Arquivo mensais:novembro 2010

Um passeio pelos lançamentos da Feira do Livro de Porto Alegre

Esta semana foi corrida. Escritores da L&PM tiveram suas sessões de autógrafos e eventos relacionados na Feira do Livro de Porto Alegre 2010. Fomos até lá para registrar estes momentos para os leitores do nosso blog.

As fotos são de Carol Marquis e Clara Taitelbaum.

O lançamento de Jô na estrada em time-lapse

Este post é pra quem não conhece a Feira do Livro de Porto Alegre. O evento já faz parte da agenda cultural da cidade e movimenta do Centro histórico portoalegrense. O fotógrafo Ricardo Duarte,  do jornal Zero Hora, capturou momentos do entorno da Feira e um evento especial para a L&PM. No dia 03 de novembro, Duarte registrou a sessão de autógrafos de Jô na estrada com David Coimbra e Gilmar Fraga. Na edição das imagens, o fotógrafo optou por uma técnica muito usada no cinema, o efeito time-lapse. Vale a pena clicar no play.

L&PM no Rio Comicon 2010

De 9 a 14 de novembro acontece o festival Rio Comicon 2010, no Ponto Cultural Barão de Mauá, no Rio de Janeiro.

Com um enfoque voltado principalmente para as histórias em quadrinhos, o Rio Comicon é um evento formado por exposições nacionais e internacionais, palestras, debates, oficinas, ciclo de animação, documentários sobre quadrinhos, lançamentos, shows, estandes de produtos pop e espaços para artistas independentes.

Além de toda a agenda de atividades, ele vai contar também com estandes de livrarias. A L&PM vai estar presente no espaço da Livraria Travessa. Todos os nossos livros de HQ estarão à venda por lá.

Já está confirmada a presença do mestre dos quadrinhos eróticos, o italiano Milo Manara (a L&PM publicava os quadrinhos de Manara nos anos 1980 e 1990). E também estará lá o editor Claudio Curcio; os ingleses Kevin O’Neill (de “A liga extraordinária”), Melinda Gebbie (“Lost girls”) e o também editor Paul Gravett.

O Rio Comicon 2010 estará aberto à visitação de 09 a 14 de novembro de 2010 das 13h às 22h.

Abaixo você assiste trailers da Mostra de Filmes, que também acontece durante o evento.

O liquidificador do Anonymus

 J. A. Pinheiro Machado* 

100 Segredos de Liquidificador é o 11º livro de receitas de Anonymus Gourmet, com lançamento e tarde de autógrafos nesta quinta-feira, dia 4 de novembro, às 18h30min. “Nobre ferramenta de trabalho”, diz Anonymus Gourmet sobre o liquidificador que, garante, levaria para a ilha deserta. Audácia ou ironia? Na verdade, é uma metáfora que define a grandeza desse eletrodoméstico de custo acessível que é capaz de tantas proezas. E nesses 15 anos de atuação que começou na TVCOM (e se ampliou para RBS TV, Zero Hora, Rádio Gaúcha, Canal Rural, Rádio Farroupilha, site, blog, Twitter…) nenhum outro objeto culinário foi usado tantas vezes por Anonymus Gourmet quanto o liquidificador: da ambrosia de forno ao camarão à parmigiana, do estrogonofe de costela ao bolo casadinho, do castelinho de panquecas à pizza de cachorro quente, e uma infinidade de outras elaborações, em algum momento precisaram do liquidificador. A Ciça do Reloginho, que fez a edição final do material, confessa a dificuldade na escolha de “apenas 100” receitas com liquidificador. Na elaboração das receitas, esse “eletrodoméstico encantado”, para usar a expressão de Anonymus, desempenhou vários papéis, de astro insubstituível – pão de liquidificador, pastelão de liquidificador, pizza de liquidificador, ovos moles de liquidificador (!), molho bechamel – a coadjuvante de destaque – bolo de ameixa, lasanha enrolada, gratinado de camarão, costela na pressão.

