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Ora bolas, é aniversário de Mario Quintana

Mario Quintana Nasceu em Alegrete, RS, “filho do Freud com a rainha Vitória”, segundo ele mesmo disse, com a proverbial síntese e graça. O fato, acontecido num “solar de leões”, com sótão, porão, corredores e escadarias, mais assustador do que o mundo, foi comemorado pelos irmãos com a compra de duas rapaduras de quatro vinténs. Começava a noite de 30 de julho de 1906. Fazia um grau abaixo de zero.

Assim o escritor Ernani Ssó começa seu “Ensaio bio-bibliográfico” sobre Mario Quintana, publicado no livro Ora bolas (Coleção L&PM Pocket). Ora bolas é uma bem humorada coletânea de 130 histórias protagonizadas por Quintana e registradas pelo jornalista Juarez Fonseca que entrevistou amigos, familiares e conhecidos do poeta. São histórias como esta:

Gagá

Festas pelos setenta anos. A TV Globo mandou do Rio de Janeiro uma repórter para entrevistá-lo. Ingênua e desinformada, tratou-o como um velho gagá, cheia de diminutivos e perguntas bobas. Mario ficou uma fera. Mais tarde, conversando com a amiga Madalena Wagner, desabafou:

Veio aqui hoje uma moça me entrevistar. Não entendeu que estou meio surdo mas que minha cabeça está ótima. E ela, em plena posse de suas faculdades mentais, nem desconfia que já nasceu morta…

Mario Quintana desenhado por Santiago

Cauã Reymond e “O anticristo” de Nietzsche

Cauã Reymond chegou bem-humorado a uma gravação da novela “Avenida Brasil”, na tarde desta sexta-feira, 27, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O ator, o Jorginho da  trama, levava em punho um livro da Coleção L&PM Pocket,   “O anticristo“, do filósofo alemão Nietzsche. Qual será o papel do livro na trama, só vendo a novela pra descobrir.

“O anticristo” é uma das mais afiadas análises de que o cristianismo já foi objeto. Nele,  Nietzsche mostra como o cristianismo – ao qual chama de maldição – é a vitória dos fracos, doentes e rancorosos sobre os fortes, orgulhosos e saudáveis, persuadindo e induzindo a massa por meio de ideias pré-fabricadas.

Claudia Tajes chegou para ficar. Mais um livro seu lançado em pocket

Claudia Tajes escreve muuuuuuito bem. E, melhor ainda, tem humor, muito humor. O grande Montaigne, filósofo francês, dizia que você deve desconfiar daquelas pessoas que se levam muito a sério… Não é o caso da Claudia. Ela tem talento até para rir de si mesma. Embora, paradoxalmente, sua temática seja muito séria, afinal, são as misérias, as mesquinharias, as mesmices e as pequenas (e poucas) grandezas do cotidiano em que (todos nós) vivemos. Uma literatura tão verdadeira que não tem heróis. É o personagem que não é “personagem” – se é que me entendem. Aliás, assim é a vida. Um dia-a-dia banal onde escondemos nossas idiossincrasias até chegar a Claudia Tajes e expor o ridículo, o grotesco, o cômico e o tragicômico de que somos protagonistas ou coadjuvantes. Temática à parte, tudo é escrito com talento, hoje reconhecido nacionalmente. Claudia vende seus livros em todo o Brasil e está permanentemente no time de escritores que trabalham para a TV Globo. Em seu livro de estreia “Dez (quase) amores” ela contava 10 histórias de (quase) amor do ponto de vista feminino, com cabeça de mulher. Depois veio “As pernas de Úrsula”, uma história contada do ponto de vista masculino, com cabeça de homem… Depois foi uma sucessão de sucessos (!): “Dores, amores e assemelhados”, “A vida sexual da mulher feia”, “Louca por homem”, “Vida dura”, “Só as mulheres e as baratas sobreviverão” e “Por isso eu sou vingativa”. Com a recém lançada edição em livro de bolso de “Só as mulheres e as baratas sobreviverão”, quase todos estão disponíveis na coleção L&PM POCKET.
Claudia está aí. Chegou para ficar e assumiu seu espaço particularíssimo na literatura brasileira. E como convém à uma grande escritora, ela imprime nos seus livros a sua marca particular. Reconhecível à distância. E com talento, ironia, muito humor, ela vai garimpando o cotidiano da cidade grande para produzir alta literatura. (Ivan Pinheiro Machado)

