Era uma vez muitos filmes baseados em contos de fadas

Hollywood descobriu que os personagens de contos de fadas são um ótimo chamariz para a bilheteria. Mas para isso a trama precisa ganhar ares sombrios e efeitos especiais de última geração. “Branca de Neve e o Caçador” e “A Garota da Capa Vermelha”.

Para 2013 e 2014 estão previstos mais lançamentos, desta vez baseados em João e Maria, João e o Pé de Feijão, O Mágico de Oz, A Bela Adormecida Peter Pan.

O primeiro desta nova leva estreia em 25 de janeiro: João e Maria – Caçadores de Bruxas que mostra os irmãos adultos dedicados a caçar e matar bruxas de forma violenta. Em março, chega Oz: Mágico e Poderoso, filme que conta a origem do Mágico de Oz e que tem James Franco (o mesmo que foi Allen Ginsberg em Uivo) no papel principal. É em março também que estreia Jack – O Caçador de Gigantes, baseado em João e o Pé de Feijão.

Em 2014, o destaque é para Malévola que traz Angelina Jolie no papel da rainha má de “A Bela Adormecida” e que conta a história do ponto de vista da vilã. Três dos filhos de Angelina (e de Brad Pitt) também estarão no filme ao lado da mãe: Vivienne, Pax e Zahara. Shiloh, de 6 anos, também foi convidada, mas não teve paciência para as filmagens. 

Em 2014 chegará também “Pan”, um filme que, pasmen, mostra Peter Pan como um serial killer de aparência jovial que é, na verdade, um assassino pedófilo que rapta e mata criancinhas, enquanto o Capitão Gancho (Aaron Eckhart) é o detetive que persegue o bandido e sua sombra. Ainda bem que J.M. Barrie já não está aqui para ver isso…

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Para quem quer ler algumas das histórias originais, como elas foram escritas, a Coleção L&PM Pocket publica A Bela Adormecida e outras histórias e O príncipe sapo e outras histórias (dos Irmãos Grimm), Peter Pan (de J. M. Barrie) e O Mágico de Oz (de Lyman Frank Baum).

Os livros proibidos de Lawrence Ferlinghetti

Este é Lawrence Ferlinghetti, escritor e dono da célebre livraria e editora City Lights, em São Francisco, em frente à sua vitrine de livros proibidos. Notem o Uivo (“Howl”, no original), de Allen Ginsberg em destaque.

Ferlinghetti escreveu Um parque de diversões na cabeça e Amor nos tempos de fúria, ambos publicados na Coleção L&PM Pocket.

“Noites brancas” de Dostoiévski

Por Nanni Rios*

Não sei bem explicar o porquê, mas a música “Valsinha” de Chico Buarque sempre me remete ao livro Noites brancas, de Dostoiévski. As duas histórias não têm muito em comum além do casal apaixonado que vai para a rua viver seu sentimento, mas na falta de elementos visuais em ambos (uma música e um livro, respectivamente), criei meus próprios cenários imaginários para as duas histórias e posso garantir que os dois se parecem. E essa relação não deixou de ser um dos principais motivos que me inspirou a escrever sobre Noites brancas aqui no blog, um livro que merece ser relembrado sempre.

Na história de Dostoiévski, a jovem Nástienhka se ilude com a promessa de um homem que partiu um ano antes prometendo voltar para casar-se com ela: ao chegar no local e dia combinados para o reecontro, nada do rapaz aparecer. É neste momento de fragilidade que a vida dela se cruza com a de um jovem (o protagonista da história), que estava no lugar certo na hora certa. Em apenas quatro noites, o tímido rapaz e a misteriosa Nástienhka passam a se conhecer como velhos amigos e se apaixonam.

Na música do Chico, a história parece ser rodada ao contrário: um casal que vivia uma relação já desgastada se reapaixona e resolve contar isso para o mundo – como fazem os casais apaixonados, afinal:

E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça, foram para a praça e começaram a se abraçar

Em Noites brancas, como não podia deixar de ser, algo vem atrapalhar o desenrolar romântico daquele fugaz encontro. Se o final é triste ou feliz? Recomendo ler o livro e tirar suas próprias conclusões – e isso não é uma isca barata, pois o julgamento realmente cabe a quem lê.

