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Descubra “América”

Imagine colocar lado a lado Sylvester Stallone, Jane Fonda, Michael Jackson, Madonna, Boy George, Mick Jagger, David Byrne, John Travolta, Farrah Fawcett, Ronald Reagan, Calvin Klein, William Burroughs e Truman Capote. Que salada mista, hein? Pois é exatamente o que faz América, livro que traz fotos que o artista pop Andy Warhol fez nas décadas de 70 e 80.

Mas nem só de celebridade vive as páginas de América. Warhol também fotografou cenas das ruas de Nova York e do Texas para mostrar que a arte fotográfica pode estar em todas as esquinas.

América já está sendo distribuído para as livrarias e é um ótimo presente para o Dia dos Pais. Desde que seu pai seja um cara que curta fotografia, é claro.

Michael Jackson está em "América" de Andy Warhol

A mulher que criou Andy Warhol

Transcorrera apenas um ano desde a sua chegada na América quando Julia deu à luz, em 1922, um filho, Paul. Depois, em 1925, ela pôs outro filho no mundo, John. E, em 1928, o casal Warhola teve seu último: Andrew. Mais um filho. A certidão de nascimento precisa o dia: 6 de agosto. Mas essa certidão de nascimento foi feita muito mais tarde, em 1945, quando o caçula da família precisou desse documento para se matricular na universidade. Andrew, o caçulinha, não teve, portanto, nenhum estado civil oficial antes dessa data. Sua mãe o guardava primeiro para si, na esfera privada e familiar.

(Trecho de Andy Warhol, de Mériam Korichi, Série Biografia L&PM)

Andrew Warhola se tornaria Andy Warhol. E mais do que isso: ele seria dos mais célebres artistas do século XX, considerado o papa do pop. Ligado à mãe, Julia, nasceu em 6 de agosto de 1928 (ou teria nascido, conforme sua certidão de nascimento) na inóspita cidade de Pittsburgh. Aos 21 anos, mudou-se para Nova York levando consigo uma obsessão: tornar-se célebre. Conseguiu.

Andy Warhol bebê no colo de sua mãe, Julia

Já em Nova York, Andy come sob o olhar atento da mãe

Aqui, Julia Warhola eternizada pelo filho famoso

E a boa notícia do dia é que, para comemorar o aniversário de Andy Warhol, chegou América, livro que traz fotos que Warhol fez das celebridades que passaram por Nova York nas décadas de 70 e 80. Sempre com a câmera a tiracolo, como se fosse uma extensão de seu próprio corpo, ele capturou cenas íntimas, dos bastidores e até dos momentos banais e aparentemente sem importância de artistas, atletas e políticos famosos e, com isso, fez – literalmente – o retrato de uma época e de uma cultura. O jovem (e negro) Michael Jackson, a estonteante Liza Minnelli, Truman Capote e sua nova cicatriz e até uma Madonna morena aparecem na coletânea. Depois de folhear América do início ao fim, é possível atestar que, quem disse certa vez que a América sem Andy Warhol é quase tão inconcebível como Andy Warhol sem a América, estava certo. Sua mãe com certeza sentiria orgulho em saber disso.

A capa do recém lançado "América"

“Eu não faço entrevistas, eu dou entrevistas” (Gore Vidal)

Gore Vidal faleceu em 31 de julho de 2012 em Los Angeles

Gore Vidal faleceu nesta terça-feira (madrugada de quarta no Brasil), aos 86 anos, em sua casa em Los Angeles. Considerado um dos intelectuais mais importantes dos Estados Unidos, escreveu romances, ensaios e roteiros de filmes. Era um crítico implacável do estilo de vida americano e da religiosidade que domina o sistema educacional. Segundo ele, os EUA vivem um sistema político de um só partido com duas alas direitistas. Candidato eterno ao Nobel da Literatura, era primo do ex-vice-presidente dos EUA Al Gore e meio-irmão da ex-primeira dama Jacqueline Kennedy. Gore Vidal andava de cadeira de rodas desde 2008, quando fraturou a coluna ao cair em um restaurante em Los Angeles. Morreu de complicações pulmonares.

