexólogos, gurus, visitou clubes de sadomasoquismo, congressos de sexualidade e até um acampamento de masturbação coletiva! Ainda bem que existem mulheres como ela que descobrem esses segredinhos pra gente. Prestes a lançar o livro Esse tal de orgasmo, no Brasil dia 7 de novembro, conversamos com ela – afinal, sabemos que não é só ela que passa por isso – e já adiantamos aqui algumas dicas bem boas. 

Como você percebeu que nunca tinha chegado ao orgasmo?
Eu me dei conta que nunca tinha sentido essa erupção incrível que minhas amigas descreviam. Sexo não era divertido para mim e senti que tinha que ser mais prazeroso. OK, consegui chegar lá, mas também acho que o sexo pode ser maravilhoso sem ele, o ponto é que precisava dessa jornada de experiências e especialistas para me sentir confortável com meu próprio corpo e começar a sentir mais prazer.

O que você descobriu de curioso além da sensação plena de prazer?
Descobri que existem diferentes tipos de orgasmo. Eles podem ser como pequenos choques ou como uma grande onda de prazer, mas que eles não precisam vir de um jeito avassalador sempre para ser surpreendente. Tem mulheres que precisam achar um jeito que a estimule para sentir esse prazer, conheci uma, por exemplo, que só chegava lá se durante o sexo estivesse segurando em alguma barra.

De tudo o que você ouviu, o que foi mais difícil de colocar em prática?
Eu acho que a coisa mais difícil foi ter compaixão por mim e onde eu estava na minha sexualidade. Acho que é da natureza das pessoas serem críticas com elas mesmas, mas essa atitude é uma antítese para se obter o prazer. Então, o mais difícil foi me deixar levar. 

 Adiante alguns dos conselhos que ouviu dos profissionais e estão em seu livro?
Quem me deu o conselho mais útil foi a Zola, uma professora de tantra. Ela disse: “Seja a amante de seu próprio prazer”. É uma maneira sexy de dizer, brinque com você mesma e faça muito isso. Brinque com seu corpo todos os dias. Acenda velas, tome um banho, compre um novo brinquedinho, lembre-se que seus dedos são seu harém e sua vagina a rainha. Quando você se conhece não fica esperando que alguém tenha uma chave mágica e te desperte sensações. Você será capaz de dizer ao seu parceiro o que mais gosta. 

Serviço
Esse tal de orgasmo
L&PM Editores
352 páginas
R$ 39

Obrigada leitor: uma breve história da coleção L&PM Pocket, 15 anos depois

A L&PM foi fundada em 1974. O Lima e eu tínhamos pouco mais de 20 anos. Uns guris, como se diz cá nos pampas. De lá até o final dos anos 1990, tínhamos enfrentado uma ditadura truculenta, cinco moedas diferentes (Cruzeiro, Cruzeiro Novo, Cruzado, Cruzado Novo, Real…) e uma inflação que chegou a 80% no mês de transição do governo Sarney para o governo Collor em 1990. Em 1995 veio o Plano Real. Se por um lado foi o fim da inflação alucinante, por outro lado, nos empurrou para uma forte recessão e juros altíssimos. Por estas e por outras, a L&PM sentiu o golpe e teve que encolher para se adaptar a uma situação econômica complicada, já que não tínhamos sócios multinacionais… Foi aí que fizemos o projeto “livro de bolso”. Na época, era voz corrente que “livro de bolso não funcionava no Brasil”. E de fato, todas as tentativas até então tinham fracassado. Não dava pra entender – em todos os lugares do mundo o “pocket” significava quase metade do faturamento das editoras… Foi aí que decidimos concentrar nossas energias para enfrentar este “dogma” do mercado e criar uma grande coleção de livros de bolso. Uma coleção que fosse a cara da L&PM que já tinha, na época, mais de 2 mil títulos publicados. Isso foi há 15 anos. Como diria o presidente “empichado” Fernando Collor, “tínhamos só um tiro para dar”. No caso dele era contra a inflação, e ele errou. No nosso, era dar certo e prosseguir a L&PM ou dar errado e mudar de ramo… Pois bem. Graças a uma equipe fantástica, a L&PM emergiu de grandes dificuldades para  implantar no Brasil uma nova cultura editorial, democratizar o acesso ao livro e criar a maior coleção de livros de bolso do Brasil, hoje com mais de 1.200 títulos. E quem ganhou foi o leitor, porque imediatamente outras editoras foram obrigadas a fazer livros mais econômicos. Inclusive editoras que se caracterizam por cobrar altos preços pelos seus livros, como a Cia. das Letras, foi obrigada a se curvar e, para não perder mercado, muitos anos depois, precisou imitar os passos da L&PM Pocket criando uma coleção de bolso…