Direto de Londres…

E por falar em Olimpíadas, nossa gerente de marketing, Fernanda Scherer, acaba de mandar notícias fresquinhas de Londres, onde passa suas férias, para dividirmos com os leitores do blog L&PM:

The Olympics are coming

Desde que cheguei em Londres, no início de julho, vi por todos os lados cartazes com a mensagem “The Olympics are coming”. A cidade estava preparando seus moradores para esse grande evento, principalmente em função do grande número de visitantes esperado (1 milhão de pessoas a mais na cidade por dia!). As mensagens traziam o clima dos jogos e, mais do que isso, dicas para “enfrentar” o tumulto nas ruas e no transporte público neste período. 

Um dos cartazes londrinos

Na minha segunda semana aqui todos os jornais e telejornais só falavam em Olimpíadas: a preparação da cidade, os pontos turísticos, a segurança, os atletas e se William e Kate participariam da cerimônia de abertura (e, sim, eles vão). Mas até então parecia que os jogos iam acontecer em lugar distante, que só assistiríamos na TV.

Já na terceira semana as coisas começaram a ficar mais reais. De um dia para o outro bandeiras começaram a surgir pelas ruas, vias olímpicas demarcadas nas avenidas, pessoas com crachás “London 2012” por todos os lados. Nessa semana todo mundo já estava combinando onde assistir à cerimônia de abertura dos jogos (muitos pubs estarão abertos, além de festas no Hyde Park e outros parques da cidade). Pra quem quer fazer sua própria festa, o site oficial oferece ideias e download de artes para uma festa temática (demais isso, precisamos copiar isso nas Olimpíadas no Brasil #ficaadica). 

E foi ontem, na véspera da abertura dos jogos, que a ficha realmente caiu: eu finalmente vi a tocha olímpica passando nas ruas. E junto com ela eu vi dezenas de voluntários, eu vi pessoas batendo palmas e fazendo barulho enquanto o corredor levava a tocha pela Oxford Street. Eu vi a imensa estrutura por trás disso tudo , vi o bandeiras da Inglaterra pelas janelas eu vi policiais orgulhosos por fazerem parte desse momento. E vi que eu também estava muito feliz por poder participar dessa festa.

A tocha olímpica passando (está nas mãos do corredor de branco)

Hoje o dia é quase feriado na cidade, todos já foram pra casa ou para um pub para assistir ao mega show de abertura. Parece bobagem, mas o clima de olimpíadas vai crescendo dentro da gente, vai crescendo pelas ruas, nos moradores e nas pessoas do mundo todo que estão aqui. Amanhã é meu último dia em Londres e estou ansiosa para finalmente visitar o Parque Olímpico e assistir o jogo de basquete feminino entre Turquia e Angola, pouco antes de embarcar de volta para o Brasil. Afinal, “the Olympics are coming!” (Fernanda Scherer)

Fernanda no Parque Olímpico de Londres

Fernanda no Parque Olímpico de Londres

Grandes escritores na cabeça

Ontem foi Dia do Escritor. Daí que nós ficamos aqui pensando o que poderíamos fazer para homenagear estes que são a razão de ser e de viver da L&PM. Então tivemos a ideia de algo que demonstrasse que os grandes escritores não saem da nossa cabeça. E resolvemos fazer um vídeo para a L&PM WebTV que fosse divertido, mostrando alguns de nós trabalhando com o rosto de escritores famosos. Para finalizar, buscamos uma música “tocada” com máquina de escrever, pois mesmo que hoje a humanidade (e os escritores) trabalhe no computador, a máquina de escrever ainda continua sendo um grande ícone literário. O resultado deste “filmezinho” de menos de um minuto, captado e editado por Nathália Silva – nossa editora/produtora mor – ficou assim:

Seria Jung bisneto de Goethe?

Goethe e Jung seriam sangue do mesmo sangue? É possível… Isso porque, segundo uma lenda que faz parte da árvore genealógica dos Jung, o avô paterno do fundador da psicologia analítica, Carl Gustav Jung (mesmo nome com o qual seu famoso neto seria batizado), talvez fosse filho ilegítimo de Goethe. Segundo relatos de testemunhas da época, Jung avô era “a cara” do escritor. Mas como não há nenhuma comprovação real disso, o parentesco fica no terreno da fabulação (mas quem não gosta de uma fábula, afinal?!). 