Em Diários de  Andy Warhol, Gore Vidal é citado algumas vezes, como no dia 15 de dezembro de 1981:

Tomei um Vibromycin e depois na minha aula de beleza fiquei com náuseas, então comi uma bolacha e tomei água. Estava chovendo, realmente sujo e úmido. Encontrei John Reinhold e fomos para nosso lugar de costume, que se chama Think Thin. Conversamos sobre desenho de joias. E Bob está tentando resolver quem devemos mandar entrevistar Farrah Fawcett. Gore Vidal se recusou, disse, “Não faço entrevistas – eu DOU entrevistas”. (Andy Warhol em Diários de Andy Warhol – vol. 1)

Anaïs Nin e Gore Vidal

América, estranha América

O mundo acordou hoje sacudido pela trágica notícia de que, na noite anterior, um louco invadiu uma sala de cinema em Aurora, Colorado, e atacou a plateia com gás lacrimogênio e tiros de fuzil. Era a estreia do último filme da trilogia Batman. 12 pessoas morreram e há, pelo menos, 40 feridos.

Grande e estranha é esta América. O país teoricamente mais poderoso e civilizado do mundo, o xerife oficial da democracia e do “bem” é capaz de transformar cenas de barbárie como esta em fato recorrente. Quantas vezes um atirador disparou contra pessoas indefesas nos Estados Unidos da América? Bem próximo de Aurora está Columbine, a cidade que ficou célebre pelo massacre de 13 crianças em uma escola em 1999.

Em 1985, o mago pop Andy Warhol publicou a sua visão da América num grande ensaio fotográfico. Ele era obcecado por fotografias. Sempre saía com uma pequena maquina fotográfica, registrando tudo. E ele circulou nos intestinos desta América louca e ansiosa. Retratou – e estão neste livro – as minorias mais estranhas, as celebridades mais coroadas, bares, becos, travecos, lutadores, garotos bonitos, divas do cinema, locais emblemáticos, cãezinhos de estimação e antológicas cenas americanas nos hipódromos, ateliers de pintura, parques, praias, óperas de luxo, montanhas nevadas e boates mais do que quentíssimas.

Todo este bizarro e genial coquetel de imagens estão em América, que a L&PM vai lançar em breve. Há uma inquietante estranheza nas imagens de Andy Warhol. É evidente que ele foi um artista genial e os artistas sempre encontram um ângulo que ninguém notou. Mas este livro expõe muito além do curioso. Expõe uma sociedade que abriga democraticamente todas as tendências, garante todos os direitos, é hipócrita por um lado, mas libertária por outro, criou uma democracia fascinante e intocável, garantiu direitos, venceu o racismo odioso e ditou uma forma de ver o mundo. Vendo este livro fica uma sensação de inquietude. Pois este mundo hipercivilizado por um lado, e mega estranho por outro, não consegue impedir que, vez por outra, um dos seus filhos mostre e demonstre para o planeta o que de pior tem o ser humano. Como hoje pela manhã em Aurora. (Ivan Pinheiro Machado)

Rolling Stones há 50 anos

Para ler ao som de “Factory girl”, dos Rolling Stones

Foi em 12 de julho de 1962, há exatos 50 anos, no clube Marquee, em Londres, que os Rolling Stones se apresentaram pela primeira vez. Da formação atual, apenas Mick Jagger e Keith Richards estavam lá e Brian Jones, Dick Taylor, Ian Stewart e Tony Chapman completavam o grupo.

