Mulher feia no cinema

Depois de estrear uma adaptação para o teatro do livro A vida sexual da mulher feia, o ator Otávio Müller vai levar a história escrita por Claudia Tajes para o cinema. A ideia é repetir a parceria com o diretor Maurício Faria – que dirige a novela “Tapas & beijos”, em que Otávio vive o personagem Djalma – e lançar o filme em 2015.

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Otávio Müller como “mulher feia” no teatro

A notícia saiu na coluna de Patricia Kogut no jornal O Globo.

Testamento de Mandela beneficia partido, família e instituições

www.wireimage.com (web site)

O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, morto em dezembro do ano passado, aos 95 anos, deixou uma herança de 4,1 milhões de dólares (cerca de 9,8 milhões de reais) para ser dividida entre os seus familiares, o Congresso Nacional Africano (CNA) e outras instituições, incluindo escolas e universidades. O documento foi lido nesta segunda-feira, dia 3 de fevereiro, em uma entrevista coletiva realizada na fundação que leva o nome de Mandela.

Além disso, cada um de seus filhos e alguns netos receberam 300.000 dólares (731.000 reais) e alguns assistentes mais próximos também foram lembrados no testamento. Para sua secretária pessoal Zelda La Grange, por exemplo, ele deixou cerca de 4.500 dólares. As escolas e instituições de ensino frequentadas por Mandela receberão 8.900 dólares cada uma. Outras instituições de ensino receberão valores equivalentes a serem convertidos em bolsas de estudos.

O partido CNA, onde Mandela iniciou sua carreira política, ficará com uma parte dos royalties da venda de livros e outros produtos com a imagem e o nome do prêmio Nobel da Paz. O dinheiro deverá ser usado para difundir informação sobre os princípios partidários e políticas do CNA, particularmente aquelas direcionadas à reconciliação.

Para saber mais sobre a vida e o legado de Nelson Mandela, leia Mandela: o homem, a história e o mito de Elleke Boehmer.

Três vezes Freud

Acabou de chegar O homem Moisés e a religião monoteísta, de Freud, com tradução direta do alemão em tamanho 14x21cm. Outras duas obras do pai da psicanálise chegaram há pouco em tamanho convencional: Totem e tabu e Psicologia das massas e análise do eu.

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Peanuts no Super Bowl 2014

O Super Bowl 2014, um dos maiores espetáculos esportivos do mundo, realizado neste domingo, dia 2 de fevereiro, teve a participação especial de Charlie Brown, Snoopy e toda a turma de Peanuts. Minutos antes do início da partida entre Denver Broncos e Seattle Seahawks, foi exibido o vídeo promocional da MetLife em que o personagem Schroeder entra em campo com seu inseparável piano e começa a tocar o hino dos Estados Unidos, atraindo toda a turminha para o centro do gramado. Assista ao comercial de 1 minuto:

Eduardo Galeano em Brasília

A II Bienal Brasil do Livro e da Leitura, que acontece na capital federal, promete “literatura, política e muita polêmica” em seus encontros. O homenageado internacional desta edição é o escritor uruguaio Eduardo Galeano e sua presença já foi confirmada pela organização do evento que estará de portas abertas entre 12 a 21 de abril.

Serão 10 dias dedicados a seminários, debates, palestras, lançamentos e mostras de cinema. Um grande pavilhão especialmente montado na Esplanada dos Ministérios acolherá os auditórios e espaços gastronômicos criados para promover o encontro do público de Brasília com os autores. Além de Galeano, a lista de convidados cobre vários continentes.

Para mais informações, clique aqui.

Agende-se para encontrar Eduardo Galeano em abril

Agende-se para encontrar Eduardo Galeano em abril

A L&PM Editores publica a obra completa de Eduardo Galeano.

A importância de encontrar um título

Em 1895, Oscar Wilde escreveu uma peça de teatro recheada de humor e ironia que estreou no St. James Theatre, em Londres, em 14 de fevereiro daquele mesmo ano. Seu nome? “The Importance of Being Earnest”. Earnest, em inglês, significa “cuidadoso, sério, honesto”. Adjetivo que faz trocadilho com o nome de um dos personagens: Ernest. Na peça, Earnest e Ernest, por terem o mesmo som, criavam uma série de situações cômicas. Mas como traduzir isso para o português sem perder as brincadeiras propostas pelo autor?

Cena do primeiro ato da apresentação de estreia de "A importância de ser prudente". Em pé, o ator Allen Aynesworth na pele de Algenor Moncrieff. Sentado está Sir George Alexander como Mr. Jack Worthing.

Cena do primeiro ato da apresentação de estreia da peça. Em pé, o ator Allen Aynesworth na pele de Algenor Moncrieff. Sentado está Sir George Alexander como Mr. Jack Worthing.

Alguns tradutores já optaram por usar “A importância de ser Ernesto”, o que anula completamente o trocadilho e o significado original. Também é possível encontrar “A importância de ser honesto” na tradução do título de um filme de 1952 que é baseado na peça. O que também acaba com a ideia de Oscar Wilde.

Então, para felicidade dos leitores, a saída foi encontrada: Prudente. Prudente é nome próprio e também é adjetivo. Sonoramente, ele não tem nada a ver com a criação de Wilde, mas preserva o trocadilho do texto e o humor das falas.

Agora, “A Importância de Ser Prudente” acaba de chegar à Coleção L&PM Pocket com tradução de Petrucia Finkler. Alguns dos melhores aforismos de Wilde estão aqui, e a crítica segue defendendo esta peça como o ápice da carreira do autor, razão pela qual ela segue sendo encenada em todo o mundo.

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(…) Além do mais, seu nome nem sequer é Jack; é Prudente.

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Não é Prudente; é Jack.

