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Smurfs: como tudo começou

Não há dúvidas de que Pierre Culliford – o Peyo, como é conhecido – é um contador de histórias de mão cheia, afinal as aventuras dos Smurfs marcaram gerações e continuam conquistando fãs por todo o mundo. A prova disso é a exposição “A vida e a obra de um contador de histórias maravilhosas“, recém inaugurada na França, com mais de 150 peças, entre desenhos originais, objetos, documentos e fotografias do criador dos Smurfs e diversos outros personagens como “Johan et Pirlouit”, “Benoît Brisefer”, “Poussy” e “Jacky et Célestin”.

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E por falar nas criaturinhas azuis, você conhece O Smurf Repórter? É a primeira história de Peyo publicada pela L&PM. E vem aí, também, O bebê Smurf.

Woody Allen, câmera, ação!

O cara de camisa azul e calça bege da foto abaixo é ninguém mais, ninguém menos do que Woody Allen. O diretor foi clicado hoje no centro de Roma durante as filmagens de seu novo filme, Bop Decameron. Note que os inseparáveis óculos de aro preto não fazem parte da cena. Provavelmente porque, naquele momento, Woody usava outras lentes: as da câmera.

Woody Allen iniciou as filmagens de Bop Decameron no último domingo, dia 11 de julho. O diretor fará novamente parte do seu próprio elenco e atuará ao lado de nomes como Ellen Page (de “Juno”), Jesse Eisenberg (de “A Rede Social”), Alec Baldwin, Penélope Cruz e os italianos Roberto Benigni e Ornella Muti. Já estamos curiosos para conferir o resultado. Por enquanto, veja as primeiras fotos das gravações.

As viagens amorosas de Bocage

Manuel Maria Barbosa du Bocage gostava de uma boa sacanagem. Mas não gostava só disto. Como bem coloca a doutora em literatura Jane Tutikian no prefácio de O delírio amoroso e outros poemas, “Se é possível falar em um homem entre fronteiras, esse homem é Bocage: o das anedotas sujas e criações obscenas ao lado de poemas sensíveis, plenos de confissões amorosas, amargura e sofrimento, e mais: um homem situado entre dois mundos, entre as regras rígidas de um Arcadismo decadente, refletindo um mundo racional, ordenado e concreto, e a liberdade de um Romantismo descendente, quando a literatura se abre à individualidade e à renovação. Bocage é um homem do seu tempo e à frente do seu tempo.”

Pois durante o tempo em que viveu, Bocage mostrou ser apaixonado pela vida, pelas palavras e, claro, pelas mulheres. E foi justamente porque uma delas partiu-lhe o coração que ele deixou sua Portugal natal para aventurar-se por mares distantes. Em 1786, Bocage embarcou rumo à Índia no navio “Nossa Senhora da Vida, Santo Antônio e Madalena” e levou no coração sua namorada Gertrudes, a Gertrúria de Arcádia, responsável por dar um toque a mais de amor e amargura a seus poemas – já que ela acabou trocando o poeta por seu irmão Gil. No caminho para a Índia, entretanto, uma tormenta obrigou a nau em que ele viajava a fazer uma escala no Rio de Janeiro. Lá, Bocage foi recebido pelo governador Luís de Vasconcelos e ficou alguns dias aproveitando as terras tropicais até partir novamente para Goa, onde acabaria vivendo por 28 meses. Se o Rio de Janeiro inspirou Bocage a criar algumas de suas piadas picantes e versos libidinosos, não sabemos. Mas é difícil pensar que a cidade carioca não o tenha  encantado. 

Abaixo, um dos poemas dedicados à Gertrúria, que está em O delírio amoroso e outros poemas, livro que acaba de ser reeditado na Coleção L&PM POCKET com nova capa, feita a partir de uma foto de Ivan Pinheiro Machado de “Psyché ranimée par le baiser de l´Amor”, escultura de Antonio Canova que está exposta no museu do Louvre em Paris.

RECORDANDO-SE DA INCONSTÂNCIA DE GERTÚRIA

Da pérfida Gertúria o juramento
Parece-me que estou inda escutando.
E que inda ao som da voz suave e brando
Encolhe as asas, de encantado, o vento:

No vasto, infatigável pensamento
Os mimos da perjura estou notando…
Eis Amor, eis as Graças festejando
Dos ternos votos o feliz momento.

