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A grande exposição dos beats na Europa

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“Beat Generation”, a primeira grande retrospectiva sobre o tema na Europa está aberta desde 22 de junho do Centro Pompidou em Paris. Concebida e apresentada pelo próprio centro, é considerada uma mostra sem precedentes que enfatiza o movimento que marcou profundamente a cena criativa contemporânea.

Nômade, a exposição vai além de Paris para aportar em Nova York e San Francisco, Cidade do México e Tânger. E mostrar que o movimento beat também passa pela música, cinema, fotografia e artes plásticas.

O rolo do manuscrito original de “On the Road” está lá, claro, desenrolando-se na semi escuridão para que assim não sofra com a luz e siga preservado para as próximas gerações… beats.

SERVIÇO

O que: Exposição Beat Generation, curadoria de Philippe-Alain Michaud e Jean-Jacques Lebel
Quando: Até 3 de outubro de 2016
Onde: Centro Pompidou, Galeria 1, Nível 6, 75191 Paris Cedex 04: 01 44 78 12 33. Metro Hotel de Ville Rambuteau. Aberto das 11 às 21h, todos os dias excepto às terças-feiras, 14 ou 11 €. Válida no dia para o museu nacional de arte moderna e todas as exposições.

Assista ao vídeo oficial da exposição:

A L&PM tem uma série inteira dedicada aos beats.

O sucesso de Claudio Willer em São Paulo

O lançamento de Os Rebeldes – Geração Beat e anarquismo místico, novo livro de Claudio Willer,  reuniu dezenas de pessoas na noite da quinta-feira, 3 de julho, na livraria Martins Fontes em São Paulo. A sessão de autógrafos estava marcada para começar às 19h, mas às 18h30 a fila já se estendia pelos corredores da livraria e se estendeu até às 23h.

Claudio Willer

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Em seu novo livro, Willer revela a história de personagens-personalidades que transcenderam os próprios limites e os de sua época. Inspirados nos escritos de William Blake, Arthur Rimbaud e W.B. Yeats, os beats fundamentaram sua ideologia em tradições religiosas, as mais variadas, e assim constituíram a base para uma nova filosofia de vida e de arte, além de abrir mil e uma estradas que não cessam de ser percorridas, uma geração após a outra. Familiarizado há décadas com a geração beat, o autor dedica maior parte de seu trabalho a Kerouac. Explora, entre outros, o anarquismo místico, as religiões beat, as viagens e o tempo.

O livro já disponível nas principais livrarias por R$ 34,90.

Em Paris, um mergulho no universo beat

Está programando uma viagem à Paris? Não deixe de colocar no roteiro uma visita à exposição Beat Generation/Allen Ginsberg que seguirá em exibição até 6 de janeiro de 2014 no Centre Pompidou-Metz.

Segundo o curador, Jean-Jacques Lebel, esta não é uma exposição onde os trabalhos estão pendurados na paredes, mas “uma antologia visual e acústica, uma experiência sensorial, uma selva repleta de imagens projetadas e um passeio virtual através de um grande movimento multicultural que surgiu durante a Segunda Guerra Mundial em Nova York, e que se espalhou por todo o mundo a partir de 1955. O poeta Allen Ginsberg, figura tutelar e catalisadora da Geração Beat, vai nos servir como um cartógrafo e um guia. Ele vai nos apresentar a seus amigos – que muitas vezes ele fotografou em diferentes momentos – e , acima de tudo, às suas obras; lançando luz sobre as personalidades únicas de cada um deles.”

A exposição apresenta filmes conhecidos e desconhecidos, leituras públicas, gravações, reportagens inéditas, textos, artes plásticas, entrevistas, fotografias e documentos de todos os tipos, pela primeira vez compilados para oferecer “uma perspectiva internacional, labiríntica e multimídia que transcende às limitações da apresentação linear e didática” segundo Lebel.

Entre as fotos da exposição, esta esta em que Allen  (1926-1997) aparece na frente de Rimbaud, no quarto 25 do Beat Hotel em Paris. A foto foi feita por Harold Chapman em dezembro de 1956.

Entre as fotos da exposição, esta esta em que Allen (1926-1997) aparece na frente de Rimbaud, no quarto 25 do Beat Hotel em Paris. A foto foi feita por Harold Chapman em dezembro de 1956.

A L&PM tem uma série inteirinha dedicada aos beats. Clique aqui para conhecer os títulos.