O que não se pode negar é que Jung leu Fausto, de Goethe quando era muito jovem, em uma bela edição que havia em sua casa. Jung escreveu: “o livro foi um bálsamo milagroso para minha alma. Disse a mim mesmo: enfim, eis um homem que leva o Diabo a sério e que efetua com ele um pacto de sangue”.

Goethe e seu suposto filho, o avô de Jung

Nascido em 26 de julho de 1875 na aldeia de Kesswill, na margem suiça do Lago Constança, Jung foi o único filho do pastor local, o reverendo Paul Achilles Jung, e Emilie Jung, cujo nome de solteira era Preiswerk. O avô, Carl Gustav Jung (1794-1864), nome com o qual foi batizado, era um médico muito respeitado, que se tornou reitor da Universidade da Basileia e grã-mestre da Loja Maçônica da Suíça. Dizem que era filho bastardo de Goethe. Ainda que fisicamente lembre muito o grande poeta, é provável que isso seja uma lenda, e não um fato. (Trecho de Jung, Série Encyclopaedia L&PM).

Marilyn Monroe na Polônia

2012 marca os 50 anos da morte de Marilyn Monroe e as homenagens à maior musa do cinema de todos os tempos acontecem por todo o mundo. Uma grande coleção com 4 mil fotos pertencente ao governo polonês será exposta em Varsóvia a partir de agosto. Avaliadas em 560 mil euros, as peças vão a leilão após a exposição.

A curadora Anna Wolska apresenta uma das fotos assinadas por Greene

Clicadas nos anos 50 pelo americano Milton H. Greene, amigo de Marilyn, as fotos pertenciam a um colecionador de Chicago, que se envolveu num escândalo de desvio de verbas em 1990 com o governo polonês e teve que dar a coleção como parte do reembolso. Passaram pelas lentes de Greene algumas das fotos mais famosas de Marilyn, como o clássico ensaio da musa vestida de bailarina:

A L&PM publica a biografia de Marilyn Monroe na Coleção L&PM Pocket.

On the Road na vitrola…

Na estrada, o filme de Walter Salles baseado em On the Road, é como o livro de Jack Kerouac: embalado em música do início ao fim. Infelizmente, a trilha sonora do filme, feita por Gustavo Santaolalla, não será lançada no Brasil. Afoitos por ela, conseguimos comprar o CD via e-bay de um vendedor da Coreia do Sul. Quinze dias depois da transação, eis que o CD chega pelo correio com a trilha original (e não é pirata!).

Nossa trilha de "Na Estrada" recém chegada

Para você sentir o clima, aqui vai uma das músicas mais emocionantes da trilha, a canção que abre e fecha o filme e cuja letra aparece algumas vezes no livro. E o melhor: quem está cantando é o próprio Jack Kerouac!

E assim como há muita música em On the Road, há muitos músicos que se deixaram levar – e inspirar – pela obra de Kerouac, como bem conta Eduardo Bueno no prefácio do livro traduzido por ele:

Bob Dylan fugiu de casa depois de ler On the Road. Chrissie Hynde, dos Pretenders, e Hector Babenco, de Pixote, também. Jim Morrison fundou The Doors. No alvorecer da década de 90, o livro levou o jovem Beck a tornar-se cantor, fundindo rap e poesia beat. Jakob Dylan, filho de Bob, deixou-se fotografar ao lado da tumba de Jack em Lowell, Massachusetts, como o próprio pai fizera, vinte anos antes.

P.S.: E por falar em músico, Caetano Veloso confessou este final de semana em seu blog que nunca conseguiu ler On the Road até o fim, mas que o fará depois de assistar ao filme. “Devo confessar que nunca consegui ler todo. Acho que sou um estranho ser em minha geração. A opinião de Dylan ecoa tudo o que venho lendo e ouvindo sobre esse livro desde a adolescência. Prometo-me que o lerei agora, depois de ver o filme” escreveu ele.

Anaïs Nin relata suas aventuras eróticas com todos os tons do arco-íris

Muito se fala em literatura erótica depois do mega sucesso internacional da trilogia “50 tons de cinza” de E. L. James. A glória súbita das grosserias sadomasoquistas do empresário-playboy Christian Grey gerou uma onda de semi-plágios de capa semelhante, onde muitos editores tentam o seu quinhão nesta corrida caça-níquel.

