Arquivo mensais:outubro 2013

Frankfurt à moda brasileira

O pavilhão brasileiro na Feira do Livro de Frankfurt está bastante movimentado. De comidinhas tipicamente brasileiras a encontros com gente conhecida como Mauricio de Sousa, o grande espaço dedicado ao Brasil, país convidado deste ano, está dando o que falar, o que comer e, claro, o que ler também. Abaixo, algumas fotos enviadas pelo editor da L&PM Ivan Pinheiro Machado.

Aqui não se devora só livros - Foto Ivan Pinheiro Machado

Aqui não se devora só livros

Muita gente passa pelo pavilhão brasileiro em Frankfurt

Muita gente passa pelo pavilhão brasileiro em Frankfurt – Foto Ivan Pinheiro Machado

Mauricio de Sousa foi bastante assediado pelos repórteres

Mauricio de Sousa foi bastante assediado pelos repórteres – Foto Ivan Pinheiro Machado

 

As crianças e o mundo maravilhoso de Shakespeare

Impossível não se encantar com um vídeo que mostra crianças entre 5 e 7 anos contando, juntas, uma história mirabolante que envolve princesas, monstros, fadas e duendes. Principalmente quando esta história é Sonho de uma noite de verão, de William Shakespeare. Ou William “Shape” como eles dizem no final. Este comercial, que só no Youtube já foi visto por mais de 4 milhões de pessoas, faz parte de uma campanha do Banco Itaú que tem como conceito “Ler para uma criança – Isso muda o mundo”. Assista e se encante com esses pequenos contadores de história você também:

Com um pavilhão todo feito em papel, Brasil é destaque na Feira de Frankfurt

O Brasil é o país homenageado da Feira Internacional do Livro de Frankfurt 2013 que abriu suas portas ao público nesta quarta, 9 de outubro e vai 13 de outubro. Este ano, pelos corredores do maior encontro do mercado literário mundial vai se ouvir muita gente falando português. Além dos 70 escritores selecionados para representarem o Brasil, há uma boa quantidade de jornalistas brasileiros e mais as editoras nacionais que nunca deixam de estar presentes para fechar seus negócios. Nossos editores, como vêm fazendo há mais de 30 anos, neste momento devem estar participando de alguma reunião para conhecer – e trazer – novidades para o catálogo L&PM.

Depois da abertura polêmica que aconteceu ontem com direito a vaias ao vice-presidente brasileiro Michel Temer e a um discurso polêmico do escritor Luís Ruffato (que, segundo alguns, “deu a real” sobre o Brasil), o pavilhão verde amarelo foi aberto para quem quiser passar e entrar.

De verde e amarelo, felizmente, ele não tem muito. Criado pela cenógrafa Daniela Thomas (que nem todo mundo sabe, é filha de Ziraldo) e seu marido, Antonio Martinelli, o espaço do Brasil é todo feito em papelão.

O pavilhão brasileiro em Frankfurt - Ralph Orlowski / Reuters

O pavilhão brasileiro em Frankfurt – Ralph Orlowski / Reuters

“O livro é cada vez menos de papel, mas faz parte de uma história de 500 anos. Escolhemos o material não por uma questão ecológica, mas para celebrar o livro impresso”, disse Daniela Thomas a Folha de S. Paulo.

Além de muitos livros, de prestar uma homenagem a Oscar Niemeyer e de exibir um imenso “Menino Maluquinho” em uma das paredes, o pavilhão brasileiro inclui redes nas quais o visitante pode deitar e escutar canções brasileiras, além de totens que mostram personagens da literatura nacional. A ideia é que, ao longo da feira, esses totens desapareçam, pois eles são feitos de papéis com informações sobre os personagens e podem ser levados pelos visitantes.

É neste espaço de 2.500 m² que vai acontecer ainda a maior parte dos debates com os escritores brasileiros que lá estão.

Redes fazem referência às origens indígenas do Brasil e fazem a alegria dos visitantes cansados - Michael Probst / Associted Press

Redes fazem referência às origens indígenas do Brasil e fazem a alegria dos visitantes cansados – Michael Probst / Associted Press

Os totens mostram personagens da literatura brasileira e vão desaparecer - Michael Probst / Associated Press

Os totens mostram personagens da literatura brasileira e vão desaparecer – Michael Probst / Associated Press

Juremir Machado da Silva entrevista Dr. Fernando Lucchese

Foi bastante feliz a entrevista que Juremir Machado fez com o Dr. Fernando Lucchese. O papo sobre o mais recente livro do Dr. Lucchese, Não sou feliz, foi ao ar no programa “Livro Aberto” exibido em 7 de outubro na UniTV. Assista aqui à primeira parte:

Juremir Machado da Silva lançou recentemente o livro Jango – A vida e a morte no exílio.

Até Mary Shelley escreveu para crianças

Com o Dia das Crianças se aproximando, aproveitamos para pesquisar notícias sobre grandes escritores da literatura universal que não eram especializados em literatura infantojuvenil, mas que vez ou outra acabaram escrevendo para os pequenos leitores. No meio dessa busca virtual, encontramos um livro perdido de Mary Shelley, a autora de Frankenstein.

Em novembro de 1997, o The Times anunciou que um manuscrito costurado havia sido encontrado em um pequeno palácio na Itália. Ele estava dentro de um baú, entre cartas e papéis e seu título era Maurice, or The Fisher’s Cot (Maurice, ou A cabana do pescador). O livro logo foi comparado a uma joia resgatada do fundo do mar e, vindo direto das profundezas do tempo, revelou-se a única história infantil já feita por Mary Shelley.

