Globo adapta o livro “Ligações Perigosas” para uma minissérie que promete seduzir

“Não será possível para uma jovem encontrar uma ligação mais perigosa do que a leitura de “Ligações Perigosas.” 

A frase acima foi escrita em uma crítica sobre o livro escrito por Choderlos de Laclos à época de seu lançamento em 1782. Laclos construiu um romance a partir de 175 cartas que destacam as relações amorosas, a perda da inocência e a traição. Ligações Perigosas, que é publicado pela L&PM Editores, já teve inúmeras adaptações para o teatro e cinema e, entre as mais famosas, está o filme com direção de Stephen Frears (1988) estrelado por John Malkovich, Glenn Close, Michelle Pfeiffer, Uma Turman e Keanu Reeves.

Agora, a Globo prepara a estreia de sua adaptação da história com Selton Mello, Patricia Pillar e Marjorie Estiano nos papéis principais. O primeiro capítulo vai ao ar em 4 de janeiro. A minissérie, escrita de Manuela Dias tem direção geral de Vinícius Coimbra e de núcleo de Denise Saraceni. A trama da Globo vai se passar no Brasil dos anos 1920 e, no site da emissora, o resumo da minissérie está assim descrito:

Tudo começa quando Isabel D´Ávila de Alencar (Patricia Pillar) descobre que Cecília (Alice Wegmann), a filha de sua prima Iolanda (Lavínia Pannunzio), irá se casar com seu ex-amante Heitor Damasceno (Leopoldo Pacheco). Para se vingar de Heitor, Isabel pede que seu amigo e cúmplice, Augusto de Valmont (Selton Mello), seduza a filha de sua prima, para que ela se entregue ao bon vivant antes do casamento. De início, Augusto despreza a ideia da amiga e diz que seu foco é outro: Mariana de Santanna (Marjorie Estiano), uma devota jovem que ele conhece na casa de sua tia Consuêlo (Aracy Balabanian) e se encanta. Porém, Augusto descobre que a mãe de Cecília, Iolanda tem destruído sua reputação para Mariana. Maquiavélico, o bon vivant muda de ideia e decide seguir em frente com a ideia de Isabel. A prima de Iolanda, então, sugere que Cecília faça aulas de música com Felipe (Jesuíta Barbosa). Os dois se apaixonam e, reprimida por Iolanda, a jovem acaba se abrindo com a prima da mãe, que ela trata e respeita como uma tia. Com segundas intenções, Isabel estimula cada vez mais esta paixão dos dois jovens. Cecília, que também está passando uma temporada na casa de Consuêlo, recebe frequentemente visitas de Augusto, achando que é seu amigo, pois sempre traz cartas de Felipe. O cortejador abusa da sua sensualidade para seduzir Cecília, para que a jovem se entregue a ele antes do casamento. Nestas visitas, o bon vivant também aproveita para conquistar Mariana, que se mantém resistente nas tentativas do galanteador. O que Cecília e Mariana nem imaginam é que Augusto e Isabel estão apenas jogando. Porém, no meio destas jogadas, muitos sentimentos podem surgir e tudo pode acontecer.

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Veja o trailer teaser que já está sendo divulgado pela Globo:

E edição em pocket da L&PM de Ligações Perigosas já está chegando, assim como uma nova edição em formato convencional.

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A poeta portuguesa que nasceu, casou e morreu no mesmo dia

Florbela Espanca, com dezenove anos, ao lado do primeiro marido

Florbela Espanca era lírica até no nome. Flertou com a morte em seus poemas, explicitou sua sedutora angústia em versos, consagrou-se postumamente como uma das maiores poetas de língua portuguesa. Em sua biografia, o dia 8 de dezembro aparece três vezes, formando um triângulo de nascimento, amor e morte. Em 8 de dezembro de 1894, Florbela veio ao mundo no Alentejo, em Portugal. Em 8 de dezembro de 1913, a jovem Florbela casou-se pela primeira vez. Em 8 de dezembro de 1930, Florbela optou por dormir e não mais acordar. Apesar de ser amplamente divulgado que seu suicídio foi planejado, essa afirmação ainda gera controvérsias. O sonífero Veronal, que ela tomava diariamente, era perigoso para quem tinha problemas pulmonares e cardíacos, como era seu caso. Associado ao cigarro, que ela fumava sem parar, a situação poderia se agravar. No entanto, a hipótese de premeditação é a mais aceita porque, ao ser encontrada já sem vida em seu quarto, havia sob a cama dois frascos de Veronal completamente vazios. Para completar, poucos dias antes de morrer, “Bela”, como era conhecida, confessou a uma amiga de infância que, se passasse do dia do seu aniversário, morreria velha. O que não aconteceu. Florbela foi-se jovem, com apenas 36 anos. Em seus poemas, deixou claro que a morte era muito mais do que o fim: era a libertação do sofrimento, era um passaporte para o infinito, era a forma de reencontrar o irmão, Apeles, que morrera em um acidente aéreo. Foi após a morte do irmão, aliás, que sua melancolia latejou de forma ainda mais intensa.

 

À MORTE

Morte, minha Senhora Dona Morte,

Tão bom que deve ser o teu abraço!

Lânguido e doce como um doce laço

E como uma raiz, sereno e forte.

Não há mal que não sare ou não conforte

Tua mão que nos guia passo a passo,

Em ti, dentro de ti, no teu regaço

Não há triste destino nem má sorte.

Dona Morte dos dedos de veludo,

Fecha-me os olhos que já viram tudo!

Prende-me as asas que voaram tanto!

Vim da Moirama, sou filha de rei,

Má fada me encantou e aqui fiquei

À tua espera,… quebra-me o encanto!

Em seus poemas e sonetos, Florbela Espanca não explora somente  a morte, mas também o amor e todas as sensações que regem a vida. A L&PM publica, na Coleção L&PM POCKET, todos os seus poemas em dois volumes.

Turma da Mônica em carne e osso

Foi na sexta-feira, 4 de dezembro, durante a Comic Com Experience, que Maurício de Sousa anunciou que a Turma da Mônica vai virar um longa metragem com atores reais. A notícia causou furor, aplausos e gritos animados dos que estavam presentes. O primeiro filme live-action baseado nos gibis de Maurício será focado na graphic novel “Laços”, criada pelos irmãos Vitor e Lu Cafaggi que levaram os clássicos personagens da Turma a uma aventura cheia de emoção e perigos. Na história, o cão Floquinho desaparece e para encontrá-lo, Cebolinha conta com os amigos Cascão, Mônica e Magali que traçam um “plano infalível”.

O filme terá uma estética inspirada em filmes clássicos dos anos 80 como “Os Batutinhas”, “Os Goonies” e “Conta Comigo”.

O diretor e o elenco ainda não foram divulgados, mas já foi revelado um “poster-teaser”. A previsão de estreia é 2017.

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 A Turma da Mônica também está na Coleção L&PM Pocket.

“Carol” é o filme do ano, segundo os críticos de Nova York

Críticos de cinema de Nova York reuniram-se na quarta-feira, 2 de dezembro, para a eleição dos melhores filmes de 2015. De acordo com os membros do New York Film Critics Circle, o grande filme do ano é “Carol”, a versão cinematográfica do romance escrito em 1953 por Patricia Highsmith.

Em NY, “Carol”, venceu em quatro das principais categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor (Todd Haynes), Melhor Direção de Fotografia (Edward Lachman) e Melhor Roteiro (Phyllis Nagy).

No Festival de Cannes, Rooney Mara já tinha recebido o prêmio de Melhor Atriz. E na Feira do Livro de Frankfurt, Todd Haynes levou um troféu pela melhor adaptação cinematográfica de uma obra literária.

O livro de Patricia Highsmith conta a história de amor entre duas mulheres de idades e classes sociais diferentes que, no filme, são vividas por Rooney e Cate Blanchett. Muitos estão apostando que ele será um dos grandes favoritos do Oscar e que irá concorrer em várias categorias.

“Carol” será distribuído no Brasil pela Mares Filmes e estreia nos cinemas nacionais em 14 de janeiro de 2016.

A L&PM publica Carol na Coleção L&PM Pocket e está preparando uma nova edição em formato grande e com a capa do filme que deve chegar às livrarias ainda em dezembro.

A capa da nova edição de "Carol"

A capa da nova edição de “Carol”

Tiago Abravanel vai interpretar Snoopy em musical que estreia em março

Tim Maia, quem diria, virou Snoopy. Isso porque o ator Tiago Abravanel, que encarnou o eterno síndico nos palcos do Brasil, agora vai virar o adorável beagle criado por Charles S. Schulz no musical “Meu amigo Charlie Brown”. A estreia está prevista para 5 de março de 2016 no Teatro Frei Caneca em São Paulo. “Terei poucas falas, pois cachorro não fala, mas quando está sozinho, Snoopy vai mostrar suas reflexões sobre o comportamento dos outros personagens.” disse Abravanel em entrevista ao jornal O Estadão.

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Tiago Abravanel e Snoopy

Tiago interpretaria Linus, papel para o qual disputou a primeira audição da versão brasileira em 2010. “Quando me convidou, Luna [Leandro Luna, diretor de produção e ator que interpreta Charlie Brown] nem pensou sobre outro personagem, mas, depois de um tempo, liguei timidamente e pedi para fazer o Snoopy, pois me sentia mais próximo dele”, conta o ator. “Fiz um silêncio de alguns segundos e respondi, eufórico: “É claro! Você é o Snoopy!”, completa Luna.

Além da semelhança na fisionomia (“Emagreci, mas ainda continuo gordinho”, brinca Tiago), há uma proximidade na personalidade. “Snoopy é crítico de tudo. Apesar de ser um cachorrinho, ele tem a sensibilidade das crianças e, ao mesmo tempo, o sarcasmo dos adultos”, observa o ator. “É acidez com ternura.”

Leandro Luna teve a ideia de remontar o musical há dois anos, quando foi anunciado o início da animação em 3D, dirigida por Steve Martino e que estreia em janeiro de 2016.

 

 E por falar em Snoopy, a L&PM está cheia de novidades dele. 🙂

Oscar Wilde poderia ter morrido de amor

Já postamos aqui neste blog o obituário de Oscar Wilde, publicado no The New York Times em 01 de dezembro de 1900. O anúncio de falecimento comunicava que o escritor havia morrido às três da tarde do dia 30 de novembro e que teria vivido os últimos meses sob o nome de Manmoth. O texto dizia ainda que Lord Alfred Douglas estava com ele quando morreu. E que, apesar da causa morte ser meningite, havia a possibilidade do escritor ter cometido suicídio. Segundo seus biógrafos, no entanto, ambas as afirmações parecem não proceder. Nem seu antigo amante estava com ele e nem Wilde teria atentado contra a própria vida.

Nascido em Dublin no ano de 1854, o autor de O retrato de Dorian Gray viu sua vida mudar ao ser  acusado e processado pela família de “Bosie”, como era chamado Lord Alfred Douglas, o jovem aristocrata por quem Wilde se apaixonou. Condenado a trabalhos forçados que consumiram sua saúde e sua reputação, Oscar Wilde exilou-se em Paris e acabou seus dias pobre e no anonimato.

Oscar Wilde e Bosie Douglas

“Em 30 de novembro de 1900, o genial e extravagante Oscar Wilde, um dos maiores escritores do século XIX, senão de toda a história da literatura, morreu, aos 46 anos, em meio aos piores sofrimentos, ao anonimato total e à miséria mais absoluta, num quartinho decrépito e gelado de um sórdido hotel parisiense” conta Daniel Salvatore Schiffer em Wilde, da Série Biografias L&PM.

O livro também revela que o último contato que Wilde teve com Bosie veio por carta em 12 de novembro: “Terrivelmente angustiado, porém sem mais nenhuma ligação com a realidade por conta da febre que começava a se apoderar dele, Oscar só conseguia falar, num início de delírio de suas enormes dívidas. Depois, de repente, enquanto Wilde se agitava cada vez mais, Dupoirier irrompeu o quarto. Trazia uma carta. Era um bilhete de Bosie, espantosamente afetuoso, ao qual anexara, depois que Ross lhe informou sobre a misérie na qual vivia seu antigo amante, um cheque de dez libras. Comovido pelo gesto, Wilde deixou algumas lágrimas rolarem.”

A história de amor entre Oscar Wilde e Bosie está contada no filme “Wilde”, de 1997. No papel do escritor está Stephen Fry e como seu jovem amante, Judie Law. Vale ver o trailer:

Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher

Página do livro "Os filhos dos dias" de Eduardo Galeano

Página do livro “Os filhos dos dias” de Eduardo Galeano

cartaz_filme_borboletasO filme No tempo das borboletas que retrata o período de ditadura militar (1930-1961) na República Dominicana, onde por 31 anos o povo esteve refém das atrocidades cometidas pelo general Rafael Leónidas Trujillo. Sob seu lema ou estás comigo ou contra mim, e com o beneplácito da Igreja, Trujillo mandava matar todos os que se opunham ao seu regime. Foi responsável direto pelo assassinato de mais de 30 mil pessoas.

O filme conta a saga das irmãs Mirabal: Minerva, Patria, María Teresa, filhas de um pequeno proprietário de terras que vivia na cidade de Ojo de Agua, don Enrique Mirabal, e da dona de casa Mercedes Mirabal, que desafiaram a sangrenta ditadura do general Trujillo.

Em homenagem à luta das irmãs Mirabal, o 1º Encontro de Mulheres da América Latina e Caribe, realizado em 1981, em Bogotá, decidiu criar o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher na data de 25 de novembro de cada ano.
Com direção de Mariano Barroso e as atrizes Salma Hayek, Mía Maestro, Pilar Padilla, Lumi Cavazos e Ana Martín, o filme é uma contundente denúncia da violência do sistema contra a mulher, e sua exibição nas escolas e bairros possibilita um importante debate sobre a luta da mulher por uma nova sociedade e por sua emancipação.

