Arquivo mensais:agosto 2012

Cate Blanchett no próximo filme de Woody Allen

Woody Allen está com 76 anos, mas segue cheio de energia e disposição para rodar um novo filme a cada ano. O diretor já está trabalhando em um novo projeto para 2013 – ainda sem título – que traz Cate Blanchett, Alec Baldwin, Sally Hawkins, Peter Sarsgaard e o comediante Andrew Dice Clay no elenco. O 40º filme dirigido por Woody Allen está sendo rodado em San Francisco e depois segue para Nova York, marcando o retorno diretor aos EUA, depois de filmar em Paris e Roma.

No dia 10 de agosto, uma multidão se aglomerou na Avenida Grant, em San Francisco, para acompanhar a filmagem de uma pequena cena deste novo trabalho. Lá estava Woody Allen, Cate Blanchett, Peter Sarsgaard e mais uma equipe enorme pronta para preparar a locação. Allen manteve-se alheio às pessoas que fotografavam e gritavam por ele, enquanto filmava uma cena em que Cate e Peter saem de um carro, atravessam a rua e param para conversar em frente a uma joalheria.

Só o que foi divulgado sobre o roteiro é que ele conta a história de uma mulher rica (Cate Blanchett) que, imersa em problemas financeiros, muda-se de Nova York para San Francisco. Woody Allen não filmava na Califórnia desde 1972, quando rodou “Play It Again, Sam”.

Cate Blanchett está no novo filme de Woody Allen, ainda sem nome, que estreia em 2013 / Foto: Paul Chinn, The Chronicle / SF

Com o chapéu de sempre, Allen conversa com uma assistente sob olhares dos sortudos de San Francisco - Foto: Paul Chinn, The Chronicle / SF

De Woody Allen, a L&PM publica Sem plumas, Adultérios, Cuca fundida e Que loucura!

O prazer de traduzir Maigret

Desde 1986, Paulo Neves dedica-se à tradução. Para a L&PM, já traduziu, entre outros, Sartre, Balzac, Stendhal, Rousseau e muitas histórias de Simenon vividas pelo famoso comissário Jules Maigret. No momento que acaba de entregar mais um Simenon inédito no Brasil, Uma confidência de Maigret (que ele considera um dos melhores que já traduziu), Paulo nos falou sobre Maigret, processo de tradução e sua carreira como escritor e poeta. Vale a pena ler essa entrevista e descobrir o que pensa e sente o responsável por fazer com que os livros de Simenon – e de tantos outros autores – sejam lidos em português. Aliás, em bom português.

L&PM: Você acaba de traduzir o seu 16º Maigret. Qual é a sua relação com as histórias do famoso comissário criado por Georges Simenon?

Paulo Neves: Desde que traduzi o primeiro em 2006, curiosamente Memórias de Maigret, passei a ter uma relação muito íntima com esse personagem. Não só porque gosto do gênero policial, das investigações de um Dupin, de um Sherlock Holmes, de um Hercule Poirot. O caso de Maigret é diferente: para ele importa menos decifrar do que compreender o crime, com todas as suas implicações sociais e psicológicas. Sua maneira de investigar, ao mesmo tempo metódica e compassiva, suas dúvidas, a consciência de suas limitações e a honestidade consigo mesmo, contêm algo de uma ética estoica. Simenon não muda muito o quadro de suas histórias: os lugares e os crimes se repetem, ele insiste nos hábitos, nos cachimbos de Maigret, mas isso de modo algum cansa o leitor, que aos poucos vai se impregnando do sentido mais profundo dessa rotina. Foi o que descobri também como tradutor, confrontado à linguagem despojada e aos diálogos curtos que Simenon utiliza para que as coisas fiquem, mais do que entendidas, subentendidas. Isso requer muita precisão narrativa.

