Millôr no Sarau Elétrico de hoje

Há mais de dez anos, toda terça-feira, em Porto Alegre, acontece o Sarau Elétrico. Apresentado pela radialista Kátia Suman e pelos escritores Luís Augusto Fischer, Cláudio Moreno e Claudia Tajes, o tradicional sarau é garantia de boas leituras e boas risadas. O tema de hoje, 3 de abril, é Millôr Fernandes e o convidado especial da noite é David Coimbra, jornalista que entrevistou Millôr em 2007 e que vai contar detalhes de seu encontro com o grande artista.

A partir das 21h30min de hoje, a L&PM WebTV trasmite o Sarau Elétrico ao vivo. Mas se você puder ir até lá prestar sua homenagem a Millôr, sarau acontece no Bar Ocidente que  fica na esquina da Rua João Telles com a Avenida Oswaldo Aranha. O ingresso custa R$ 10.

O elenco fixo do Sarau Elétrico: Luís Augusto Fischer, Kátia Suman, Claudia Tajes e Claudio Moreno

E para os que perderem o Sarau Elétrico de hoje, todo sábado às 18h, a Rádio Elétrica reprisa o áudio do encontro.

Andy Warhol por 5 dólares

Um colecionador de arte que se preze não pode passar por uma feirinha ou um “garage sale” sem comprar nada, pois nunca se sabe quando uma peça aparentemente sem valor (ou que custe míseros 5 dólares) vai surpreender e virar algo precioso. Foi desta forma despretensiosa que o colecionador Andy Fields comprou um desenho de seu xará Andy Warhol por 5 dólares numa feirinha em Las Vegas. É claro que ele não sabia o que estava comprando. Muito menos o pobre do vendedor, que perdeu a chance de ficar milionário.

Se você está se perguntando “como alguém não reconhece um Andy Warhol???”, a explicação é simples: estima-se que o desenho tenha sido feito quando o artista tinha 9 ou 10 anos de idade. Ou seja, muito antes da estética da pop art virar sinônimo de Andy Warhol e/ou vice-e-versa.

Outro detalhe curioso desta história é que, na verdade, Andy Fields não comproua obra do pequeno Warhol, mas sim uma tela que continha o desenho escondido. “Eu estava colocando uma nova moldura em uma das pinturas, retirei a parte de trás e vi um desenho olhando para mim e reconheci os lábios vermelhos e brilhantes de um Andy Warhol”, disse Fields. O desenho supostamente feito por Warhol é um retrato do cantor Rudy Vallee, popular por volta de 1930.

Fields e seu Andy Warhol

Apesar de ter começado sua vida de artista propriamente dita somente aos 23 anos, desde a infância ele dava sinais dos rumos sua biografia iria tomar, como mostra este trecho do livro Andy Warhol da Série Biografias:

Andrew recortava, coloria e desenhava, muito concentrado, pouco ou nada atraído pelas sirenes da rua. Ele já “trabalhava”, como gostaria de convencer jornalistas anos mais tarde:

– Qual foi sua primeira obra de arte?

– Eu recortava silhuetas.

– Que idade você tinha?

– Sete anos.

– Tirava boas notas em desenho, na escola?

– Tirava. Os professores gostavam muito de mim. Na escola primária, eles nos faziam copiar imagens dos livros. Acho que a primeira foi de Robert Loius Stevenson.

– Foi seu primeiro retrato?

– Talvez.

– Você frequentava um ateliê de desenho?

– Não. Mas pra quem tivesse um pouquinho de talento na escola elementar, eles costumavam propor esse gênero de coisa: ‘Se conseguir desenhar isso’, e a gente tratava de copiar a imagem e enviar…

– À Famous Artist’s School?

– Bem, cim.

– E você enviou?

– Não, os professores faziam isso.

– Eles diziam que você tinha um talento natural?

– Algo assim. Um talento contra a natureza.

– Você se interessava pela arte nessa época?

– Eu estava sempre doente, por isso precisava frequentar as aulas de verão apra tentar me recuperar. Eu tinha uma classe de desenho.