Uma coleção viabilizada pelo leitor

Foi um longo caminho até aqui. Nós temos a consciência de que o único responsável pelo êxito do projeto é o Leitor. Com “L” maiúsculo mesmo. Ele entendeu – muito antes da grande imprensa que sempre gostou de cortejar as grandes editoras – que era possível comprar livros de grande qualidade por muito menos da metade do preço de um livro convencional. E livros feitos no mesmo papel, no mesmo acabamento. Grandes livros de autores nacionais e, no caso de livros de autores estrangeiros, traduzidos pelos melhores profissionais disponíveis no mercado. Nosso projeto editorial inclui uma escolha eclética que atinge todo o público; dos mangás japoneses aos clássicos, passando por literatura moderna brasileira e internacional, teatro, gastronomia, comportamento, biografias, reportagem, história, psicologia (a coleção começou a publicar a obra completa de Freud, pela primeira vez traduzida direto do alemão) quadrinhos em geral, comportamento, filosofia, humor etc. A grande inovação – que o leitor entendeu imediatamente, repito – foi que a coleção L&PM Pocket não tem aquele aspecto “caça-níquel”, em que o livro é jogado no formato bolso depois de ter “dado o que tinha que dar” em várias versões e formatos. Livros extremamente importantes são lançados diretamente na nossa coleção, como a obra de Freud, Jack Kerouac, Bukowski, Jane Austen, Agatha Christie, Simenon, ShakespeareKafka, Woody Allen e muitos outros grandes autores. Há uma qualificada equipe que atua na concepção editorial, logística e vendas, pensando 24 horas por dia exclusivamente na Coleção L&PM Pocket. Profissionais de alto nível que conseguem colocar os pockets da L&PM nos locais mais distantes deste imenso país. Das fronteiras dos pampas às praias do nordeste, da Avenida Paulista ao Mercado Ver-o-Peso em Belém do Pará; enfim, no mais profundo interior de Minas Gerais, em Rio Branco no Acre, Salvador, Aracaju, Canoa Quebrada no Ceará, Teresina, São Luiz, Manaus, Curitiba, Goiânia, do Oiapoque ao Chuí você sempre vai encontrar um display da coleção L&PM Pocket. E nós só temos um agradecimento a fazer: é a você , leitor, que dá sentido e viabiliza o nosso trabalho. (Ivan Pinheiro Machado)

Clique sobre a imagem e assista a um vídeo que conta a história da Coleção L&PM Pocket

O maior encontro dos fãs de Jane Austen

Tudo começou em 1979, quando cerca de cem pessoas se encontraram no Hotel Gramercy Park em Nova York para a primeira reunião da Sociedade Jane Austen da América do Norte. A partir de então, os fãs da escritora inglesa, autora de Orgulho e Preconceito, passaram a se reunir anualmente. E o grupo foi crescendo.

Atualmente, o encontro dura três dias, acontece no Hotel Marriott, no centro do Brooklyn, e reúne mais de 700 pessoas vestidas “a caráter”.

— Este é um lugar onde as pessoas podem hastear a sua bandeira por Jane Austen — diz Julia Matson, de Minneapolis, criadora de uma linha de chás com temas austenianos (Sr. Darcy: “de começo forte, mas com final suave”), que veio para seu terceiro encontro.

Este ano, a JASNA – sigla pela qual a sociedade é conhecida – reuniu alguns grandes nomes para fazer as palestras principais sobre o tema do encontro: poder, dinheiro e sexo.

Encontro reuniu mais de 700 fãs de Jane Austen em Nova York / Foto: Joshua Bright - NYTNS

De Jane Austen, a Coleção L&PM Pocket publica Orgulho e preconceito, Persuasão, A abadia de Northanger e Razão e sentimento.