Começou a Flipoços 2013

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Tem literatura pulsando em Minas Gerais. A oitava edição da Flipoços – Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas – começou no sábado, 27 de abril, e vai até 05 de maio com uma programação intensa. Seguem aqui alguns encontros que destacamos dentro da programação:

– OFICINA “GERAÇÃO BEAT” com Claudio Willer (tradutor de Allen Ginsberg e Jack Kerouac e autor do livro “Geração Beat“) e Roberto Mugiatti. 03 de maio às 16h. Clique aqui para saber mais detalhes.

– HOMENAGEM À ALBERTO CAMUS com Manuel Costa Pinto (especialista em Alberto Camus e crítico de literatura do Programa Metrópolis). 04 de maio às 15h30.

– 3º ENCONTRO DO MANGÁ – 05 de maio às 9h.

 

Encontro sobre os beats em Belo Horizonte

Seis décadas depois de ter nascido nos Estados Unidos, sob a liderança de Jack Kerouac, a geração beat, que reunia grupo de escritores “malucos” em busca de novos caminhos para a literatura e a vida, segue repercutindo e angariando admiradores em boa parte do mundo, inclusive no Brasil. Muitos dos autores beats, além de Kerouac, caso de Allen Ginsberg, Gregory Corso e William Burroughs, entre outros, continuam sendo editados por aqui, onde não faltam leitores, nem estudiosos do movimento. Quem afirma é o escritor paulista Cláudio Willer, autor do livro Geração beat, publicado pela L&PM. 

Willer estará em Belo Horizonte no dia 12 de março, no Palácio das Artes, no projeto Terças poéticas, a partir das 18h30, para falar sobre o tema. E, em abril, ministra curso sobre os beats na Flipoços, em Poços de Caldas.

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Jack Kerouac e Allen Ginsberg: expoentes da geração beat

Além de ser autor de Geração beat, Willer é o tradutor de Uivo, de Allen Ginsberg e está traduzindo os Haikais de Jack Kerouac que serão publicados pela L&PM ainda este ano em edição bilíngue.

Tem Curso Geração Beat e contracultura em novembro

Claudio Willer, tradutor de Uivo de Allen Ginsberg e autor do livro Geração beat, ministrará novo curso no Espaço Revista Cult. “Poesia e política: Geração Beat e contracultura” é o tema do evento que o Espaço Revista Cult sediará de 8 de novembro a 6 de dezembro.

NÚCLEO: Altos Estudos
MINISTRADO POR: Claudio Willer
DATA: de 08/11/2012 até 06/12/2012
HORÁRIO: Quintas-feiras, das 20h às 22h
CARGA HORÁRIA: 8h
NÚMERO DE VAGAS: 40
PÚBLICO ALVO: Estudantes, jornalistas e demais interessados no assunto.
VALOR: R$ 320.00

O valor pode ser parcelado em até 6 vezes no cartão de crédito (sem juros) no Espaço Revista CULT.

Programa: 
1 – Poesia e política, do Romantismo até hoje: William Blake, Walt Whitman e Arthur Rimbaud, inspiradores da Geração Beat
2 – A “revolução de mochilas às costas” e os “ideais essenciais do movimento Beat”: liberação, tolerância, “antifascismo cósmico”
3 – O pluralismo Beat; a contribuição de seus integrantes: ambientalismo, militância, anarquismo místico.
4 – Debate: contemporaneidade ou extemporaneidade; contracultura e Geração Beat foram assimilados ou são irreversíveis? Contribuições ao pensamento

Os haicais de Kerouac estão mais perto de nós

Prepare-se para ler os haicais de Jack Kerouac em português a partir de 2013. Quinta-feira, 27 de setembro, Claudio Willer anunciou em seu blog que entregou à L&PM Editores parte da tradução do livro que traz os pequenos poemas de Kerouac. “Não resisti a postar o final do Livro de haicais de Kerouac (acabo de enviar ao editor o copião da tradução, sem revisão). Achei comovente. Ele escreveu até o fim, até seus últimos dias, até morrer. Acima de tudo, foi um poeta.”