(…)

Allen Ginsberg por Patti Smith

Patti Smith foi grande amiga de Allen Ginsberg e aproveitou várias influências da poesia beat em suas apresentações e shows pelo mundo. Uma performance que vale a pena citar é a leitura dos versos de “Footnote to Howl” (“Nota de rodapé para Uivo”, na tradução de Claudio Willer), que é, na verdade, um trecho do grande poema Uivo, de Allen Ginsberg (Coleção L&PM Pocket), e entrou no repertório do show Land (2002), de Patti:

Holy! Holy! Holy! Holy! Holy! Holy! Holy! Holy! Holy!
Holy! Holy! Holy! Holy! Holy! Holy!
The world is holy! The soul is holy! The skin is holy!
The nose is holy! The tongue and cock and hand
and asshole holy!
Everything is holy! everybody’s holy! everywhere is
holy! everyday is in eternity! Everyman’s an
angel!
The bum’s as holy as the seraphim! the madman is
holy as you my soul are holy!
The typewriter is holy the poem is holy the voice is
holy the hearers are holy the ecstasy is holy!
Holy Peter holy Allen holy Solomon holy Lucien holy
Kerouac holy Huncke holy Burroughs holy Cassady
holy the unknown buggered and suffering
beggars holy the hideous human angels!
Holy my mother in the insane asylum! Holy the cocks
of the grandfathers of Kansas!
Holy the groaning saxophone! Holy the bop
apocalypse! Holy the jazzbands marijuana
hipsters peace & junk & drums!
Holy the solitudes of skyscrapers and pavements! Holy
the cafeterias filled with the millions! Holy the
mysterious rivers of tears under the streets!
Holy the lone juggernaut! Holy the vast lamb of the
middle class! Holy the crazy shepherds of rebellion
Who digs Los Angeles IS Los Angeles!
Holy New York Holy San Francisco Holy Peoria &
Seattle Holy Paris Holy Tangiers Holy Moscow
Holy Istanbul!
Holy time in eternity holy eternity in time holy the
clocks in space holy the fourth dimension holy
the fifth International holy the Angel in Moloch!
Holy the sea holy the desert holy the railroad holy the
locomotive holy the visions holy the hallucinations
holy the miracles holy the eyeball holy the
abyss!
Holy forgiveness! mercy! charity! faith! Holy! Ours!
bodies! suffering! magnanimity!
Holy the supernatural extra brilliant intelligent
kindness of the soul!

Mas se o seu inglês não der conta, dá pra acompanhar na tradução de Claudio Willer para Uivo:

Nota de rodapé para Uivo

Santo! Santo! Santo! Santo! Santo! Santo! Santo! Santo! Santo!
Santo! Santo! Santo! Santo! Santo! Santo!
O mundo é santo! A alma é santa! A pele é santa! O nariz é santo!
A língua e o caralho e a mão e o cu são santos!
Tudo é santo! todos são santos! todo lugar é santo! todo dia é eternidade! todo mundo é um anjo!
O vagabundo é tão santo quanto o serafim! o louco é tão santo quanto você minha alma é santa!
A máquina de escrever é santa o poema é santo a voz é santa os ouvintes são santos o êxtase é santo!
Santo Peter santo Allen santo Solomon santo Lucien santo Kerouac santo Huncke santo Burroughs santo Cassadu sandos os mendigos desconhecidos sofredores e dodidos santos os horrendos anjos humanos!
Santa minha mãe no asilo de loucos! Santos os caralhos dos vovôs de Kansas!
Santo o saxofone que geme! Santo o apocalipse bop! Santos a banda de jazz marijuana hipsters paz & droga & sonhos!
Santa a solidão dos arranha-céus e calçamentos! Santas as cafeterias cheias de milhões! Santo o misterioso rio de lágrimas sob as ruas!
Santo o solitário Jagarnata! Santo o enorme cordeiro da classe média! Santos os pastores loucos da rebelião! Quem saca que Los Angeles é Los Angeles!
Santo Nova York! Santo San Francisco Santo Peoria & Seatle Santo o tempo na eternindade santa a eternidade no tempo santos os despertadores no espaço santa a quarta dimensão santa a quinta internacional santo o anjo em Moloch!
Santo o mar santo o deserto santa a ferrovia santa a locomotiva santas as visões santas as alucinações santos os milagres santo o globo ocular santo o abismo!
Santo perdão! misericórdia! caridade! fé! Santo! Nossos! corpos! sofrendo! magnanimidade!
Santa a sobrenatural extra brilhante inteligente bondade da alma!

O novo álbum Banga, de Patti Smith, tem lançamento previsto para o dia 5 de junho e terá 12 canções inéditas, incluindo homenagens a Johnny Depp, Maria Schneider e Amy Winehouse.

O primeiro livro infantil da história

Histórias e crianças convivem juntas desde que o homem aprendeu a falar. Mas o primeiro livro infantil do Ocidente que se tem notícia só foi publicado em 1744 na Inglaterra. Oficialmente considerada a obra que deu origem à literatura infantojuvenil, seu nome é “A Little Pretty Pocket-book: Intended for the Instruction and Amusement of Little Master Tommy, and Pretty Miss Polly...” (Um lindo livrinho de bolso: destinado para a intrução e diversão do pequeno mestre Tommy e da linda senhorita Polly).

O livro é repleto de rimas simples e de imagens de crianças brincando de bolinhas de gude, de esconde-esconde, cricket, baseball e outros jogos. Publicado por John Newburry, ele foi o primeiro da editora que acabou se especializando em obras para crianças.

Página daquele que é considerado o primeiro livro infantil

E já que hoje o Dia Internacional do Livro Infantojuvenil, não deixe de conferir alguns títulos da L&PM.

O verbete de hoje é: Millôr Fernandes

Com o lançamento da nova Enciclopédia dos Quadrinhos“, de Goida e André Kleinert, este Blog publicará, nos domingos, um verbete deste livro. O de hoje é  o brasileiro Millôr Fernandes (1924 – 2012), que se foi esta semana. 

Durante muito tempo ele não foi Millôr, foi Vão Gôgo, nome com o qual assinava suas colaborações para as revistas O Cruzeiro e A Cigarra (décadas de 40 e 50). Aliás, o próprio e estranho nome de Millôr ele assim explica: “Meu pai queria registrar-me com o nome de Milton. Na hora, o funcionário do cartório errou e o Milton virou Millôr. E ficou por isto mesmo”. Carioca do Méier, nascido em 16 de agosto, iniciou-se na imprensa em 1943, como humorista e cartunista. Com o decorrer dos anos, tornou-se escritor e autor teatral (Um elefante no caos, Liberdade, Liberdade – junto com Flávio Rangel –, É, Os órfãos de Jânio). Foi também tradutor brilhante, pintor, artista gráfico e editor. Desentendendo-se com a cúpula de O Cruzeiro, por motivos de censura, fundou a publicação de humor Pif Paf (nome das páginas que mantinha naquela revista) e mais tarde ajudou também a editar O Pasquim. Manteve, desde a década de 60, incrível atividade diária na imprensa (Correio da Manhã, Jornal do Brasil) e semanal em revistas como Veja e Isto É. Em mais de sessenta anos de atividades, Millôr/Vão Gôgo já escreveu e desenhou milhares e milhares de páginas, sempre com um nível impressionante e busca de renovação. E quadrinhos, o Millôr fez? Mas claro que fez, senão estaria fora desta obra. Nas páginas do Pif Paf (tempos de O Cruzeiro) ele sempre ensaiava essa forma de comunicação. Em 1948, junto com outro notável humorista e desenhista (Carlos Estevão, veja em C), Millôr roteirizou as tiras de um personagem chamado Ignorabus, o contador de histórias, publicadas no Diário da Noite. Uma das razões de sua saída de O Cruzeiro foi a publicação de A verdadeira história do paraíso, onde misturava textos, desenhos e técnicas de quadrinhos. Para O Pasquim, de boa lembrança é também O último baião em Caruarú, uma divertidíssima gozação com o filme-escândalo de Bertolucci, O último tango em Paris. Isso é o que nos lembramos. Quem pesquisar toda a imensa obra de Millôr, certamente vai encontrar mais. Sem dúvida, o livro mais importante dele (sem ilustrações e sem quadrinhos) foi Millôr Definitivo, a bíblia do caos, editado pela L&PM em 1994 e com reedições até 2000. Foram selecionadas 5.142 frases, pensamentos, máximas, insultos e outras incríveis definições do autor, em volume único de mais de 500 páginas. Mais recentemente, de 2006 para cá, quem vem reeditando as obras de Millôr é a Desiderata. Já saíram A verdadeira história do paraíso, Ministério de perguntas cretinas (com ilustrações de Jaguar), Trinta anos de mim mesmo, Que país é este? e Novas fábulas & contos fabulosos, esse ilustrado por Angeli. 

