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Obrigada leitor: uma breve história da coleção L&PM Pocket, 15 anos depois

A L&PM foi fundada em 1974. O Lima e eu tínhamos pouco mais de 20 anos. Uns guris, como se diz cá nos pampas. De lá até o final dos anos 1990, tínhamos enfrentado uma ditadura truculenta, cinco moedas diferentes (Cruzeiro, Cruzeiro Novo, Cruzado, Cruzado Novo, Real…) e uma inflação que chegou a 80% no mês de transição do governo Sarney para o governo Collor em 1990. Em 1995 veio o Plano Real. Se por um lado foi o fim da inflação alucinante, por outro lado, nos empurrou para uma forte recessão e juros altíssimos. Por estas e por outras, a L&PM sentiu o golpe e teve que encolher para se adaptar a uma situação econômica complicada, já que não tínhamos sócios multinacionais… Foi aí que fizemos o projeto “livro de bolso”. Na época, era voz corrente que “livro de bolso não funcionava no Brasil”. E de fato, todas as tentativas até então tinham fracassado. Não dava pra entender – em todos os lugares do mundo o “pocket” significava quase metade do faturamento das editoras… Foi aí que decidimos concentrar nossas energias para enfrentar este “dogma” do mercado e criar uma grande coleção de livros de bolso. Uma coleção que fosse a cara da L&PM que já tinha, na época, mais de 2 mil títulos publicados. Isso foi há 15 anos. Como diria o presidente “empichado” Fernando Collor, “tínhamos só um tiro para dar”. No caso dele era contra a inflação, e ele errou. No nosso, era dar certo e prosseguir a L&PM ou dar errado e mudar de ramo… Pois bem. Graças a uma equipe fantástica, a L&PM emergiu de grandes dificuldades para  implantar no Brasil uma nova cultura editorial, democratizar o acesso ao livro e criar a maior coleção de livros de bolso do Brasil, hoje com mais de 1.200 títulos. E quem ganhou foi o leitor, porque imediatamente outras editoras foram obrigadas a fazer livros mais econômicos. Inclusive editoras que se caracterizam por cobrar altos preços pelos seus livros, como a Cia. das Letras, foi obrigada a se curvar e, para não perder mercado, muitos anos depois, precisou imitar os passos da L&PM Pocket criando uma coleção de bolso…

Uma coleção viabilizada pelo leitor

Foi um longo caminho até aqui. Nós temos a consciência de que o único responsável pelo êxito do projeto é o Leitor. Com “L” maiúsculo mesmo. Ele entendeu – muito antes da grande imprensa que sempre gostou de cortejar as grandes editoras – que era possível comprar livros de grande qualidade por muito menos da metade do preço de um livro convencional. E livros feitos no mesmo papel, no mesmo acabamento. Grandes livros de autores nacionais e, no caso de livros de autores estrangeiros, traduzidos pelos melhores profissionais disponíveis no mercado. Nosso projeto editorial inclui uma escolha eclética que atinge todo o público; dos mangás japoneses aos clássicos, passando por literatura moderna brasileira e internacional, teatro, gastronomia, comportamento, biografias, reportagem, história, psicologia (a coleção começou a publicar a obra completa de Freud, pela primeira vez traduzida direto do alemão) quadrinhos em geral, comportamento, filosofia, humor etc. A grande inovação – que o leitor entendeu imediatamente, repito – foi que a coleção L&PM Pocket não tem aquele aspecto “caça-níquel”, em que o livro é jogado no formato bolso depois de ter “dado o que tinha que dar” em várias versões e formatos. Livros extremamente importantes são lançados diretamente na nossa coleção, como a obra de Freud, Jack Kerouac, Bukowski, Jane Austen, Agatha Christie, Simenon, ShakespeareKafka, Woody Allen e muitos outros grandes autores. Há uma qualificada equipe que atua na concepção editorial, logística e vendas, pensando 24 horas por dia exclusivamente na Coleção L&PM Pocket. Profissionais de alto nível que conseguem colocar os pockets da L&PM nos locais mais distantes deste imenso país. Das fronteiras dos pampas às praias do nordeste, da Avenida Paulista ao Mercado Ver-o-Peso em Belém do Pará; enfim, no mais profundo interior de Minas Gerais, em Rio Branco no Acre, Salvador, Aracaju, Canoa Quebrada no Ceará, Teresina, São Luiz, Manaus, Curitiba, Goiânia, do Oiapoque ao Chuí você sempre vai encontrar um display da coleção L&PM Pocket. E nós só temos um agradecimento a fazer: é a você , leitor, que dá sentido e viabiliza o nosso trabalho. (Ivan Pinheiro Machado)

