A orelha de Van Gogh voltou à vida

Em dezembro de 1888, num surto de loucura, Vincent Van Gogh cortou uma de suas orelhas. Seu amigo e também pintor Paul Gauguin estava presente neste momento. Mas isso a maioria de nós já sabe. A novidade é que agora, mais de um século depois, a dita orelha ressuscitou. Na verdade, virou ela mesma uma obra de arte.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira (4 de junho), pelo “The Centre for Art and Media” de Karlsruhe (oeste da Alemanha), que está expondo a réplica da orelha cortada de Van Gogh feita, entre outras coisas, com células da cartilagem de um tetraneto de Théo, irmão do célebre pintor.

A obra leva a assinatura de Diemut Strebe, artista que trabalha principalmente com matérias vivas. “A orelha foi criada com tecidos de cartilagem e tem a mesma forma que a de Van Gogh” declarou Dominika Szope, porta voz do Centro alemão.

A orelha renascida de Van Gogh ficará exposta em Karlsruhe até 6 de Julho e, em 2015, irá para Nova Iorque.

A orelha de Van Gogh feita a partir da cartilagem de um tetraneto de The Van Gogh.

A orelha de Van Gogh feita a partir da cartilagem de um tetraneto de The Van Gogh.

A orelha de Van Gogh é um dos grandes ícones da cultura moderna e até Allen Gisnberg lhe dedicou um poema chamado “Morte à orelha de Van Gogh!”. No filme “Lust for Life” (Sede de Viver), de 1956, Kirk Douglas encena a angustiante remoção da orelha. Este gesto artístico de auto-mutilação, aliás, tornou-se um clichê do comportamento criativo extremo.

Em seu Auto-Retrato com a orelha enfaixada, pintado em janeiro de 1889, Van Gogh contempla a si mesmo e vira o rosto em direção a nós para mostrar o curativo. Seus olhos são cristalinos e sua carne tem a aparência de uma escultura talhada em madeira medieval.

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No segundo semestre de 2014, a L&PM Editores vai lançar um grande livro que reunirá Cartas a Théo (edição ampliada e anotada);  Biografia de Vincent Van Gogh por sua cunhada (de Jo van Gogh-Bonger, esposa de Théo) e As cartas enviadas a Émile Bernard (prefaciadas pelo sobrinhoVincent Willen van Gogh). Aguardem!

Novo filme dos Smurfs será mais fiel à obra original de Peyo

A Sony Pictures divulgou que o novo filme de Os Smurfs, ainda sem título, só chegará em 2016 – um ano depois do previsto inicialmente. O novo projeto, que será totalmente animado, terá estreia internacional em julho de 2016 e nos EUA em 05 de agosto de 2016.

A animação não será como os longas anteriores dos Smurfs. O diretor Kelly Asbury (Gnomeu e Julieta, Shrek 2) promete uma aventura totalmente nova com um olhar completamente diferente do que qualquer outra versão anterior da franquia, mais fiel à série de televisão dos anos 80 e à obra original de Peyo (e aos quadrinhos da L&PM!).

Peyo, o criador dos Smurfs, lê em família.

Peyo, o criador dos Smurfs, lê em família.

“Precisamos deste novo tempo adicionado de produção para fazer o melhor filme possível. Como diretor, estou muito grato com o tempo dado para fazer o filme. A maioria dos filmes de animação, especialmente dos grandes estúdios, requerem pelo menos 3-4 anos para serem produzidos (alguns muito mais), e apesar do filme ser lançado mais rápido do que a maioria, eu estou realmente feliz que a Sony tomou esta decisão importante. A qualidade tem uma prioridade enorme e não é uma tarefa fácil de conseguir, especialmente em um filme de animação.”, ressaltou o cineasta.

Kelly Asbury criou um blog para quem quiser acompanhar a produção. Clique aqui para visitá-lo.

