Peter Greenaway planeja mega instalação inspirada em “On the Road”

O cineasta e artista multimídia britânico Peter Greenaway, de 76 anos, é uma viagem. Criador de filmes considerados vanguardistas, ele acaba de anunciar que está trabalhando na obra mais ambiciosa de sua carreira: uma instalação faraônica em forma de uma vasta pista de corrida que presta homenagem ao clássico livro de Jack Kerouac. O objetivo é transpor o espírito de On the road para o século 21, além de levantar questões sobre “o futuro de nossa aventura” e refletir sobre como serão as nossas estradas e como vamos usá-las. “Quero que a instalação faça pensar a respeito da maneira como estamos cobrindo o mundo com quilômetros e quilômetros de rodovias” disse ele ao jornal britânico The Guardian.

Devido ao tamanho e ao elevado custo, a ideia é erguer a obra nos Emirados Árabes para depois levá-la à Europa. Ele prevê colocar carros sem motoristas e outros veículos futuristas que andem por pistas de corrida e que atravessem prédios em tamanho real. “Essas coisas exigem muita organização e muito dinheiro”, disse Greenaway. “Vai ser muito caro. É provavelmente por isso que o nome Dubai surgiu nas mentes de todos os produtores que estão interessados ​​no projeto. Os potenciais financiadores de lá são fascinados pelo projeto”, afirmou ele.

A instalação inspirada no livro de Kerouac está nos estágios iniciais de planejamento, mas o cineasta já apresentou alguns esboços, mostrando carros entrando e saindo de prédios.

Esboço feito por Peter Greenaway

Esboço feito por Peter Greenaway

Esboço feito por Peter Greenaway

Esboço feito por Peter Greenaway

O cineasta ainda não sabe se a instalação será apenas para ser observada de fora — como uma pista de Fórmula 1 — ou se será interativa, com a possibilidade de percorrê-la dentro dos veículos. Ele também não descartou a ideia de que a instalação vire uma obra permanente. Na entrevista, ele  lembrou a Torre Eiffel, em Paris, construída em 1889 para, a princípio, ser uma estrutura provisória.

O que Kerouac acharia disso é o que ficamos aqui pensando.

Uma série literária

Uma série que está dando o que falar é “You”. Disponível na Netflix, “You” ou “Você” possui apenas 1 temporada, dividida em 10 episódios de aproximadamente 45 minutos cada. A narrativa é sobre Joe Goldberg, um livreiro da cidade de Nova Iorque que se apaixona perdidamente por Beck, uma escritora muito atraente. A história não parece tão diferente de qualquer comédia romântica norte-americana. Porém, ao longo da série que reúne drama e suspense psicológico, Joe mostra-se extremamente obcecado pela jovem Beck, idolatrando a sua imagem, sempre movido pelo seu desejo de proteção um tanto exagerado. Cada episódio é um passo a mais dentro da mente de Joe, que justifica de forma lógica – na medida do possível – as suas atitudes um tanto perigosas.

neflixt

Por fazer parte do cenário literário, é claro que alguns clássicos não ficaram de fora da narrativa. Ao longo da trama, são citados livros como “On the Road” de Jack Kerouac, “O Morro dos Ventos Uivantes” de Emily Brontë e “Dom Quixote” de Miguel de Cervantes. Todos são livros publicados pela L&PM Editores.

A série é baseada no livro “Você” de Caroline Kepnes e surpreendeu a crítica desde o dia em que estreou na Netflix brasileira. Na produção estão Greg Berlanti e Sara Gamble, nomes já conhecidíssimos no meio audiovisual.

Se você ficou com curiosidade sobre a série, vamos deixar o trailer aqui embaixo.

E você, assistiu algum filme ou seriado e lembrou de nós? Nos conte aqui nos comentários!

 

Resoluções de Ano Novo

As resoluções do gato mais famoso do Youtube, Simon´s Cat, para 2019:

– Seja menos materialista

– Aprenda a relaxar

– Leia mais

– Desligue

– Comece um hobby

– Aproveite bem o ar livre

– Viaje mais

– Seja mais romântico

– Enfrente seus medos

E pra completar, conheça os livros de Simon’s Cat publicados pela L&PM Editores. 🙂

Livro da L&PM participa de experiência com The Velvet Underground

Nos anos 60, quando surgiu em Nova York, o experimental The Velvet Underground era realmente uma experiência musical. Formada por Lou Reed, John Cale, Doug Yule e Angus MacAlise, pode-se dizer que essa banda fez história. Pois é justamente para resgatar a trajetória do grupo, de seus integrantes e de suas imagens que, ao visitar NY, não se pode deixar de experimentar “The Velvet Underground Experience”.

