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90 anos da primeira publicação de “O grande Gatsby”

O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald, é considerado “o grande romance americano”. Mas nem sempre foi assim. Ao ser lançado pela primeira vez, em 10 de abril de 1925, a história do rico Gatsby não teve grande popularidade. E mesmo tendo sido adaptado para uma peça da Broadway e um filme de Hollywood no ano seguinte de sua publicação, ele acabou esquecido durante a Crise de 1929 e a Segunda Guerra Mundial.

Fitzgerald viveu mais 15 anos depois de lançar seu livro, mas não chegou a ver o seu sucesso que só aconteceria a partir de reedições que vieram em 1945 e 1953.

Em 2013, a quarta adaptação de O Grande Gatsby estreou nos cinemas com Leonardo di Caprio no papel principal. O primeiro é um filme mudo de 1926, o segundo foi lançado em 1949 e o terceiro é a célebre película estrelada por Robert Redford e Mia Farrow.

A L&PM publica O Grande Gatsby em pocket e com tradução de William Lagos.

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Gatsby, o retorno

 MARCELO COELHO – 03/07/13 – Publicado na Folha de S. Paulo

Não se pode reconstruir o passado, diz Nick Carraway, o narrador de “O Grande Gatsby”, ao misterioso personagem cujo nome dá título ao romance de Scott Fitzgerald. “Como assim? Claro que se pode!”, responde Gatsby. Do alto de uma imensa fortuna, adquirida não se sabe direito como, ele quer reconquistar o amor de sua juventude. Conhecera Daisy, uma moça aristocrática, quando ainda não tinha um tostão.

Daisy acabou se casando com um ricaço de família tradicional, que logo se revela adúltero, preconceituoso e violento. O casamento vai mal quando Gatsby reaparece, montado numa mansão espetacular, palco de uma sequência nauseante de festas —às quais Daisy não comparece. Exposto assim, o tema principal de “O Grande Gatsby” poderia ser adaptado para uma telenovela de terceira. A arte de Scott Fitzgerald está em deixar todos os personagens, e suas motivações, envoltos numa atmosfera úmida, desentendida e reticente.

A publicidade antecipada em torno de “O Grande Gatsby”, filme de Baz Luhrmann com Leonardo Di Caprio, sem dúvida intensificou a má vontade de muita gente. Ainda mais porque estava na memória a versão anterior do livro, dirigida por Jack Clayton em 1974, com Robert Redford e Mia Farrow. As cores esmaecidas e o charme lânguido do filme mais antigo terminaram produzindo a impressão de que se tratava de uma obra mais artística do que era realmente. Como Jack Clayton nos empapava de estilo e figurino, e como tendemos a ser maus intérpretes dos códigos sociais do passado, aquele “Grande Gatsby” diminuía o contraste entre a aristocracia de Daisy e a ambição emergente de Gatsby.

No livro, este é desprezado, por exemplo, quando usa um terno cor-de-rosa: sinal de breguice irremediável para os outros personagens. Só que Robert Redford, com o terno da cor que quisermos, será sempre um bacanão na mais alta película da nata social americana. A história real de seu fracasso amoroso ficava um bocado incompreensível, atrás de muitos véus de tule, no filme de Clayton.

“Não se pode reconstruir o passado.” “Claro que se pode!” A resposta de Gatsby poderia ser adotada pelo próprio Baz Luhrmann, que fez tudo para reconstruir, de um ponto de vista completamente subversivo —quase terrorista de tão subversivo— o filme de 40 anos atrás. Quando uma pessoa tem dificuldade em entender alguma explicação mais trabalhosa, há quem goste de humilhá-la, perguntando: “Quer que eu desenhe?”. O novo “Gatsby” faz isso com o romance de Fitzgerald, explicitando a trama com recursos de professor de cursinho.

O estilo de Luhrmann flerta, aliás, com o desenho animado. Tudo começa quando reconhecemos, no papel de Nick Carraway, ninguém menos do que Tobey Maguire. “Onde é que eu vi mesmo esse carinha?” Resposta: nos filmes do Homem-Aranha. Os recursos de 3D, fazendo mergulhos ridículos na selva de edifícios de Manhattan, confirmam a pretensão de transformar aquele evasivo clássico literário num “blockbuster” demencial.

