Senado aprova Vale-Cultura, que aguarda a sanção de Dilma

Folha de S. Paulo – 06/12/2012 – Por Gabriela Guerreiro, de Brasília

Benefício mensal de R$ 50 para compra de livros e ingressos para shows e peças já passou pela Câmara

Como já havia acordo entre o governo e a oposição, votação ocorreu em tempo recorde no plenário

O Senado aprovou ontem projeto que cria o Vale-Cultura, benefício mensal de R$ 50 para quem recebe até cinco salários mínimos (R$ 3.110) gastar em produtos culturais -como entradas para shows e peças e compra de livros. O auxílio funcionará como uma espécie de “vale-alimentação” e poderá ser usado em todo o território nacional.

O projeto agora segue para sanção da presidente Dilma Rousseff. Não houve mudanças, no Senado, em relação ao texto que passou pela Câmara em novembro. A votação ocorreu em tempo recorde no plenário, de forma simbólica (sem registro do voto no painel da Casa), depois de acordo fechado entre governo e oposição. A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) endossara o texto na manhã de ontem. Segundo o projeto, o prazo para gastar o benefício deverá ser definido posteriormente em regulamento.

O texto também estipula que o vale seja disponibilizado aos empregados preferencialmente em cartões magnéticos, confeccionados por empresas cadastradas no Ministério da Cultura. De autoria da deputada Manuela D’Ávila (PC do B-RS), o projeto determina que as empresas que decidirem oferecer o vale tenham direito a deduzir o valor despendido do Imposto de Renda até 2017, no limite de 1% do total devido.

A pedido do governo, a versão aprovada na Câmara excluiu os servidores públicos, aposentados e estagiários. Essa emenda na redação original poupa o Planalto do desgaste de vetar trecho da que previa o benefício para essas três categorias. O objetivo do governo era aprovar o projeto até o fim do ano. Havia uma preocupação do Planalto com as eleições presidenciais de 2014, quando Dilma deve concorrer à reeleição.

Projetos com renúncia fiscal só passam a valer no exercício seguinte. Ou seja, aprovado agora, o Vale-Cultura só vigoraria em 2013. Além disso, há que considerar um prazo de seis meses que o governo acredita ser necessário para efetivamente implementar o vale, que estaria a pleno vapor no ano eleitoral.

Amazon e Google Play agora no Brasil

A Amazon chegou ao Brasil. A gigante de Seattle abriu sua loja online na internet brasileira a partir das 00h20 desta quinta-feira e, em www.amazon.com.br, já é possível comprar Kindles e e-books.

Entre os livros digitais mais vendidos, está Um lugar na janela, mais recente lançamento de Martha Medeiros pela L&PM Editores.

"Um lugar na janela" já está entre os mais vendidos da Amazon

Os livros de Martha Medeiros também aparecem em um banner da Amazon dedicado aos autores brasileiros

A L&PM, que faz parte da DLD – Distribuidora de Livros Digitais – já está com todo o seu catálogo de livros digitais disponível na Amazon. São 464 títulos de todos os gêneros.

Um pouco antes da Amazon brasileira entrar no ar, outra gigante também deu a partida para a venda de e-books em território nacional. Às 00:05 da mesma quinta-feira, a Google Play, loja do Google, começou suas operações. E Um lugar na janela também está lá em destaque.

"Um lugar na janela" também em destaque na Google Play

Com as novas opções para vendas de livros digitais, somadas a Apple Store que também chegou há pouco tempo, a expectativa é que os e-books decolem no país. Só a L&PM, como já falamos, tem um amplo catálogo que não para de crescer.