Clique sobre a imagem e assista a um vídeo que conta a história da Coleção L&PM Pocket

O maior encontro dos fãs de Jane Austen

Tudo começou em 1979, quando cerca de cem pessoas se encontraram no Hotel Gramercy Park em Nova York para a primeira reunião da Sociedade Jane Austen da América do Norte. A partir de então, os fãs da escritora inglesa, autora de Orgulho e Preconceito, passaram a se reunir anualmente. E o grupo foi crescendo.

Atualmente, o encontro dura três dias, acontece no Hotel Marriott, no centro do Brooklyn, e reúne mais de 700 pessoas vestidas “a caráter”.

— Este é um lugar onde as pessoas podem hastear a sua bandeira por Jane Austen — diz Julia Matson, de Minneapolis, criadora de uma linha de chás com temas austenianos (Sr. Darcy: “de começo forte, mas com final suave”), que veio para seu terceiro encontro.

Este ano, a JASNA – sigla pela qual a sociedade é conhecida – reuniu alguns grandes nomes para fazer as palestras principais sobre o tema do encontro: poder, dinheiro e sexo.

Encontro reuniu mais de 700 fãs de Jane Austen em Nova York / Foto: Joshua Bright - NYTNS

De Jane Austen, a Coleção L&PM Pocket publica Orgulho e preconceito, Persuasão, A abadia de Northanger e Razão e sentimento.

Anna Karenina na tela grande

Já não resta a menor dúvida de que o diretor Joe Wright possui um apreço especial por adaptar grandes romances para a grande tela do cinema. Depois de dirigir Orgulho e preconceitobaseada na obra de Jane Austen e Desejo e reparação, a partir do livro de Ian McEwan, Wright resolveu investir em Tolstói e filmou Anna Karenina, o grande romance russo. Tendo no papel principal a mesma Keira Knightley que ele dirigiu nos filmes anteriores, Anna Karenina já aparece como grande cotado para o Oscar mesmo antes de ter estreado. No Brasil, o lançamento está previsto para 1º de fevereiro de 2013.

De Leon Tolstói, a Coleção L&PM Pocket publica, entre outros, Guerra e Paz em quatro volumes. Ainda em 2012, do escritor russo, será lançado também Infância, adolescência e juventude.

Se Jane Austen tivesse uma conta no Youtube

“Sou uma universitária de 24 anos com uma montanha de dívidas em crédito estudantil morando em casa e me preparando para uma carreira. Mas para minha mãe, tudo o que interessa é que eu sou solteira. Meu nome é Lizzie Bennet e esta é a minha vida.”

Qualquer semelhança com a personagem Elizabeth Bennet, de Orgulho e preconceito, não é mera coincidência. A jovem tagarela que apresenta o vlog “The Lizzie Bennet Diaries” é a versão moderninha da personagem mais famosa de Jane Austen. Ela assume o papel de narradora, conta suas peripécias e apresenta os demais personagens, sempre com aquela ironia que os fãs dos romances de Jane Austen já estão acostumados.

Mas esta Lizzie tem algo que a personagem de Jane Austen não tem: ela pode interagir com os fãs! Neste episódio, por exemplo, ela responde as perguntas enviadas via Tumblr:

A primeira frase de Orgulho e preconceito já dá o tom do romance: “É verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro em posse de boa fortuna deve estar necessitado de esposa.” E assim, Jane Austen conduz o leitor até o lar dos Bennet, família com cinco noivas em potencial: Jane, Elizabeth, Mary, Kitty e Lydia. Quando dois jovens distintos chegam na cidade, todas ficam em alerta: eles são solteiros, bonitos e, claro, donos de uma boa fortuna. O que poderia ser uma típica história de amor é, nas mãos de uma das escritoras de língua inglesa mais lidas do mundo, um espetáculo de grandes personagens e diálogos sagazes, com um timing perfeito para a ironia.

Brincando de Jane Austen

Para atestar de vez a popularidade de Jane Austen em todo o mundo, a BBC lançou um jogo para Facebook que convida os usuários da maior rede social do planeta a passear pelos romances de uma das escritoras inglesas mais importantes de todos os tempos. E tudo começa com seu livro mais célebre, Orgulho e preconceito: os jogadores têm que encontrar o casal Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy e “persuadi-los” a voltar para o livro de onde saíram. Para isso, há várias tarefas a serem cumpridas, como encontrar objetos escondidos pelo cenário e identificar os erros em cenas que misturam as histórias de seus seis romances.