A intenção caricatural, extremada, de Baz Luhrmann, surge assim como reação à finura da versão mais antiga. As duas, talvez, se complementem. Com suas festas quase fellinianas, com a vulgaridade explícita da filmagem, com a inexcepcionalidade feminina de Carey Mulligan (no papel de Daisy), o filme de Baz Luhrmann adota, na verdade, o ponto de vista novo-rico, meio bandidão, do próprio Gatsby.

Com a vítrea Mia Farrow e um Robert Redford impecável, o filme de 1974 aristocratizava tudo. Diminuía os conflitos, eufemizava as diferenças sociais, musicalizava suavemente a tragédia. Nenhuma das duas versões dá conta, a meu ver, do que mal e mal se sugere no livro. Para impressionar Nick Carraway, e convencê-lo de suas credenciais para a classe A, Gatsby o leva para almoçar num restaurante, apresentando-o a uma figura estranhíssima.

Meyer Wolfsheim logo se revela, no livro, uma espécie de gângster. É difícil entender por que razão Gatsby levaria Carraway para conhecer um tipo tão suspeito. Seria ingênuo, pensando que Carraway não perceberia a estirpe do interlocutor? Ou, ao contrário, estava tentando comprar a consciência de Carraway, abrindo-lhe as portas para adquirir uma fortuna ilícita também? Seria difícil filmar de um modo que fizesse justiça às duas hipóteses ao mesmo tempo. Mas, se o livro exige mais de uma leitura, não é nada mau que o espectador possa agora contar com um filme tão diferente daquele, discreto e perfumado, que guardava nas suas memórias de 1974.

Robert Redford ou Leonardo di Caprio. Quem é mais Gatsby?

Robert Redford ou Leonardo Di Caprio. Quem é mais Gatsby?

Não se fazem mais Daisies como antigamente – ainda bem!

Por Caroline Chang (nossa editora que assistiu à pré-estreia de “O grande Gatsby” em São Paulo)

Um cupcake. Foi o que me lembrou, esteticamente, a nova versão cinematográfica de O grande Gastby que estreia no país no final desta semana. Que filme LINDO. Que fotografia. Que direção de arte. Que figurino. Que atores lindos. Que cartaz estiloso. Que fotografia. Que tudo. Nenhum chef pâtissier faria uma guloseima tão vistosa. Com, de quebra, uma incrível e energizante trilha sonora que junta foxtrote com música eletrônica, Charleston com funk.

Quem teria se saído melhor no papel do misterioso e irresistível Jay Gatsby? Robert Redford, da célebre adaptação de 1974, ou Leonardo di Caprio? Quem dá mais? Minha opinião: o segundo está bem no papel, sem dúvida (sou fã), mas creio que o sorriso do Robert Redford se adequa mais à imagem de “sorriso como o qual só vemos quatro ou cinco vezes na vida”, segundo o narrador.

Mas o que me chamou atenção, mesmo, foi o sinal dos tempos e Carrey Mulligan no papel de Daisy, outrora vivido por Mia Farrow. Sério. O jeitinho passivo-agressivo da Mia Farrow sempre me incomodou (fiquei muito feliz quando  ela saiu de cena da vida do Woody Allen e a Diane Keaton pôde voltar aos filmes dele). A Mia-Daisy era, a meu ver, a exata imagem da “bela tolinha” que, segundo a própria personagem, é tudo o que uma mulher pode ser nessa vida. Já o personagem encarnado pela Carey parece ter uma fagulha de descontentamento com o status quo da época em que mulher não podia ter outra profissão senão esposa, sendo financeira e moralmente dependente do marido. É uma mulher rica, linda, adorável, meiga, na Long Island de 1922, um tanto infeliz com o marido infiel – fato; mas, me pareceu, já com uma centelha de rebeldia e necessidade de autoafirmação – que acarretariam na revolução  sexual e na emancipação feminina, talvez?

Quem foi mesmo que disse que uma adaptação sempre traz em si as marcas da época em que é feita? Pois é.  Ainda bem que não se fazem mais Daisies como antigamente.

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Carrey Mulligan é Daisy na nova adaptação de “O Grande Gatsby”

“O grande Gatsby” em duas opções

A nova versão cinematográfica de “O grande Gatsby”, baseado no livro homônimo de F. S. Fitzgerald, estreia esta semana no Brasil. O filme, que tem Leonardo de Caprio no papel título, ganhou uma campanha de marketing gigantesca, que honra a obra de Fitzgerald, livro que está no topo da lista de obras mais importantes dos EUA.  