Há outro aspecto que me atrai particularmente nas histórias de Maigret. São as paisagens apenas entrevistas de Paris, por ligeiras pinceladas impressionistas que mostram as ruas, as árvores, o céu, as mudanças de estação do ano, a vida miúda da cidade. Estive lá uma única vez, exatamente há quarenta anos, muito antes de sonhar que seria tradutor e que passaria a habitá-la em imaginação através de vários autores franceses traduzidos, como Balzac, por exemplo. Mas Simenon tem sido meu guia favorito, talvez porque reencontro, nas suas descrições breves, aquela impressão vaga da minha memória distante, como o vestígio de um sonho. Para quem lê ou para quem traduz, a imaginação é mais importante do que a presença real. Pode ser que algum dia eu retorne a Paris, mas nunca deixei de vê-la através dos olhos de Maigret.

L&PM: Na sua opinião, quais são os melhores Maigret de Simenon?

PN: Difícil responder, porque não lembro detalhes de todos que traduzi. Citei antes Memórias de Maigret, que é interessante pela reconstituição dos começos de sua carreira. Outros, como A louca de Maigret, Maigret e o ministro, Maigret em Vichy, me agradaram pela trama ou pelos personagens que contracenam. Mas vou destacar o último que traduzi, Uma confidência de Maigret, porque condensa o drama desse personagem que, encarregado de investigar, gostaria às vezes de suspender o julgamento (ou, como ele diz, de ter escolhido outra profissão). Um crime é cometido e a imprensa, o público, os juízes não têm dúvidas sobre o culpado que, no entanto, se declara inocente. Maigret não tem provas suficientes para incriminá-lo e tenta em vão aprofundar uma investigação. O que ele relata é sua impotência diante da pressa com que a sociedade busca encontrar culpados ou explicações para tudo o que acontece, quando às vezes é preciso esperar longamente. É uma história quase filosófica pela amplitude de suas reflexões. Mas esse é um ponto de vista pessoal, da minha predileção.  O leitor encontrará aspectos da mesma filosofia do cotidiano em todas as histórias de Maigret.

L&PM: Além de Simenon, você já traduziu, para a L&PM, clássicos da literatura e títulos das coleções Biografias e Encyclopaedia. Existe alguma preferência, na tradução, por determinado gênero literário?

PN: Já traduzi para a L&PM clássicos da literatura como O vermelho e o negro de Stendhal, clássicos da filosofia como Discurso do método de Descartes, biografias de artistas como Van Gogh ou estudos sobre o economista Keynes, por exemplo, para a Coleção Encyclopaedia, e quase sempre foi com gosto que traduzi. Posso dizer que não tenho uma preferência por gênero literário, contanto que o livro seja bem escrito e que o assunto me interesse. Claro que existem diferenças ao traduzir: um livro de ficção ou mesmo de filosofia dão muito mais trabalho e requerem uma atenção redobrada na escrita. Mas sempre tive um interesse amplo e diversificado em minhas leituras. Gosto de quase tudo e gosto principalmente de variar minhas traduções. Com exceção talvez do Maigret, que se tornou ao mesmo tempo um prazer e uma fatalidade, pois nele reconheço, de certo modo, uma imagem transposta da minha condição de tradutor.

L&PM: Qual é a sua trajetória profissional? Quando começou a traduzir? E quais seriam, a seu ver, as características necessárias a um bom tradutor?

PN: Comecei a trabalhar como jornalista em São Paulo, onde morei de 1967 a 1981. Foram diversas experiências em agência de notícias, rádio, jornal, TV, até mesmo no setor de jornalismo empresarial. Mas eu não tinha diploma, que naquela época não era exigido, e, quando voltei a viver em Porto Alegre, tive dificuldade de arranjar emprego. Foi essa circunstância que me levou a procurar traduções, já que eu tinha um conhecimento razoável do francês e do inglês. E foi justamente a L&PM que me ofereceu o primeiro trabalho, Pés nus sobre a terra sagrada, um belo livro de um antropólogo que recolhe a palavra dos índios norte-americanos.  Daí por diante as encomendas foram se sucedendo e me tornei um tradutor de tempo integral, me especializando cada vez mais no francês. Isso modificou meu modo de vida, porque o tradutor, como todos sabem, é um trabalhador solitário, hoje terceirizado. Por outro lado, fui compelido a acompanhar o processo de mudança dos instrumentos de escrita, da máquina de escrever dos anos 1980 até chegar na Internet, quando o que mais aprecio ainda é escrever com papel e lápis. Muitas vezes me perguntei como pude resistir tanto tempo nessa condição de enclausuramento forçado diante da tela. A única explicação que encontro é que eu possuía, sem saber, certas características psicológicas indispensáveis para esse tipo de trabalho, como ser paciente, metódico e inventivo quando necessário. Características que talvez se possa generalizar a todo bom tradutor e que reconheço, mais uma vez, em Maigret.