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As belas irmãs Mirabal

 

O roubo da Mona Lisa em filme e livros

Está em cartaz, em alguns cinemas do centro do país, um filme baseado em fatos reais: “Picasso e o roubo da Mona Lisa”. Nem todo mundo sabe, mas no dia 20 de agosto de 2011, um domingo, a Mona Lisa de Da Vinci foi misteriosamente roubada do Museu do Louvre em Paris. O filme se concentra em dois nomes que foram suspeitos de estarem envolvidos no roubo: o pintor Pablo Picasso e o poeta Guillaume Apollinaire. Veja o trailer:

Achou interessante e não vai conseguir ver o filme? Há duas maneiras de saber mais sobre essa história:

1. Ler Roubaram a Mona Lisa!, de R. A. Scotti, que faz um relato vívido e minucioso deste que foi o maior furto da história da arte. Além de contar como Picasso e Apollinaire viraram suspeitos, se aprofunda nessa incrível e curiosa caçada global envolvendo ladrões audaciosos, falsificadores de arte, trapaceiros astutos, colecionadores milionários – e, sobretudo, a mulher mais linda, enigmática e desejada do mundo: Mona Lisa, a Gioconda.

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2. Ler Paris Boêmia – Os aventureiros da Arte Moderna (1900-1930), o primeiro volume da trilogia de Dan Franck e que tem um capítulo inteiro dedicado ao roubo da Mona Lisa. Além disso, o livro, que tem o jovem Picasso na capa, traz muitas outras histórias que se passam no caldeirão cultural que era a Paris do início do século XX.

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Um novo Frankenstein está chegando nos cinemas e nas livrarias

Um filme com nome, sobrenome e uma história de terror clássica para contar. “Victor Frankenstein”, nova adaptação da famosa obra de Mary Shelley estreia nesta quinta-feira, 26 de novembro, no Brasil.

O longa reconta a história do brilhante cientista Victor Frankenstein que tem o sonho de reanimar os mortos.  James McAvoy está no papel título e, ao seu lado, vemos Daniel Radcliffe (o protagonista da série Harry Potter) como seu assistente Igor Strausman. Igor acompanha horrorizado a transformação de seu mestre que vai perdendo todo limite e ética. Fiel ao colega (aqui é mais colega do que mestre), Igor tenta salvá-lo antes que a loucura vá longe demais e traga terríveis consequências. Vale lembrar que Igor não foi criado por Mary Shelley e aparece apenas nos filmes, não no livro.

“Victor Frankenstein” tem a direção de Paul McGuigan, mais conhecido por ser o diretor de alguns episódios da série britânica Sherlock. Veja aqui o trailer legendado:

Para os que ainda não leram a história original de Mary Shelley, escrita quando ela tinha apenas 19 anos, a L&PM Editores tem Frankenstein na Coleção L&PM Pocket e está lançando um novo volume, em formato maior, que chegará às livrarias em dezembro.

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Patti Smith no Beat Museum em San Francisco

Jerry Cimino, do Beat Museum, publicou em sua página do Facebook na noite de quinta-feira, 19 de novembro:

Eu estava sentado na recepção, lendo um livro, quando, com o canto do meu olho, percebi movimento. Eu fiz minha costumeira saudação: “Hey galera, bem-vindos ao Beat Museum.” Então olhei e vi Patti Smith passando seus grandes olhos pelos livros do balcão. “Oh”, foi o que eu disse ao reconhecê-la. “Eu imagino que você saiba um pouco sobre tudo isso.”

Ela balançou a cabeça calmamente e disse “Sim, Allen era meu amigo.” Nós falamos por um tempo. Eu a apresentei aos meus amigos que estavam pelo Museu. “Não quero atrapalhar” eu falei me despedindo. “Oh, não” Patti disse. “Fale-me sobre essa exposição. E como você conseguiu todas essas coisas incríveis?”

“Pessoas me deram. Elas querem mostrar o que os beats significam para elas. É uma ótima maneira de construir um museu.”

“Eu tenho algumas coisas que pertenceram a Allen e a Gregory,” ela disse. “Vou enviá-las a você.”

Patti comprou alguns itens para si e para alguns amigos. Ela foi muito gentil e amável e disse que voltaria com mais tempo e que estava na cidade para participar de um evento.

A cantora e escritora Patti Smith com seus amigos beats: Carl Solomon, Allen Ginsberg e William Burroughs

A cantora e escritora Patti Smith com seus amigos beats: Carl Solomon, Allen Ginsberg e William Burroughs

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A fachada do Beat Museum em San Francisco

Clique aqui para ver a Série Beat da L&PM.