Escrito em 1820, dois anos depois de Frankenstein, Maurice é também uma novela repleta de melancolia. Foi criado para Laurette, uma menina de onze anos, filha de uma amiga de Mary Shelley. E conta a história de um menino que perdeu seus pais e que está em busca de alguém que o proteja das maldades do mundo. Maurice não é considerada uma grande obra, mas além de sua importância histórico literária, ajuda a mostrar que muitos dos grandes escritores, em algum momento da vida, arriscaram-se no universo infantil.

O manuscrito de "Maurice", de Mary Shelley, encontrado na Itália

O manuscrito de “Maurice”, de Mary Shelley, encontrado na Itália (clique para ampliar)

O Museu Edgar Allan Poe está pedindo ajuda

No dia 23 de setembro deste ano, o Edgar Allan Poe Museum, de Richmond, iniciou uma campanha na internet para levantar a quantia de US$ 60.000 para a publicação de um super livro com as ilustrações de James Carling feitas em 1883 para o poema “O Corvo” de Edgar Allan Poe. Além da publicação do livro, parte do valor será usada para que os 43 desenhos de Carling tenham melhores condições de conservação, já que possuem exatos 130 anos.

As contribuições podem ser feitas através de uma campanha no site Kickstarter e as cotas vão de US$ 5 a US$ 10.000 (mas é possível contribuir até com U$ 1). Sendo que na cota menor, o contribuinte já ganha o convite para participar do lançamento do livro e a oportunidade de comprar a obra com desconto (nas cotas a partir de US$ 50, a pessoa ganha o livro). Como em toda campanha do Kickstarter, a contribuição só será debitada depois que for atingido o valor esperado. Caso, até 15 de novembro, os US$ 60.000 não forem atingidos, tudo fica como está.

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James Carling foi sepultado como indigente em sua cidade natal, Liverpool, no ano de 1887, aos 29 anos, depois de ter feito sucesso nos EUA. Menino pobre que cresceu nas ruas, Carling viajou para a América aos 14 anos para juntar-se ao irmão mais velho, Henry, também desenhista. Lá, virou artista de rua e chegou a ser chamado de “o desenhista mais rápido do mundo” e um “caricaturista relâmpago”.

Foi em 1883, em uma competição pela melhor ilustração do poema “O Corvo”, de Poe, promovida pela revista Harper, que Carling realizou os desenhos que agora estão em busca de verba. Suas ilustrações acabaram perdendo para as do artista francês Gustave Dore.

Depois de sua morte, os desenhos de “O Corvo” de James Carling ficaram guardados com o irmão Henry. Somente em 1930, ele os exibiu em uma exposição que foi recebida com tanto entusiasmo que o Museu de Richmond comprou as 43 ilustrações.

No vídeo abaixo, o curador do museu, Chris Semter, fala um pouco mais sobre a importância destas obras:

Clique aqui para participar.

Uma livraria de vanguarda em Pelotas

Ela acaba de abrir em Pelotas, cidade no interior do Rio Grande do Sul. Uma livraria do tipo que a gente adora visitar quando vai viajar para qualquer parte do mundo. A nova Livraria Vanguarda do Shopping Pelotas tem projeto do arquiteto Rudelger Leitzke e oferece um acervo de 30 mil itens em loja, além de espaço para eventos literários.

Quem dera se cada cidade do Brasil tivesse uma livraria assim. Veja algumas fotos:

A entrada da nova Livraria Vanguarda em Pelotas

A entrada da nova Livraria Vanguarda em Pelotas

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30 mil itens à disposição

Bukowski e Kerouac já estão por lá

Bukowski e Kerouac já estão por lá

Uma noite completa com Iotti

Iotti vai estar em ação na noite do dia 4 de outubro

Iotti vai estar em ação na noite do dia 4 de outubro

O cartunista e humorista Carlos Henrique Iotti, o criador do personagem Radicci, é patrono da Feira do Livro de Caxias do Sul deste ano. Nesta sexta-feira, 4 de outubro, ele participará de um bate-papo, fará um pocket show e autografará o livro 30 anos de Radicci que acaba de sair na Coleção L&PM Pocket com tiras inéditas. Tudo isso lá no auditório da Feira a partir das 19h.

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Um dia dedicado aos animais

É dia de Snoopy, Garfield e Simon’s Cat. Dia de festejar os personagens principais de quatro patas que estão em obras como O livro da selva de Rudyard Kipling, Caninos brancos de Jack London ou mesmo Max e os felinos de Moacyr Scliar. Dia ainda dos bichinhos que habitam as Fábulas de Esopo, as histórias dos irmãos Grimm ou os Contos de Mamãe Gansa.  É  Dia Mundial dos Animais, uma data que existe desde 1931 e que foi escolhida por ser o dia de São Francisco de Assis.

Não faltam livros em que os animais são personagens principais

Não faltam livros em que os animais são personagens principais

Mostra de ilustrações infantis em Londres

Começa na sexta-feira, 4 de outubro, na British Library em Londres, a exposição “Picture This: Children’s Illustrated Classics”. A mostra traz ilustrações de 10 clássicos da literatura infantil do século 20. Os desenhos são todos originais como o que está logo abaixo e é assinado por Rudyard Kipling. “The Elephant Child” foi feito em 1902.

A mostra vai até 26 de janeiro de 2014.

"The Elephant Child", de Rudyard Kipling. Clique na imagem para ampliá-la.

“The Elephant Child”, de Rudyard Kipling. Clique na imagem para ampliá-la.

E por falar em literatura infantil, clique aqui e dê uma olhada nos últimos lançamentos do gênero da L&PM.