Mas ah!… Da minha rápida alegria
Para que acendes mais as vivas cores,
Lisonjeiro pincel da fantasia?

Basta, cega paixão, loucos amores;
Esqueçam-se os prazeres de algum dia,
Tão belos, tão duráveis como as flores.

“A Revolução Francesa”: um livro para entender o 14 de julho

Por Ivan Pinheiro Machado

Hoje é 14 de julho. Data emblemática da história da humanidade. Neste dia, há 222 anos, um grupo de cidadãos parisienses inconformados com a fome e a monarquia invadiu aquela que era o símbolo do autoritarismo político daqueles tempos: a prisão da Bastilha. Em poucas horas estava revoltada a cidade de Paris e a enorme fortaleza foi incendiada, simbolizando o começo de novos tempos. A Queda da Bastilha é considerado o acontecimento mais importante da história ocidental. Ele retoma o conceito de liberdade e democracia e, se foi turbulento nos seus primeiros anos, o processo revolucionário francês mostrou à humanidade um novo caminho a seguir, com a valorização do homem sobre todas as coisas.

As 694 páginas que compõe os dois volumes de Revolução Francesa, de Max Gallo, são um marco na imensa historiografia disponível sobre o movimento político e revolucionário mais importante dos tempos modernos.

No primeiro volume, O Povo e o rei – 1774 -1793, Gallo compõe o retrato da França pré-revolucionária, esculpe com rara habilidade as causas e o ambiente social que propiciou a revolta de 1789 e, sobretudo, concentra-se na figura patética de Luís XVI e os “luíses” que o precederam, Luís XIV e Luís XV. Ainda neste primeiro volume, ele narra a Queda da Bastilha e, em seguida, a “febre revolucionária” que tomou conta da França.

O leitor acompanha, como numa reportagem, um filme ou um folhetim, a agonia do prestígio do rei e da monarquia, que culmina na manhã gelada de 21 de janeiro de 1793 quando Luís XVI sobe ao cadafalso para ser guilhotinado. Aí então, como Gallo diz, “seu corpo será cortado em dois, e assim será separado o corpo do rei do da nação”. Ou seja, o rei não morreria pela vontade do povo, mas a recém proclamada República ainda era frágil e era preciso “matar” a monarquia que o bom e exitante Luís XVI representava.

Queremos!

Este é o grito que atravessa a inflamada noite de 13 para 14 de julho de 1789. Na aurora já sufocante, bandos correm às ruas. Os homens vão armados de ganchos, lanças, fuzis. Alguns estão “quase nus”. “Vil populacho” murmuram os burgueses.

Grupos se formam diante das portas das casas abastadas, dos inimigos da nação e, portanto, do Terceiro Estado.

Exige-se que as portas sejam abertas:

– Queremos bebida, comida, dinheiro, armas.

À noite, são pilhados os depósitos de armas e armaduras de coleção. Brandem-se sabres, facões, lanças.

Mas o que querem são armas de guerra.

(Revolução Francesa Vol. I, Max Gallo – Trecho que abre o capítulo 16)

Massacre du marquis de Pellepont, le 14 juillet 1789 - La Bastille - Musée Carnavalet

De Max Gallo, a L&PM também publica A Revolução Francesa Vol. 2 – Às armas, cidadãos (1793-1799). Leia uma entrevista exclusiva com o autor.

O trailer do novo filme de Sherlock Holmes finalmente sai das sombras

Quem aguarda ansiosamente (como nós!) a estreia do novo filme de Guy Ritchie sobre o detetive mais famoso da literatura já pode se deliciar com o trailer oficial de Sherlock Holmes – A Game of Shadows, que traz mais uma vez Robert Downey Jr. no papel de Sherlock,  Jude Law como Watson e Rachel McAdamns como a provocante Irene Adler. A novidade agora é que o filme apresenta também o inimigo oficial de Holmes, o vilão Professor Moriarty, vivido por  Jared Harris.

Sherlock Holmes – A Game of Shadow tem estreia prevista para dezembro. Falando nisso, você já viu os cartazes oficiais do filme divulgados no início da semana? Tudo indica que a espera até o fim do ano vai valer a pena.