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Sempre me disse que se chamava Prudente. Apresentei você a todo mundo como Prudente. Atende pelo nome de Prudente. Tem jeito de se chamar Prudente. É o homem com a compleição mais prudente que já vi na vida. É um absurdo inacreditável afirmar que não se chama Prudente. Está no seu cartão de visitas…

Segue exposição em homenagem aos 500 anos de “O Príncipe”, de Maquiavel

A Fundação Biblioteca Nacional informou que a mostra “Os 500 anos de O Príncipe, de Maquiavel” segue em exposição durante o mês de fevereiro – e que, por enquanto, não tem dada para terminar. Nela, poderá ser vista a primeira secular edição italiana das obras de Maquiavel. Organizada por Renato Lessa, presidente da FBN, a mostra faz referência à importância da data de publicação de uma das maiores obras que cons­truíram o pensamento politico moderno. Renato é o autor de cinco páginas expostas ao lado do ma­terial, baseadas na complexidade política, cosmo­logia e fortuna e virtude. Temas já trabalhados por Maquiavel em O Príncipe. Em dezembro de 2013 completou cinco séculos desde o lançamento do primeiro volume da obra que segue sendo lida no mundo inteiro.

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SERVIÇO

Os 500 anos de O Príncipe, de Maquiavel

3º andar da Biblioteca Nacional

Av. Rio Branco, 219, Centro do Rio de Janeiro

seg a sex das 10h às 18h | sáb das 9h às 15h

O garoto que virou lenda

Ele era um menino tímido, frágil e de baixa estatura que, ao encontrar uma bola pela frente, cresceu até tornar-se um dos maiores ídolos do futebol atual. No recém lançado Messi – O garoto que virou lenda, o jornalista e escritor italiano Luca Caioli refaz os passos do jogador do Barcelona desde a infância em Rosário até a inédita conquista de quatro Bolas de Ouro consecutivas como o melhor jogador de futebol do ano. Um livro que vai encantar não só os que gostam de futebol, mas todos os que se deixam envolver por emocionantes histórias de superação e sucesso.

Em 2013, a produtora Epic Pictures Group adquiriu os direitos deste livro para um longa-metragem e já está trabalhando no projeto. Segundo um dos responsáveis, “o objetivo é fazer um filme potente e positivo que inspire o público a lutar por seus sonhos por mais impossíveis que eles pareçam”. Enquanto Messi não chega aos cinemas, que tal ler o livro?

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Picasso e Capote pelas lentes de Robert Capa

Famoso por suas coberturas de guerra, Robert Capa se tornou um ícone na história mundial da fotografia. Mas nem só de fotos impressionantes em preto e branco de conflitos pelo mundo se fez o talento de Capa: ele também fotografou escritores, pintores, modelos e atrizes utilizando filme colorido, compondo um acervo de imagens (até então quase desconhecido) que finalmente vem a público numa exposição no International Center of Photography de Nova York. Entre os modelos de suas fotos estão Pablo Picasso e Truman Capote:

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A mostra será aberta ao público no dia 31 de janeiro e segue até 4 de maio, no International Center of Photography de Nova York, e inclui também inclui suas últimas fotografias feitas na Indochina em 1954.

Sherlock Holmes no túnel do tempo

Os tempos mudaram. Sherlock Holmes agora não vive sem seu smartphone e manda torpedos para os jornalistas quando quer chamar a atenção. Seu fiel companheiro, Dr. Watson, serviu na Guerra do Afeganistão e trouxe alguns traumas de lá. Seu irmão, Mycroft, é o chefão da inteligência britânica e tudo indica que ninguém tem mais poder sobre a Rainha do que ele. Cachimbo? Nem pensar… Seria antiquado demais para ele.

Tanta modernidade, no entanto, não significa que o maior detetive que a literatura já lançou não siga sendo essencialmente ele mesmo em “Sherlock”, a mais assistida série da BBC dos últimos dez anos. Holmes continua morando na Baker Street 221B, onde cultiva seus vícios e esquisitices. Londres não deixou de ser personagem de suas aventuras. E a personalidade, percepção e ironia fina do personagem não mudaram. Se bem que tenho a impressão de que ele ficou mais alto.

Ontem, vendo o último episódio da terceira temporada, fiquei pensando que não importa a época em que Sherlock Holmes viva, ele sempre será envolvente para nós. Simplesmente porque, em meio à solidão e à depressão que a vida nos impõe, ele sinaliza que é possível ser competente e se destacar na multidão. E quem não quer algo assim para elevar a auto-estima?

Sir Arthur Conan Doyle foi um dos primeiros a mostrar que a ciência poderia ajudar o mundo a se defender de seus malfeitores. Mas também fez questão de colocar a percepção de um homem imperfeito como a grande heroína da história. E isso segue presente na série da BBC. Só não tenho certeza sobre o que Conan Doyle pensaria a respeito de Mary Watson. No episódio de ontem (e se você pretende assistir não leia o que vem a partir daqui), a amada esposa do Dr. Watson revela-se uma assassina profissional que traz incontáveis cadáveres nas costas e que, mesmo assim, acaba perdoada pelo marido – e esperando um filho seu. Hmmm… Não sei não…

Vale lembrar ainda que “Sherlock”, da BBC, não é a única série moderna que explora os vícios e virtudes do detetive de Conan Doyle. “Elementary”, exibida no canal Universal, também se passa nos dias atuais e, para modernizar ainda mais, resolveu transformar Watson em mulher(ão) na pele de Lucy Liu. Mas essa eu não assisti ainda. Até porque resolvi desligar a TV e ler as histórias originais. Só a L&PM tem mais de uma dúzia de livros de Sherlock. Oba! (Paula Taitelbaum)

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Sherlock da BBC

Elementary da CBS

Elementary da CBS