Imprensa britânica aplaude “On the road”

O filme “Na estrada” de Walter Salles estreou no início do mês em Londres e já conquistou aplausos da imprensa britânica, como nas críticas que saíram nos The Guardian e The Telegraph.

Trabalhando com um maravilhoso diretor de fotografia, o francês Eric Gautier, Salles invoca uma “twilit America” onde o ímpeto de viajar é uma dor, um vício, uma espécie de loucura. Sumir do mapa é uma tentação para estes jovens sem raízes, entediados com as opções convencionais de vida. É claro que a mitologia em torno de Kerouac pode ser um fardo para quem não entra nessa onda e eu sempre me achei, de certa forma, imune a tudo isso. Mas este tratamento sedutor e honesto do filme me provou que eu estava errado. (Tim Robey do jornal The Telegraph – leia na íntegra aqui)

Philip French, do jornal The Guardian, abre seu texto sem deixar dúvidas sobre o que achou do filme: “Depois de anos de produção, a adaptação de Walter Salles do clássico beat de Jack Kerouac é ousado, afetado e essencialmente triste.” (leia na íntegra aqui)

Pra quem ainda não leu On the road, a L&PM preparou uma edição especial do livro com o cartaz do filme “Na estrada” na capa.

Para quem perdeu o filme nos cinemas brasileiros, breve ele deve chegar em DVD.

Os sonhos de Juremir

Em sua coluna de sábado, 20 de outubro, no Jornal Correio do Povo, Juremir Machado da Silva conta um pesadelo que teve e de coincidências envolvendo Freud, de quem a L&PM publica, entre outros, A interpretações dos sonhos, pela primeira vez traduzido direto do alemão. Juremir acaba de lançar seu mais recente livro de crônicas, A orquídea e o serial killer que será autografado na Feira do Livro de Porto Alegre no dia 28 de outubro às 17h. 

Os miseráveis em cor e movimento

“Este livro é um drama cujo personagem principal é o infinito. O homem é secundário”. Assim Victor Hugo definiu seu mais célebre romance, Os miseráveis. “O infinito” aparece exatamente como uma tentativa de reunir tudo em um único livro. A amplitude dessa obra-prima é condizente com seus propósitos, que se espalham por todas as direções, e com sua maneira de lidar com a questão do tempo: ao incorporar o presente ao passado para esboçar os horizontes do futuro, Hugo deseja retratar fielmente o seu século, apontar suas zonas de luz e de sombra, suas mazelas e suas esperanças. O infinito é também o território espiritual de seu personagem secundário, “o homem”, dividido em inúmeras figuras, homens e mulheres, crianças, jovens e velhos, de todos os estratos sociais – patrões, aristocratas, bispos, policiais, ladrões, prisioneiros, órfãos, operários, estudantes, prostitutas, meninos de rua, criaturas decadentes, alegres, sofredoras, maliciosas, generosas, apaixonadas… Hugo criou um mosaico de rostos que, reunidos, compõem a humanidade; a esperança do escritor era a união de suas forças.

Por tudo isso, adaptar Os miseráveis seja para o teatro, cinema ou quadrinhos não é tarefa fácil. Mas com talento e conhecendo profundamente a obra, é possível. Tanto que seu sucesso na Broadway é imenso e agora a adaptação deste musical está nos cinemas. Nos quadrinhos, a tarefa de adaptar a grande obra de Victor Hugo coube a Daniel Bardet que traçou um roteiro primoroso desenhado por Bernard Capo e que foi colorido pelo artista Arnaud Boutle. Uma equipe reunida originalmente pela editora francesa Glénat e que agora chega à Série Clássicos da Literatura em Quadrinhos L&PM com tradução de Alexandre Boide. Para completar, todos os volumes desta série contam com um dossiê sobre o autor, sua obra e sua época. Simplesmente imperdível. Tanto para os que já conhecem o romance de Victor Hugo como para os que querem ter um primeiro contato com sua história.

Nos cinemas, uma super produção de Os miseráveis tem estreia prevista para 14 de dezembro no EUA e 29 de março no Brasil. O filme é uma adaptação quase fiel àquela apresentada na Broadway. E contará com grande elenco: Hugh Jackman, Russel Crowe, Anne Hathaway, Sacha Baron Cohen e Helena Bonham Carter. Veja aqui o teaser do filme em que Anne Hathaway canta a música tema do filme: