World Shakespeare Festival: a grande festa do teatro em Londres

Um grande festival mundial de teatro com quase 7 meses de duração só pode ter como homenageado um dramaturgo, talvez o maior deles: William Shakespeare. Desde o dia 23 de abril, grupos do mundo inteiro se encontram em Londres no World Shakespeare Festival, uma grande festa do teatro que reúne centenas de profissionais das artes cênicas de 7 países: Índia, Republica Tcheca, Hong Kong, Estados Unidos, África do Sul, Omã e Brazil. O evento estima ainda que cerca 7200 artistas de 260 grupos amadores passam pelos palcos e praças da capital inglesa apresentando suas peças e participando das atividades paralelas.

Isso sem contar o envolvimento de professores e educadores em atividades relacionadas a Shakespeare, ao teatro e às artes em escolas e universidades do Reino Unido. Já pensou que sonho seria promover algo assim aqui no Brasil?

Quem responde pelo megaevento é a Royal Shakespeare Company, que conta ainda com outros 60 apoiadores, entre empresas e entidades ligadas às artes e à cultura. Se você estiver por Londres ou planeja passar pelas Terras da Rainha nos próximos meses, taí um programa imperdível!

E uma coisa é certa: lá você vai ter a oportunidade de assistir a montagens de, no mínimo, todas as 21 peças publicadas na Série Shakespeare da L&PM 😉

Um santo escritor

Um santo de charuto na mão?

Gilbert Keith Chesterton nasceu na Inglaterra em 29 de maio de 1874. Romancista, poeta, ensaísta, jornalista, historiador, teólogo, filósofo, desenhista e conferencista, Chesterton criou o célebre sacerdote-investigador Padre Brown. A escolha do personagem, aliás, não foi em vão. Tão ligado ao catolicismo o escritor foi durante a vida que, em uma conferência realizada em 2009, a Chesterton Society – sociedade inglesa fundada em 1974 com o objetivo de difundir o pensamento e a obra de Chesterton – propôs que ele fosse beatificado. Até oração seus seguidores prepararam. Mas parece que, dessa vez, nem Padre Brown conseguiu desvendar um caminho para que Chesterton virasse um santo de verdade. Melhor assim.

Oração pela beatificação de Chesterton 

Deus Nosso Pai,

Tu que enchestes a vida de teu Servo Gilbert Keith Chesterton com aquele sentido de assombro e alegria, e lhe destes aquela fé que foi o fundamento de seu incessante trabalho, aquela esperança que nascia de sua perene gratidão pelo dom da vida humana, aquela caridade para com todos os homens, particularmente em relação aos seus adversários; faz com que sua inocência e seu riso, sua constância em combater pela fé cristã em um mundo descrente, sua devoção de toda a vida pela Santíssima Virgem Maria e seu amor por todos os homens, especialmente pelos pobres, concedam alegria a aqueles que se encontram sem esperança, convicção e ardor aos crentes tíbios e o conhecimento de Deus àqueles que não tem fé.

Te rogamos que nos outorgue os favores que te pedimos por sua intercessão, de maneira que sua santidade possa ser reconhecida por todos e a Igreja possa proclamá-lo Beato.

Tudo isto te pedimos por Cristo Nosso Senhor.

Amém.

Fonte: ChestertonBrasil

De G. K. Chesterton, a Coleção L&PM Pocket já publica A inocência do Padre Brown e ainda este ano lançará A sabedoria do Padre Brown.

O fantasma da Ópera está prestes a aparecer

Considerada a mais espantosa e fantástica das histórias pelo New York Book Review, O fantasma da Ópera estreia em breve na Coleção L&PM Pocket. Romance escrito pelo francês Gaston Leroux e publicado pela primeira vez em 1910, ele foi adaptado muitas vezes para o cinema e teatro e, desde 1986, vem sendo apresentado ininterruptamente na Broadway. Além de ter batido o recorde de permanência, é considerada a produção que maior sucesso já alcançou no showbiz, mundial, pois já rendeu 5 bilhões de dólares.

O fantasma da Ópera combina romance e suspense para narrar o triângulo amoroso entre a linda e talentosa cantora lírica Christine Daaé, o frágil e apaixonado visconde Raoul de Chagny e o sinistro e obcecado gênio da música que habita os porões do teatro. Com contornos de relato histórico, a narrativa leva o leitor pelos labirintos da Ópera e do coração humano.  Com tradução de Gustavo de Azambuja Feix, a edição da L&PM chega nas próximas semanas.

Mais Drácula: agora em versão trash 3D

O 65º Festival de Cannes que terminou ontem, 27 de maio, prestou uma homenagem ao diretor italiano Dario Argento, o rei do filme de terror de baixo orçamento, exibindo seu mais recente filme, Drácula 3D, no dia 20 em uma sessão à meia-noite. Argento se manteve fiel à trama de Bram Stoker, mas optou por levar o conde e suas vítimas para uma vila no interior da Itália. “Ele é uma das criaturas mais intrigantes da história da literatura de terror. Há algo de muito dramático, e romântico também, na figura de Drácula. Minha versão foi inspirada no personagem original criado por Stoker mas, claro, com um toque de Dario Argento”, disse ele. O “toque Dario Argento”, no caso, é aquele estilo trash que às vezes arranca mais risos do que sustos. Como mostra o trailer abaixo, até um louvadeus gigante entrou na história. Melhor nem pensar o que Bram Stoker acharia disso…

Para os que preferem continuar mais próximos da história original de Bram Stoker, a L&PM publica Drácula na Coleção L&PM Pocket.

A estreia de “Drácula”, de Bram Stoker

Capa da 1ª edição de 1897

Em 26 de maio de 1897, era publicada pela primeira vez a história do conde Drácula, que se tornaria em pouco tempo a mais famosa e aclamada história de vampiros de todos os tempos. Apesar de não ter sido um best seller imediato, Drácula foi aplaudido pela crítica da época e até por Sir Arthur Conan Doyle, o criador de Sherlock Holmes, que escreveu uma carta a Bram Stoker para elogiar o romance.

E não é pra menos, já que Drácula é viciante a ponto de prender o leitor por horas a fio. Basta ler um trecho para ser fisgado pela trama de um dos maiores clássicos da literatura de terror. Veja você mesmo:

Arthur desceu com ele, nao antes de lançar um terno e saudoso olhar sobre o rosto de Lucy, agora recostada sobre seu macio travesseiro, que parecia mais aconchegante que o mais tenro e saudoso relvado. Ela mantinha-se absolutamente tranquila, e eu logo tratei de ver se tudo ao meu redor permanecia em seu devido lugar. Então notei que também neste novo quarto, o Professor fazia questão de prosseguir no profuso emprego das flores de alho. O caixilho da janela estava literalmente impregnado com seu odor e, em torno do pescoço de Lucy, sobre o lenço de seda que Van Helsing lhe amarrara na garganta, destacava-se um rústico apanhado das mesmas flores odoríferas. A respiração de Lucy agora ressoava um tanto estertoradamente, e sua face oferecia um aspecto realmente impressionante, pois, por entre seus lábios, duas arcadas de gengivas descoradas ficavam quase totalmente à mostra. Sob a bruxuleante claridade do ambiente, seus frágeis dentes pareciam ainda mais longos do que me pareceram pela manhã. E particularmente talvez devido a alguma caprichosa refração da luz, seus caninos atraíram ainda mais minha atenção, dado o seu tamanho algo desproporcional em relação aos outros dentes. Sentei-me a seu lado e logo percebi que ela se agitava de maneira estranha. Neste exato momento ouvi um ruído intermitente, que me pareceu um súbito adejar ou bater de asas pesadas de encontro à vidraça da janela. Levantei-me cautelosamente e, pé ante pé, fui me ocultar num dos lados da veneziana. Fazia então um luar esplendoroso e eu pude verificar então que aquele reiterado farfalhar de asas era produzido por um gigantesco morcego, que voava em círculos a frente da janela (…).

Em tempo: você já conhece a Caixa Especial Horror? Além do clássico de Bram Stoker, ela reúne Frankenstein, de Mary Shelley, O médico e o monstro, de Robert Louis Stevenson, Contos de fantasmas, de Daniel Defoe e A tumba, de H. P. Lovecraft. Imperdível para os fãs da literatura de terror e suspense 🙂

Onde há fumaça… há literatura

Já não se fazem mais escritores como antigamente. Pelo menos não daqueles de cachimbo em punho (ou nos lábios). Acessório que já foi tão fundamental quanto a máquina de escrever, ele parece ter caído em desuso. Ou porque os escritores de hoje andam mais saudáveis. Ou porque a moda mudou. De uma forma ou de outra, que o cachimbo tem (ou tinha) estilo, isso é verdade. Jack Kerouac e seus companheiros que o digam…

Jack Kerouac

Georges Simenon

Hunter Thompson

Mark Twain

Raymond Chandler

William Faulkner

O grande amor de Modigliani

Enquanto isso, no primeiro andar, Amedeo faz o retrato de uma jovem de dezenove anos, aluna da bastante próxima Academia Colarossi, um retrato datado e assinado de 31 de dezembro de 1916. Ela se chama Jeanne Hèbuterne. Ela não usa pó-de-arroz no rosto, não usa batom nos lábios. Ela se parece com uma virgem veneziana e desenha muito bem. Dotada para a pintura e atraída pelo fauvismo, ela gostaria de pintar sobre porcelana e se prepara para o concurso de admissão na Escola Nacional de Artes Decorativas da Rue Bonaparte. Nesse último dia do ano, Amedeo acaricia as longas tranças castanhas que enquadram o rosto de Jeannette, como ele a chama afetuosamente, “Noix de Coco” para seus colegas de ateliê. É uma jovem doce que desabrocha para a vida e para o amor. Ela é pálida, bonita, magricela, um pouco enfermiça, com grandes olhos amendoados. (…) Um lampejo de esperança se abre na vida de Amedeo. De repente, ele é invadido por um tipo de paz, ele é conquistado pelo frescor dessa jovem diferente das outras. Como uma musa, ela o inspira. A partir desse dia, ele a esperará na saída de suas aulas, com o coração batendo, como um colegial que corre ao primeiro encontro. “A felicidade é um anjo de rosto grave”, diz ele. Ela fica maravilhada com esse homem de 33 anos que a corteja discretamente e que a fascina. Ela gosta que ele se interesse por ela, por sua pintura, por seus desenhos, e o contempla por horas num canto de banco no La Rotonde enquanto ele declama suas poesias em italiano.

