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Corrente humana para transferir livros na Letônia

Cerca de 15 mil pessoas formaram uma imensa fila em Riga, capital da Letônia, com o objetivo de transportar os livros da antiga Biblioteca Nacional para a nova. Sob um frio de até 4ºC, os voluntários – entre eles muitas crianças – formaram uma linha por cerca de dois quilômetros, passando os livros de mão em mão. São, ao todo, mais de 4 milhões de unidades, em 50 idiomas. O antigo prédio da Biblioteca Nacional, em operação há 150 anos, estava lotado e em péssimas condições. A nova biblioteca, que será climatizada e terá mais espaços para leitura, deve ser inaugurada oficialmente em agosto. Riga foi escolhida capital europeia da cultura em 2014. Assista ao vídeo e sinta o amor dessas pessoas pelos livros:

Via Globo News.

O maior colecionador de pockets da L&PM

Há quem escreva por amor, pelo prazer de presenciar o encontro das palavras, por obrigação, ou mesmo porque nasceu para isso. Luiz Fernando Koch, irmão do famoso ex-tenista e campeão mundial Thomaz Koch, ao longo de sua vida, escreveu muito. Em todos os anos em que foi juiz, foram inúmeros referendos, notas, sentenças e tratados. Incontáveis as páginas. “Na verdade, sou um escritor anônimo”, brinca.  Luiz Fernando escreveu tanto que não teve tempo suficiente para ler tudo o que gostaria. Até que resolveu “recuperar o tempo perdido” e foi atrás de todos os livros que pudesse degustar, como se cada um deles fosse realmente uma saborosa refeição.

Koch, como um bom e determinado homem da lei, resolveu entrar de cabeça nesta missão. Uma dúzia de livros não foi o suficiente. Resolveu comprar logo a Coleção inteirinha da L&PM POCKET. “Não tenho a pretensão de ler todos estes livros”, diz ele em seu escritório, diante de uma parede repleta de coloridos e recheados livros. Mas prometeu que leria tudo o que conseguisse. “Queria comprar a coleção também para o meu neto e minhas filhas”, confessou Koch, que teve de adaptar o escritório para receber os novos moradores – que chegaram em 10 volumosas caixas. “Comprei há muito pouco tempo, mas é possível que meu escritório seja bem mais visitado agora por parentes e amigos”, diverte-se o maior colecionador de pockets L&PM que temos notícia.

Há quem diga que são os livros que fazem de uma casa um lar. Neste caso, não há dúvidas de que o escritório de Luiz Fernando Koch, em Porto Alegre, tenha ficado muito mais acolhedor quando quase mil histórias começaram a habitar o lugar. O escritor anônimo transformou-se em um conhecido leitor – e invejado por muita gente! Afinal, quem não gostaria de ter quase mil livros em sua sala?

Gostou? Então aguarde para ver na WebTV a entrevista que fizemos com Luiz Fernando Koch, em seu escritório, diante das centenas de livros da L&PM Editores.

O Manuscrito perdido de Leonardo da Vinci

Há pouco mais de uma semana, um fragmento perdido de um manuscrito de Leonardo da Vinci foi descoberto em uma biblioteca de Nantes no oeste da França. O pedaço de papel amarelado, com poucas linhas escritas de forma espelhada – da direita para esquerda (uma marca do artista), estava no meio de 5 mil documentos que foram doados em 1872 pelo colecionador Pierre-Antoine Labouchere. Depois de ficar esquecido, o manuscrito, que provavelmente é datado do século 15, agora precisará ser decifrado. Por enquanto, seu conteúdo ainda é um mistério e, segundo a diretora da biblioteca, Agnes Marcetteau, os especialistas ainda não sabem dizer o que significam os rabiscos feito pelo grande gênio. O objeto é o segundo item raro da coleção de Labouchere, sendo que o primeiro é uma partitura de Mozart encontrada em 2008. Leonardo da Vinci foi um dos maiores pintores, cientistas e pensadores do Renascentismo e sua vida está na Série Biografias L&PM.