Caio Fernando Abreu e Millôr Fernandes falam de Martha Medeiros

Martha Medeiros – a poeta – teve dois padrinhos de respeito: Caio Fernando Abreu e Millôr Fernandes. Curiosamente ela foi se consagrar, popularmente, no texto. A crônica e a ficção fizeram de Martha uma “celebridade” literária. Seu livro Doidas e Santas, lançado em 2009, até hoje é um fenômeno de vendas. O Divã rendeu um filme muito elogiado e a peça baseada em Doidas e Santas está em cartaz até hoje e sempre  lotada. A poesia de Martha está disponível nos livros Poesia reunida e Cartas extraviadas. Vale a pena. Poesia é um gênero que não vai para a lista dos bestsellers. Mas ler a boa poesia é uma emoção inesquecível. No caso de Martha, os  fãs que não conhecem sua poesia, não sabem o que estão perdendo. Millôr e Caio que o digam! (IPM)

A poesia de Martha é de câmara. A poesia de Martha é mínima, como é mínimo o eu contemporâneo, confundido em sua identidade com memórias de filmes noir, reflexos luminosos de neon, cores de out-door, velocidade de videocassete – repertório romântico retirado mais da enorme adega do imaginário coletivo do que da própria vida. Nesse sentido, ela consegue dar voz a uma geração inteira – essa que se movimenta, mais do que entre verdadeiras emoções, entre os clichês das emoções de um tempo, que pode tanto refletir os anos 40 quanto um futuro mais parecido com histórias em quadrinhos do que com sua possibilidade real.

Entre Casablanca, Ingrid Bergman ao som de As Times Goes Bye, e Harrison Ford caçando replicantes em Blade Runner, é que acontece essa poesia. Nos tempos de agora, plenos anos 80, onde o jantar à luz de velas foi preparado num forno microondas, a gardênia de Billie Holiday convive em paz com o disco-laser e o vestido longo de seda para dançar cheek to cheek foi comprado num bom free-shop da moda. Com seu dom para recriar lugares-comuns, numa poesia que frequentemente gira em torno de frases feitas reelaboradas, neste Meia-noite e um Quarto, seu segundo livro, Martha Medeiros assume uma identidade inconfundível na poesia brasileira seguindo, à sua maneira, a trilha aberta por Ana Cristina César.

Extremamente sintética (quase nunca seus poemas ultrapassam poucos versos), com delicadeza, ironia e sofisticação, ela passeia pelas carências, relações e fantasias de um momento histórico que, por incluir nele mesmo vários outros tempos passados, não dispõe ainda de uma face própria. Se é verdade que a boa literatura sempre tem a função de ajudar a definir melhor a face do tempo em que foi escrita, não tenho a menor dúvida ao afirmar que a literatura de Martha, portanto, é da melhor qualidade. Mas essa qualidade – a dos dias de hoje, pós-modernos -, longe das sinfonias grandiloqüentes, está mais próxima de um solo de sax, um gemido de guitarra elétrica, dedilhar rápido de piano ou sopro em flauta-doce. Que, talvez por esta singeleza e despretensão tiponew-bossa, imediatamente cria no leitor a magia rara da identificação.

A poesia de Martha acontece o tempo todo, do lado de dentro ou de fora da gente. Por ser poeta, ela consegue captá-la e dar-lhe a mais sensível e conemporânea das formas. Então comove. E segue o baile.

Caio Fernando Abreu
Menino Deus, outubro de 1987

Martha, Ô Martha

Millôr Fernandes

Martha Medeiros vem de novo, um terceiro livro. Gostei do anterior, uma revelação, próxima disso que o pessoal tem por bem chamar minimalista. Neste, Persona Non Grata, Martha repete a dose, nem melhor nem pior, apenas excelente.

É do tipo poesia sincera, a dela. Quero dizer, não inventada, mas feita de impressões existenciais, pessoais, sentimentos que às vezes nem se realizam senão no ato da apreensão, e crescem no ato do registro. Isso mesmo, como num instantâneo fotográfico. O mocroinstante registrado na velocidade química de 1600 ASA (*) nunca existiu na realidade que vivemos, nunca o vimos, mas é o que permanece como (nossa) eternidade, guardada no fundo da gaveta.

