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Comissão Nacional da Verdade se reúne hoje em Porto Alegre

A Comissão Nacional da Verdade (CNV), em parceria com a comissão do Rio Grande do Sul, realiza sua primeira audiência pública hoje à tarde em Porto Alegre. Além de trazer a público informações sobre a onda de repressão desencadeada na capital gaúcha entre 1970 e 1973, com deslocamento de agentes de outras partes do país para Porto Alegre, a Comissão vai debater as ações da Operação Condor, sistema de colaboração entre os regimes ditatoriais do Brasil, Chile, Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai.

Pela manhã, a CNV colherá pela manhã relatos e documentos sobre graves violações de Direitos Humanos, incluindo relatos de pessoas presas e torturadas no Estado no início dos anos 70. À tarde, a CNV debaterá o caso do ex-presidente João Goulart e a Operação Condor. Representarão a CNV em Porto Alegre o coordenador da Comissão, Paulo Sérgio Pinheiro, além das integrantes da comissão Maria Rita Kehl e Rosa Cardoso. A Comissão Estadual estará representada pelo coordenador Carlos Guazzelli e pelos demais integrantes.

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A L&PM Editores publica Operação Condor: o seqüestro dos uruguaios”, um dos relatos mais completos do seqüestro do casal Lilian Celiberti e Universindo Díaz em 1978, em uma das ações dos órgãos de repressão do Uruguai e do Brasil.

O autor do livro e consultor da CNV, o jornalista Luiz Cláudio Cunha, participa da audiência, que também conta com a presença de Lilian Celiberti.

Kill all Enemies, de Melvin Burgess, entre os finalistas do UKLA Children’s Book Award

Semana passada foi anunciada a lista dos finalistas do “UKLA Children’s Book Award 2013”. Um importante prêmio promovido pela UKLA, instituição do Reino Unido que, desde 1963, trabalha com o objetivo de promover avanços na educação e alfabetização. Kill all Enemies, livro de Melvin Burgess que acaba de ser lançado pela L&PM Editores, está entre os seis finalistas da categoria “livros para adolescentes entre 12 e 16 anos”. A lista do Book Awards UKLA é considerada um dos mais confiáveis indicadores de melhores livros do ano para serem usados em sala de aula.

No site da UKLA há o depoimento da professora Brenda Heathcote, da Manor High School, de Leicester, sobre o motivo que levou Kill all Enemies a ser um dos finalistas: “Alguns jovens têm vidas muito difíceis não por culpa própria. A história de Kill all Enemies, de Melvin Burgess, segue três adolescentes: Billie, Rob e Chris, por alguns momentos dramáticos e emocionantes de suas vidas. Momentos de proteger o irmão mais novo no ponto de ônibus, de ser trancada no quarto para terminar a lição de casa, de ser rejeitado por aqueles que você ama… Este livro faz você ir com os personagens enquanto eles tentam levar suas vidas. É um livro poderoso, que não passa despercebido e faz com que as histórias permaneçam com você depois.”

Apesar de estar na categoria 12 a 16 anos, Kill all Enemies é um livro que vai envolver e emocionar todos os que já foram adolescentes ou que lidam com eles. Uma leitura imperdível para os que tem 15, 20, 45 ou 70 anos.

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As irmãs Fokkens, mais velhas prostitutas de Amsterdã, anunciam aposentadoria

O bairro da Luz Vermelha na capital holandesa (aquele em que as meninas ficam nas vitrines) acaba de perder suas mais antigas – e ilustres – representantes. É que as gêmeas idênticas Louise e Martine Fokkens, de 70 anos, acabam de anunciar que já não estão mais no batente.

Juntas, as duas somam cem anos de experiência na alcova, trabalhando como prostitutas. Período em que elas juram ter feito sexo com 355 mil homens.

Louise, que tem quatro filhos, sofre de artrite e, segundo ela, a doença torna algumas posições sexuais impraticáveis. Já Martine admite que, nos últimos anos, tem sido muito difícil atrair clientes. A exceção, contou a holandesa que tem três filhos, é um senhor que gosta de sessões semanais de sadomasoquismo. “Não pude desistir dele. Era como se ele viesse para uma missa de domingo”, contou a recém-aposentada, em reportagem ao jornal britânico “Sun”.

As gêmeas também afirmaram que estão se aposentado porque os tempos já não são os mesmos e sentem falta dos anos dourados da prostituição em Amsterdã.