Nós & Martha Medeiros: Bodas de Prata

Por Ivan Pinheiro Machado

Em 1985, Martha Medeiros foi até a L&PM levada por sua amiga Beth Perrenoud que, na época, era nossa assessora de imprensa. Beth me apresentou à jovem poeta que, recordo bem, estava envergonhadíssima. Ela deixou os seus poemas na editora, eu li, lembro que gostei muito, mas a L&PM na época estava com outros projetos e nós acabamos não publicando o seu livro de estreia. Tanto o livro era bom que foi imediatamente publicado com o título de “Strip-Tease” pelo editor Caio Graco, um dos mais importantes editores brasileiros que comandava a então poderosa Editora Brasiliense. Como os rios correm para o mar (como dizia o Millôr), nós fomos atrás e Martha, – que entre suas incontáveis qualidades está o fato de não ser orgulhosa – concordou em dar para a L&PM seu segundo livro de poemas. “Meia-noite e um quarto” saiu em 1987 com uma belíssima capa do Caulos e um belo texto de apresentação do Caio Fernando Abreu. Quatro anos depois, publicamos “Persona non grata”. Sabendo da admiração do Millôr pelos poemas de Martha – coisa muito rara, pois poeticamente falando, o Millôr era mega exigente –, mandamos os originais para ele pedindo que, caso gostasse, escrevesse a orelha do livro. Millôr não só escreveu a orelha, como postou o texto (como não se dizia naquela ápoca) na sua poderosíssima coluna no mais poderoso jornal do Brasil que era justamente o Jornal do Brasil. No texto ele falava sobre o novo livro, comparando com o primeiro: “Persona non grata repete a dose, nem melhor, nem pior, apenas excelente”. O livro seguinte, também de poesia, foi “De cara lavada”, com outro lindo texto do Caio Fernando Abreu na orelha. Depois veio “Topless” em 1997, o primeiro livro de crônicas publicado pela L&PM. E “Non-Stop”, “Trem-bala”, “Montanha-Russa”, “Coisas da vida”, o livro “Poesia reunida” que, como diz o título, reunia toda a poesia de Martha desde “Striptease”.  Em 2001, foram publicadas as poesias inéditas em “Cartas extraviadas”. 2008 foi a vez do livro de crônicas “Doidas e Santas” com o qual Martha conquistou o Brasil definitivamente e apareceu em todas as listas de bestsellers do país. Mas foi em 2011, com “Feliz por nada”, que ela chegou ao topo, ao número 1 de todas as listas, ultrapassando em menos de um ano o incrível número de 200 mil livros vendidos. Em outubro deste ano, lançamos seu livro de relatos de viagens “Um lugar na janela”, que já é um sucesso. Passaram-se 25 anos desde o belo “Meia noite e um quarto”. Estamos completando as bodas de prata cheios de planos. Um longo e feliz casamento, como não se encontram mais hoje em dia.

* * *

Para ler o que Caio Fernando Abreu e Millôr disseram sobre Martha nas orelhas dos livros, clique aqui.

 

O Natal de Agatha Christie

O Natal está quase batendo às nossas portas. E já entrando no clima, publicamos aqui o prefácio de A aventura do pudim de Natal, um dos títulos da Série Agatha Christie. No texto, a Rainha do Crime fala um pouco do livro e relembra os natais de sua infância. Vale a leitura (do livro inteiro, aliás):

Este livro de delícias natalinas pode ser descrito como “A escolha do chef”. E eu sou o chef! Há dois pratos principais, “A aventura do pudim de Natal” e “O mistério da arca espanhola”, uma seleção de entradas, “A extravagância de Greenshaw”, “O sonho” e “Poirot sempre espera”, e uma sobremesa, “Vinte e quatro melros”.

“O mistério da arca espanhola” é uma especialidade de Hercule Poirot. É um caso no qual ele considera ter dado o melhor de si! Miss Marple, por sua vez, sempre orgulhosa de sua perspicácia em “A extravagância de Greenshaw”.

“A aventura do pudim de Natal” é uma extravagância minha, já que ele me lembra, de modo muito prazeroso, os natais da minha juventude. Após o falecimento de meu pai, minha mãe e eu sempre passamos o Natal com a família de meu cunhado no Norte da Inglaterra – e que natais fascinantes eram aqueles para uma criança! Abney Hall tinha de tudo! O jardim exibia uma cachoeira, um riacho e um túnel por baixo do caminho de entrada!

As refeições tinham proporções gigantescas. Apesar de magrela e com a aparência delicada, eu era muito sadia e tinha uma fome de leão! Os meninos e eu costumávamos competir para saber quem comia mais na ceia de Natal. Não festejávamos muito a sopa de ostras e o peixe, mas então vinham o peru assado, o peru cozido e um enorme rosbife. Comíamos duas porções de cada! Depois havia o pudim de ameixa, as tortas de frutas, os pavês e todo tipo de sobremesa. Nunca ficávamos enjoados! Como era bom ter onze anos de idade e ser faminta!