Muito mais do que uma exposição, o The Velvet Underground Experience fornece uma experiência única e extraordinária para os entusiastas da cultura, através de eventos especiais, instalações pop-up, colaborações de moda, exposições de arte, exibições, performances e masterclasses. Além de fotografias, retratos, filmes, vídeos, concertos ao vivo e oficinas musicais. Tudo para que o visitante possa, não apenas conhecer, mas vivenciar a Nova York da década de 1960.

“The Velvet Underground Experience” em Nova York. (Foto original: vemprany.com)

“The Velvet Underground Experience” em Nova York. (Foto original: vemprany.com)

“The Velvet Underground Experience” em Nova York (Foto original: vemprany.com)

“The Velvet Underground Experience” em Nova York (Foto original: vemprany.com)

Com um propósito alternativo e desvinculada a interesses comerciais, a banda The Velvet Underground teve apenas uma fração do reconhecimento do público da época, comparado ao que teria anos depois. Parte desse reconhecimento deve-se ao contato que integrantes do grupo tinham com os artistas norte-americanos da época, como  Andy Warhol, o “mentor-intelectual” que participava de forma sutil nas criações da banda.

Foi Warhol que integrou a vocalista Nico à The Velvet Underground, sob protesto dos próprios membros, para a produção do álbum de estreia da banda: The Velvet Underground & Nico. O disco, notabilizado pela banana na capa (feita pelo artista) e pelas composições vanguardistas, no entanto, teve pouco retorno do público.

Nico cantou com o The Velvet Underground por influência (ou imposição) de Andy Warhol

Nico cantou com o The Velvet Underground por influência (ou imposição) de Andy Warhol

A famosa banana de Warhol que estampou a capa "The Velvet Underground & Nico"

A famosa banana de Warhol que estampou a capa “The Velvet Underground & Nico”

Além das diversas recordações que marcou a cidade norte-americana, estão reunidas diferentes obras sobre a banda, de várias partes do mundo. O livro “Mate-me por favor” (“Please Kill Me”), organizado por Legs McNeil e Gillian McCain, publicado no Brasil pela L&PM, é uma dessas obras. Sim, isso mesmo: nosso livro está na exposição.

O livro da L&PM que faz parte de "The Velvet Underground Experience"

O livro da L&PM que faz parte de “The Velvet Underground Experience”

Mate-me por favor” reúne depoimentos de integrantes as melhores bandas dos anos 60 e 70, que deram início ao movimento punk.

Se você vai viajar para a Big Apple neste final de ano, não deixe de conferir a exposição que acontece na 718 Broadway, em Manhattan, até o dia 30 de dezembro.

 

A verdadeira Jane Austen em destaque no jornal Estadão

A verdadeira Jane Austen – Uma biografia íntima, de Paula Byrne com tradução de Rodrigo Breunig, ganhou destaque no caderno Aliás do jornal Estadão de domingo, 25 de novembro. Vale ler o texto de Paulo Nogueira:

Clique na imagem para ampliá-la

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Superexposição de Quadrinhos no MIS

Essa é para os amantes de HQs! O MIS – Museu da Imagem e do Som de São Paulo, realizará, do dia 14 de novembro à 31 de março, uma super exposição com alguns dos personagens memoráveis dos quadrinhos nacionais e internacionais. Tem de tudo: HQs românticos, cômicos, eróticos, de aventura, terror, infantis e diversos outros gêneros literários para encantar e divertir qualquer um! O acervo conta com mais de 600 itens, incluindo peças raras de colecionadores e cedidas especialmente para o evento.

Além da exposição, serão realizadas atividades voltadas para adultos e crianças, como oficinas, bate-papo com os autores e exibição de filmes. Das peças em destaque, estão: o desenho original de Valentina, o HQ erótico criado pelo desenhista italiano Guido Crepax e publicado no Brasil pela L&PM e um desenho de Garfield, de Jim Davis, produzido especialmente para a exposição.

Você pode conferir a programação completa de Quadrinhos no site: http://bit.ly/QuadrinhosMIS.

 

Na foto abaixo, o momento em que Jim Davis grava a mensagem aos visitantes da exposição e desenha a tira especialmente enviada ao MIS (ambos, vídeo e tira, poderão ser conferidos na mostra em São Paulo):

Garfield

“Nenhum escritor pode ser transformado em instituição”

Com essa premissa, Jean-Paul Sartre recusou o prêmio Nobel de Literatura em 22 de outubro de 1964. No dia seguinte à divulgação, Sartre publicou um longo texto no jornal francês “Le Figaro”, explicando seus motivos. Leia abaixo a carta:

“Lamento vivamente que este assunto tenha tomado a aparência de um escândalo; um prêmio foi concedido e alguém o recusa. Isto se deve ao fato de que não fui informado devidamente a tempo do que se preparava. Li no “Le Figaro Litteraire”, de 15 do corrente mês, sob a assinatura do correspondente sueco deste jornal, que a maioria na Academia Sueca era a meu favor, mas não havia sido ainda definitivamente fixada, pelo que bastava escrever uma carta à academia, o que fiz no dia seguinte, para pôr um ponto final ao assunto e não mais se falasse dele. Eu ignorava, então, que o Prêmio Nobel é outorgado sem que se peça a opinião ao interessado e pensei que ainda era tempo de impedí-lo. Mas compreendo muito bem que quando a Academia Sueca faz sua escolha, já não pode voltar atrás. As razões pelas quais renuncio ao prêmio não se referem nem à Academia Sueca, nem ao Prêmio Nobel em si, como já expliquei em minha carta à Academia. Nela invoquei duas espécies de razões; razões pessoais e razões objetivas. As razões pessoais são as seguintes: minha negativa não é um ato improvisado. Sempre recusei as distinções oficiais. Quando, depois da guerra, em 1945, me propuseram a Legião de Honra, recusei-a, apesar de possuir amigos no Governo. Igualmente nunca aceitei ingressar no Colégio de França como sugeriram alguns de meus amigos. Esta atitude é baseada em minha concepção do trabalho do escritor. Um escritor que assume posições políticas, sociais ou literárias somente deve agir com meios que lhes são próprios, isto é, com a palavra escrita. Todas as distinções que possa receber expõem seus leitores a uma pressão que não considero desejável. Não é a mesma coisa se eu assino Jean-Paul Sartre que se eu assino Jean-Paul Sartre, Prêmio Nobel. O escritor que aceita uma distinção deste gênero compromete, também, a associação ou instituição que a outorga: minhas simpatias pelos guerrilheiros venezuelanos somente a mim comprometem, mas se o Prêmio Nobel Jean-Paul Sartre toma partido pela resistência na Venezuela, arrasta consigo todo o Prêmio Nobel como instituição. Nenhum escritor deve deixar-se transformar em Instituição, mesmo que isto se verifique pela mais honrosa forma, como no caso presente. Esta atitude é inteiramente pessoal e, evidentemente, não representa nenhuma crítica contra aqueles que já foram premiados. Tenho muita estima e admiração por muitos dos laureados que conheci pessoalmente. Mas minhas razões objetivas são as seguintes: – O único combate atualmente possível no campo da cultura é o da existência pacífica das duas culturas, a do Leste e a do Oeste. Não quero dizer com isso que seja necessário que se dêem abraços. Sei perfeitamente que o confronto entre estas duas culturas deve, por necessidade, adotar a forma de um conflito, conflito que deve ter lugar entre homens e entre culturas, mas sem intervenção de instituições. Sinto pessoal e profundamente as contradições entre as duas culturas: sou feito dessas contradições. Minhas simpatias vão inegavelmente, para o socialismo e para o que se chama o Bloco do Leste, mas vivi e me eduquei numa família burguesa e numa cultura burguesa. Isto me permite colaborar com todos aqueles que querem aproximar ambas as culturas. Espero, naturalmente que a melhor ganhe, isto é, o socialismo. Por isso é que não posso aceitar nenhuma distinção concedida pelas altas instâncias culturais, tanto de Leste como do Oeste, mesmo que admita sua existência. Embora todas as minhas simpatias vão para o campo socialista, seria impossível para mim aceitar, por exemplo, o Prêmio Lênin, se alguém quisesse me conceder, o que não se dá. Sei muito bem que o Prêmio Nobel, por si mesmo, não é um prêmio literário do campo ocidental, mas se transforma no que se faz dele e podem suceder coisas que os membros da Academia Sueca não podem prever. Por isto que, na situação atual, o Prêmio Nobel se apresenta objetivamente como uma distinção reservada aos escritores do Oeste ou aos rebeldes do Leste. Não se premiou Neruda, que é um dos maiores escritores americanos. Nunca se pensou seriamente em Aragon, que bem o merece. É lamentável que se tenha concedido o prêmio a Pasternak e não a Cholokhov e que a única obra soviética coroada seja uma editada no estrangeiro, proibida em seu país. Poder-se-ia ter estabelecido um equilíbrio mediante um gesto análogo no outro sentido. Durante a guerra da Argélia, quando assinamos o Manifesto dos 111 eu teria aceito o prêmio com reconhecimento, porque ele não teria honrado somente a mim, mas à liberdade pela qual lutávamos. Mas isso não aconteceu e é somente no fim dos combates que se entregam os prêmios. Na motivação da Academia Sueca se fala de liberdade: é uma palavra que se presta a numerosas interpretações. No ocidente, se fala de liberdade num sentido geral. Entendo a liberdade de uma forma mais concreta, que consiste no direito de ter mais de um par de sapatos e de comer pão menos duro. Parece-me menos perigoso declinar do prêmio do que aceitá-lo. Se o aceitasse, me prestaria ao que se pode chamar de uma ‘recuperação objetiva’. Afirma o artigo do ‘Le Figaro Litteraire’ que ‘não se teria em conta meu passado político discutido’. Sei que este artigo não exprime a opinião da Academia Sueca, mas ele mostra claramente em que sentido seria interpretada minha aceitação em certos meios de direita. Considero este ‘passado político discutido’ como ainda válido, mesmo se disposto a reconhecer certos erros passados perante meus camaradas. Não quero dizer que o Prêmio Nobel seja um prêmio ‘burguês’, mas esta seria a interpretação burguesa que dariam inevitavelmente os meios que conhecemos. Finalmente, resta a questão do dinheiro. É verdadeiramente grave que a Academia coloque sobre os ombros do laureado, além da homenagem, uma soma enorme. Este problema me atormentou. Ou bem se aceita o prêmio e com a soma recebida se apóiam movimentos ou organizações que se consideram importantes – de minha parte seria o Comité Apartheit de Londres – ou bem se recusa o prêmio em vista de virtude de princípios gerais, e se priva este movimento ao apoio que necessita. Renuncio, evidentemente, às 250.000 coroas porque não quero ser institucionalizado nem ao Leste nem ao Oeste. Não se pode pedir que se renuncie, por 250.000 coroas, aos princípios que não são unicamente nossos, mas compartilhados por todos os nossos camaradas. Foi isto que tornou tão penoso para mim tanto a atribuição do prêmio como a recusa que manifestei. Quero terminar esta declaração com uma mensagem de simpatia ao povo sueco.”