L&PM: Além de tradutor, você também é poeta. Continua escrevendo?

PN: Sempre gostei de escrever, mas nunca tive um projeto de ser escritor. Cheguei a redigir um texto, a partir de uma pesquisa da Funarte sobre “Arte e técnica”, que acabou sendo publicado por uma pequena editora de São Paulo em 1985, intitulado Mixagem, o ouvido musical do Brasil. Mas foi só depois que comecei a traduzir que a escrita pessoal se tornou de fato, talvez por necessidade de um contrapeso interno, um exercício diário e sistemático, nas horas que me restavam à noite após o trabalho diurno. Em 2006 saiu pela Companhia das Letras um livro, Viagem, espera, no qual reúno poemas e textos em prosa escritos ao longo de vários anos. Posteriormente, mantive durante um ano e meio um blog (www.nolimiar.wordpress.com) que também resultou num livro, No limiar, ainda virtual, não publicado em papel. Acho que a escrita independe do seu meio de difusão, embora o livro seja o modo melhor de guardá-la. Mas para mim ela é antes, ou passou a ser, uma necessidade vital, um exercício sem finalidade como a poesia. Continuo escrevendo, portanto, mas em trânsito, intransitivamente.

Clique aqui e conheça mais títulos traduzidos por Paulo Neves na L&PM Editores.

Guerra e Paz em quadrinhos

Por Goida*  

Em 1957, a Editora Globo (a do Rio Grande do Sul) publicou na Biblioteca dos Séculos, Guerra e Paz, de Leon Tolstói. A obra, completa, tinha mais de 1.200 páginas. Já pensaram adaptar um romance assim para as histórias em quadrinhos?

Coleciono HQs, de forma intensa, desde 1958. Nunca, nesses anos todos, vi ou ouvi falar de Guerra e Paz no formato de quadrinhos. Qualquer roteirista, mesmo com experiência e capacidade, deve ter sonhado com essa aventura louca. Na hora H, porém, desistiram.

Recentemente encontrei em Montevidéu uma raridade: El Extranjero, de Albert Camus, editado em quadrinhos pela Coleção Novela Gráfica, da Ediciones La Flor (Buenos Aires). Meu espanto só foi maior quando, na semana passada, me chegou às mãos o Guerra e Paz de Tolstói, como parte da Série Clássicos da Literatura em Quadrinhos, da L&PM Editores, com o apoio da UNESCO.

Em 96 páginas, Frédéric Brémaud (roteirista) e Thomas Campi (ilustrador) conseguiram sintetizar de forma magnífica as andanças de Natacha, Pedro Bezukov e o príncipe André na Rússia (e Europa) que se agitava nas guerras napoleônicas. A HQ cobre o período entre 1805 (principalmente a Batalha de Austerlitz) até 1812, a trágica retirada dos franceses, culminando com a mortandade dos mesmos na travessia do Berezina. O álbum ainda tem mais de 18 páginas, focalizando o autor (Tolstói), sua época e sua obra.

Temos certeza de que os adolescentes – e também os adultos – que lerem Guerra e Paz em HQ vão se deliciar com esse universo gigantesco, que poucos ainda têm a força de percorrer na versão original literária.

*Goida (Hiron Goidanich) é jornalista e pesquisador, autor de Enciclopédia dos Quadrinhos.

Assista ao vídeo feito pela L&PM WebTV para promoção de Guerra e Paz em quadrinhos:

Além de Guerra e Paz, a Série Literatura em Quadrinhos já possui os títulos A volta ao mundo em 80 dias, A ilha do tesouro, Dom Quixote, Um conto de Natal, Odisseia, Robinson Crusoé e Viagem ao centro da Terra. Os próximos a serem lançados são Os miseráveis, de Victor Hugo,  e As mil e uma noites.