Para comemorar a chegada do filme, a L&PM lançou uma edição de “O grande Gatsby” em formato de bolso com a imagem do poster do filme. Mas a capa original, que desde 2011 faz parte do catálogo da Coleção L&PM Pocket, também continuará em cartaz.

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Agora são duas opções de capa na Coleção L&PM Pocket

“O grande Gatsby” vai abrir o Festival de Cannes 2013

É oficial: o filme “O grande Gatsby”, do diretor Baz Luhrmann, baseado na obra homônima de F. Scott Fitzgerald, é o escolhido para a abrir o Festival de Cannes 2013. Ele será exibido fora da mostra competitiva, no dia 15 de maio, no Teatro Lumière.

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O longa tem no elenco Leonardo Di Caprio no papel do magnata Jay Gatsby e Carey Mulligan como Daisy. Outros nomes compõem o time de estrelas, como Tobey Maguire, Joel Edgerton, Amitabh Bachchan e o rapper americano Jay-Z.

Assista ao trailer:

Mais cartazes do filme “O grande Gatsby”

No ano passado, a produção do filme O grande Gatsby, baseado no clássico homônimo de F. Scott Fitzgerald, divulgou quatro cartazes para divulgação do longa, cada um com um dos atores do núcleo principal da história, mas manteve o suspense sobre os cartazes com Leonardo Di Caprio, que vive Jay Gatsby, e Carey Mulligan que interpreta a belíssima Daisy. Agora, a coleção de posters está completa:

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Além dos cartazes individuais, o filme já tem um poster oficial com todos eles juntos:

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O grande Gatsby tem a direção de Baz Luhrmann, o mesmo diretor de Romeu e Julieta e Moulin Rouge, e estreia em maio nos Estados Unidos e em junho no Brasil.

“O grande Gatsby” em 3D

O trailer de O grande Gatsby divulgado esta semana, dá um gostinho de como vai ser a nova adaptação do clássico de F. Scott Fitzgerald para o cinema. Com Leonardo Di Caprio no papel de Jay Gatsby e Carey Mulligan como Daisy Buchanan, o filme tem estreia mundial prevista para no dia 25 de dezembro em 3D. Já no Brasil, Gatsby em três dimensões promete estrear em 04 de janeiro. A julgar pelo trailer, a nova versão – diferente daquela que trazia Robert Redford como protagonista – vem em clima de Moulin Rouge, filme que tem a assinatura de Baz Luhrmann, o mesmo deste O grande Gatsby.

Vem aí “O Grande Gatsby” na Coleção L&PM Pocket

Todo mundo sabe que Paris é uma festa! Ernest Hemingway e os demais americanos que escolheram a capital francesa para morar que o digam. Agora, imagine você de férias na Cidade Luz, aproveitando a brisa inspiradora da noite parisiense, quando é abordado por um carro com pessoas que parecem ter vindo direto do passado. Um homem sai do carro, abre a porta e insiste para que você entre. Então você entende que, na verdade, o carro não está vindo, mas indo – e levando você junto! – direto para os anos 20, quando Paris foi palco da “Geração Perdida” e o cenário que inspirou grandes escritores a criar algumas da maiores obras da literatura universal.

Bom… até aí, nada de original, pois se você assistiu ao filme Meia-noite em Paris, de Woody Allen, deve ter reconhecido o enredo. Foi imerso nesta Paris, em meados do anos 1920, que F. Scott Fitzgerald escreveu O grande Gatsby, uma verdadeira obra-prima que vai chegar à Coleção L&PM Pocket ainda este mês. A capa do livro já está pronta e aí vai ela, em primeira mão pra vocês!

O Grande Gatsby foi lançado originalmente em 10 de abril de 1925 como uma crítica ao “Sonho Americano”. Fitzgerald usou como pano de fundo a prosperidade e o glamour dos milionários de Nova York que enriqueceram a partir da Lei Seca, através do crime organizado. O livro não virou sucesso na sua primeira edição e vendeu apenas 25 mil cópias nos 15 anos restantes de vida de seu autor. Foi só depois da morte de Fitzgerald que ele caiu nas graças dos leitores e virou bestseller, sendo adaptado para uma peça da Broadway e um filme de Hollywood (em 1974, com Robert Redford no papel principal).

Atualmente, o livro é considerado O Grande romance americano e está sendo refilmado com Leonardo Di Caprio no papel de Gatsby. Aguardaremos.