A L&PM publica Noites brancas na série Pocket Plus da Coleção L&PM Pocket. E para ouvir a “Valsinha”, clique aqui.

* Toda semana, a Série “Relembrando um grande livro” traz um texto assinado em que grandes livros são (re)lembrados. Livros imperdíveis e inesquecíveis.

Tem mais Smurfs em 2013

Já foi divulgado o trailer dublado de “Os Smurfs 2”, de Raja Gosnell. O segundo filme com os personagens criados por Peyo traz novamente uma mistura de animação com live-action e, como não poderia deixar de ser, é centrado na perseguição do vilão Gargamel contra as doces criaturinhas azuis. A estreia nos cinemas brasileiros está prevista para 2 de agosto de 2013.

Aproveitando esta estreia, este ano a L&PM também lança novos títulos com Os Smurfs. Depois de O bebê Smurf e O Smurf repórter, editados em 2011 nos formatos convencional e pocket, 2013 será o ano de lançar O Smurf selvagem e A Smurfette + A fome dos Smurfs.

É esperar para smurfar.

O encontro entre Tchékhov e Tolstói

Havia três anos que Tchékhov vivia em Melikhovo, na província de Moscou, e continuava sempre arranjando uma desculpa para não visitar a não muito distante fazenda de Yasnaya Polyana. Até que tomou coragem e resolveu apresentar-se ao proprietário do local, ninguém menos do que o conde Tolstói.

Em agosto de 1895, Tchékhov finalmente bateu à porta do autor de Guerra e Paz. Mas chegou bem na hora em que o mestre, vestindo uma camisa branca de linho, dirigia-se ao riacho para tomar um bom banho. Tolstói convidou Tchékhov para acompanhá-lo. Chegando lá, o mais velho tirou a roupa e mergulhou na água, enquanto o mais novo permaneceu sentado à margem. Imerso até o pescoço, com a barca branca flutuando, Tolstói conversou com seu visitante.

Naquele dia, Tchékhov passou a noite em Yasnaya Polyana, depois de lerem em voz alta passagens da primeira versão de Ressurreição, livro que Tolstói iniciara naquele ano e que viria a ser seu último romance, publicado em 1899.

Depois do encontro, Tolstói disse que gostou de Tchékhov, mas que achou que faltava a ele um ponto de vista. Isso porque Tchékhov preferiu omitir suas opiniões, contrárias às do anfitrião, já que Tolstói, por exemplo, opunha-se à educação de nivel superior, à propriedade privada e até mesmo à prática da medicina.

Mais tarde, eles se encontrariam de novo e então discutiriam suas diferentes visões de mundo. E  apesar das rivalidades filosóficas, Tchékhov preocupava-se com a saúde de Tolstói e o chamava de “velho manhoso”. Costumava dizer também que “Enquanto houver um Tolstói na literatura será agradável e prazeroso ser escritor”.

No primeiro encontro, Tchékhov preferiu não se opor às ideias de Tolstoi

Os dois escritores russos posam para a posteridade

Tchékhov e Tolstói também estão juntos na Coleção L&PM Pocket e na “Caixa especial literatura russa“.

No iníco de 2013, será lançado “Infância. Adolescência. Juventude” de Tolstói.

O primeiro mistério de 2013

Tem mais Agatha Christie em 2013! O primeiro lançamento da série na Coleção L&PM Pocket este ano será A maldição do espelho, um mistério que só Miss Marple é capaz de resolver.

Durante uma festa na casa de uma atriz famosa, uma das convidadas morre após tomar um drinque envenenado. A atriz tem certeza de que a bebida havia sido preparada para ela – mas quem poderia querer matá-la? E por quê? Buscando responder estas perguntas, Miss Marple embrenha-se no passado dos envolvidos, fazendo de “A maldição do espelho” um dos mistérios mais psicologicamente intensos de Rainha do Crime.

Com a chegada de A maldição do espelho, prevista para o fim de janeiro, a série Agatha Christie terá 60 títulos! E as novidades de 2013 não param por aí: tem Simenon, Virginia Woolf, Tolstói e muito mais.

