Que puxa, vamos cuidar do Snoopy!

Para marcar a estreia de “Snoopy e Charlie Brown, o filme”, a Fox Film do Brasil, em parceria com a SPCine, instalou 10 estátuas temáticas do Snoopy em diferentes pontos da capital paulista. Mas o que era para alegrar as ruas acabou revelando uma triste realidade: o vandalismo.

O Snoopy da Avenida Paulista teve suas orelhas arrancadas:

Snoopy avenida Paulista sem orelhas

O Snoopy do Estádio Pacaembu teve uma pedra quebrada:

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E o da Praça da Sé foi simplesmente degolado:

Snoopy praca da se degolado

A FoxFilm, no entanto, já anunciou que vai retirar, restaurar e recolocar as estátuas, todas elas feitas de resina e medindo 2,20 metros. E logo elas vão estar inteiras e felizes de novo. E esperamos que novas depredações não aconteçam!

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 Veja onde estão as dez estátuas do Snoopy:

Estádio Pacaembu: Snoopy Torcedor

Avenida Paulista: Snoopy Business Dog

Mercado Municipal: Snoopy Mortadela

Copan: Snoopy Happy Pet

Mosteiro São Bento: Índio Snoopy

Liberdade: Snoopy Oriental

Estação da Luz: Maquinista Snoopy

Oscar Freire: Snoopy Capitalista

CEU Butantã: Snoopy Uspiano

Praça da Sé: Snoopy Happy Pet 2

A L&PM Editores publica dezenas de livros do Snoopy nos mais variados formatos. Veja aqui.

10 Curiosidades sobre Lewis Carroll

Você sabia que…

  1. Lewis Carroll sofria de enxaquecas crônicas, epilepsia, gagueira e surdez parcial.
  2. Ele escreveu 11 livros sobre matemática e 12 obras de ficção.
  3. Carroll era um prodígio de produtividade: capaz de escrever 20 palavras por minuto, uma página com 150 palavras em sete minutos e meio e 12 páginas em duas horas e meia.
  4. Apesar de ser um exímio matemático, Carroll não mantinha sua conta bancária em equilíbrio. Ele não estava muito preocupado com dinheiro e muitas vezes ficava no vermelho.
  5. Ele foi um grande escritor de cartas e escrevia, em média, 2.000 por ano. Muitas vezes ele escrevia estas cartas de trás para frente, forçando o leitor a segurar o papel na frente do espelho para conseguir ler.
  6. O verdadeiro nome de Lewis Carroll era Charles Lutwidge Dodgson.
  7. O gato Cheshire foi inspirado em moldes de queijo do condado de Cheshire, na Inglaterra, uma área produtora de laticínios, onde a frase “sorrindo como um gato Cheshire” era muito popular, possivelmente porque os gatos seria muito felizes ao viverem em uma terra com tanto leite e derivados. A questão é que os queijeiros da região deixavam o rosto sorridente do gato virado para trás e ele somente aparecia por inteiro na última fatia (o que também tem a ver com o personagem de Carroll).

    Alice Gato

    Alice e o gato em desenho de John Tenniel

  8. Alice no País das Maravilhas foi traduzido para mais de 70 idiomas.
  9. Mesmo depois de ter ficado famoso como escritor, Carroll só viajou uma única vez para o exterior, em 1867, para a Rússia. O seu companheiro de viagem foi um colega, o Dr. Henry Liddon. “Escolhemos Moscovo”, escreveu Carroll. “Uma ideia estranha para um homem que nunca deixou a Inglaterra.” A viagem durou dois meses, e os dois amigos visitaram São Petersburgo e seus arredores, Moscovo e Nijni Novgorod.
  10. Há personagens de Alice imortalizados nos vitrais da Christ Church College at Oxford, onde Carroll passou boa parte da vida.

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 Fontes: Fun Trivia: Lewis CarrollShmoop: Lewis Carroll TriviaNYTimes.com; Wikipedia, Lewis Carroll, and the Cheshire Cat; and “Taking account of Carroll.”

No ritmo de Lewis Carroll

Charles Lutwidge Dodgson pode ser um nome sem nenhum significado para a maioria dos mortais. Mas se a gente disser que esse é o nome verdadeiro de Lewis Carroll, criador de Alice no País das Maravilhastudo muda.