Em meio ao frisson erótico que tomou conta das mentes e das livrarias, não posso deixar de lembrar a “verdadeira” grande dama que  paira acima de toda esta tralha dita “erótica”. Trata-se de Anaïs Nin, cujos “Diários não-expurgados” a L&PM publicou em três partes: Henry & June, Fogo e Incesto. Os dois primeiros já têm versão em pocket e Incesto deverá ser lançado em formato de bolso em breve

Intelectual de respeito e mulher bonita, Anaïs Nin marcou época na louca Paris dos anos 1930. Apesar de ser apaixonada pelo marido, Hugh Guiler, ela não hesitava em jogar-se nas mais loucas aventuras amorosas onde dava vazão a todas as suas fantasias sexuais que, diga-se de passagem, não eram poucas. Seja com o célebre Henry Miller, autor de Trópico de Câncer e Trópico de Capricórnio (ambos os livros, também, clássicos das literatura erótica), seja com Antonin Artaud, os seus psicanalistas (eram dois), amigos próximos ou a bela June, seus relacionamentos eram intensos e com alta voltagem erótica. E o melhor: todas as suas aventuras sexuais foram registradas minuciosamente em seus diários. Estes diários foram publicados em 1966, quando Anaïs em pessoa fez severos cortes para preservar amantes, amigos e família. Respeitando seu desejo expresso, somente em 1986, anos após a sua morte, os diários foram publicados na íntegra, incorporando centenas de trechos que haviam sido cortados na versão de 1966.

Anaïs Nin na Coleção 64 páginas

Assim, nesta época de muitos tons de cinza, é importante lembrar este verdadeiro clássico do erotismo contemporâneo. Eu diria até que é tão intenso e tão verdadeiro que os diários não-expurgados de Anaïs Nin estão muito mais para os 500 tons do arco-íris do que para 50 tons de cinza. (Ivan Pinheiro Machado)

O mais recente lançamento de Anaïs Nin na Coleção L&PM Pocket é A fugitiva (Coleção 64 páginas) que reúne 3 textos escritos sob encomenda para um cliente misterioso nos anos 40 e publicadas postumamente. As três histórias se entrelaçam como um complexo triângulo amoroso, bem ao estilo de Anaïs Nin: O basco e BijouManuel A fugitiva são uma ode ao erotismo.

O verdadeiro rosto da Mona Lisa

A Mona Lisa não é apenas a pintura mais famosa e mais valiosa do mundo. É também a mais misteriosa. Quem foi, afinal, a mulher que posou para Leonardo Da Vinci? Como era seu verdadeiro rosto? Pesquisadores italianos acreditam ter chegado perto de responder a essas questões. Isso porque a ossada de uma mulher que acredita-se ter sido a musa de Da Vinci acaba de ter sido desenterrada em um convento de Florença. O esqueleto, bem conservado, seria de Lisa Gherardini, a mulher que, defendem os pesquisadores, teria posado para Da Vinci aos 24 anos de idade, após seu marido, Francesco del Giocondo, ter encomendado a pintura. A provável modelo passou os últimos dois anos da sua vida no convento de Santa Úrsula. Segundo um documento encontrado há poucos dias, Lisa morreu em 1542, aos 63 anos, e foi enterrada junto com as monjas. A busca pelos seus restos mortais pode revelar o verdadeiro rosto da Mona Lisa, já que o DNA dessa ossada será comparado ao dos restos mortais de dois filhos de Lisa Gherardini. E, caso o resultado for positivo, os cientistas italianos pretendem reconstruir o rosto com a ajuda de tecnologia 3D. Por algum motivo desconhecido, Leonardo da Vinci nunca entregou o quadro a Giocondo, o marido de Lisa. Leonardo levou a Mona Lisa com ele para a França e também para a eternidade. Clique aqui e veja a matéria exibida no Fantástico que conta mais sobre o caso.

Cientista limpa ossada encontrada em Florença. Será que é a Mona Lisa?

Para conhecer mais sobre o mais famoso quadro do mundo, não deixe de ler o excelente Roubaram a Mona Lisa!, de R. A. Scotti, livro que conta a história real de quando a Mona Lisa foi roubada do Louvre.

A Série Biografias L&PM também publica o título Leonardo Da Vinci.