É Dia Nacional do Leitor

7 de janeiro é o Dia do Leitor em território nacional. Um dia dedicado a todos os que amam os livros. E que, claro, são a nossa razão de ser. Em homenagem todos os amantes das letras, publicamos aqui algumas fotos de escritores debruçados sobre um bom livro. Porque todo mundo sabe que ler é o primeiro passo para escrever.

F. S. Fitzgerald

Jack London ainda criança

Mark Twain

Agatha Christie

William Burroughs

J. D. Salinger

Patricia Highsmith

“Big Sur” estreia no Sundance Film Festival

Acaba de ser divulgado o trailer de “Big sur”, filme de Michael Polish baseado no livro homônimo de Jack Kerouac, que estreia este mês no Sundance Film Festival nos Estados Unidos. No elenco, Josh Lucas como Neal Cassady, Radha Mitchell como Carolyn Cassady e Jean-Marc Barr no papel de Jack Kerouac. Assista ao trailer:

Lançado em 1962, Big Sur é o livro mais honesto e pessoal de Jack Kerouac. Após o enorme sucesso de On the Road, em 1957, o escritor passou um período retirado em uma cabana do amigo e poeta beat Lawrence Ferlinghetti, na região de Big Sur, na costa da Califórnia, onde se dedicou à escrita. O romance mostra a deterioração física, mental e de ideais vivida por Jack Duluoz (alter ego de Kerouac).

“Big Sur” ainda não tem data para chegar ao Brasil. Enquanto isso, dá pra ler a obra de Jack Kerouac que deu origem ao filme, publicada pela L&PM em formato de bolso.

DVD do filme “Na Estrada” chega este mês

A Playarte, distribuidora de “Na Estrada” – filme baseado em On the road de Jack Kerouac – nos contou que a partir do dia 27 de janeiro já será possível encontrar o DVD e Blu-Ray nas locadoras de todo o Brasil.

Pra quem não assistiu no cinema, essa vai ser uma ótima oportunidade de conferir o filme que tem direção de Walter Salles e que traz Sam Riley no papel de Sal Paradise, Garrett Hedlund como Dean Moriarty e Kristen Stewart na pele de Marylou.

O poster do DVD que chega às locadoras ainda em janeiro

O nosso Galeano em terra estrangeira

Para quem mora no Rio Grande do Sul, o Uruguai é mais do que um país vizinho. É a continuação do nosso quintal. Onde a fronteira mais parece uma “porteira” sempre aberta para nos receber. O Uruguai tem campos que se derramam feito mar sob uma luz douradamente meridional. Tem ao mesmo tempo ondas que atraem surfistas e marolas que fazem a felicidade das crianças. Tem churros, empanadas, panchos, alfajores e choclos adocicados só pra citar o básico. E mais do que isso: o Uruguai tem Eduardo Galeano.

E foi em La Paloma, praia uruguaia que fica a cerca de 130 quilômetros do Chuy que, para meu espanto, encontrei Galeano. Não o próprio, já que não consigo imaginá-lo de calção e boné a caminhar sob o sol torrante do início de janeiro. Mas sim o “nosso” Eduardo Galeano: das palavras andantes, das veias abertas, do futebol ao sol e à sombra.

Ao entrar em uma pequena e simpática livraria do singelo centro de La Paloma, para meu feliz espanto, lá estavam vários livros da Coleção L&PM Pocket em destaque, na principal prateleira do estabelecimento, entre outros títulos de Galeano oferecidos nos mais variados idiomas.

Os Galeanos da Coleção L&PM Pocket em destaque na livraria de La Paloma

Parabéns à livraria, que incentiva os turistas de todo o mundo a conhecerem seu principal escritor. Uma livraria que não tem nome, mas que exibe um “Libros” bem grande para que não haja dúvida de que ali é um reduto dos que estão em busca de leitura.

Mesas de ofertas na rua chamam a atenção de quem passa

A simpática livraria fica aberta até a 1h da manhã

Esse é mais um motivo para eu preferir cada vez mais as praias uruguaias às catarinenses – lembrando que vivo entre esses dois litorais. A outra grande razão, claro, são as estradas. Cá entre nós, a duplicação da BR101 parece um romance mal escrito: impossível entender tanta embromação, sem contar que a gente tem a sensação de que nunca vai chegar ao fim desse enredo. (Paula Taitelbaum)

Clique aqui e conheça todos os livros de Eduardo Galeano publicados na L&PM.