Repleto de enigmas, trocadilhos, charadas e piadas, as obras de Carroll vêm servindo de inspiração para os mais diferentes artistas. Incluíndo aqui a mais variada seleção de músicos.

É por isso que hoje, na data que marca a morte de Carroll (ele nasceu em 27 de janeiro de 1832 e morreu em 14 de janeiro de 1898), a nossa homenagem é em forma de música.

“I am the Walrus”, dos Beatles. A letra, de John Lennon, faz referência a homens com cabeça de ovo e é totalmente nonsense:

“Sunshine”, do Aerosmith, deixa bem claro que é uma homenagem à Alice:

“Jabberwock” é um poema de Lewis Carroll que aqui ganhou ritmo na voz de Marianne Faithfull:

Pra terminar nossa homenagem, “Hall of Mirrors”, de Siouxsie & The Banshees:

Além de Alice no País das Maravilhas, a Coleção L&PM Pocket também publica Alice no país do espelho.

Bowie & Burroughs

Impossível não seguir pensando e falando em David Bowie.

Em novembro de 1973, o repórter grego Craig Copetas reuniu em uma só entrevista o “Beat Godfather” William Burroughs e o “Glitter Mainman” David Bowie. Pelo menos foi assim que ele chamou ambos no título da matéria publicada na revista Rolling Stone de 28 de fevereiro de 1974. Bowie tinha 26 anos. Burroughs, 59. Falaram sobre música, poesia, sexualidade, ficção científica, viagens, Andy Warhol. Mostraram desprezo pela Flower Power dos anos 60.

A matéria na Revista Rolling Stone (clique para ampliar)

A matéria na Revista Rolling Stone (clique para ampliar)

As fotos foram feitas por Terry O’Neill e uma delas, colorida à mão pelo próprio Bowie, costuma estar presente em exposições que correm o mundo. Clique aqui para ler a matéria da Rolling Stone em inglês.

David Bowie and William Burroughs photographed by  Terry O'Neill in 1974 and hand-coloured by Bowie

De William Burroughs, a L&PM publica Cartas do Yage O gato por dentro.

Globosat adquire os direitos de série baseada na obra de Agatha Christie

Depois de ser exibida na BBC Inglesa em 2015, a série Partners in Crime foi adquirida pela Globosat e chegará às TVs brasileiras, para alegria dos fãs.

Os episódios vão acompanhar as aventuras do casal Tommy (David Walliams, de Big School) e Tuppence Beresford (Jessica Raine, de Call the Midwife, Wolf Hall), detetives criados por Agatha Christie. Na literatura, a dupla iniciou suas aventuras quando tinha cerca de vinte anos de idade e conforme retornavam em novos livros, a escritora fazia com que eles fossem envelhecendo. Na última aventura, o casal está na faixa dos setenta anos.

Em Parners in Crime, segundo livro em que o casal aparece como protagonistas, eles são ex-detetives que tenta se adaptar à vida fora da ativa. Tommy tem um trabalho administrativo junto ao Serviço Secreto Britânico, enquanto Tuppence cuida da casa. Mas essa vida pacata parece estar com os dias contados quando o chefe da Inteligência Britânica lhes propõe recolocar em operação a Agência de Detetives Internacional.

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No elenco de personagens também está Albert, o assistente da dupla de detetives que mais tarde assume a função de mordomo.

Esta é a segunda vez que a Inglaterra produz uma série com o casal de detetives. A primeira foi exibida entre 1983 e 1984 pelo canal London Weekend Television.

Ainda não há previsão de quando a série vai estrear no Brasil, mas talvez chegue ainda em 2016. Veja o trailer da BBC:

Tommy e Tuppence estão na Coleção L&PM Pocket em Sócios no crime (Partners in Crime), M ou N?, Um pressentimento funesto e Portal do destino.

Vem aí o novo filme de Mogli, personagem criado pelo escritor Rudyard Kipling

"O Livro da Selva", de Kipling, é publicado na Coleção L&PM Pocket

“O Livro da Selva”, de Kipling, é publicado na Coleção L&PM Pocket

O menino Mogli, o tigre Shere Khan, o velho urso Baloo, a pantera negra Baguera (ou Bagheera), a cobra Kaa. São todos personagens criados pelo escritor Rudyard Kipling em “O Livro da Selva“, publicado originalmente em 1895 e que, nos anos 1960, foi adaptado pela Disney.