Um tiro no coração de Vargas

Em 24 de agosto de 1954, Getúlio Vargas saiu da vida e entrou definitivamente para a história. O presidente mais lembrado (e por muitos mais amado) do Brasil deu um tiro no próprio coração. Em 1964, quando completou dez anos de seu suicídio, o já reconhecido jornalista Hélio Silva deu início à publicação de “O Ciclo de Vargas”, um conjunto de 16 volumes que somam quase sete mil páginas que começa com 1889: A República não esperou o amanhecer e vai até 1964: Golpe ou contragolpe. Escritos em colaboração com a historiadora Maria Cecília Ribas Carneiro, essa monumental série traz os personagens, fatos, registros oficiais, depoimentos,  documentos (muitos deles descobertos e trazidos à luz por Hélio Silva), narrados de forma impecável e atraente.

Entre 2004 e 2005, a L&PM reeditou quatro dos títulos de “O Ciclo de Vargas”: 1889: A República não esperou o amanhecer; 1922: Sangue na areia de Copacabana; 1926: A grande marcha e 1954: Um tiro no coração (publicado atualmente em pocket). Na década de oitenta, já havia saído 1964: Golpe ou contragolpe, outro livro da série. E publicar todos eles na Coleção L&PM Pocket, está nos planos da editora.

As medalhas têm duas faces. É comum que em uma delas figure o desenho de uma máquina, o símbolo da realização. A outra estampa a efígie de quem se pretende homenagear, Vargas teve sua efígie profusamente reproduzida em retratos, painéis, medalhões, notas de dinheiro, moeda. Se pretendessem cunhar uma medalha, depois de 24 de agosto, em um dos lados figuraria um poço de petróleo, um forno siderúrgico, a Eletrobrás, um símbolo da política de desenvolvimento, que marca a passagem de Vargas na direção dos negócios públicos do Brasil. Na outra, deveria ficar uma recordação do combate que sofreu, dos obstáculos que enfrentou, da campanha de silêncio do que fazia de bom, para lhe atribuírem todos os crimes de todos os criminosos, e essa imagem poderia ser a última que o povo teve de sua presença física, tombado no leito de morte, com uma bala ferindo o coração. (De 1954: Um tiro no coração, de Hélio Silva)

Hélio Silva foi um homem singular. Antes de se dedicar ao jornalismo, foi um urologista respeitado no Rio de Janeiro. Testemunha ocular da Era Vargas, em 1949, a convite de Carlos Lacerda, assumiu o cargo de redator-chefe da Tribuna da Imprensa. E foi justamente no jornal de Lacerda que ele começou a publicar suas pesquisas de história contemporânea. Era uma homem extremamente católico, modesto, suave e generoso. E um grande trabalhador. Em 1990, resolveu renunciar a todos os bens materiais, fez voto de pobreza e passou a ser monge beneditino recolhido no Mosteiro de São Bento no Rio de Janeiro, onde morreu em 21 de fevereiro de 1995, aos 91 anos.

De Hélio Silva, a Coleção L&PM Pocket publica ainda Vargas uma biografia política.

Nelson para sempre Rodrigues

Por Paula Taitelbaum*

Nelson valsa velada de portas fechadas criando climas e crimes paixões pressões pensões pretões. Nelson cheio de personalidade e personagens de pactos impactos e aparências que enganam. Nelson Flu fluindo flanando flertando nos folhetins de Suzana Flag e pelos conselhos de Myrna. Nelson genial e genioso sobre os palcos sobre as pernas sobretudo Sobrenatural de Almeida. Nelson tragédia grega pelas calçadas do Rio com beijos tapas taras temperaturas extremas. Nelson vestido de noiva camisa aberta dente de ouro outro por dentro. Nelson das viúvas das virgens das virtudes arrombadas arretos aterros atalhos atritos e atletas preferidos. Nelson anjo pornográfico joia literária jeito de menino jinga das palavras jogando junto e tudo pro alto. Nelson de segredos e saudades sonhador e a partir de hoje centenário.