Tem mais; brincando, brincando, o que Martha mais faz é poesia de amor. Tem mais ainda – é absolutamente compreensível, sobretudo para quem compreende.

O que tem a dizer no fundo? Acho que é – quem de nós poderá escolher alternativa, já nascido?

Em resumo, antes que te chateie – das duas uma; ou a poesia morreu, ou a poesia e isso.

E, claro, aquilo. João Cabral, Paulo Mendes Campos e Manoel de Barros estão aí mesmo e não me deixam mentir.

* Pros ignorantes de fotografia: índice numérico de exposição de um filme no sistema adotado pela American Standards Association , usado para indicar a sensibilidade à luz  da emulsão do filme. Millôr é cultura!

Acaba de chegar o novo livro de crônicas de Martha Medeiros: Feliz por nada

Novo filme de Sherlock Holmes já tem cartaz

Aí vai uma ótima novidade para os fãs de Sherlock Holmes, o personagem mais célebre das histórias de Sir Arthur Conan Doyle: o novo filme sobre o detetive mais famoso da literatura, Sherlock Holmes – A game of shadows, já tem cartaz oficial! Ou melhor, DOIS cartazes oficiais:

Há rumores de que o trailer oficial do filme, que tem estreia prevista para dezembro, deve sair esta semana. Estamos aguardando ansiosos!

Via Omelete.

Martha Medeiros e as coisas simples da vida

O novo livro de crônicas de Martha Medeiros já chegou dizendo a que veio: ser Feliz por nada, segundo a própria autora, “é fazer a opção por uma vida conscientemente vívida, mais leve e nem por isso menos visceral”. Nesta coletânea de mais de 80 crônicas, Martha aborda temas muito diversos e, ao mesmo tempo, extremamente próximos de cada um de nós, relacionando o cotidiano muitas vezes banal e fugidio com temas universais como o amor, a família e a amizade. Em resumo: Feliz por nada é um livro imperdível para aqueles que apreciam as coisas simples da vida.

Quem lê a cronista e colunista Martha Medeiros em alguns dos jornais mais importantes do país talvez não conheça sua outra face: a poeta. Em 1985, Martha publicou seu primeiro livro de poemas chamado Strip-tease e, em 1987, lançou pela L&PM a coletânea Meia-noite e um Quarto, cuja orelha é assinada por Caio Fernando Abreu.

Em sua participação no quadro Palavra de Escritor da L&PM WebTV, Martha relembra o início da carreira de escritora e a honra de ter sido recomendada por Millôr Fernandes, comenta passagens de sua infância e fala sobre a relação com o público, entre outros assuntos. Veja o vídeo completo na WebTV (para os fãs, serão 30 minutos muito bem empregados!) ou assista ao teaser abaixo para ter um gostinho 🙂

Peça “Adultérios”, de Woody Allen, estreia hoje em São Paulo

A cortina sobe num dia cinzento em Nova York. Pode haver até um pouco de nevoeiro. O ambiente sugere um ponto isolado próximo das margens do rio Hudson, onde as pessoas podem se apoiar sobre o parapeito, observar os barcos e ver a praia de New Jersey. Provavelmente entre as ruas 70 e 80 Oeste. Jim Swain, escritor, com idade entre quarenta e cinquenta anos, está esperando nervoso, conferindo o relógio, andando de um lado para outro, tentando ligar para um número no celular, sem resposta. Está claramente esperando por alguém. Esfrega as mãos, confere se está chovendo e talvez puxe a gola do casaco um pouco para cima ao sentir ao menos uma névoa úmida. Em seguida, um homem grande, sem-teto, com barba por fazer, um morador de rua mais ou menos da idade de Jim, passa meio que de olho nele. Seu nome é Fred. Fred acaba se aproximando de Jim, que está cada vez mais consciente da presença dele e que, embora não esteja exatamente com medo, fica desconfiado por estar numa região erma com um sujeito grande e mal-encarado. Acrescente-se a isso o fato de Jim querer que seu encontro com quem quer que ele esteja esperando seja muito em particular. Afinal, Fred puxa conversa.