Encolhido, arreganhando os dentes
para a nevasca,
Meu gato me encara

Encolhida na
nevasca, a antiga
Miséria do gato

Surpreendente briga de gatos
na sala em uma
Rancorosa noite de setembro

Chuva-na-Cara
olha desde a colina:
Custer lá embaixo

Touro Sentado ajusta
sua cinta: o cheiro
de peixe defumado

A mosca, tão
solitária como eu
Nesta casa vazia

O outro homem, tão
solitário como eu
Neste universo vazio

Willer, que também é o tradutor de Uivo, de Allen Ginsberg, é um verdadeiro expert em literatura beat. Autor do livro Geração beat, ele realiza uma palestra sobre hoje, 02 de outubro, às 18:30 na Livraria Sebinho em Brasília.

“Geração Beat” será encenada pela 1ª vez

Talvez poucos saibam disso, mas Jack Kerouac já se aventurou pelos caminhos do teatro e escreveu, em 1957, uma peça em três atos chamada Geração Beat (Coleção L&PM Pocket), a única de sua curta carreira de dramaturgo. Eis que 55 anos depois, a peça será encenada pela primeira vez na cidade natal de Kerouac, Lowell, no estado de Massachusetts, durante o festival “Jack Kerouac Literary”. Serão oito performances que estão sendo preparadas  pelo grupo Merrimack Repertory Theatre em parceria com a University of Massachusetts Lowell.

Se a peça não foi encenada antes, não foi por falta de empenho do próprio Kerouac. Na época, ele enviou cópias do texto para diversos produtores e atores (entre eles Marlon Brando), mas diante das sucessivas negativas, acabou desistindo e o texto ficou engavetado por muito tempo até ser redescoberto em 2005.

Geração Beat mostra um dia na vida do personagem Jack Duluoz, uma espécie de alter ego de Kerouac. Como é de praxe, as histórias são baseadas nas vivências do escritor e os outros personagens fazem referência a Allen Ginsberg, William Burroughs, Neal Cassady, Gregory Corso e outros malditos. A estreia está prevista para outubro.

Na trilha de On the Road

Agora que On the road, de Walter Salles, começa a tomar forma – com cartaz e promessa de estreia no primeiro semestre – ficamos aqui imaginando como será a trilha sonora do filme. Enquanto ela não chega, compartilhamos algumas músicas inspiradas na viagem de Jack Kerouac e Neal Cassady, essa que deu origem ao mais famoso livro da geração beat.

“Neal & Cassady”, canção composta por Tom Waits em 1977:

“The Persecution & Restoration of Dean Moriarty (On the road)”, da banda Aztec two step, de 1972:

“Neal Cassady”, de 1989, do álbum “Fair and Square” da banda Washington Squares:

Além de On the road, a L&PM publica uma série inteira com autores da geração beat.

O pai da expressão “beat”

Qual a origem do termo “geração beat”? De todas as versões, a considerada definitiva e confirmada é aquela publicada no prefácio de um livro de Allen Ginsberg, The Beat Book: “A expressão ‘beat generation’ surgiu em uma conversa específica entre Jack Kerouac e John Clellon Holmes em 1948. Discutiam a natureza das gerações, lembrando o glamour da lost generation, e Kerouac disse: ‘Ah, isso não passa de uma geração beat’. Mas o que nem todo mundo sabe é que o autor de On the road captou o termo de Herbert Huncke. Kerouac ficou encantado com o modo como Huncke usava sem parar o termo “beat” – que nos circos itinerantes significa “cansado” e “abatido” – e empregou a expressão para batizar toda uma geração (Kerouac também chegou a dizer que o termo derivava de “beatific”).

Herbert Huncke em 1947 na fazenda de William Burroughs

 Mas quem foi Herbert Huncke? Foi um garoto de programa, um ladrãozinho, um viciado. Mas, acima de tudo, uma figura fascinante e carismática. Huncke deu o primeiro pico a William Burroughs, guiou Kerouac e Ginsberg pelo submundo da Times Square nos anos 1940, inspirou personagens de muitos dos livros beats, escreveu os seus próprios sem muito sucesso. Nascido em uma família de classe média, costumava dizer que começou a usar drogas aos doze anos, vender sexo com dezesseis e que roubou tudo o que lhe passou pelas mãos. “Eu sempre segui o caminho mais fácil”, disse em uma entrevista de 1992. “Simplesmente continuei a fazer o que queria. Não pesava nem avaliava as coisas. Comecei desse jeito e de fato nunca mudei.”

Apesar de junkie, Huncke tinha modos finos, era elegante e não mentia jamais. Passou onze anos na prisão e boa parte da vida vivendo no Chelsea Hotel em Manhattan, onde faleceu em 9 de agosto de 1996 aos 81 anos de idade.