A capa da revista TIME deste mês traz o ator Daniel Day-Lewis caracterizado como Lincoln, seu personagem no próximo filme de Steven Spielberg sobre a vida do 16º presidente dos Estados Unidos, que estreia em 2013.
Já que Lincoln está em alta – e aproveitando que ainda faltam alguns meses para a estreia do filme – a L&PM recomenda a leitura do volume Lincoln da Série Encyclopaedia.
A Revista “Tam nas nuvens” de novembro traz uma matéria de capa com Martha Medeiros. O texto faz um passeio pela obra da escritora e apresenta seu novo livro:Um lugar na janela – relatos de viagem. Clique sobre a imagem e leia a matéria na íntegra:
Houve um clamor público aqui em NY quando foi confirmada que a mais popular maratona do mundo não deveria ocorrer hoje, 04 de novembro. O governador e prefeito, que estão em alta absoluta, decidiram suspender a festa. O motivo alegado – e justo – foi o de que a enorme infra que a cidade disponibiliza para a organização da maratona deve ser utilizada para o socorro às vitimas que ainda sofrem na região litorânea, especialmente em New Jersey. Acontece que quando houve a suspensão já estavam aqui mais de 10 mil estrangeiros. E a festa aconteceu de qualquer jeito. Uma multidão reuniu-se no Central Park e todos saíram correndo. São hordas de corredores correndo pela cidade, sendo sistematicamente aplaudidos pelos novaiorquinos. A sensação é a de que todo mundo esta correndo em Nova York. O dia lindo, um frio de 4 graus amenizado pelo sol brilhante e um céu sem nuvens, propiciaram o belíssimo espetáculo: uma vez proibida a competição, o pessoal não perdeu a viagem – ficou com a diversão, que é exatamente do que a cidade precisa depois de tudo o que passou.
Corredores do mundo inteiro não perderam a viagem e NY / Foto: Ivan Pinheiro Machado
Pose para a posteridade na primeira maratona "não oficial" de Nova York / Foto: Ivan Pinheiro Machado
Que tal viajar pelos contos de fadas dos Irmãos Grimm? Não estamos apenas falando de uma viagem da imaginação, mas de um roteiro turístico de verdade, pela Alemanha, seguido os passos de Wilhelm e Jacob Grimm. Criada em 1975, a Rota dos Contos de Fadas vai de Hanau, próximo a Frankfurt, onde nasceram os irmãos, até a cidade dos músicos de Bremen, no norte do país. Se for possível, vá este ano ainda, pois em dezembro celebra-se a marca dos 200 anos da publicação da primeira edição dos contos dos irmãos.
Na cidade de Hanau, onde a rota começa, há um monumento aos Irmãos Grimm criado em 1895
Ao longo de mais de 600 quilômetros, o itinerário passa por vilarejos e cidades que tiveram um papel importante na vida dos Grimm como florestas, castelos e torres que provavelmente foram inspiração para os cenários de suas histórias. Na pequena cidade de Steinau, pode-se visitar a casa para onde Jacob e Wilhelm se mudaram quando ainda eram jovens e que hoje abriga um museu sobre os Grimm. Em Kassel, onde passaram a maior parte de suas vidas, o museu expõe uma cópia dos contos de fadas escrita à mão pelos irmãos.
Na vila de Bergfreiheit, nas colinas próximas à cidade de Bad Wildungen, a dica é visitar a casa da Branca de Neve. Ou de Margaretha Von Waldeck, uma bela moça que foi obrigada pela madrasta a mudar-se de Bergfreiheit e que morreu em 1554 aos 21 anos, aparentemente envenenada. Também há a casa de Rapunzel, adornada por uma longa trança de cabelos louros que pende da janela de uma torre do hotel Trendelburg. E o castelo de Sababurg, também um hotel, conhecido por ter sido a casa de Bela Adormecida.