Para se dar bem no jogo, o ideal é conhecer bem livros de Jane Austen. Quatro deles estão na Coleção L&PM Pocket: Orgulho e preconceito, Persuasão, A abadia de Northanger e Razão e sentimento. Os outros dois, Emma e Mansfield Park, devem chegar nos próximos meses.

Catálogo L&PM e-books chega a 400 títulos

A boa notícia de final de ano é essa: estamos chegando aos 400 títulos em e-book e, no início de janeiro, o catálogo de livros digitais da L&PM já terá ultrapassado esta marca. São opções dos mais variados gêneros e autores para todos os gostos que incluem Jack KerouacBukowski, Balzac, Nietzsche, Moacyr Scliar, Millôr Fernandes, Jane Austen, Agatha Christie, Georges Simenon, Patricia Highsmith, Caio Fernando Abreu, Eduardo GaleanoMartha Medeiros, entre muitos outros. Há romances, contos, poesia, ensaios, quadrinhos. 

A distribuição dos e-books L&PM é feita pela DLD (Distribuidora de Livros Digitais), que é administrada por um grupo que reúne as editoras Record, Objetiva, Sextante, Rocco, Planeta e, claro, L&PM. A DLD possui acordo operacional como as livrarias Saraiva, Cultura, Curitiba e com os portais Positivo, Abril e Copia. Ou seja: basta clicar aqui, escolher entre estas centenas de opções, entrar no site das livrarias e… feliz download 2012!

Livros para pendurar na árvore de Natal

Livros ficam perfeitos embaixo da árvore de Natal. Mas você já pensou que eles podem virar o próprio enfeite da árvore? Há um site que vende bolas de vidro com trechos de Pride and Prejudice (Orgulho e Preconceito), de Jane Austen. O resultado é inspirador, pois bastaria encontrar uma bola de vidro vazia à venda para customizá-la com frases da sua obra preferida. Outro enfeite ótimo foi o da Biblioteca de São Paulo, que criou uma árvore decorada com 50 bloquinhos de post-it que simulam livros. A partir dessa ideia, ficaria lindo imprimir capinhas de livros da Coleção L&PM POCKET, colar nos bloquinhos e deixar a árvore com a cara da sua estante. Sua árvore já está pronta? Guarde esta ideias pro ano que vem! 

iPad com cara de livro

Os livros digitais já são mais do que realidade e têm adeptos pelo mundo todo. Os e-readers estão se popularizando e chegando ao mercado com preços cada vez mais acessíveis e o número de títulos disponíveis em formato digital cresce rapidamente. Só a L&PM já tem mais de 300 títulos!

Mas se você é do tipo que ainda não consegue se imaginar lendo um livro digital num iPad, por exemplo, os criativos da loja Out of print encontraram uma solução que pode ajudar a enganar os sentidos de quem não quer trair o velho companheiro de papel.  E quem sabe também convencer os mais ortodoxos. São as ” iPad Covers”, estampadas com as capas de grandes clássicos da literatura mundial. Além de cults, elas são lindas!

Capa da edição original de "O grande Gatsby" de 1925

"Walden", de Thoreau, também virou capa para iPad

Já fez as contas de quantos livros de Conan Doyle caberiam neste iPad?

Neste iPad com a capa de "Orgulho e preconceito" você pode guardar também "Persuasão" e "Abadia de Northanger"

As edições de centenas de páginas do livro "O morro dos ventos uivantes" já podem ser substituídas pela leveza de um pocket ou de um iPad

Jane Austen envenenada por arsênico?

A morte prematura da escritora Jane Austen, com apenas 41 anos, já foi atribuída a muitas coisas: doença de Addison, câncer, linfoma de Hodgkin, tuberculose bovina e doença de Brill-Zinsser. Mas agora, quase 200 anos depois de sua morte, ocorrida em 1817, uma nova e inquetante tese surgiu. A escritora britânica de novelas policiais Lindsay Ashford defende que a causa mortis de Austen foi a ingestão prolongada de arsênico. Os passos que levaram Ashford a esta conclusão começaram em 2008, quando seu companheiro arranjou em um emprego em Chawton House, uma bela mansão rural na região de Hampshire que, coincidência ou não, pertenceu a um irmão de Jane Austen, Edward. Em 1809, quando o pai de Jane morreu, a romancista, sua irmã Cassandra e sua mãe foram viver no pequeno solar que Edward possuía no parque de sua propriedade. E foi justamente esta casa, que hoje pertence a um descendente dos Austen, que Ashford alugou.