Em seu blog,  diretor do novo filme dos Smurfs, Kelly Asbury posta seus próprios desenhos dos Smurfs e informações vitais como o fato de que um Smurf tem o tamanho de três maçãs empilhadas...

Em seu blog, o diretor do novo filme dos Smurfs, Kelly Asbury, posta seus próprios desenhos dos Smurfs e informações vitais como o fato de que um Smurf tem o tamanho de três maçãs empilhadas…

As belas adormecidas antes de Malévola

E o assunto é… Malévola. A vilã de “A bela adormecida” da Disney. Sim, porque até onde se sabe, esse nome de bruxa (ótimo, por sinal), não existia nas história “A bela adormecida no bosque”, de Charles Perrault (de 1697), e na “Bela adormecida” dos Irmãos Grimm (publicada em 1812).

Segundo consta, as histórias de Perrault e dos Grimm foram inspiradas em “Sol, Lua e Talia”, de Giambattista Basile, publicado originalmente em 1634 e que não tem a mesma ingenuidade da princesa Aurora e das fadinhas Fauna, Flora e Primavera (parece inclusive que a princesa adormecida é estuprada na versão de Basile).

O conto da Bela Adormecida no Bosque foi adaptado para o balé em 1890, por Tchaikovsky. E, em 1959, virou o desenho animado da Disney.

Para quem quer conhecer as histórias originais antes de assistir à “Malévola”, a L&PM publica as duas versões na Coleção L&PM Pocket em Contos de Mamãe Gansa, de Charles Perrault e A bela adormecida e outras histórias, dos Irmãos Grimm.

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Esse banco é um livro aberto…

Veja que ótima ideia: em Istambul, na Turquia, como se fossem livros abertos, bancos trazem impressos versos de poetas turcos. Enquanto descansam, as pessoas podem ler os poemas. São 18 bancos diferentes. Pena que ninguém teve essa ideia para divulgar os poetas brasileiros durante a Copa…

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E por falar em poemas, já deu uma olhada em todos os versos que Coleção L&PM Pocket tem? Clique aqui para ver.

Viva as bibliotecas móveis

Se os leitores não podem ir até à biblioteca, então a biblioteca vai até os leitores. Veja aqui alguns exemplos de bibliotecas móveis que vêm espalhando leitura em vários lugares do mundo. E não é de hoje…

Em 1931, a Índia já contava com uma biblioteca móvel.

Em 1931, a Índia já contava com uma biblioteca móvel.

Nos Estados Unidos, há algumas décadas atrás.

Nos Estados Unidos, há algumas décadas atrás.

Na Colômbia, um professor leva leitura em sua Biblioburro.

Na Colômbia, um professor leva leitura em seu Biblioburro.

Na Finlândia, a Biblioteca Móvel é bem colorida.

Na Finlândia, a Biblioteca Móvel é bem colorida.

Na Nicarágua, ó ônibus biblioteca "Bertolt Brecht" percorre o país.

Na Nicarágua, o ônibus biblioteca percorre o país.

No México, uma biblioteca móvel sobre duas rodas.

No México, uma biblioteca móvel sobre duas rodas.

Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a Babmucicloteca percorre os parques sobre uma bicicleta feita de bambu.

Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a Bambucicloteca percorre os parques sobre uma bicicleta feita de bambu.

O SESC possui bibliotecas móveis que percorrem todo o Brasil.

O SESC possui bibliotecas móveis que percorrem todo o Brasil.

A aventura de adaptar “A invenção de Morel” para HQ

O francês JP. Mourey foi o responsável por adaptar a obra-prima de A. Bioy Casares para os quadrinhos. Muito elogiada, sua adaptação de A invenção de Morel possui nuances que ele explica no posfácio do livro. Abaixo, a reprodução do trecho inicial:

Posfácio
(sobre algumas chaves de leitura desta adaptação)

Em um auditório da Universidade de Cornell, o escritor russo radicado nos Estados Unidos Vladimir Nabokov declarou: “Quando lemos, precisamos observar e saborear os detalhes”, acrescentando, a título de apresentação de sua palestra, que faria, “entre outras coisas, uma espécie de investigação policial sobre o mistério das estruturas literárias”.