O Castelo da Bela Adormecida em Sababurg
Chegando na cidade de Hamelin, é possível passear pelas ruas de pedra, com suas casas de madeira, e mergulhar no clima de fantasia que chega ao auge no museu totalmente dedicado ao flautista de Hamelin, onde os visitantes podem sentar sobre sacos de milho e assistir à encenação da história.
Para completar, vilas encravadas em colinas, rios como Fulda e o Weser, o lado Edersee e, acima de tudo, as florestas. Para os que pretendem viajar com suas crianças, é uma bela dica de roteiro. E não esqueça de levar os contos dos Irmãos Grimm na bagagem. A L&PM tem dois volumes em pocket que vão bem na mala de mão.
Que Dom Quixote de La Mancha é um romance universal, a gente já sabia. Mas que os chineses tinham feito uma adaptação cinematográfica em 3D para a grande obra de Cervantes, até hoje era uma novidade pra nós. Vale a pena ver o trailer. Uma pérola dos efeitos especiais!
Ontem, 31 de outubro de 2012, circulou o último número do Jornal da Tarde, 46 anos e 15.409 edições depois da sua fundação. O JT era editado pelo Estadão e tem nas suas origens um projeto inovador capitaneado por Mino Carta, o italiano que tornou-se um dos mais importantes e influentes jornalistas brasileiros. Nós, hoje velhos jornalistas, que fomos muito jovens no início dos anos 70, tínhamos como um dos principais paradigmas de modernidade e resistência à ditadura O Estado e S. Paulo e o JT. Com seus títulos ousados, sua diagramação imprevisível, fotos muito abertas, explorando os brancos das páginas, certas edições do JT eram verdadeiras obras de arte como design gráfico. A ideia era essa. Enquanto o Estadão desafiava a ditadura colocando trecho dos “Lusíadas” de Camões no espaço de matérias que eram amputadas pela odiosa censura prévia que foi imposta ao jornais, o Jornal da Tarde inovava, era admirado e reverenciado – e às vezes incompreendido – confundindo censores e, muitas vezes, os leitores. Um de seus principais repórteres, Marcos Faermann, o Marcão, foi nosso amigo próximo e migrou de Porto Alegre para São Paulo para fazer parte da seleta e invejada equipe do JT. Muitas vezes ele narrou para nós as peripécias do jornal, as invenções gráficas e as manchetes incríveis, como a publicada no dia da morte de Tom Jobim: “Brasil perde o Tom”. E sobretudo, o Marcão falava do sacerdócio que era ser coerente o tempo todo numa experiência inovadora, tendo que driblar diariamente os trogloditas da censura. Há uma geração inteira tomada de uma remota melancolia. De certo o JT não vendia mais, não significava economicamente mais do que um sacrifício financeiro para a editora que o mantinha, no caso O Estado de S. Paulo. Acredito até que a lenda tenha dado uma sobrevida para o jornal. Mas os tempos são outros, os meios são outros, as mensagens são outras. O Jornal da Tarde não resistiu à era digital. Mas saiu das bancas para entrar na história. Foi a mais radical experiência de um jornal diário na imprensa brasileira e graças a ele tivemos grandes momentos de excelência, de alegria e a consciência de que, em algum lugar, era possível ter a liberdade de inventar. (Ivan Pinheiro Machado)
A capa da última edição do lendário "Jornal da Tarde"
31 de outubro é Dia de Halloween. Uma data que foi ganhando força fora dos EUA e hoje inspira festas à fantasia no Brasil e leva nossas crianças a baterem nas portas vizinhas em busca de “Doces ou travessuras”. Em 2003, com o objetivo de resgatar figuras do folclore brasileiro em contraposição ao Dia das Bruxas gringo, um projeto de lei federal criou o “Dia do Saci”. A única questão é que, como mostra A.S. Franchini em seu livro “As 100 melhores lendas do folclore brasileiro”, o Saci também é repleto de elementos importados. Moral da história: talvez seja melhor não entrar em disputa. Dia das Bruxas ou Dia do Saci, hoje é dia de se divertir.
