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Turma da Mônica em carne e osso

Foi na sexta-feira, 4 de dezembro, durante a Comic Com Experience, que Maurício de Sousa anunciou que a Turma da Mônica vai virar um longa metragem com atores reais. A notícia causou furor, aplausos e gritos animados dos que estavam presentes. O primeiro filme live-action baseado nos gibis de Maurício será focado na graphic novel “Laços”, criada pelos irmãos Vitor e Lu Cafaggi que levaram os clássicos personagens da Turma a uma aventura cheia de emoção e perigos. Na história, o cão Floquinho desaparece e para encontrá-lo, Cebolinha conta com os amigos Cascão, Mônica e Magali que traçam um “plano infalível”.

O filme terá uma estética inspirada em filmes clássicos dos anos 80 como “Os Batutinhas”, “Os Goonies” e “Conta Comigo”.

O diretor e o elenco ainda não foram divulgados, mas já foi revelado um “poster-teaser”. A previsão de estreia é 2017.

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 A Turma da Mônica também está na Coleção L&PM Pocket.

“Carol” é o filme do ano, segundo os críticos de Nova York

Críticos de cinema de Nova York reuniram-se na quarta-feira, 2 de dezembro, para a eleição dos melhores filmes de 2015. De acordo com os membros do New York Film Critics Circle, o grande filme do ano é “Carol”, a versão cinematográfica do romance escrito em 1953 por Patricia Highsmith.

Em NY, “Carol”, venceu em quatro das principais categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor (Todd Haynes), Melhor Direção de Fotografia (Edward Lachman) e Melhor Roteiro (Phyllis Nagy).

No Festival de Cannes, Rooney Mara já tinha recebido o prêmio de Melhor Atriz. E na Feira do Livro de Frankfurt, Todd Haynes levou um troféu pela melhor adaptação cinematográfica de uma obra literária.

O livro de Patricia Highsmith conta a história de amor entre duas mulheres de idades e classes sociais diferentes que, no filme, são vividas por Rooney e Cate Blanchett. Muitos estão apostando que ele será um dos grandes favoritos do Oscar e que irá concorrer em várias categorias.

“Carol” será distribuído no Brasil pela Mares Filmes e estreia nos cinemas nacionais em 14 de janeiro de 2016.

A L&PM publica Carol na Coleção L&PM Pocket e está preparando uma nova edição em formato grande e com a capa do filme que deve chegar às livrarias ainda em dezembro.

A capa da nova edição de "Carol"

A capa da nova edição de “Carol”

Tiago Abravanel vai interpretar Snoopy em musical que estreia em março

Tim Maia, quem diria, virou Snoopy. Isso porque o ator Tiago Abravanel, que encarnou o eterno síndico nos palcos do Brasil, agora vai virar o adorável beagle criado por Charles S. Schulz no musical “Meu amigo Charlie Brown”. A estreia está prevista para 5 de março de 2016 no Teatro Frei Caneca em São Paulo. “Terei poucas falas, pois cachorro não fala, mas quando está sozinho, Snoopy vai mostrar suas reflexões sobre o comportamento dos outros personagens.” disse Abravanel em entrevista ao jornal O Estadão.

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Tiago Abravanel e Snoopy

Tiago interpretaria Linus, papel para o qual disputou a primeira audição da versão brasileira em 2010. “Quando me convidou, Luna [Leandro Luna, diretor de produção e ator que interpreta Charlie Brown] nem pensou sobre outro personagem, mas, depois de um tempo, liguei timidamente e pedi para fazer o Snoopy, pois me sentia mais próximo dele”, conta o ator. “Fiz um silêncio de alguns segundos e respondi, eufórico: “É claro! Você é o Snoopy!”, completa Luna.

Além da semelhança na fisionomia (“Emagreci, mas ainda continuo gordinho”, brinca Tiago), há uma proximidade na personalidade. “Snoopy é crítico de tudo. Apesar de ser um cachorrinho, ele tem a sensibilidade das crianças e, ao mesmo tempo, o sarcasmo dos adultos”, observa o ator. “É acidez com ternura.”