Quem quiser mais detalhes sobre a vida das irmãs Fokkens, não perde por esperar. Em outubro, a L&PM Editores vai publicar o livro que conta as memórias delas, desde que tudo começou quando Louise – a primeira a cair na vida – tinha 17 anos. O livro, que originalmente tem o impronunciável título de Ouwehoeren (e em inglês ganhou o nome de Meet the Fokkens) foi o maior sucesso editorial da Holanda em 2012.

As gêmeas Fokkens, que ficaram ainda mais famosas depois da publicação de seu livro de memórias

As gêmeas Fokkens, que ficaram ainda mais famosas depois da publicação de seu livro de memórias

As irmãs nos áureos tempos

As irmãs nos áureos tempos

 

Millôr Fernandes e a arte de traduzir

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Com a experiência que tenho, hoje, em vários ramos de atividade cultural, considero a tradução a mais difícil das empreitadas intelectuais. É mais difícil mesmo do que criar originais, embora, claro, não tão importante. E tanto isso é verdade que, no que me diz respeito, continuo a achar aceitáveis alguns contos e outros trabalhos meus de vinte anos atrás; mas não teria coragem de assinar nenhuma das minhas traduções da mesma época. Só hoje sou, do ponto de vista cultural e profissional, suficientemente amadurecido para traduzir. As traduções quase sem exceção (e não falo só do Brasil), têm tanto a ver com o original quanto uma filha tem a ver com o pai ou um filho a ver com a mãe. Lembram, no todo, de onde saíram, mas, pra começo de conversa, adquirem como que um outro sexo. No Brasil, especialmente (o problema econômico é básico), entre o ir e o vir da tradução perde-se o humor, a graça, o talento, a poesia, o pensamento, e, mais que tudo, o estilo do autor.

Fica dito – não se pode traduzir sem ter uma filosofia a respeito do assunto. Não se pode traduzir sem ter o mais absoluto respeito pelo original e, paradoxalmente, sem o atrevimento ocasional de desrespeitar a letra do original exatamente para lhe captar melhor o espírito. Não se pode traduzir sem o mais amplo conhecimento da língua traduzida mas, acima de tudo, sem o fácil domínio da língua para a qual se traduz. Não se pode traduzir sem cultura e, também, contraditoriamente, não se pode traduzir quando se é um erudito, profissional utilíssimo pelas informações que nos presta – o que seria de nós sem os eruditos em Shakespeare? – mas cuja tendência fatal é empalhar a borboleta. Não se pode traduzir sem intuição. Não se pode traduzir sem ser escritor, com estilo próprio, originalidade sua, senso profissional. Não se pode traduzir sem dignidade.

(Millôr Fernandes – De uma entrevista para a Revista Senhor – 1962)

O catálogo L&PM possui várias obras traduzidas por Millôr Fernandes: O jardim das cerejeiras, seguido de Tio Vânia, de Tchékhov; Pigmaleão, de George Bernard Shaw; Fedra, de Racine; Lisístrata – A greve do sexo, de Aristófanes; quatro peças de Shakespeare: Hamlet, O rei Lear, A megera domada, As alegres matronas de Windsor e duas de Moliére: Don Juan e As eruditas.

Colunista do blog da Revista Capricho resenha “Kill all Enemies”

Kill all Enemies chega amanhã às livrarias de São Paulo e, a partir de então, começará a ser distribuido para todo o Brasil. Nesta quinta-feira, 14 de março às 19h, Melvin Burgess autografa seu livro na Livraria da Vila Lorena. Mas mesmo antes de ser lançado, Kill all Enemies já vem despertando elogios de jornalistas e blogueiros que receberam o chamado “copião”. A colunista e repórter da Revista Caprinho, Giovanna Ferrarezi, parece ter gostado de verdade do livro. Veja o vídeo em que ela comenta Kill all Enemies:

O livro, claro, já está prontinho. Veja aqui a capa:

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Giovanna dá mais detalhes no seu blog, o Radioactive Unicorns, clique aqui e vá lá conferir.

“O grande Gatsby” vai abrir o Festival de Cannes 2013

É oficial: o filme “O grande Gatsby”, do diretor Baz Luhrmann, baseado na obra homônima de F. Scott Fitzgerald, é o escolhido para a abrir o Festival de Cannes 2013. Ele será exibido fora da mostra competitiva, no dia 15 de maio, no Teatro Lumière.