O Saci é um moleque de uma perna só – muito raramente apresentado com duas – e aparece geralmente nu, portando apenas uma carapuça vermelha na cabeça. (A carapuça mágica é um elemento importado de seus protótipos europeus – os anões e duendes também possuem gorros encantados, capazes de operar prodígios –, embora alguns nacionalistas inveterados queiram ver na carapuça uma mera adaptação da cabeleira vermelha do curupira, sem atentar para o fato de que também o nosso moleque dos pés invertidos está repleto de traços alienígenas.) Além de tornar o Saci invisível, a carapuça, uma vez arrancada de sua cabeça, tem o dom de premiar o ladrão com pedidos mágicos. O Saci é personagem traquinas por excelência: além de extraviar viajantes e de promover toda sorte de bagunças no lar, gosta muito também de montar em cavalos e promover disparadas noturnas, fazendo uma maçaroca nas crinas dos bichos. Fuma feito um condenado e perde as estribeiras com todo viajante que se recusa a reabastecer o seu cachimbo. Anda invariavelmente no interior de um redemoinho e pode ser apanhado se o caçador de sacis atirar, bem no meio, uma peneira invertida, trançada em forma de cruz, ou um terço ou um rosário de capim. Alguns também o apresentam com as mãos furadas, outro detalhe importado, retirado do seu protótipo português, o Fradinho da Mão Furada, primo irmão da Pisadeira e de outras entidades maléficas do pesadelo. (Texto retirado do livro “As 100 melhores lendas do folclore brasileiro“)
Tanto o maravilhoso livro “Paris: biografia de uma cidade” de Colin Jones (L&PM, 2004), como “Paris: uma história”, da Série Encyclopaedia (Coleção L&PM Pocket) de Yvan Combeau, apontam as origens da cidade de Paris para mais de três séculos A.C. quando a tribo celta Parisii estabeleceu-se nas margens do Sena, próximo ao que hoje conhecemos com Ilê de la Cité. Onde, aliás, está a Polícia Judiciária, local de trabalho do nosso querido Comissário Maigret. Passou a ser Lutécia, quando o imperador romano Julio César derrotou o gaulês Vercintorix. O nome Paris foi consagrado no século III, sob o Império Romano. Em 451, sofreu o assédio dos bárbaros, chefiados por Átila, que desorganizou a geopolítica da Europa. Recuperou-se, seguiu sendo uma cidade romana, até que, em 481, Clóvis I assumiu o poder, depois de derrotar o último exército romano. De lá para cá, Paris criou uma mitologia apoiada numa longa e fascinante história. E entre centenas de odisseias, foi palco da Revolução Francesa de 1789. A revolução que mudou o mundo. A partir dela, o ocidente começou a sair das sombras do autoritarismo, do feudalismo e sob as divisas generosas de “liberdade, igualdade e fraternidade” contaminou os continentes com seu humanismo radical. Max Gallo, consagrado escritor e historiador francês escreveu o belo “Revolução Francesa” dividido em dois volumes (“O povo e o rei” e “ Às armas cidadãos!”). Lançado na França em 2006, este livro obteve enorme êxito de público, atingindo o topo das listas dos best-sellers, pois pela primeira vez a história da “Revolução” foi contada com agilidade de uma reportagem e a emoção de um romance. Em setembro, a L&PM lançou a versão pocket deste extraordinário trabalho de Max Gallo.