Mick, desde aquela época, sempre foi a maior estrela dos Stones e anos depois ele se tornaria um dos queridinhos de Andy Warhol e viraria personagem de vários retratos e quadros do criador da pop art. No livro America, que chega em breve às livrarias pela L&PM recheado com algumas das melhores fotos de Andy Warhol, Mick Jagger ganhou uma página inteira:

Mick Jagger em foto de Andy Warhol que está no livro América

Uma das sessões de fotos que Andy fez com os Rolling Stones aconteceu no dia 29 de setembro de 1977, como está registrado nos Diários de Andy Warhol:

Quinta-feira, 29 de setembro, 1977
(…)
Mick chegou 20 minutos atrasado e realmente de bom humor – eu estava fotografando os Stones. Aí todo mundo começou a chegar – Ron Wood, Earl McGrath e Keith Richards, que eu acho queé apenas a pessoa mas adorável, eu o adoro. Eu disse que fui a primeira pessoa a conhecer a mulher dele, Anita Pallenberg. Nos anos 60.

Michael Jackson por Andy Warhol

Andy Warhol tinha verdadeiro fascínio por celebridades. Tanto que, entre os anos 70 e 80, o papa da pop arte fotografou todos os famosos que andavam pela Big Apple. Entre eles, claro, estava Michael Jackson, o jovem astro da música que andava pela cidade para anunciar a nova turnê de seu grupo The Jacksons numa grande e disputadíssima coletiva de imprensa no Central Park.

Sempre com sua câmera fotográfica a postos, ele estava lá e fez várias imagens no dia. Algumas destas fotos estão no livro America, que deve chegar às livrarias do Brasil em julho pela L&PM.

The Jacksons durante coletiva de imprensa no Central Park

Michael Jackson no livro "America" de Andy Warhol

Mais tarde, depois que o grupo The Jacksons se desfez e Michael partiu rumo aos píncaros do sucesso em carreira solo, ele foi tema das famosas séries de serigrafias de Andy Warhol. O retrato feito em 1984, que estampou uma das capas da revista Time daquele ano, foi vendido em 2009, pouco depois da morte do cantor, por um valor que até hoje não foi revelado.

Michael Jackson por Andy Warhol (1984)

Michael Jackson também é personagem de Diários de Andy Warhol. No dia 2 de fevereiro de 1977, ele contou à amiga Pat Hackett como eles se conheceram:

(…) às 11h Catherine e eu fomos até o Regine’s para entrevistar Michael Jackson, do Jackson 5. Agora ele está muito alto e com uma voz  realmente aguda. (…) Toda a situação era engraçada, porque na verdade Catherine e eu não sabíamos nada sobre Michael Jackson e ele não sabia nada sobre mim – ele pensou que eu fosse um poeta ou algo assim. Por isso ele me fez perguntas que alguém que me conheça jamais faria – por exemplo, se eu era casado, se eu tinha filhos, se minha mãe está viva… (risos) Eu disse “Ela está num asilo”.

Andy Warhol fora da latinha

O artista multimídia Scott Blake criou um mural com um grande retrato de Andy Warhol feito com códigos de barras iguais aos de supermercado. Cada um dos códigos corresponde a um tipo de comida enlatada da marca Campbell’s – os códigos que formam o rosto de Andy são curvados para imitar o formato cilíndrico das latas. O jogo é simples: ao escanear um código com um leitor daqueles de supermercado, é exibido um vídeo que mostra o conteúdo de uma daquelas latas sendo consumido. Para quem sempre se limitou a apreciá-las nas telas de Andy Warhol, mas nunca teve a oportunidade de abrir uma, eis a chance de desfazer o mistério.

Em meio às latas, Scott escondeu umas surpresinhas: alguns códigos exibem outros vídeos do criador da pop art, como a famosa sequência em que ele aparece comendo calmamente um sanduíche ou ainda cenas do filme Basquiat em que Andy Warhol é interpretado por David Bowie.

Quem quiser saber mais sobre as famosas telas com as latas Campbell’s, vale ler os Diários de Andy Warhol e o volume Andy Warhol da Série Biografias, ambos publicados pela L&PM.