*Paula Taitelbaum é escritora, autora de Ménage à Trois e Porno Pop Pocket e amante de Nelson Rodrigues (no sentido literário, é claro). Este texto foi escrito no dia dos 100 anos do nascimento de Nelson, que veio ao mundo em 23 de agosto de 1912.

Metade Cartier, metade Bresson

O bebê que aparece nesta foto de 1909 é Henri Cartier-Bresson. Nascido em 22 de agosto de 1908, ele tinha cerca de 1 ano de idade quando foi fotografado junto a seus pais, Marthe e André. Além de ajudar o pequeno Henri a se manter de pé com tão pouca idade, o casal teve uma enorme participação na formação da personalidade de um dos maiores fotógrafos que o mundo já conheceu. E quem desvenda estas influências é o biógrafo Pierre Assouline no livro Cartier-Bresson: o olhar do século:

Apesar de batizado com o nome do avô paterno, Henri Cartier-Bresson puxou muito mais a sua mãe. Dizem que ele se parece com ela, por sua beleza, sua sensibilidade e seu caráter. Ou melhor, Henri é filho de uma normanda. Descendente de uma velha família de Rouen, dona de uma grande propriedade no vale que acabava em Dieppe, Marthe – nascida Le Verdier – é uma mulher de graça superior. Seus retratos, tirados por Boissonnas e Tapenier no ateliê da Rue de la Paix, revelam um porte, um aspecto, uma elegância e um brilho naturais. Nervosa, sempre cheia de dúvidas, ela podia ficar absorta em suas leituras por duas inteiros e só sair para se sentar ao piano.

(…)

No casal Cartier-Bresson, Marthe é a intelectual, a musicista, a meditativa. André, seu marido, é completamente diferente, por inclinação natural e por força das circunstâncias. Esse homem severo, de uma correção que chega à rigidez, é antes de tudo um homem de princípios, tornando-se assim, desde muito jovem, devido à morte de seu pai. Ocupado demais com suas responsabilidades familiares para se entregar à vida das ideias, ele escolhera a Escola de Altos Estudos Comerciais para ter acesso mais rápido à direção geral da empresa. Não deixava de ser um homem de gosto, só que toda a sua sensibilidade artística se concentrara no desenho, na pintura e no mobiliário.  (…) De tanto ver o pai passar a maior parte de seu tempo fechado no escritório, inclusive em casa, Henri desenvolve uma franca aversão pelo mundo dos negócios. (…)

Henri, o mais velho de cinco filhos, é normando até em sua preocupação incorrigível de se fazer passar por siciliano, e portanto mediterrâneo, pois fora concebido, ou melhor, desejado, em Palermo, onde seus pais haviam passado a lua de mel. É normando também na maneira como se assemelha tanto a um quanto a outro, acompanhando sua mãe na flauta quando ela toca piano e seu pai à floresta quando ele vai caçar. Justa divisão de tarefas e prazeres, mesmo se sentindo naturalmente mais próximo à mãe. Nessas grandes famílias burguesas, a mãe segue de perto a educação dos filhos, mais ainda quando sutis afinidades e evidentes semelhanças os aproximam. Sua influência é determinante.

O cartaz do filme “Lincoln” de Steven Spielberg

Foi divulgado nesta quarta, dia 22, o primeiro cartaz do filme “Lincoln” do diretor Steven Spielberg, com Daniel Day-Lewis no papel principal. O filme, que já é cotado para indicações ao Oscar 2013, tem estreia prevista para 16 de novembro nos EUA e em 14 de fevereiro no Brasil.

Como presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln lutou pela coesão do seu país – fragmentado em uma luta sangrenta que opôs Norte e Sul na Guerra da Secessão – e se engajou, sem nunca abrir mão de seus princípios, numa luta ferrenha pelas liberdades individuais, elegendo a escravidão como o grande mal a ser combatido. Para saber mais sobre a vida e o legado do, leia Lincoln da Série Encylopaedia L&PM.

Em 1961, pintou Cascão

Acredite se quiser: Cascão, um dos principais personagens da Turma da Mônica, já passou dos 50 anos. Mas como no mundo dos quadrinhos o tempo anda bem mais devagar, ele continua sendo uma criança. E bem sujinha, diga-se de passagem.