Leandro Luna teve a ideia de remontar o musical há dois anos, quando foi anunciado o início da animação em 3D, dirigida por Steve Martino e que estreia em janeiro de 2016.

 

 E por falar em Snoopy, a L&PM está cheia de novidades dele. 🙂

Oscar Wilde poderia ter morrido de amor

Já postamos aqui neste blog o obituário de Oscar Wilde, publicado no The New York Times em 01 de dezembro de 1900. O anúncio de falecimento comunicava que o escritor havia morrido às três da tarde do dia 30 de novembro e que teria vivido os últimos meses sob o nome de Manmoth. O texto dizia ainda que Lord Alfred Douglas estava com ele quando morreu. E que, apesar da causa morte ser meningite, havia a possibilidade do escritor ter cometido suicídio. Segundo seus biógrafos, no entanto, ambas as afirmações parecem não proceder. Nem seu antigo amante estava com ele e nem Wilde teria atentado contra a própria vida.

Nascido em Dublin no ano de 1854, o autor de O retrato de Dorian Gray viu sua vida mudar ao ser  acusado e processado pela família de “Bosie”, como era chamado Lord Alfred Douglas, o jovem aristocrata por quem Wilde se apaixonou. Condenado a trabalhos forçados que consumiram sua saúde e sua reputação, Oscar Wilde exilou-se em Paris e acabou seus dias pobre e no anonimato.

Oscar Wilde e Bosie Douglas

“Em 30 de novembro de 1900, o genial e extravagante Oscar Wilde, um dos maiores escritores do século XIX, senão de toda a história da literatura, morreu, aos 46 anos, em meio aos piores sofrimentos, ao anonimato total e à miséria mais absoluta, num quartinho decrépito e gelado de um sórdido hotel parisiense” conta Daniel Salvatore Schiffer em Wilde, da Série Biografias L&PM.

O livro também revela que o último contato que Wilde teve com Bosie veio por carta em 12 de novembro: “Terrivelmente angustiado, porém sem mais nenhuma ligação com a realidade por conta da febre que começava a se apoderar dele, Oscar só conseguia falar, num início de delírio de suas enormes dívidas. Depois, de repente, enquanto Wilde se agitava cada vez mais, Dupoirier irrompeu o quarto. Trazia uma carta. Era um bilhete de Bosie, espantosamente afetuoso, ao qual anexara, depois que Ross lhe informou sobre a misérie na qual vivia seu antigo amante, um cheque de dez libras. Comovido pelo gesto, Wilde deixou algumas lágrimas rolarem.”

A história de amor entre Oscar Wilde e Bosie está contada no filme “Wilde”, de 1997. No papel do escritor está Stephen Fry e como seu jovem amante, Judie Law. Vale ver o trailer:

Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher

Página do livro "Os filhos dos dias" de Eduardo Galeano

Página do livro “Os filhos dos dias” de Eduardo Galeano

cartaz_filme_borboletasO filme No tempo das borboletas que retrata o período de ditadura militar (1930-1961) na República Dominicana, onde por 31 anos o povo esteve refém das atrocidades cometidas pelo general Rafael Leónidas Trujillo. Sob seu lema ou estás comigo ou contra mim, e com o beneplácito da Igreja, Trujillo mandava matar todos os que se opunham ao seu regime. Foi responsável direto pelo assassinato de mais de 30 mil pessoas.

O filme conta a saga das irmãs Mirabal: Minerva, Patria, María Teresa, filhas de um pequeno proprietário de terras que vivia na cidade de Ojo de Agua, don Enrique Mirabal, e da dona de casa Mercedes Mirabal, que desafiaram a sangrenta ditadura do general Trujillo.

Em homenagem à luta das irmãs Mirabal, o 1º Encontro de Mulheres da América Latina e Caribe, realizado em 1981, em Bogotá, decidiu criar o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher na data de 25 de novembro de cada ano.
Com direção de Mariano Barroso e as atrizes Salma Hayek, Mía Maestro, Pilar Padilla, Lumi Cavazos e Ana Martín, o filme é uma contundente denúncia da violência do sistema contra a mulher, e sua exibição nas escolas e bairros possibilita um importante debate sobre a luta da mulher por uma nova sociedade e por sua emancipação.