Em todas as receitas, seja como astro ou como coadjuvante, o liquidificador entrou com uma única e gigantesca tarefa: simplificar a receita. A inspiração deste livro, veio de um escritor catalão: Josep Pla. Antes de morrer aos 84 anos de idade, Pla escreveu em catalão os 46 volumes de sua Obra Completa, que abrange viagens, aventuras, crônicas e, sobretudo, gastronomia, em textos redigidos numa prosa irresistível: “A cozinha nacional francesa jamais existiu. A cozinha francesa é a que servem nos vagões-restaurantes dos trens expressos. O que existe na França são as cozinhas regionais, que o povo elaborou em lugares concretos com produtos locais. Meu ideal culinário é a simplicidade, compatível em todo momento com um certo grau de “sustância” e consistência.”

Nessa linha, Anonymus Gourmet não se afasta da velha e boa cozinha doméstica, do dia-a-dia, a cozinha cotidiana dos brasileiros: “Eu trabalho no ramo da simplificação. Receitas antigas, revisitadas, repaginadas e muitas vezes com toques inesperados: isto é, velhas novidades.” O que mais que se pode dizer? Voltaremos!

* O texto acima foi originalmente publicado na coluna “Escritor Repórter” do Jornal Zero Hora em 4 de novembro de 2010 (pg. 47).

Um tour pela vida de Simenon

Nas primeira horas da sexta-feira dia 13 de fevereiro de 1903, nascia em Liège, na Bélgica, Georges Joseph Christian Simenon, filho do contador Desiré Simenon e Henriette. Quem visita Liège já tem passeio garantido: fazer um tour para conhecer um pouco da vida de Georges Simenon. O passeio começa na Place St. Lambert e segue por diversos pontos turísticos da cidade. “Deguste” um pouco deste tour nas fotos abaixo.

Simenon nasceu aqui, logo acima da palavra "Georges" na 24 rue Leopold

Simenon teve um caso escandaloso com a cantora de jazz afro-americana Josephine Baker. Comerciantes aproveitaram a biografia para juntar o casal no edificio...

A igreja de St. Pholien, frequentada por Simenon e em que aparece em algumas histórias de Maigret

Selos marcam os lugares do tour

Para fazer um tour pelos livros de Simenon, leia os livros da  Série Simenon, publicados pela L&PM.

“Jô na estrada”, um livro sacana

David Coimbra

As pessoas me acusam de só escrever sacanagem. Não é verdade. Já publiquei 14 livros. De tudo: romances, contos, crônicas, livros-reportagem. Só não tem poesia. Nem tinha nenhum sacana. Agora tem. Mas a culpa nem é minha. Os primeiros culpados são os leitores. Pelo seguinte:

Jô é uma bela mulher de 33 anos de idade e dois filhos que já estão nas franjas da adolescência. Casou-se cedo, quase uma menina e jamais (eu disse: JAMAIS!) foi tocada pelas mãos de qualquer outro homem que não o seu marido Fábio, 20 anos mais velho do que ela.

Um dia, porém, ela resolve que quer conhecer mais do mundo. Que quer experimentar mais do gosto da vida. Comunica a Fábio que sairá em viagem, ela e seu carro, sem destino nem celular, sem data para voltar, sem remorso.

E vai.

E as coisas começam a acontecer.

Publiquei essa história no meu blog em forma de folhetim. Os leitores responderam em massa, alguns escandalizados, outros encantados. Gostei da reação e, tempos depois, escrevi a continuação da história: A Volta de Jô. Mais uma vez, os leitores se manifestaram com febril intensidade. Deixei passar um tempo e fiz sair o terceiro folhetim: Jô em Casa.

O livro, porém, não é a união dos três folhetins. Quer dizer: é, mas não é. Porque, baseado nos comentários dos leitores, mudei partes da história, sobretudo o final. Logo, os leitores também são culpados pelo livro.

Mas há outros responsáveis. Um deles, o editor, Ivan Pinheiro Machado, que deu a ideia de apresentar a história da Jô em duas linguagens: texto e quadrinhos. Assim, eu começo contando, passo para o genial Gilmar Fraga, que narra a história em quadrinhos, depois ele devolve para mim, que repasso para ele, e assim por diante, até o fim.

Nessa atividade, o Fraga se empolgou e retratou cenas com, digamos, muito ardor. E é fundamentalmente por isso que o livro se torna sacana. As ilustrações do Fraga incendiaram uma história que já era quente.