jeanpaul

 

Um passeio por Rimbaud

Era 20 de outubro de 1854 quando Vitalie Rimbaud, uma católica fervorosa, pariu seu segundo filho, o qual batizaria de Jean-Nicolas Arthur Rimbaud. O menino, que ficaria conhecido simplesmente como Arthur Rimbaud, nasceu de forma pouco poética, na cidade de Charleville, nas Ardenas francesas, mais precisamente na Rue Napoleón, número 12.

Atualmente, na cidade natal do autor de Uma temporada no inferno, há um lindo museu que leva seu nome. O Museu Rimbaud está localizado no antigo moinho de Charleville, uma bela e elegante construção erguida em 1626 e renovada em 1896 pelo arquiteto Petitfils que redistribuiu seus espaços interiores. O local apresenta a vida e o trabalho de Arthur Rimbaud através de manuscritos, objetos pessoais, fotos e documentos. Além disso, o museu também expõe o trabalho de muitos artistas que homenageiam os escritos do poeta como Fernand Léger, Jean Cocteau ou Sonia Delaunay.

RIMBAUD MUSEU CHARLEVILLE OUTRO

RIMBAUD MUSEU CHARLEVILLE COLUNA

RIMBAUD MUSEU CHARLEVILLE FOTO

Novos poemas de Bukowski

o melhor da raça

não há nada para
discutir
não há nada para
lembrar
não há nada para
esquecer

é triste
e
não é
triste

parece que a
coisa
mais sensata
que uma pessoa pode
fazer
é
sentar
com bebida na
mão
enquanto as paredes
acenam
seus sorrisos
de adeus

a gente sobrevive
a
tudo
com certa
dose de
eficiência e
bravura
e aí
se manda

alguns aceitam
a possibilidade de que
Deus
os ajude
a
superar

outros
encaram
de frente

e à saúde destes

eu bebo
esta noite.

Novo livro de poemas de Bukowski que acaba de chegar

Novo livro de poemas de Bukowski que acaba de chegar

Clique aqui para saber mais sobre “Você fica tão sozinho às vezes que até faz sentido“.

Charles Aznavour Entre Aspas e para sempre entre nós

O incansável Charles Aznavour descansou. Morreu nesta segunda-feira, 1 de outubro, aos 94 anos, em sua casa na serra das Alpilles, no sul da França. Mas mesmo com a idade avançada, o cantor continuava fazendo shows.

Nascido Chahnour Vaghinag Aznavourian, ele se tornou um dos maiores nomes da música francesa, “autor de mil canções”.

No livro “Entre Aspas – 2“, o jornalista Fernando Eichenberg conversou com Aznavour –  filho de modestos artistas de origem armênia e que foi secretário, amigo e confidente de Edith Piaf –  sobre as vezes que esteve no Brasil e, aos 90 anos (idade que tinha ao conceder a entrevista) também sobre sua relação com a morte: “A morte é mais jovem do que eu, não penso nela. Ela tem 17 anos a menos do que eu. É ela que deve ter medo de mim , não eu dela.”

Charles Aznavour foto

Leia aqui a entrevista completa (clique nas imagens para ampliá-las):

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