Mauricio de Sousa criou Cascão em 1961, inspirado em um menino que ele conheceu na infância, em Mogi das Cruzes, e que tinha esse apelido porque não era lá muito chegado num banho. Em 1982, o personagem ganhou uma revista própria.

A evolução do Cascão

O Cascão dos quadrinhos é o melhor amigo de Cebolinha, adora jogal futebol, namora a Cascuda, tem um porco chamado Chovinista e uma minhoca de pelúcia de nome Jujuba. Em 1964, ele chegou a tomar banho em uma tirinha, para presentear sua mãe no Dia das Mães, mas foi a primeira e única vez que isso aconteceu.   

As tirinhas acima estão em Pintou sujeira, o novo livro da Turma da Mônica que acaba de chegar na Coleção L&PM Pocket.

Vídeos mostram Freud falando sobre seus livros na L&PM

Com um forte sotaque alemão, Freud chama por “Fritz”, enquanto corre e diz que está atrasado para o lançamento de seu livro da L&PM. Depois, o pai da psicanálise comenta com um amigo que a L&PM é a mãe dos pockets no Brasil e que de mãe ele entende. Por fim, a filha de Freud comenta o quanto ele está bonito na foto de capa do livro da L&PM, ao que ouve do pai: “Arr, eu estarr muito sérria na foto…”.  Os três vídeos, feitos a partir de imagens reais de Sigmund Freud, fazem parte da campanha promocional dos novos títulos – entre eles A interpretação dos sonhos que pela primeira vez será lançado no Brasil com tradução direta do alemão, feita por Renato Zwick.

Os três vídeos foram produzidos pelo Núcleo de Comunicação L&PM. Edição, letterings, efeitos sonoros, pesquisa de som e mixagem por Nathália Silva. Roteiro e vozes por Paula Taitelbaum.

O mal-estar na cultura e O futuro de uma ilusão já fazem parte da Coleção L&PM Pocket. Além de A interpretação dos sonhos, vem aí também Moisés e o monoteísmo (título provisório), Totem e tabu e Psicologia das massas e análise do eu. Todos com previsão de lançamento para 2012.

21 de agosto: a Mona Lisa sumiu do Louvre

No final da tarde de 20 de agosto de 1911, um domingo, três homens entraram no Museu do Louvre, em Paris. Disfarçados de funcionários, esconderam-se até o cair da noite. Dezesseis horas depois, o quadro mais famoso do mundo, a Mona Lisa, tinha desaparecido. Como o museu não abria na segunda-feira, passaram-se 24 horas até que alguém percebesse o roubo. Foi somente na terça-feira, 22 de agosto de 1911, que a notícia se espalhou. A polícia apressou-se até a cena do crime, as portas foram trancadas e funcionários e visitantes, detidos. Mas o quadro já não estava lá há muito tempo. A França fechou suas fronteiras. E quando o museu reabriu, uma semana depois do roubo, os parisienses fizeram filas gigantescas para ver o lugar vazio do famoso quadro. Uma caçada mundial estendeu-se de Paris a Nova York, da Argentina à Itália, mas a misteriosa Mona Lisa não foi encontrada em lugar nenhum.

Picasso e Apollinaire foram presos sob suspeita do roubo, mas acabaram soltos por falta de provas. A direção do Louvre, o governo francês e o jornal Le Figaro ofereceram recompensas pela devolução da pintura, mas as pistas esfriaram… até que, dois anos depois, o marchand florentino Alfredo Geri recebeu uma carta que trazia a seguinte assinatura: “Leonardo”. A Mona Lisa estava à venda.

Onde ela estava? Quem a levara? No livro Roubaram a Mona Lisa!, a escritora R.A. Scotti volta no tempo e faz um relato vívido e minucioso deste que foi o maior roubo de arte da História. A autora revisita as origens da obra-prima de Leonardo da Vinci e constrói um romance policial baseado em fatos reais. Scotti conta que, dois anos depois do sumiço, Vicenzo Peruggia confessou a culpa e foi à julgamento em Florença. Mas o mistério não terminou por aí.