Sempre teremos Paris – 2
A mitologia que envolve a cidade vem sendo cuidadosamente aquecida através dos séculos. Nem Henrique IV, protestante, ao assumir o trono de Paris, em 1593, resistiu aos encantos da cidade. Constrangido por motivos políticos em converter-se ao catolicismo, disse a célebre frase: “Paris vaut bien une messe” (Paris vale uma missa). Modernamente, a cidade foi beneficiada por duas leis fundamentais para sua imortalidade. A primeira fez 50 anos, a Lei Malraux de1962 que regula a conservação definitiva dos prédios antigos históricos ou não, fixando vantagens fiscais para a sua restauração. A segunda lei, de 1968, também de André Malraux, no tempo em que foi ministro de De Gaule, prioriza o pagamento do imposto de transmissão de herança – no caso de espólios de grandes artistas ou colecionadores – em obras de arte cedidas em uso fruto ao governo e aos “Museus Franceses”. Graças a esta lei é que existe o Museu Picasso, com centenas de obras do mestre e milhares de doações de telas dos maiores pintores da história para os grandes museus da França. Nesta mesma linha, de cultuar e preservar o seu passado, é uma tradição da cidade registrar com placas nas ruas o endereço de grandes homens ou de grandes feitos, assim como homenagear os seus heróis que “caíram em defesa da França” durante a segunda Grande Guerra. Veja abaixo alguns exemplos, como o prédio em que Picasso pintou Guernica, uma das obras de arte mais célebres de todos os tempos e que por coincidência serviu também de cenário para uma das obras mais famosas de Balzac, publicadas na Coleção 64 Páginas”: “A obra-prima ignorada”.
Sempre teremos Paris – 3
Uma cidade como Paris, com uma história conhecida há bem mais de 2 mil anos, tem muitas e muitas tradições, lendas e superstições que vão nascendo e se realimentando através do tempo. Há uma (que já registramos neste blog) que é muito recente, não tem 10 anos. A tela de arame que serve de murada na Pont des Arts (uma das pontes sobre o rio Sena, só para pedestres) está abarrotada de cadeados como você pode ver na foto abaixo. A outra foto é da década de 90, que mostra como era a ponte antes. Sabe-se lá de onde veio, mas esta é uma das (poucas) fórmulas do amor eterno; você compra um cadeado, escreve o seu nome e o do seu amor (de preferência dentro de um coração), fecha este cadeado na tela da Pont des Arts em Paris, joga a chave no Sena e… pronto. Este amor será para sempre.
A Pont des Arts hoje, repleta de cadeados
A Pont des Arts no início dos anos 90. À esquerda, Ivan Pinheiro Machado. No centro, Laís Pinheiro Machado. À direita, Eduardo Bueno
Sempre teremos Paris – 4
Talvez o dia 25 de agosto de 1944 seja a segunda maior data da França. Foi neste dia que as brigadas irregulares, as forças da Resistência Francesa, a guarnição França Livre mais as Forças Francesas do Interior, apoiadas pela 4ª. Divisão de Infantaria do Exército dos Estados Unidos, entraram definitivamente em Paris para expulsar as forças nazistas que ainda lá se mantinham. Há muitas histórias que cercam este dia mágico. Uma das mais saborosas está contada no livro de Dan Frank “Minuit – Les aventuriers de l’art moderne (1940-1944)” e revela bem o clima daquele dia. Algumas tropas de combatentes não alinhados tinham se antecipado aos exércitos regulares que invadiram Paris. O escritor Ernest Hemingway e o também escritor André Malraux eram veteranos da Guerra Civil Espanhola, onde tinham lutado nas brigadas internacionais ao lado dos republicanos contra o ditador fascista, o generalíssimo Francisco Franco. Ambos estiveram presentes na tomada de Paris. Esta é a história que encerra o livro:
“Malraux e seus “maquis” encontram Hemingway e seu grupo de “resistentes” armados no dia da libertação. Eles estão bebendo no bar do Hotel Ritz depois de expulsarem os últimos alemães, requisitarem suítes e colocar os “guerrilheiros” para descansar. Neste mesmo momento, o General De Gaule, as forças da França Livre mais os americanos recém cruzavam as fronteiras da cidade. Ambos estão bêbados. Malraux vê Hemingway e exclama:
– Ernest!
Eles não se vêem desde a Guerra da Espanha. – De onde você vem? – De longe. Strasburgo… E você? – Eu estava em Rambouillet – responde Hemingway. – Você está só? – Não, eu tenho uma pequena tropa. E mostra três “maquis” que dormem nos sofás do bar.
Malraux sorri e pergunta: – Quantos homens você comandou nesta guerra?