Millôr e L&PM: uma parceria de décadas

Uma vez, num verão muito quente em 1975, quatro jovens pegaram um ônibus em Porto Alegre e foram ao Rio de Janeiro falar com Millôr Fernandes. O encontro havia sido marcado por telefone. A famosa secretária eletrônica do Millôr registrara nosso interesse em conversar com ele. E foi com grande emoção que recebemos sua ligação de volta, com o dia e a hora para aparecermos no seu estúdio na rua Gomes Carneiro, bem no comecinho de Ipanema. E lá fomos nós, Paulo Lima e eu, donos da raquítica e recém fundada L&PM Editores (4 livros em catálogo na época), o desenhista Edgar Vasques e o humorista Fraga, co-editores da futura “Antologia Brasileira de Humor” a ser publicada pela L&PM em dois volumes. A visita era exatamente para convidá-lo para participar desta antologia. No dia combinado, lá chegamos e fomos recebidos magnificamente por Millôr. A conversa estava tão boa que ele cometeu a suprema gentileza de nos convidar para almoçar em seu apartamento na Vieira Souto esquina com Aníbal de Mendonça. De frente para o mar de Ipanema. Foi a primeira de tantas vezes que desfrutei dos magníficos almoços dirigidos pela poderosa assessoria gastronômica da Dona Wanda, a esposa de Millôr.

Assim começou nosso longo convívio e nossa parceria editorial. Millôr Fernandes e Josué Guimarães foram os primeiros grandes autores de renome nacional publicados pela L&PM.  Millôr nos deixou no dia dia 27 de março de 2012 e parte fundamental de seu legado foi (e ainda é) editado por nós. A seguir, os títulos e os respectivos anos das edições L&PM:

Antologia brasileira de humor (em 2 vols. com vários autores)  – 1975
Devora-me ou te decifro – 1976
Liberdade, Liberdade (teatro, com Flávio Rangel)  – 1977, reeditado na Col. L&PM Pocket em 1998
É… (teatro) – 1977
A história é uma história (teatro)  – 1978
Orfãos de Jânio (teatro) – 1979
Flávia cabeça tronco e membros (teatro) – 1979, reeditado na Col. L&PM Pocket em 2001
Bons Tempos Hein? (teatro) –  1979
Um elefante no Caos (teatro) –  1979, reeditado na Col. L&PM Pocket em 1998
Vidigal: memórias de um Sargento do Milícias (música de Carlinhos Lira) – 1982
Duas Taboas e uma paixão (teatro) – 1982
Homem do princípio ao fim (teatro) – 1982, reeditado na Col. L&PM Pocket em 2000
Poemas –  1984, reeditado Col. L&PM Pocket 2001
Diários da Nova República 1 – 1985
Diários da Nova República 2 – 1988
Diários da Nova República 3 – 1988
Humor nos tempos de Collor (com Jô Soares e Luis Fernando Veríssimo) – 1991
Millôr Definitivo – A Bíblia do Caos – 1994 (edição brochura, formato 16 x 23cm); 2000 (9ª edição especial em capa dura com sobre-capa); 2002 – reeditado na Col. L&PM Pocket; 2007 – 15ª edição em capa dura com sobre-capa (formato 16 x 23cm), ampliada em 157 frases.
Kaos (teatro) – 1995, Col. L&PM Pocket em 2008
Hai kais  – 1997, Col. L&PM Pocket
O livro vermelho dos pensamentos do Millôr –  2005, Col. L&PM Pocket
Crítica da razão impura ou O primado da ignorância – Sobre Brejal dos Guajas, de José Sarney, e Dependência e Desenvolvimento na América Latina, de Fernando Henrique Cardoso – 2002
Viúva imortal (teatro) – 2009, Col. L&PM Pocket

Traduções e adaptações teatrais:

A megera domada – 1979, reeditado na Col. L&PM Pocket em 1998
Rei Lear, de W. Shakespeare 1980, reeditado na Col. L&PM Pocket em 1997
O jardim das cerejeiras, de Anton Tchekov – 1981, reeditado na Col. L&PM Pocket em 2006
As lágrimas amargas de Petra Von Kant, de Rainer W. Fassbinder  – 1982
Hamlet, de W. Shakespeare  – 1984, reeditado na Col. L&PM Pocket em 1997
Tio Vânia, de Anton Tchekov  – 1984, reeditado na Col. L&PM Pocket em 1997
Fedra, de Racine  – 1985, reeditado na Col. L&PM Pocket em 2002
Pigmaleão, de Bernard Shaw  – 1985, reeditado na Col. L&PM Pocket em 2006
Don Juan, o convidado de pedra, de Molière  – 1994, reeditado na Col. L&PM Pocket em 2004
As alegres matronas de Windsor, de W. Shakespeare 1995, Col. L&PM Pocket
Lisístrata, de Aristófanes  –  2002, Col. L&PM Pocket
A Celestina, de Fernando de Rojas – 2008

Para ver os livros de Millôr no nosso catálogo, clique aqui.
Para ver as obras traduzidas por ele, clique aqui.