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O longa tem no elenco Leonardo Di Caprio no papel do magnata Jay Gatsby e Carey Mulligan como Daisy. Outros nomes compõem o time de estrelas, como Tobey Maguire, Joel Edgerton, Amitabh Bachchan e o rapper americano Jay-Z.

Assista ao trailer:

A cidade em que nasceu Jack Kerouac

Estranha e sombria Lowell

Jack Kerouac nasce em 12 de março de 1922 em Lowell, pequena cidade de Massachusetts a 45 quilômetros ao norte de Boston, onde as indústrias têxteis e de calçados estão bem implantadas. O nome dela vem do empresário industrial Francis Cabot Lowell, que desenvolveu suas manufaturas nessa área, construiu o dique de Pawtucket e mandou cavar um canal a fim de utilizar as águas revoltas do Merrimack. A cidade, que conheceu seu apogeu na segunda metade do século XIX e no começo do XX, expandiu-se em função das estratégias das empresas sucessivas, englobando vilarejo após vilarejo e acolhendo diversas vagas de imigração de operários de origem anglo-saxã de partida para Boston que se consideravam mal pagos. E assim se instalaram em Lowell franco-canadenses, irlandeses, gregos, poloneses, portugueses. Havia até cristãos da igreja siríaca. (…) Em 12 de março, o inverno continental não terminou. O Merrimack arrasta ainda alguns blocos de gelo e o céu é baixo, úmido e ventoso. É no número 9 da Lipine Road que Jack Kerouac vem ao mundo. A rua, calma, pertence a Centralville. A casa, de madeira, é simples, à imagem das que podem ser almejadas pelos operários qualificados e a pequena burguesia. Duas crianças, sabe-se, o precederam naquele lar: Gerard e Carolyn (Nin). O pai possui então sua gráfica, a Spotlight Print, onde ele trabalha frequentemente só e emprega algumas vezes um ou dois assistentes. Gabrielle, a mãe, aplainadora de couro em uma fábrica de sapatos, alterna períodos de permanência no lar e na fábrica. O meio familiar é descrito como caloroso, atento às crianças e banhado na tradição católica, não sem propensão carola. Leo, conhecido por sua exuberância e afirmador de seu livre-pensamento – para ele, a religião é fraude -, estabelece com a religiosidade uma certa distância. (Trecho de Kerouac, de Yves Buin, Série Biografias L&PM)

Jack nasceu Jean-Louis e, em casa, era chamado de Ti-Jean, apelido, aliás, com o qual ele assina várias das cartas que trocou com seu amigo Allen Ginsberg e que estão no livro Jack Kerouac & Allen Ginsberg: as cartas.

A família Kerouac reunida: os pais Leo e Gabrielle e os filhos Gerard, Carolyn e o caçula Jean-Louis (Jack)

A família Kerouac reunida: os pais Leo e Gabrielle e os filhos Gerard, Carolyn e o caçula Jean-Louis (Jack) – Clique na imagem para ampliar

A casa em que Jack Kerouac nasceu ainda está lá, em Lowell (nesta foto com uma placa de "Aluga-se) - clique na imagem para ampliar

A casa em que Jack Kerouac nasceu ainda está lá, em Lowell (nesta foto com uma placa de “Aluga-se”) – Clique na imagem para ampliar

 

O primeiro still do novo filme de Woody Allen

Saiu a primeira imagem oficial do novo filme de Woody Allen, Blue Jasmine, em que as duas protagonistas aparecem com expressões opostas e bem marcadas: Cate Blanchett em primeiro plano com um semblante um pouco tenso e infeliz e Sally Hawkins aparece mais ao fundo numa pose mais descontraída.

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Blue Jasmine tem estreia prevista para 28 de junho.

Mais cartazes do filme “O grande Gatsby”

No ano passado, a produção do filme O grande Gatsby, baseado no clássico homônimo de F. Scott Fitzgerald, divulgou quatro cartazes para divulgação do longa, cada um com um dos atores do núcleo principal da história, mas manteve o suspense sobre os cartazes com Leonardo Di Caprio, que vive Jay Gatsby, e Carey Mulligan que interpreta a belíssima Daisy. Agora, a coleção de posters está completa:

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Além dos cartazes individuais, o filme já tem um poster oficial com todos eles juntos:

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O grande Gatsby tem a direção de Baz Luhrmann, o mesmo diretor de Romeu e Julieta e Moulin Rouge, e estreia em maio nos Estados Unidos e em junho no Brasil.