Hemingway pensa, faz um pequeno cálculo e diz: – Às vezes dez, às vezes duzentos. E você? – Eu? O coronel pensa e diz – dois mil homens. – Pena que não nos encontramos antes, replica Hemingway, se levantando.
Ele boceja, se espreguiça e se volta para o chefe da legendária brigada Alsacia-Lorena: – Se você estivesse conosco teríamos tomado esta cidadezinha há muito tempo… – Que cidadezinha? Pergunta Malraux. – Paris!
Nem parece, mas a Mônica vai fazer 50 anos em 2013! E para comemorar, Mauricio de Sousa já avisou que está preparando várias novidades para o ano que vem. Por enquanto, é tudo surpresa. Só sabemos que os selos comemorativos do aniversário da baixinha-dentuça mais querida do Brasil estão lindos!
Um dos primeiros livros no qual trabalhei quando comecei aqui na L&PM foi Os cães ladram: pessoas públicas e lugares privados, de Truman Capote. Já tinha lido – e ficado muito impressionada – com A sangue frio, edição que comprei num supermercado em Montevidéu, em alguma das muitas férias de verão que passei por lá. Confesso que já tinha ouvido falar muito de Truman Capote, especialmente desse clássico da não ficção e de Bonequinha de luxo, mas nunca tinha lido seus outros textos.
Os cães ladram traz justamente uma seleção de textos curtos escritos entre as décadas de 40 e 70. A riqueza da obra reside no fato de possibilitar múltiplas leituras: há um tanto de material biográfico, alguns exercícios de estilo, tudo regado com muito humor, sarcasmo e tendo como alicerce a força do relato jornalístico. E foi aí que o livro me conquistou. Para Capote, o jornalismo, assim como a câmera, não pode ser totalmente puro, “pois afinal a arte não é água destilada: impressões pessoais, preconceitos e a seletividade subjetiva comprometem a pureza da verdade cristalina”.
O jornalismo, na sua leitura, existia para ser subvertido. No prefácio, ao falar sobre a construção do perfil de Marlon Brando, um dos grandes textos do livro, nos conta: “Minha alegação era que a reportagem poderia ser uma forma de arte tão elaborada e excitante quanto qualquer outra modalidade da prosa – ensaio, conto, novela – uma teoria que poucos defendiam em 1956, ano em que o texto foi impresso, em oposição a hoje, quando sua aceitação tornou-se até algo exagerada.” É ainda no prefácio que ficamos sabendo de onde veio a inspiração para o título inusitado do livro, entre outras revelações.
Mas vamos a Os cães. A obra pode ser dividida em três partes. Na primeira, Capote faz uma viagem memorialística à infância, passando pelo primeiro estágio na New Yorker, relembrando o primeiro livro (Summer Crossing) e resgatando algumas viagens e lugares pitorescos, estes últimos reunidos sob o título de “Cor local”. Na segunda parte, aparece “As musas são ouvidas”, um dos textos que ele mais apreciou escrever. O volume termina com “Observações”, que reúne célebres perfis de, entre outros, Louis Armstrong, Humphrey Bogart e Marilyn Monroe, além de um corrosivo autorretrato: “Você é cruel?”, pergunta Truman Capote para ele mesmo. “Ocasionalmente. Nas conversas. Vamos dizer o seguinte: eu preferiria ser meu amigo do que meu inimigo.”
Para conhecer um pouco mais sobre o autor, recomendo os dois filmes que foram feitos sobre o processo de criação de A sangue frio, ambos com interpretações soberbas: Capote, de 2005, protagonizado por Philip Seymour Hoffman (que, inclusive, ganhou o Oscar por sua interpretação), e Confidencial (Infamous), de 2006, protagonizado por Toby Jones. Um dos poucos casos no qual é difícil escolher o melhor. Ambos trazem, com um olhar singular, esse Capote que está explícito nas entrelinhas de Os cães ladram.
* Toda semana, a Série “Relembrando um grande livro” traz um texto assinado em que grandes livros são (re)lembrados. Livros imperdíveis e inesquecíveis.