Mogli perdeu-se na selva e foi criado por uma família de lobos. Quando o tigre Shere Khan o ameaça, ele parte em uma jornada de aventura e autoconhecimento.

Agora, o menino lobo voltará às telas grandes em um filme dirigido por Jon Favreau  (“Homem de Ferro”) e com autores consagrados dublando os animais: Idris Elba faz a voz de Shere Khan; Baguera é Ben Kingsley; Baloo é Bill Murray e a sedutora e hipnótica cobra Kaa é Scarlett Johannsson. Além deles, Lupita Nyong’o faz a voz de Raksha, a protetora mãe lobo.

O pequeno ator Neel Sethi, de 10 anos, foi escolhido entre milhares de candidatos depois de uma busca mundial pelo menino-lobo perfeito. Mas ele é um dos únicos atores reais que aparecem no filme, já que os animais e ambientes são uma criação fotorrealistas em CGI.

O filme ganhará versões em 3D e tem estreia prevista no Brasil para 14 de abril de 2016. Veja o trailer legendado:

Em 1907, Kipling foi o primeiro autor de língua inglesa a receber o Nobel de Literatura, “em consideração ao poder de observação, originalidade e imaginação, vigor de ideias e brilhante talento para a narrativa.”

David Bowie cantou Andy Warhol

David Bowie partiu para as estrelas. Foi encontrar Ziggy Stardust. E nós, reles mortais, ficamos aqui, a olhar para o céu, enquanto entoamos suas canções.

No seu álbum Hunky Dory, de 1971, época de um psicodélico e andrógino Bowie, ele lançou uma canção chamada “Andy Warhol” (Andy Wahaal, segundo defendia sua pronúncia). Ela começa justamente com uma conversa de estúdio em que Bowie explica para o produtor Ken Scott a forma correta de dizer “Warhol”. A música tornou-se memorável com início em estilo flamenco e o violão acústico que segue pela melodia afora. Depois de fazer sua versão da letra, que originalmente foi escrita por Dana Gillespie, Bowie tocou-a para Warhol antes de gravá-la. Quando a música terminou, os dois teriam se olhado e permanecido em silêncio por um tempo. Até que Warhol disse “I like your shoes”. Em seguida, a dupla teria tido uma conversa sobre sapatos.

David Bowie é uma das tantas personalidades que está citada no livro “Diários de Andy Warhol“.

 

Oficina do Snoopy para divertir as crianças

Para marcar a estreia de “Snoopy e Charlie Brown – Peanuts, o filme”, que acontecerá em 14 de janeiro, a Sintonia Eventos preparou a Oficina do Snoopy, um espaço infantil que vai passar por três shoppings do Brasil e que oferecerá atividades lúdicas para crianças entre 3 e 12 anos. Haverá brincadeiras como Detetive, Desafio da Campainha, Jogo da Memória, Minha Primeira Tirinha, Beisebol e Mágicas. E o espaço do Barra Shopping Sul, em Porto Alegre, foi decorado com os livros da L&PM Editores. Ficou lindo!

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Onde estarão as Oficinas do Snoopy:

Barra Shopping Sul em Porto Alegre – de 8 a 31 de janeiro
Shopping Pátio Pinda em Pindamonhangaba (SP) – 09 a 31 de janeiro
Marília Shopping em Marília (SP) – de 04 a 28 de fevereiro

Fernando Pessoa e seu slogan para a Coca

Por Paula Taitelbaum*

Foi de uma amiga que morou durante anos em Portugal que escutei recentemente durante um café: “São Paulo é como aquele slogan criado pelo Fernando Pessoa para a Coca-Cola”.

Não acreditei: “Como assim? Não sabia que o Pessoa tinha criado slogan para a Coca-Cola!”

Ela: “Lá em Portugal qualquer criança conhece: PRIMEIRO ESTRANHA-SE. DEPOIS ENTRANHA-SE.”

