Arquivo mensais:fevereiro 2013

Shakespeare na boca do povo

Shakespeare é pop. Muito pop. Não só porque suas histórias são conhecidas no mundo inteiro – e porque Romeu e Julieta virou nome de queijo com goiabada -, mas também pelo fato de que muitas das expressões que estão na boca do povo foram inventadas por ele. “Isso parece grego pra mim”, “Mais pra lá do que pra cá”, “Sem pregar o olho”, “Dias melhores virão”, “O próprio diabo encarnado” são expressões shakespearianas ditas por seus personagens. Sem contar aquelas que são o próprio nome de livros como “Medida por medida” e “Bem está o que bem acaba”. Não bastasse isso, ele criou 1.700 novas palavras que hoje fazem parte do vocabulário mundial. Alguns exemplos são Advertising (Publicidade), Bandit (Bandido), Champion (Campeão), Generous (Generoso), Obscene (Obsceno), Torture (Tortura) e Zany (Bobo). 

Veja aqui alguns exemplos de expressões criadas por Shakespeare e descubra em que livros elas estão:

Meu reino por um cavalo! (Ricardo III)

Nem tudo o que reluz é ouro. (O mercador de Veneza)

Há mais coisa entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia. (Hamlet)

O resto é silêncio… (Hamlet)

O que não tem remédio, remediado está. (Otelo)

Prudência! Quem mais corre, mais tropeça! (Trabalhos de amor perdidos)

Há algo de podre no reino da Dinamarca. (Hamlet)

A mulher é um prato para os deuses, quando não é o demônio que a prepara. (Antonio e Cleópatra)

Morrer…dormir… talvez sonhar. (Hamlet)

O bem que os homens fazem quase sempre é enterrado com seus ossos… (Julio César)

Colocar o carro na frente dos bois. (Ricardo III)

O ciúmes é um monstro de olhos verdes. (Otelo)

Você pode conhecer mais citações de Shakespeare no livro Shakespeare de A a Z. A Coleção L&PM Pocket publica 22 peças assinadas por ele e com traduções primorosas feitas por mestres como Millôr Fernandes e Beatriz Viégas-Faria: Medida por medida, Hamlet, O Rei Lear, A megera domada, Romeu e Julieta, Otelo, Macbeth, Ricardo III, Antonio e Cleópatra, Julio César, Como gostais / Conto de inverno, Tito Andrônico, Bem está o que bem acaba, O mercador de Veneza, Henrique V, A tempestade, Trabalhos de amor perdidos, Sonho de uma noite de verão, Noite de reis, Muito barulho por nada, A comédia dos erros e As alegres matronas de Windsor.

“Meu reino por um cavalo!”: descoberta ossada de Ricardo III

Na literatura, graças à Shakespeare, ele ficou associado à frase “Um cavalo, um cavalo, meu reino por um cavalo”. Pois eis que agora se descobriu que Ricardo III estava justamente enterrado sob muitos cavalos-de-força. Isso se forem somados os carros estacionados sobre sua sepultura.

Arqueólogos acabam de divulgar que a ossada de Ricardo III, morto em 1485, e que foi encontrada sob um estacionamento de Leicester, na região central da Inglaterra, é mesmo do monarca. “A conclusão acadêmica da Universidade de Leicester é que, além de qualquer dúvida razoável, o indivíduo exumado em Greyfriars, em setembro de 2012, é efetivamente Ricardo III, o último rei da Inglaterra da casa Plantagenet”, afirmou o arqueólogo Richard Buckley, que encabeçou a investigação, desencadeando aplausos do público.

Cientista mostra imagem ampliada do crânio que tem as marcas de Ricardo III

A escavação feita pela equipe da Universidade no ano passado descobriu um convento preservado debaixo deste estacionamento no centro da cidade e também um esqueleto com uma curvatura na coluna vertebral e cheio de cicatrizes, similares às agressões letais que o rei sofreu no campo de batalha. Após uma bateria de testes e análises de DNA, os especialistas da Universidade anunciaram que os restos mortais encontrados são realmente do último rei da casa Plantagenet.  