Era um dia mágico, desde as meias penduradas na cama pela manhã, a igreja e as canções de Natal, a ceia, os presentes até, finalmente, o acender da árvore de Natal! Tenho profunda gratidão pelos gentis e hospitaleiros anfitriões que devem ter tido muito trabalho para fazer dos dias de Natal uma memória maravilhosa em minha velhice.

Portanto, dedico este livro à memória de Abney Hall – a sua gentileza e hospitalidade.

E feliz Natal para todos que lerem este livro.

Agatha Christie

A pequena Agatha Christie na época dos Natais aqui descritos por ela

Ricardo Freire indica o novo livro de Martha Medeiros

Ricardo Freire é um especialista em viagens. Ex-publicitário premiadíssimo, acabou largando a vida de agência para  escrever sobre lugares ao redor do mundo. Desde 2005, Freire dedica-se exclusivamente a textos relacionados a turismo e hoje é uma referência no assunto. Veja o que ele escreveu em seu blog “Viaje na Viagem” sobre o novo livro de Martha Medeiros, Um lugar na janela:

(…)

Já compre, li e devorei o livro, que é o segundo da Martha no tema viagens. Mas o anterior era um guia — de Santiago do Chile. Então esse é o primeiro de relatos (ou crônicas, ou memórias) de suas indas e vindas nos últimos 25 anos.

Não espere um livro recheado de dicas datadas como os últimos da Danuza (#prontofaleimermo): o que a Martha compartilha com generosidade e muita graça são suas experiências e sensações a cada viagem. Você vai rir muito da Martha mochileira que passou 45 dias na Europa hospedada em casas de amigos dos amigos que nem sabiam da sua existência até ela telefonar da estação ferroviária. E vai acompanhar sua trajetória de vida através das viagens, terminando com sua reconciliação com Nova York. É quase uma autobiografia, pípols.

Apenas dois capítulos não são de memórias. O último, “Meu jeito de viajar”, é uma compilação de dicas sensatíssimas para quem quer viajar melhor. E o primeiro, “Pré-embarque”, traz reflexões bacanas sobre o que é viajar. Adoro essa passagem:

“Se para você é um suplício abandonar seu sofá, seu carro, seu travesseiro e o Fantástico aos domingos, não viaje. Se você é do tipo que não consegue se maravilhar com o que está vendo porque está mais preocupado com os mosquitos, os remédios, as gorjetas, o fuso horário e em checar os e-mails do trabalho, não viaje. Se voê não faz idéia em que ponto do mapa fica o local para onde está indo, não tem a mínima curiosidae sobre a cultura do lugar, até desconhece o idioma falado, não viaje. Se você está fazendo as mala sob coação, pois sua mulher o ameaçou com o divórcio, faz bem em ter juízo, vá com ela. mas, fora algum outro caso assim extremo, não viaje. Não é obrigatório. Não assegura uma vaga no céu. Viajar é para quem tem espírito desbravador, mas se você não tem, não tem.”

Ah: falei que estou citado nesse capítulo? Honradíssimo.

 

As aventuras de Tom Sawyer

Por Fernanda Scherer*

Antes de conhecer Tom Sawyer na literatura, conheci James Sawyer no seriado Lost. O personagem andava pela misteriosa ilha sempre com um livro a tiracolo e eu me perguntava se o James era inspirado naquele Sawyer da literatura. Resolvi ler o livro para tirar essa dúvida.

As aventuras de Tom Sawyer (Coleção L&PM Pocket), de Mark Twain, é um grande clássico da literatura americana. Publicado originalmente em 1876 – sempre me impressiono com obras do século passado que ainda parecem recém lançadas -, o livro traz um garoto muito esperto, aprontando mil coisas. Li pensando na infância do meu pai e dos meus avôs. Uma infância em que, no final de semana, os garotos se reuniam para nadar no lago e a falta de brinquedos industrializados era compensada por uma grande imaginação. Um tempo em que um dente de leite valia o equivalente a um carrapato vivo (troca real feita na história entre Tom e seu fiel amigo Huck Finn).

Tom Sawyer é um garoto do tipo “moleque”, com direito a noites de brincadeira no cemitério e uma tentativa de virar pirata. Mas, ao mesmo tempo, um moleque de grande coração, que tem um imenso carinho pela família e que enfrenta uma super confusão para ajudar um homem inocente.

As aventuras de Tom Sawyer nos leva de volta à infância. Talvez não a nossa infância, mas a infância simples e divertida de Tom.