(Trecho de Modigliani, Série Biografias L&PM)

Quem estiver em São Paulo até 15 de julho não pode deixar de conferir “Modigliani: Imagens de uma Vida”, mostra que o Masp (Museu de Arte de São Paulo) está exibindo. São desenhos, esculturas, manuscritos, fotos e obras de outros artistas que traçam um panorama da vida do pintor italiano. Entre as obras espostas, estão pinturas de Jeanne Hèbuterne, o grande amor de Modigliani que, logo após a morte dele por tuberculose, jogou-se da janela, grávida de seis meses. Detalhe: o curador desta mostra é Christian Parisot, autor da biografia que a L&PM publica na Coleção L&PM Pocket.

Serviço
Modigliani: Imagens de uma vida
Até 15 de julho
Masp – Avenida Paulista, 1578
De terça a domingo, e feriados: das 11h às 18h ; quinta-feira: das 11h às 20h
Ingressos: R$ 15 (inteira); R$ 7 (meia); crianças até 10 anos e idosos acima de 60 anos têm entrada franca.
Toda terça-feira a entrada é gratuita no Masp.
Informações: (11) 3251-5644

 Após São Paulo, a mostra segue para Curitiba.

Agatha Christie, a rosa e o teixo

O momento da rosa / e o momento do teixo / têm igual duração. A frase, parte de um poema de T.S. Eliot, abre um dos livros que Agatha Christie assinou como Mary Westmacott, pseudônimo que a Rainha do Crime escolheu para usar em suas obras não policiais. Os versos de Eliot, aliás, também batizam o título original do livro: The Rose and the Yew Tree (A rosa e o teixo). Mas sendo o teixo uma árvore encontrada na Europa e Ásia e não muito familiar no Brasil, o título soaria meio estranho pra gente. Daí a opção em dar-lhe o nome de “O conflito” (e logo você descobre que ele é totalmente pertinente). Mas voltando ao assunto, para os que estão loucos para saber como é, afinal, o teixo, aí vão algumas características: ele é uma árvore com complexo de arbusto, com folhas meio espinhentas e frutos venenosos. Forte e resistente, os arcos de Robin Hood teriam sido feitos com a sua madeira, já que ela era a mais utilizada para este fim nos idos tempos ingleses. Apesar do teixo não ser lá muito bonito, ele pode ganhar um trato e ficar bastante apresentável, pois ele se presta perfeitamente para aquelas esculturas arbóreas dos clássicos (e nobres) jardins britânicos. No livro de Agatha Christie, o teixo representa o personagem John Gabriel, um ambicioso e oportunista herói de guerra, enquanto a rosa do título original simboliza Isabella Charteris, a mocinha que se apaixona por ele e fica dividida entre o compromisso de se casar com um primo e o amor por Gabriel que, apesar de corresponder aos seus suspiros, também entra em conflito. Pra saber se eles acaba dividindo o mesmo jardim, só lendo o livro pra descobrir.

Um escabelado teixo que, pelo tamanho, deve ter muitos anos de vida

Além de O conflito, de Mary Westmacott / Agatha Christie, a Coleção L&PM Pocket também publica Ausência na primavera, Retrato inacabado e Filha é filha.

Sun Tzu de roupa nova

Quando o ilustrador Gilmar Fraga recebeu a missão de desenhar algumas passagens do clássico A arte da guerra, de Sun Tzu, a primeira coisa que ele fez foi pegar o volume da Coleção L&PM Pocket e marcar os trechos que mais lhe chamavam a atenção. Feito isso, partiu para o ataque e, depois de buscar referências nas HQs e filmes de artes marciais, apresentou 25 ilustrações primorosas, que deixaram o livro ainda mais atraente. E assim, nesta nova edição de A arte da guerra que agora chega, os leitores encontram o mesmo conteúdo da edição anterior, a mesma tradução de Sueli Barros Cassal (a partir daquela feita do chinês para o francês, em 1772, pelo Padre Amiot) e até o mesmo preço da anterior: R$ 9,50. Mas não há dúvida de que também encontram muito mais arte.

“O grande Gatsby” em 3D

O trailer de O grande Gatsby divulgado esta semana, dá um gostinho de como vai ser a nova adaptação do clássico de F. Scott Fitzgerald para o cinema. Com Leonardo Di Caprio no papel de Jay Gatsby e Carey Mulligan como Daisy Buchanan, o filme tem estreia mundial prevista para no dia 25 de dezembro em 3D. Já no Brasil, Gatsby em três dimensões promete estrear em 04 de janeiro. A julgar pelo trailer, a nova versão – diferente daquela que trazia Robert Redford como protagonista – vem em clima de Moulin Rouge, filme que tem a assinatura de Baz Luhrmann, o mesmo deste O grande Gatsby.