Adaptar A invenção de Morel é se confrontar com um mecanismo literário admirável sob todos os pontos de vista. Adaptar A invenção de Morel para os quadrinhos é, na verdade, conduzir uma espécie de investigação para decifrar esse mecanismo e recriar um dispositivo narrativo inteiramente novo no qual todos os elementos gráficos, todos os detalhes sejam importantes e se juntem em um eco, implicando a possibilidade de múltiplas releituras. Em suma, uma história em quadrinhos (segundo Jorge Luis Borges no admirável prefácio ao romance) “que não sofre de nenhuma parte injustificada”.

É somente através da construção geométrica de um relato no qual são abundantes as simetrias e as repetições que se pode trazer à tona o tema metafísico da circularidade do tempo (essa eternidade substituta imaginada e adotada por Morel) e narrar a emocionante e fascinante história de amor que está no cerne deste romance inesquecível. Apesar da complexidade, esta narrativa gráfica tem um compromisso constante com a clareza.

(…)

Jean Pierre Mourey

A invenção de Morel 09-04-2013.indd

Cortázar no “Livro dos abraços” de Galeano

Em seu Livro dos abraços, Eduardo Galeano criou um pequeno conto/sonho com Julio Cortázar, escritor e amigo que morreu em 1984.

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De Júlio Cortázar, a L&PM publica A autoestrada do sul e outras histórias.

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Da esquerda para a direita: o nicaraguense Ernesto Cardenal, o uruguaio Eduardo Galeano e o argentino Júlio Cortázar. / Foto: Eduardo Gamondes

Tatuagens literárias

Tem gente que ama tanto os livros que é capaz de gravar seu autor preferido na pele. Conheça aqui algumas tatuagens deste tipo que o pessoal exibe com o maior orgulho na Web:

agatha

Agatha Christie

hamlet 2

De “Hamlet”, de Shakespeare

grande gatsby

De “O grande Gatsby”, de F. Scott Fitzgerald

jack

Jack Kerouac e um trecho de “On the road”

alice 2

Ilustração de “Alice”, de Lewis Carroll

ginsberg howl

Trecho de “Uivo”, de Allen Ginsberg

Peter Pan, de J. M. Barrie

Peter Pan, de J. M. Barrie

Essa é fã de "Orgulho e preconceito", de Jane Austen

Essa é fã de “Orgulho e preconceito”, de Jane Austen

Filme que narra um episódio real com Ginsberg e Kerouac estreia em junho no Brasil

12 de junho será um dia intenso. Além de ser o dia em que os enamorados celebram sua paixão e a abertura da Copa do Mundo no Brasil, ainda tem estreia de filme beat. Chega às salas de cinemas nacionais o filme “Versos de um crime” (Kill your darlings) que conta uma história real envolvendo os amigos Allen Ginsberg, Jack Kerouac, William Burroughs e Lucien Carr.

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“Versos de um crime” narra um episódio conturbado da vida de três autores do movimento beat: em 1944, Allen Ginsberg (Daniel Radcliffe), Jack Kerouac (Jack Huston) e Lucien Carr (Dane DeHaan) foram acusados de matar David Kammerer (C. Hall), um professor apaixonado por Carr.

Conheça a Série Beat L&PM com livros de Allen Ginsberg e Jack Kerouac.

Dançar tango no Vestibular

Dançar tango em Porto Alegre, livro de crônicas de Sergio Faraco publicado pela L&PM, é uma das novas leituras obrigatórias do vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Para marcar essa escolha, o jornal Zero Hora preparou uma matéria sobre o livro, publicada no Caderno Vestibular do dia 22 de maio. Para ler, clique sobre as imagens:

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