My Andy Warhol’s way of (social) life

Por Nanni Rios*

300 caixinhas brancas de 10 x 10cm distribuidas pelas paredes coloridas de uma sala redonda no MIS, em São Paulo. Dentro de cada uma delas, um retrato feito por Andy Warhol com a sua Polaroid Big Shot. Eu tinha lido muito sobre o Andy, sobre as famosas polaroides e sobre o significado daquilo tudo, mas nada se compara ao que senti quando entrei lá.

O que estava diante dos meus olhos e ao alcance das minhas mãos – e das lentes do meu iPhone! – eram os mesmos pedaços de papel fotográfico com rostos impressos que passaram pelas mãos de Andy Warhol instantes após ele apertar o disparador de sua câmera de revelação instantânea. E Walter Benjamim que me desculpe, mas não importam quantas reproduções dos retratos de Liza Minnelli (foto ao lado) eu já vi na vida e nem quantas obras derivadas o próprio Andy Warhol produziu a partir daquelas fotos: ver aquelas polaroides originais ao vivo me arrancou arrepios.

E não é pra menos. A herança de Andy Warhol guia a minha leitura de mundo. O colorido, a cópia, o remix, os mitos transformados em gente, o pop e o popular, o descompromisso com cânones e a banalidade daqueles registros me encantam. É com essa leveza e sem protocolos tradicionais que eu gosto de me relacionar com o mundo e com as pessoas. E quando dá, ainda carrego nas cores.

Também levo Andy Warhol como inspiração para o meu trabalho aqui na L&PM. Ou por acaso existe algo mais “15 minutos de fama” do que as redes sociais?

Só uma coisa me decepcionou na exposição: era proibido tirar fotos. Ok, a regra é praxe em museus, mas não combinava com aquela exposição. No entanto, assim que o segurança se virou, prestei uma homenagem ao meu ídolo: saquei meu iPhone, tirei umas fotos e postei no mural da L&PM no Facebook e também no meu mural pessoal. Em seguida, postei no Twitter recomendando a exposição. Não tenho a menor dúvida de que Andy adoraria ver a foto da foto da foto postada, curtida, compartilhada, retuitada, favoritada, alterada com os filtros do Instagram e alvo de vários pins no Pinterest.

Ah, o álbum no Flickr também está garantido. Aí estão todas as fotos que eu consegui tirar enquanto o segurança não voltava ao seu posto de guardião da “aura” das obras de arte:

A exposição Andy Warhol Superfície Polaroides fica em cartaz no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, até o dia 24 de junho.

*Nanni Rios é editora de mídias sociais da L&PM Editores e usa a Liza Minnelli de Andy Warhol como avatar em todos os seus perfis.

Começa, em São Paulo, mostra de polaroides de Andy Warhol

Andy Warhol Superfícies Polaroides (1969-1986) é a exposição que começa amanhã, 4 de maio (hoje só para convidados), no MIS – Museu da Imagem e do Som em São Paulo e que chega para celebrar os 25 anos da morte de Warhol, ocorrida em 1987. A mostra reúne 300 retratos, entre eles, 200 imagens inéditas no Brasil, feitas com uma máquina Polaroid. São amigos do artista, detalhes de interiores, objetos e pessoas famosas. Nomes como Mick Jagger, Jane Fonda, John Lennon, Truman Capote e William Burroughs. Leia aqui o texto do curador, Diógenes Moura:

Refletido no espelho, Andy Warhol vê sua vida e sua obra. Seus dias e suas noites são parte do seu trabalho tecnológico como talvez em nenhuma outra obra de um artista de seu tempo. Warhol queria ser uma máquina e produzir um trabalho sobre e para a cultura americana de massa, e lançou uma pergunta sem respostas sobre o conjunto da sua obra que até hoje os Estados Unidos procuram entender realmente do que se trata nas páginas da sua história. “Quem sou eu?” perguntou Warhol, e ele mesmo respondeu com uma versão coloridíssima de uma lata de sopa Campbell. A exposição Andy Warhol Superfície Polaroides (1969-1986) nos mostra, em trezentas imagens, uma significativa parte do processo de trabalho e da construção das imagens pública e privada de Warhol. Toda a série de polaroides que ele fez em seu estúdio ou nos registros produzidos nos encontros e nas noites por onde andou era o mais ou menos o que os paparazzi ainda procuram nos dias atuais. Mas, então, qual é a diferença? A diferença é, antes, quem estava atrás e na frente da câmera. E, hoje, quem está atrás e na frente das bilhões de câmeras espalhadas pelos quatro cantos da Terra, onde toda a humanidade é fotógrafo. Portanto, a diferença é: quem vê o quê?

Para chegar ao resultado final das suas serigrafias, Warhol fazia cerca de sessenta retratos usando uma câmera Big Shot da Polaroid. Depois escolhia quatro imagens e passava para o impressor de tela para obter imagens positivas em acetato. Quando os acetatos voltavam, ele decidia os cortes e os retoques, para fazer com que a pessoa se tornasse o mais atraente possível: alongava o pescoço, afinava narizes, aumentava os lábios. Era também o modo como gostaria de ser visto pelos outros e, assim, criar um mito para chamar de seu. As trezentas polaroides produzidas pelo artista entre 1969 e 1986 nos dão uma ideia desse seu modo de ver. Aqui estão os retratos de verdadeiros artistas, de celebridades descartáveis (e Warhol sabia como ninguém que celebridade com celebridade se vende, se paga e se joga no lixo), resquícios de objetos e composições, como os sapatos que marcaram a primeira fase de sua carreira, planos abertos de torsos nus, retratos 3 x 4 de personagens como Grace Jones e Lana Turner, exercícios de composições e sombras, como na imagem de Caroline de Mônaco, o corpo despido de Jean-Michel Basquiat fragmentado em detalhes e silêncio, os músculos iniciantes de Stallone e Schwarzenegger, o doce olhar de Muhammad Ali. Todos no mundo de Warhol, que os mantém vivos no mundo de hoje. Todos em pequenas polaroides. Na superfície atemporal que o artista dizia ser fundamental para reconhecê-lo. Na superfície das palavras e obra de “um herói cultural” que, nos momentos de introspecção, era capaz de elucubrar: “Quero inventar um novo tipo de fast food e estava pensando como seria uma coisa de waffles que tenha a comida de um lado e a bebida de outro – como presunto e Coca-Cola. Você poderia comer e beber ao mesmo tempo”.

Serviço:

Quando: 04 maio a 24 junho de 2012
Horário: terças a sextas, das 12h às 21h; sábados,
domingos e feriados, das 11h às 20h
Ingressos: R$ 4,00 (50% de desconto para estudantes)
Onde: MIS (Espaço redondo)
Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo

Andy Warhol, arte e tecnologia

Em 1985, Andy Warhol provou que sua arte não se curva diante dos limites da técnica. Sem usar uma só gota de tinta, ele fez um retrato ao vivo da musa Debbie Harry usando o Paint (quem nunca?) do Amiga OS, o computador mais moderno da época que estava sendo lançado na ocasião. Isso sem perder o estilo inconfundível que consagrou suas obras nos anos 60 e 70, quando ele usava nada mais do que tinta e processos manuais de serigrafia. Eis o resultado:

Pra quem duvida, a façanha foi registrada em vídeo:

Warhol morreu pouco tempo depois, em 22 de fevereiro de 1987, e não pode ver os caminhos impressionantes pelos quais se embrenhou a arte digital a partir dos anos 90. Já pensou no que o rei da pop art seria capaz de fazer com as maravilhas da computação gráfica e do 3D?