O manuscrito de Leonardo da Vinci, do século 15, está escrito de forma espelhada. Foto: Stephane Mahe / Reuters

A biblioteca de Fernando Pessoa também pode ser sua

Além de ler o livros de  Fernando Pessoa, publicados pela L&PM, você também pode, a partir de agora, ter acesso aos volumes que o escritor português possuia em sua biblioteca. Os 1.142 volumes do acervo da Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, foram digitalizados na íntegra e estão disponíveis na internet. Incluindo manustritos do próprio  Pessoa, além de poemas e traduções escritas nas páginas iniciais de alguns livros. No site da biblioteca virtual, estão ainda anotações, assinaturas, dedicatórias e selos adesivos. Isso mesmo: selos! Em seu diário, Fernando Pessoa colava os selos das lojas  em que costumava adquirir seus livros. Pelas entradas no caderno de anotações, presume-se que o escritor encomendava suas edições a partir de um catálogo de livraria ou de uma editora estrangeira. No espólio pessoano existem ainda muitas listas com as datas de encomenda de livros, como, por exemplo, uma de 7 de Abril de 1916, na qual figuram The MagnetThe Magic Seven, ambos de Lida Abbie Churchillque e que ainda hoje constam da biblioteca particular.

Para conhecer o acervo completo acesse http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt

"Não tinha a túnica vermelha / Vermelho é o sangue e o vinho / A pobre morte a quem amou" traduziu Pessoa na página inicial de "The Ballad of Reading Gaol" de Oscar Wilde

A biblioteca de Marilyn Monroe

Uma coleção de diários que está prestes a ser lançada nos Estados Unidos deixa no ar se Marilyn Monroe era mesmo um típico exemplar de “loira burra”. Nos escritos inéditos, a atriz revela admiração por escritores como Samuel Beckett, Walt Whitman e, acreditem, James Joyce. Seu exemplar de Ulysses inclusive chegou a ser vendido por quase 10 mil dólares em um leilão promovido pela Christie’s em 1999.

Da biblioteca de Marilyn também faziam parte obras de Tennessee Williams, Ernest Hemingway, Francis Scott Fitzgerald e John Steinbeck.  Não foram poucas às vezes que a loira posou para os fotógrafos fazendo o gênero “intelectual”.  Agora, se ela admirava mais os escritos ou os escritores em si, isso já é outra história.

Primeira visita à Biblioteca de São Paulo

Caroline Chang

Eis que no domingo fui almoçar num restaurante distante aqui em São Paulo, e, na volta, desci na estação Carandiru da linha azul do metrô, para conhecer a Biblioteca de São Paulo, há pouco inaugurada. Bem, fiquei pasma com o que vi, e achei que era o caso de partilhar com pessoas que acreditam no poder civilizatório dos livros e da literatura: dezenas de jovens, e não só jovens, da periferia estudando, usando computador, lendo num ambiente totalmente acolhedor, amigável, aberto e moderno (inclusive para deficientes físicos). Mais do que pelo acervo, a biblioteca surpreende pela maneira eficiente com que convida as pessoas da comunidade para lá. Não lembro de ter visto algo assim no Brasil.

Não bastasse isso, a biblioteca fica encravada no Parque da Juventude – também construída na área do do ex-complexo penitenciário do Carandiru. O parque é lindíssimo, igualmente friendly, e equipado com aparelhos de exercício para cadeirantes. Não pude deixar de pensar que oferecendo alternativas desse tipo deve ser mais fácil evitar que jovens, da periferia ou não, se envolvam com drogas e criminalidade.

Livro que Washington retirou de biblioteca é devolvido mais de 200 anos depois

Em 5 de outubro de 1789, George Washington foi a biblioteca de Nova York e retirou um exemplar de “A Lei das Nações”. Na semana passada, em 19 de maio de 2010, ele foi finalmente devolvido. Uma associação que cuida da propriedade de Mount Vernon, que pertencia a Washington, descobriu que o livro nunca havia retornado à biblioteca e comprou na internet um outro exemplar da mesma edição por U$12 mil. Dos males o menor: se alguém fosse pagar a multa, teria que desembolsar cerca de U$300 mil.