As mulheres de “On the road”

E a contagem regressiva para a estreia de On the road continua! Cada teaser compartilhado pela produtora mk2 nos deixa mais ansiosos para conferir a adaptação de Walter Salles para a obra mais famosa de Jack Kerouac para o cinema. Hoje foi o dia das mulheres de On the road. Vejam como ficaram as personagens Terry (Alice Braga), Galantea Dunkel (Elisabeth Moss) e Jane (Amy Adams).

Alice Braga como Terry

Elisabeth Moss como Galantea Dunkel

Amy Adams como Jane

 

O cartaz do novo filme de Woody Allen

Ainda nem nos despedimos do apaixonante Meia-noite em Paris (que estreou nesta mesma época no ano passado) e Woody Allen já anunciou a data do lançamento de mais um filme. Os italianos serão os primeiros a ver To Rome with love com Roberto Benigni e Penelope Cruz, Allec Baldwin, Ellen Page e Jesse Eisenberg no elenco, no dia 20 de abril (sim, daqui a pouco!). O cartaz oficial do filme foi divulgado ontem pela produtora:

Inspirado no Decamerão de Boccaccio, To Rome With Love conta diversas histórias que se passam na capital italiana. Mas, na verdade, parece só um pretexto para explorar as ruas, a arquitetura e os símbolos de uma das cidades mais lindas e românticas do mundo. Pra sentir um gostinho do que vem por aí, veja algumas cenas do filme e de making of (em italiano):

Tchékhov, Goethe e Shakespeare em Curitiba

Todo ano, o Festival de Teatro de Curitiba reúne peças de todo o Brasil nos palcos da capital paranaense. A programação 2012 traz textos baseados em autores publicados por aqui como Tchékhov, Goethe e Shakespeare. Aí vão alguns deles, com a respectiva descrição disponível no site do festival.

Salada Russa – “União de duas peças cômicas de Anton Tchékhov, O Urso e Os Males do Tabaco, que têm como característica uma abordagem sutil do riso, tratando de questões profundas com comicidade e inteligência, proporcionando ao expectador a reflexão e o riso.” – Dias 30 e 31 de março no Teatro José Maria.

Como a gente gosta – “Rosalinda se disfarça de homem e foge da corte para a floresta onde encontra seu enamorado Orlando, fazendo-o imaginar que ela (travestida de homem) fosse de verdade sua amada. Lições de como curar a febre do amor, inspiradas na obra As you like it, de Shakespeare.” – Dias 3, 4 e 5 de abril na Praça Osório.

Werther – “Monólogo adaptado no romance de Goethe, Werther traz à tona os sofrimentos e anseios pulsantes e ardidos do jovem protagonista, que não enxerga mais motivos razoáveis na vida sem ser correspondido na paixão que tanto alimenta por Carlota. Um espetáculo ambiguamente cru e encantador sobre a dor vívida que persiste.” – Dias 3 e 4 de abril no Teatro Lala Schneider.

Licht+licht – “A nova produção da Cia de Ópera Seca, que faz sua estreia nacional no Festival de Teatro de Curitiba, mostra Goethe em seu leito de morte ao pronunciar suas últimas palavras: “Licht, mehr Licht” (Luz, mais Luz). Em seu delírio, o autor alemão vê seus personagens (Fausto/Mephisto, Werther/Willelm Meister e Margarida/Charlotte) em relações bem diferentes das imaginadas por ele. Depois de “Travesties”, de Tom Stoppard, sucesso no Festival de Curitiba em 2009, esta é a segunda direção de Caetano Vilela para a Cia. de Ópera Seca, que traz também para esta edição um espetáculo do núcleo inglês, capitaneado por Gerald Thomas.” – Dias 4 e 5 de abril no Teatro Guairinha.