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As belas irmãs Mirabal

 

O roubo da Mona Lisa em filme e livros

Está em cartaz, em alguns cinemas do centro do país, um filme baseado em fatos reais: “Picasso e o roubo da Mona Lisa”. Nem todo mundo sabe, mas no dia 20 de agosto de 2011, um domingo, a Mona Lisa de Da Vinci foi misteriosamente roubada do Museu do Louvre em Paris. O filme se concentra em dois nomes que foram suspeitos de estarem envolvidos no roubo: o pintor Pablo Picasso e o poeta Guillaume Apollinaire. Veja o trailer:

Achou interessante e não vai conseguir ver o filme? Há duas maneiras de saber mais sobre essa história:

1. Ler Roubaram a Mona Lisa!, de R. A. Scotti, que faz um relato vívido e minucioso deste que foi o maior furto da história da arte. Além de contar como Picasso e Apollinaire viraram suspeitos, se aprofunda nessa incrível e curiosa caçada global envolvendo ladrões audaciosos, falsificadores de arte, trapaceiros astutos, colecionadores milionários – e, sobretudo, a mulher mais linda, enigmática e desejada do mundo: Mona Lisa, a Gioconda.

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2. Ler Paris Boêmia – Os aventureiros da Arte Moderna (1900-1930), o primeiro volume da trilogia de Dan Franck e que tem um capítulo inteiro dedicado ao roubo da Mona Lisa. Além disso, o livro, que tem o jovem Picasso na capa, traz muitas outras histórias que se passam no caldeirão cultural que era a Paris do início do século XX.

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Um novo Frankenstein está chegando nos cinemas e nas livrarias

Um filme com nome, sobrenome e uma história de terror clássica para contar. “Victor Frankenstein”, nova adaptação da famosa obra de Mary Shelley estreia nesta quinta-feira, 26 de novembro, no Brasil.

O longa reconta a história do brilhante cientista Victor Frankenstein que tem o sonho de reanimar os mortos.  James McAvoy está no papel título e, ao seu lado, vemos Daniel Radcliffe (o protagonista da série Harry Potter) como seu assistente Igor Strausman. Igor acompanha horrorizado a transformação de seu mestre que vai perdendo todo limite e ética. Fiel ao colega (aqui é mais colega do que mestre), Igor tenta salvá-lo antes que a loucura vá longe demais e traga terríveis consequências. Vale lembrar que Igor não foi criado por Mary Shelley e aparece apenas nos filmes, não no livro.

“Victor Frankenstein” tem a direção de Paul McGuigan, mais conhecido por ser o diretor de alguns episódios da série britânica Sherlock. Veja aqui o trailer legendado:

Para os que ainda não leram a história original de Mary Shelley, escrita quando ela tinha apenas 19 anos, a L&PM Editores tem Frankenstein na Coleção L&PM Pocket e está lançando um novo volume, em formato maior, que chegará às livrarias em dezembro.

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Patti Smith no Beat Museum em San Francisco

Jerry Cimino, do Beat Museum, publicou em sua página do Facebook na noite de quinta-feira, 19 de novembro:

Eu estava sentado na recepção, lendo um livro, quando, com o canto do meu olho, percebi movimento. Eu fiz minha costumeira saudação: “Hey galera, bem-vindos ao Beat Museum.” Então olhei e vi Patti Smith passando seus grandes olhos pelos livros do balcão. “Oh”, foi o que eu disse ao reconhecê-la. “Eu imagino que você saiba um pouco sobre tudo isso.”

Ela balançou a cabeça calmamente e disse “Sim, Allen era meu amigo.” Nós falamos por um tempo. Eu a apresentei aos meus amigos que estavam pelo Museu. “Não quero atrapalhar” eu falei me despedindo. “Oh, não” Patti disse. “Fale-me sobre essa exposição. E como você conseguiu todas essas coisas incríveis?”