William Shakespeare imortalizou Ricardo III como um tirano corcunda que matou os dois sobrinhos que impediam seu acesso ao trono da Inglaterra. Sua história está na Coleção L&PM Pocket com tradução de Beatriz Viégas-Farias.

Capa da edição de "Ricardo III" da Coleção L&PM Pocket traz a única imagem que se conhece deste monarca

Casa que F. Scott Fitzgerald morou em Baltimore está à venda

Está à venda a casa onde o escritor F. Scott Fitzgerald morou em Baltimore, de 1933 a 1935, com sua esposa Zelda – depois que ela ateou fogo na casa onde eles moravam antes. O anúncio descreve a propriedade como uma “uma residência agradável e elegante” com “varandas e um jardim privado”. São 3.600 m² no total pela bagatela de 450 mil dólares!

Ainda segundo o anúncio, vários detalhes da construção original datada de 1900 estão preservados, como as lareiras ornamentadas, as janelas enormes e as portas em estilo francês. Enquanto morou na casa de Baltimore, Fitzgerald publicou seu último romance, Suave é a Noite, e algumas partes de Crack-up.

Veja mais fotos.

Por que ler “Os miseráveis” em HQ depois de assistir ao filme

Por Paula Taitelbaum

É provável que o filme Os miseráveis venha a ser primeiro contato de muitas pessoas com a grande obra de Victor Hugo. É o seu caso? Não se condene por isso: mergulhar nas tantas páginas e nos vários personagens do livro original não é tarefa fácil. Quando eu era uma jovem e voraz leitora (mais jovem do que voraz) cheguei a pegar o livro e li várias partes, mas não me dediquei a ele como deveria. O que me dá uma certa vergonha.

Mas desse tempo ficaram algumas lembranças que vieram à luz quando assisti ao filme.

Não tenho nada contra musicais, mas sempre acho que eles ficam melhores sobre um palco da Broadway. Sem contar que fiquei um pouco irritada com o fato de Jean Valjean e Javert não envelhecerem praticamente nada com o passar dos anos. Se no teatro é difícil envelhecer, no cinema é facílimo. Portanto, qual a explicação para os atores Hugh Jackman e Russel Crowe passarem dos 40 para os 60 anos sem uma ruga a mais no rosto ou um fio de cabelo branco extra na cabeça? E isso é uma coisa que me marcou: Valjean era velho.

O que não quer dizer que o filme não tenha lá seus predicados. O elenco está muito bem dirigido, o ponto alto é mesmo Anne Hathaway cantando a música tema (apesar de eu ter lembrado da Suzy Boyle) e as crianças – principalmente o menino que interpreta Gavroche – são um espetáculo à parte. E por ser um musical e, assim uma versão da obra de Victor Hugo, muita coisa fica no ar para quem não conhece a história original.

É por isso que, depois de assistir ao filme, você precisa – repito: precisa –  ler a bela adaptação de Os miseráveis da série Clássicos da Literatura em Quadrinhos. Eu fiz isso e, abaixo, listo dez motivos que fazem valer essa minha sugestão:

1. Como essa versão para os quadrinhos é bastante fiel ao original, você conhecerá passagens importantes que o filme mudou ou que foram omitidas nesta adaptação cinematográfica.

2. Ao ler Os Miseráveis em HQ, você vai descobrir como Jean Valjean tornou-se prefeito de Montreuil-Sur-Mer e porque Fantine estava lá. Para completar, saberá como Cosette foi parar nas mãos do casal  Thénardier.

2.  Na cena em que Jean Valjean decide ir ao tribunal, ele encontra-se com três  condenados que são testemunhas de um caso, o diálogo entre eles é fundamental para entender o contexto dessa passagem. E isso não aparece no filme.

3. No quadrinho, como no original, a relação de Jean Valjean com Fantine é mais longa do que no filme. E você verá que Javert ajudou a apressar o fim dessa personagem, o que o torna ainda mais odiável.

4. Você vai conhecer um trecho do livro que foi abandonado no musical: Jean Valjean é preso novamente, ganha um novo número e acaba sendo dado como morto.