Segui bestificada. E, claro, fui pesquisar. A história não só é verdadeira, como está citada em todas as biografias de Pessoa. Entre 1927 e 1928, o poeta, que era colaborador da agência de propaganda Hora, de seu amigo Manuel Martins da Hora, foi encarregado de criar a frase que deveria marcar a entrada do refrigerante norte-americano em Portugal. Foi então que ele produziu a frase que serve tanto para a bebida quanto para a capital paulista: “Primeiro estranha-se. Depois entranha-se.”

Só que na época, o slogan, apesar de criativo e verdadeiro, foi responsável por dar motivos ao diretor de Saúde de Lisboa, Ricardo Jorge, para apreender todo o carregamento do produto e jogá-lo inteirinho no mar. Segundo o diretor, o produto continha derivado de cocaína e o slogan atestava que o produto era tóxico e causava dependência, afinal, ficaria entranhado no corpo.

A Coca-Cola ficou, portanto, a ver navios em Portugal e só viria a entrar no país décadas depois.

O slogan de Pessoa segue sendo moderno. Prova disso é que, recentemente, no lançamento do “Frize”, uma água limão-cola, o slogan do poeta foi recriado para: “Primeiro prova-se; depois aprova-se”, como observou Andréia Galhardo, da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Fernando Pessoa (UFP), do Porto, no artigo “Sobre as práticas e reflexões publicitárias de Fernando Pessoa”.

Achei isso:

CocaColaEstranhase

E não resisti em fazer esta montagem:

Pessoa caminhando com coca

*Paula Taitelbaum é coordenadora do Núcleo de Comunicação da L&PM Editores e autora dos livros Menáge à Trois, Porno Pop Pocket e Palavra vai, palavra vem.

Freud, Dalí e as superstições

Virada de ano parece despertar um lado supersticioso até no mais cético dos intelectuais. Sabe como é: não custa nada comer lentilha, apelar para doze uvas, usar roupa branca, pular algumas ondas… Vá que dê certo. Mas e Freud? Será que ele também era do tipo que acreditava em talismãs, previsões e mandingas? “Tenho uma tendência à superstição, cuja origem ainda me é desconhecida” escreveu ele em 1901. Em várias fases da vida, Freud procurou prever a data de sua morte, cercando-a de superstições e receios. Ligou-se à Teoria dos Números Mágicos (desenvolvida por seu amigo, o médico Wilhelm Fliess) e, em 1894, teria previsto que seu falecimento se daria entre os 40 e 50 anos de idade. Aos 51 anos, em correspondência ao colega Ferenczi, mudou de ideia e afirmou que morreria em fevereiro de 1910. Apesar de ter errado todas as previsões, continuou interessado na vida oculta que se escondia atrás de seu id e de seu ego. Em 1938, quando estava exilado em Londres, recebeu a visita de Salvador Dalí, levado até sua casa por Stephan Zweig. Nesse encontro, Dalí fez um retrato de Freud que, ao olhá-lo, teria dito que ele “preconizava inconscientemente sua morte próxima”. E isso não foi só o que Dalí ouviu do pai da psicanálise durante a visita. “Quando tive a honra de encontrar, pela primeira vez, em Londres, Sigmund Freud, ele explicou-me em poucas palavras que as superstições possuíam um fundamento erótico e eficaz junto às forças ocultas. Desde então, mergulho cada vez mais profundamente na superstição. Carrego comigo um pedaço de madeira que nunca me deixa (…)” declarou Salvador Dalí alguns anos depois. Se até Freud e Dalí acreditavam, por que a gente não pode? Vamos lá: prepare seus amuletos e patuás porque o Réveillon vem aí…

Freud por Dalí: o desenho feito quando o Papa do surrealismo visitou o pai da psicanálise

Interessado em saber mais sobre Freud? A L&PM publica Freud na Série Biografias, Sigmund Freud na Série Encyclopaedia, a Correspondência entre Freud e sua filha Anna e ainda O futuro de uma ilusão, O mal estar na cultura, Compêndio da Psicanálise, O homem Moisés e a religião monoteísta, Psicologia das massas e análise do eu, Totem e Tabu e A interpretação dos sonhos,  todos traduzidos direto do alemão. Se a vontade for saber mais mais sobre o pensamento de Salvador Dalí, leia Libelo contra a arte moderna da série L&PM POCKET PLUS.