Então, a Jô se tornou uma sacana. É por isso que, na contracapa, o Ivan mandou imprimir uma advertência: “Leitura não recomendada para menores de 18 anos”. Foi a realização de um sonho: sempre quis escrever uma história proibida. Mas Jô não é uma pecadora, Jô não é uma devassa. Ao contrário, é uma pura. Talvez você leia a história e acabe concluindo que não, que ela é pecadora, sim. Mas aí a culpa não é dela. Nem minha. É sua. Seu sacana.

David Coimbra e Gilmar Fraga autografam “Jô na estrada” no dia 3 de novembro às 18h30min na Feira do Livro de Porto Alegre.

* O texto acima foi originalmente publicado no Jornal Zero Hora, pg. 45, em 3 de novembro de 2010. A ilustração de Fraga está na mesma edição, pg. 58

Penadinho e sua turma assombram a televisão

A Turma do Penadinho não se contentou em ficar apenar no cemitério (e nos quadrinhos)… A Mauricio de Sousa Produções está trabalhando na criação de uma nova série em animação que utilizará os mais avançados recursos técnicos de animação gráfica disponíveis no mercado internacional. Durante todo o final de semana de Halloween, foram exibidas as primeiras vinhetas do novo desenho, na Maratona do Medo do canal Cartoon Network. Penadinho, Zé Vampir, Muminho, Lobi, Frank, Cranicola, Alminha e toda a turma devem “assombrar” ainda mais na telinha. A estreia ainda não tem data definida, mas não demora. Aguarde!

A L&PM publica Turma do Penadinho – Quem é morto sempre aparece e outros títulos de Mauricio de Sousa.

Relançado em pocket, “A vida sexual da mulher feia”, de Claudia Tajes, é um grande sucesso

A primeira vez que eu ouvi falar em Claudia Tajes foi quando aterrisou na minha mesa um pequeno volume em folhas de papel ofício devidamente encadernado. Eram os originais de seu primeiro livro. Eu tinha mais ou menos uma pilha de uns 80cm ao meu lado. Eram traduções, livros encomendados, originais de autores da casa já programados. Ou seja, livros que eu tinha que ler de qualquer maneira. Pressionado por telefonemas de amigos, resolvi dar uma “trecheada” no livro daquela jovem estreante. O título original era péssimo, nem me lembro mais. Mas quando comecei a ler o livro… só parei na última frase. Genial! Vamos publicar! Mudamos o título para Dez (quase) amores. Como livro de estreia, vendeu muito bem. Depois ela escreveu As pernas de Úrsula, Dores amores e assemelhados e mudou de editora quando lançou Vida Dura, A vida sexual da mulher feia e relançou As pernas de Úrsula. Mas como diz o velho, surrado, milenar e bom ditado, “o bom filho a casa retorna”. Claudia voltou para a L&PM com Só as mulheres e as baratas sobreviverão em formato convencional ao mesmo tempo que, literalmente, “estourou” na coleção L&PM POCKET. Dez (quase) amores (que, diga-se de passagem, nunca saiu da L&PM), foi relançado em livro de bolso e começamos a republicar os outros. No ano passado, foi a vez de Vida dura e agora acaba de chegar às livrarias e demais pontos de vendas, A vida sexual da mulher feia em formato pocket. Breve, chegarão também As pernas de Úrsula e Louca por homem. Todos na Coleção L&PM POCKET. Mas o que eu queria dizer mesmo é que A vida sexual da mulher feia foi recém lançado e já está arrebentando. É um dos livros mais vendidos na “Feira do Livro de Porto Alegre” e nas grandes redes de livrarias em todo o Brasil. Claudia está em intensa atividade. É autora de roteiros para a rede Globo (escreveu dois episódios da série “As Cariocas”) e está no teatro com uma adaptação do seu livro Dez (quase) amores. Resumindo: fique de olho na Claudia Tajes, você está diante de uma grande escritora brasileira.

Ivan Pinheiro Machado

Assista a entrevista de Claudia Tajes na L&PM Web TV e divirta-se com seu Consultório Sentimental.