5. A batalha de Waterloo está presente na história original e Thénardier, que no filme é vivido por Sacha Baron Cohen, salva a vida do pai de Marius, o que será importante a certa altura da história.

6. Ao ler a adaptação para HQ, você fica sabendo o que aconteceu com o pai de Marius e porque o jovem foi criado pelo avô materno, um monarquista. Também descobre como Marius conheceu os revolucionários.

7. Vai saber o nome da boneca que Cosette ganhou de seu protetor. E também descobrirá onde Jean Valjean e Cosetti ficaram – e no que ele trabalhou – enquanto a menina crescia.

8. Conhecerá um pouco mais da história do menino Gavroche e terá uma surpresa ao saber de quem ele era filho.

9. Verá que o final do livro é um pouco diferente. Além disso, conhecerá o poema criado por Victor Hugo para o túmulo de Jean Valdjean.

10. O final da adaptação de Os miseráveis da Série Clássicos da Literatura em quadrinhos traz um dossiê sobre o autor, sua época e sua obra. 16 páginas que contam, através de um ótimo texto e várias imagens, muita coisa interessante sobre Victor Hugo, a França do século XIX e as pessoas que viviam em Paris naquela época.

Os ganhadores da promoção “Orgulho e preconceito – 200 anos”

Para celebrar o bicentenário da publicação do romance Orgulho e preconceito, de Jane Austen, a L&PM lançou o concurso de fotos “Orgulho e preconceito – 200 anos”, cuja tarefa era produzir uma foto inspirada na história. As fotos participantes foram analisadas pela equipe editorial e de comunicação da L&PM Editores, tendo como critérios: originalidade, criatividade e estética. Foram 96 fotos inscritas e a escolha não foi fácil…

O primeiro lugar vai ganhar um kit com os 4 livros de Jane Austen na Coleção L&PM Pocket + 1 ecobag “Orgulho e preconceito – 200 anos” exclusiva!

A seguir, os vencedores:

1º lugar – Simone Karina

"A senhorita me daria a honra de ler essa carta?"

2º lugar – Bianca Liz

3º lugar – Luiza Kirst

E o juri popular escolheu a foto postada por Monica Silva com 126 likes:

Assim como a mãe acredita no amor, minha filha já está a espera do Sr. Darcy dela….

A capa da nova edição da “História de O”

Em primeira mão pra vocês: a capa da nova edição da História de O em quadrinhos, que chega em março às livrarias! Para saber mais sobre esta adaptação de Guido Crepax (o criador da Valentina) para o clássico erótico de Pauline Réage, leia este post de Paula Taitelbaum publicado no início do mês aqui no blog.

A chegada de “Os miseráveis”

Os miseráveis chega hoje aos cinemas de todo Brasil. A adaptação feita para a tela  grande do clássico romance de Victor Hugo é a versão cinematográfica do musical Broadway.

Os miseráveis, de Victor Hugo, é um romance sobre os excluídos e mostra a vida de Jean Valjean (no filme vivido por Hugh Jackman, vencedor do Globo de Ouro por essa atuação). Tudo começa em 1815 quando ele é solto da prisão depois de vinte anos. Condenado por ter roubado um pão, teve sua pena prorrogada em virtude de tentativas de fuga.

Valjean era apenas mais um ladrão andarilho como muitos outros, vítima da fome, da severidade dos julgamentos e de um preconceito sem fim. Até que encontra o bispo de Digne, monsenhor Myriel, que lhe oferece abrigo. Valdjean rouba a prataria do monsenhor, é preso pelos gendarmes, mas depois inocentado pelo próprio bispo, que alegou serem aqueles presentes seus para ele. A partir dessa atitude, Jean Valjean muda seu comportamento e decide fazer só o bem. Por seu caminho, passam Fantine e sua filha Cosette, o casal Thénardier, o menino Gavroche, o policial Javert e o jovem Marius. Personagens que também estão na adaptação de Os miseráveis para HQ, um belo livro que está na Série Clássicos da Literatura em Quadrinhos.