Se James Sawyer, de Lost, foi inspirado no Tom? Os roteiristas nunca confirmaram a informação. Mas Tom Sawyer, com certeza, já serviu de inspiração para muitos outros livros, filmes e músicas.

Curiosidades sobre Tom Sawyer:

  • Tom Sawyer serviu de inspiração para músicas homônimas das bandas RushMindless Self Indulgence.
  • A personagem e o livro também são citados nos filmes Minority Report – A Nova Lei (pelo ator Tom Cruise), A Felicidade não se compra (pelo ator James Stewart) e A Liga Extraordinária (pelo ator Shane West).
  • Serviu de inspiração para a série de TV americana CHUCK, episódio “Chuck contra Tom Sawyer”, onde Tom Sawyer é um código secreto para desarmar uma bomba. No mesmo seriado, Tom Sawyer já foi um técnico de vídeo-game e criador de um míssil que poderia iniciar a Terceira Guerra Mundial.
  • Considerado vilão em Os Padrinhos Mágicos no episódio “Vida Na Estante”.
  • O protagonista do livro A Misteriosa Chama da Rainha Loana, de Umberto Eco, cita Tom Sawyer em uma de suas passagens.
  • Citado no filme Alice Upside Down, a professora Plotkins lê o livro para a turma de Alice e no final do filme dá o mesmo livro de presente a ela
  • Também citado no desenho Phineas e Ferb pelo Dr. Heinz Doofenshmirtz quando ele ouvia um CD falando a respeito de Tom Sawyer.
  • Citado no conto A Canoa, do escritor Luke T. Bergeron. Ele cria um verbo e usa no passado, Tom Sawyered.
  • Em Dogville, o livro que Thomas Edison (pai) está lendo é “The Adventures of Tom Sawyer”.
  • É citado no último episódio da 12º temporada de Os Simpsons, “Contos da Carochinha”. Na história, Tom, interpretado por Nelson Muntz foge de um casamento arranjado.
  • Em Feiticeiros de Waverly Place, Max mente para sua namorada que seu nome é Tom Sawyer, e mais referências são citadas no episódio.

No Missouri (EUA) há um monumento com as estátuas de Tom Sawyer e seu amigo Huck Finn

* Toda semana, a Série “Relembrando um grande livro” traz um texto assinado em que grandes livros são (re)lembrados. Livros imperdíveis e inesquecíveis.

Essas cartas vão fazer você chorar

É como entrar numa máquina do tempo, como remexer em gavetas alheias, como ser um voyeur olhando por cima do ombro de quem escreve em silêncio. Ler “As cartas” que Jack Kerouac e Allen Ginsberg trocaram ao longo de 25 anos é descobrir os detalhes, invadir as emoções, compartilhar os medos, inseguranças, as euforias. É, ainda, acompanhar o desbrochar de escritores, a ascenção de um movimento literário, o nascimento de seus livros, a intimidade de dois amigos com muito em comum. Allen assina sempre Allen. Já Jack, além de Jack, é Jean, Jean-Louis, Ti-Jean ou simplesmente J. São 500 páginas de pura descoberta. É como escreveu Lawrence Ferlinghetti em uma carta datada de 25 de maio de 1961: “Um dia, as cartas de Allen Ginsberg para Jack Kerouac vão fazer a América chorar. As minhas lágrimas já começaram a rolar. (Paula Taitelbaum)

Caro Allen: (22 de setembro de 60)

Sim, acabo de retornar, grande voo no Ambassador da TWA, dedutível do imposto de renda, com vinho, champanhe, filé mignon e a esposa do embaixador chinês em Taipei na minha frente etc. Nova York parece pequena e grosseira depois da anárquica, louca e espontânea Frisco. Encontrei-me com todo mundo. Neal está mais fantástico do que nunca, muito mais doce, está bonitão, saudável. Caminha até o trabalho em Los Gatos na recauchutadora de pneus – gostaria de fazer o papel de Dean no filme On the Road, qualquer coisa é melhor do que recauchutar. (…) Enquanto isso, em Big Sur, sentei perto do mar todos os dias, algumas vezes numa assustadora e trovejante nebulosa escuridão de escarpas e ondas enormes, e escrevi Mar, primeira parte, MAR: o Oceano Pacífico em Big Sur na Califórnia. Tudo som de ondas, como James Joyce faria. Escrevi quase tudo de olhos fechados, como um Homero cego. Li para a turma à luz de uma lamparina a óleo. McClure etc. Neal etc. todos ouviram mas é como Old Angel, só mais ondas que batem e rebatem plop kerplosh, o mar não fala em sentenças, mas vem em pedacinhos assim:

Não há palavra humana
para tristezas mais antigas
que velha essa onda
quebrando aflige a
areia com o ploch
da ideia renosa
torcida – Ah mudar
o mundo? Ah cobrar
o preço? São corda os
anjos pelo mar?
Ah lontra cordosa
coberta de cracas –

(…)

Jean

Uma das cartas que estão no livro que tem edição de Bill Morgan e David Stanford

Um lugar entre amigos

No lançamento de Um lugar na janela que aconteceu na quinta-feira passada, 29 de novembro, na Livraria da Travessa de Ipanema, no Rio, Martha Medeiros recebeu muitos amigos, entre eles, Malu Mader:

As fotos aqui publicadas são do Canal Viva, da Rede Globo, que foi ao local gravar uma entrevista com Martha. O ator Emilio Orciollo Neto também passou por lá. Emilio está em cartaz com a peça “Também queria te dizer”, baseada em textos de Martha. 

A dança das cadeiras de Van Gogh

Agende-se: vai estrear no Rio de Janeiro um espetáculo de dança contemporânea inspirado em Van Gogh dentro da programação do “Dulcina em cena”. Corvos e girassois é estrelado pelos dançarinos Renata Reinjeimer e vai ser apresentado no Teatro Dulcina sempre às quintas-feiras. Segundo a produção, este espetáculo é “uma verdadeira celebração a Van Gogh e busca refletir os tacos firmes e ondulados do artista holandês, remetendo a plateia à atmosfera visceral de suas pinturas”.

Entre os objetos cênicos estão girassois, botas e cadeiras, elementos presentes na arte de Van Gogh. Buscando interação com a plateia e uma troca de sensações sobre o universo do pintor, cinco espectadores serão convidados, a cada sessão, a assistir à apresentação sentados em cadeiras instaladas sobre o palco.

SERVIÇO

Corvos e Girassois

Companhia de dança Marcio Cunha

De 6 a 20 de dezembro

Sempre às quintas-feiras às 19h

Teatro Dulcina na Cinelândia

Van Gogh é um dos nomes da Série Biografias L&PM.

Sucesso de Martha Medeiros no Rio de Janeiro

Quando a Martha Medeiros lança um novo livro, milhares de fãs correm até as livrarias para garantir um exemplar. E ontem, na Livraria da Travessa de Ipanema, no Rio, acabamos conhecendo um pouco mais desses fãs. E de suas histórias. O tamanho da fila da sessão de lançamento de Um lugar na janela começou cedo, indicando que seria uma bela – e longa – noite. A primeira fã chegou na livraria às 16h e, três horas depois, ganhou o carinho da Martha e um autógrafo no livro. Nervosa, esqueceu de tirar uma foto e teve que pedir licença para voltar à fila. Logo em seguida, uma família de fãs: Fabio, Marise e a filha Lívia. Para não dar briga em casa, levaram logo dois exemplares. Um senhor veio reforçar o pedido de casamento para a Martha – mas só para a próxima “reencarnação”, pois nessa ele acha que já passou um pouco da idade. E o seu Rubens conseguiu garantir a assinatura da Martha nesse contrato de casamento. Muita gente deu uma de Papai Noel e levou livros para a família toda. Todos assinados pela escritora com o nome de quem será presenteado. A maioria declarou seu livro preferido. Sua crônica preferida. Foi uma noite de confissões de fãs fiéis e apaixonados que dividiram suas histórias com Martha e com seus novos “amigos de fila”. Uma noite para ser lembrada, de muitos autógrafos, abraços e fotos que se estandeu até quase 23h. Uma bela troca de carinho entre Martha e seus leitores. (Fernanda Scherer)

A fila para pegar um autógrafo de Martha Medeiros atravessava a Livraria da Travessa de Ipanema

Família unida para garantir o seu “Lugar na janela”
Seu Rubens conseguiu a assinatura de Martha no “Contrato de casamento para a próxima reencarnação”
A escritora e atriz Elisa Lucinda também estava lá

Amanhã tem mais: sábado, 1 de dezembro, Martha Medeiros autografa Um lugar na janela em São Paulo, às 11h da manhã na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.