O projeto inicial da novelista era apenas o de escrever mais uma história policial, eventualmente protagonizada pela sua habitual heroína, a psicóloga Megan Rhys. Mas ninguém  habita impunemente a casa onde morou e trabalhou Jane Austen e certa manhã, quando lia um dos volumes da correspondência de Jane Austen, Ashford deparou-se com uma carta que ela escrevera, poucos meses antes de morrer, à sua sobrinha Fanny Knight, explicando que se sentia melhor e que estava recuperando o seu aspecto habitual. Parecendo referir-se ao seu rosto – já que usa a expressão my looks –, Austen escreve na carta que tivera a pele manchada de “negro, branco e de todas as cores erradas”.

Como Ashford pesquisa modernas técnicas forenses e os efeitos de certos venenos no corpo para escrever seus livros, ela logo percebeu que os sintomas citados na carta de Jane Austen pareciam muito com a pigmentação causada pelo consumo de arsênico, onde aparecem manchas na pele que variam de marrom a preto, passando pelo branco.

Pouco depois, a novelista conheceu o ex-presidente da Jane Austen Society of North America, que lhe disse que havia uma mecha de cabelo de Jane Austen em exibição num museu nas proximidades. A mecha, que fora comprada em 1948 por um casal já falecido, tinha sido testada por eles para arsênico com resultado positivo.  Mas é bom lembrar, no entanto, que o arsênio era um dos ingredientes da solução de Fowler que, na época, usava-se como tratamento para tudo, desde o reumatismo – algo que se queixaram de Austen em suas cartas – até sífilis.

“Depois de todas as minhas pesquisas eu acho que é muito provável que ela recebeu um medicamento que contém arsênico. Quando você olha para sua lista de sintomas e os compara à lista de sintomas de arsênico, há uma correlação surpreendente”, disse Ashford ao jornal britânico The Guardian. “Eu não acho que o assassinato está fora de questão”, disse ela. “Muita coisa não foi revelada e poderia ter havido um motivo para o homicídio.”

Este, aliás, é o tema do novo romance de Lindsay Ashford, “The Mysterious Death of Miss Austen” (A misteriosa morte de Miss Austen), lançado há poucas semanas em Londres.

A professora Janet Todd, de Cambridge, e especialista em Jane Austen, disse que assassinato é pouco provável. “Eu duvido muito que ela tenha sido envenenada intencionalmente. Mas a possibilidade que tenha sido tratada com arsênico para o reumatismo, por exemplo, é bastante provável”, disse a professora.

Embora Ashford esteja interessada em ver ossos da autora de Orgulho e Preconceito, Persuasão e A abadia de Northanger analisados pela medicina forense moderna, ela sabe que isso dificilmente vai acontecer. Talvez certas coisas não precisem ser desenterradas…

Jane “vintage” Austen

Quando se fala nos romances de Jane Austen, uma coisa é certa: não existe um só leitor de Persuasão, Orgulho e Preconceito e A abadia de Northanger que não tenha gostado das capas das edições da L&PM. E não é pra menos! Elas foram desenhadas pela artista alemã Birgit Amadori, famosa por suas criações em estilo vintage que decoram desde capas de livro até paredes de hotéis pelo mundo.

Conheça a série completa de ilustrações que ela criou para a coleção Jane Austen da editora britânica Random House, entre elas as que viraram as capas dos cinco livros de Jane Austen publicados na Coleção L&PM Pocket:

Ilustração da capa de “Razão e sentimento”

Ilustração da capa do livro “Emma”, próximo título de Jane Austen a ser publicado, ainda em 2014

A capa de “Mansfield Park” foi feita a partir desta ilustração

Ilustração da capa de “A abadia de Northanger”

Os traços delicados combinam com a história de “Persuasão”

A capa de “Orgulho e preconceito” é inconfundível

E a L&PM gostou tanto do trabalho de Birgit Amadori que encomendou uma ilustração inédita para a capa de O morro dos ventos uivantes e Ao farolde Virginia Woolf. Chegou a notar a semelhança?

Para ver outros trabalhos de Birgit Amadori, visite o álbum de fotos da página da artista no Facebook.