“Pessoas me deram. Elas querem mostrar o que os beats significam para elas. É uma ótima maneira de construir um museu.”

“Eu tenho algumas coisas que pertenceram a Allen e a Gregory,” ela disse. “Vou enviá-las a você.”

Patti comprou alguns itens para si e para alguns amigos. Ela foi muito gentil e amável e disse que voltaria com mais tempo e que estava na cidade para participar de um evento.

A cantora e escritora Patti Smith com seus amigos beats: Carl Solomon, Allen Ginsberg e William Burroughs

A cantora e escritora Patti Smith com seus amigos beats: Carl Solomon, Allen Ginsberg e William Burroughs

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A fachada do Beat Museum em San Francisco

Clique aqui para ver a Série Beat da L&PM.

Um Pequeno Príncipe chamado Cate Blanchett

Como não gostar de Cate Blanchett? Linda e talentosa, elegante e versátil, ela encarna qualquer tipo de personagem: da Rainha Elizabeth a Bob Dylan, passando por mulheres de todos os tipos. Em 2013, ganhou o Oscar por sua atuação em Blue Jasmine, de Woody Allen. E, breve, a veremos no papel título de Carol, baseado na obra de Patricia Highsmith.

A estreia de Carol nos EUA, aliás, é um dos motivos que levou a atriz a ser capa da edição de dezembro da revista americana WMagazine que tem o título de “Cate Blanchett: uma rosa sem espinhos” e o subtítulo “Cate Blanchett insiste que ela não é a personificação da perfeição. Nós discordamos.”

No site da revista já é possível ler parte do texto e ver algumas das imagens do editorial de moda com Cate com a temática de “O Pequeno Príncipe” e sua rosa. As fotos são de Tim Walker.

Uau!

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Cate Blanchet Planeta

A L&PM publica Carolde Patricia Highsmith e O Pequeno Príncipe, de Saint-Éxupery, em dois formatos.

Thiago Lacerda encarna Macbeth com som e fúria

Por Paula Taitelbaum

O crítico Nelson de Sá escreveu sobre a peça Macbeth, de Shakespeare, dirigida por Ron Daniels, no Caderno Ilustrada da Folha de S. Paulo. Em seu texto, o crítico diz que Thiago Lacerda, ator que dá vida ao personagem título, “vai do heróico ao demoníaco numa trajetória convincente e assustadora”. No sábado, 14 de novembro, eu estava em São Paulo e fui assistir à montagem no Sesc Vila Mariana. E por isso digo mais: a atuação de Thiago Lacerda é literalmente uma loucura. Ele grita, cospe, mata, ama, odeia, luta e alucina com a força e o vigor de um ator que poderia muito bem estar atuando no Globe Theatre em Londres. Há três anos atrás, o mesmo Lacerda escarnou Hamlet, sob a mesma batuta de Daniels, mas eu confesso que nem sabia.

Giulia Gam como Lady Macbeth não fica atrás e Nelson de Sá escreveu que é “sua maior interpretação no palco em muito tempo”. Eu já tinha visto Giulia num palco e sabia do que ela era capaz, afinal é uma atriz que começou nos palcos. Mas de Thiago eu não sabia o que esperar. E me surpreendi justamente porque não há uma só cena em que ele não surpreenda. A minha preferida é uma cena em que ele está enrolado em um cobertor, já totalmente dominado pelo delírio paranóico.

Se for a São Paulo, fica a dica para assistir. Além das atuações, o figurino (que lembra o uniforme do BOPE), a música, os adereços e o cenário enriquecem as atuações na medida exata. Por falar em medida, o mesmo elenco e o mesmo diretor também estão em cartaz com outra peça de Shakespeare: Medida por medida. Quinta e sábado, eles apresentam Macbeth, sexta e domingo, Medida por medida. A temporada paulista das duas peças vai até final de janeiro.

Ah, e pra quem não sabe, Ron Daniels é um dos maiores especialistas em Shakespeare do mundo.

Thiago Lacerda encarna um Macbeth primoroso

Thiago Lacerda é o tirano Macbeth em uma atuação excepcional