Assim começa a primeira peça de Adultérios, livro de Woody Allen que apresenta três deliciosas e divertidas histórias que se passam em Nova York e seus arredores e trazem os mais legítimos personagens de Allen. Pois, hoje, 08 de julho,  estreia em São Paulo a montagem de Adultérios (cujo título original é Central Park West). É a primeira vez que este texto de Woody Allen é adaptado aos palcos brasileiros e marca o retorno de Fabio Assunção ao teatro. Além dele, estão no elenco Norival Rizzo e Carol Mariottini. O diretor Alexandre Reinecke optou por alternar Fábio Assunção e Norival Rizzo nos papéis do mendigo Fred e do escritor Jim Swain que, no início da peça, espera sua amante com a intenção de terminar o relacionamento com ela. Fred, esquizofrênico e inteligente, puxa conversa com ele e, lá pelas tantas, acusa Jim de ter roubado sua história para escrever o roteiro de seu filme (que é sucesso de bilheteria). Como essa história termina? Bom, nesse caso, só leia o livro e assistindo à peça. Ou melhor: fazendo os dois.

Os três atores de "Adultérios" em cena / Foto de divulgação

ADULTÉRIOS
Estréia:
8 de julho, sexta-feira, 21h30
Local: Teatro Shopping Frei Caneca (Rua Frei Caneca, 569 – 6º Andar)
Horários: Sextas, às 21h30 – Sábados, às 20h e às 22h – Domingos, às 19h.
Temporada: De 8 de julho a 25 de setembro de 2011
Preços: Sextas: R$ 50,00 – Sábados: R$ 70,00 – Domingos: R$ 60,00.
Duração: 60 minutos
Lotação: 600 lugares
Classificação Etária: 12 anos
Horário de funcionamento da bilheteria: terça à quinta, no 6º andar, das 13h às 19h; de sexta a domingo, no 6º andar, das 13h até o início dos espetáculos. Telefones da bilheteria: 3472.2229 e 3472.2230
Vendas pela Internet: www.ingressorapido.com.br e 11.4003.1212

Cara a cara com os maiores escritores do mundo

Por Paula Taitelbaum*

Sou um gênio. Tive uma ideia de roteiro para um filme. Vou vender para Hollywood. Não, pensando bem, vou oferecer a Woody Allen. De graça. O storyline é o seguinte: a moça vai visitar a National Portrait Gallery, em Londres, e, de repente, todos os escritores que estão nas telas, pintados em diferentes épocas, ganham vida e se misturam. Como assim isso não passa de um misto de “Uma noite no museu” com “Meia noite em Paris”? Ok, você venceu, sou um fracasso como roteirista…

Brincadeiras à parte, esta ideia é meio inevitável quando se visita a National Portrait Gallery, um museu único e exclusivamente dedicado a retratos. Lá, estão os originais de muitas das imagens que conhecemos – e outras que não são tão populares assim. Telas com imagens de Shakespeare, das irmãs Brontë, de Robert Louis Stevenson, de Jane Austen, de Charles Dickens, de Lord Byron, de Jonathan Swift. As fotos (e não as reproduções) de Oscar Wilde, Edgar Allan Poe, Virginia Woolf, James Joyce, Beatrix Potter… Imagina se eles se descolassem dali!

Só os escritores entrariam no meu filme, mas claro que não são apenas eles que estão pelas paredes. Há reis, rainhas, nobres, pintores, músicos, políticos, celebridades, cientistas (o portrait de Darwin é impressionante!), inventores, roqueiros e ricos das mais variadas espécies. Há pinceladas de todos os famosos que o Reino Unido já viu e produziu.

Vá a Londres, visite a National Portrait Gallery. E depois me diga se o meu roteiro, mesmo que óbvio, não seria um sucesso…

Eu e Shakespeare, feitos um para o outro

Eduardo Bueno e Robert Louis Stevenson

Eu e as irmãs Brontë, na tela sozinha está Emily Brontë, autora do "O morro dos ventos uivantes"

Jane Austen, desenhada por sua irmã (e eu no reflexo)

Charles Dickens era lindo!

Mas Lord Byron era mais lindo ainda!

 *Paula Taitelbaum e Eduardo Bueno visitaram a National Portrait Gallery no final de junho.