No Dia do Amigo, algumas tirinhas que ilustram a presença dessas pessoas tão especiais nas nossas vidas!
No Dia do Amigo, algumas tirinhas que ilustram a presença dessas pessoas tão especiais nas nossas vidas!
Nada como Peanuts para dar um toque filosófico e bem humorado aos nossos dias. E um jeito bem prático de levar a sabedoria de Charlie Brown e sua turma sempre na bolsa são esses moleskines incríveis que acabaram de ser lançados em dois tamanhos, para se adequar a todo tipo de rotina. Assim você dá conta de organizar a correria diária, anotações, insights e compromissos e “tempera” tudo com a ironia e o traço inconfundível de Charles Schulz.
Mas se você quer Peanuts “na veia”, vale conhecer a Série Peanuts Completo L&PM. São 10 anos das tirinhas dominicais de Charles Schulz reunidas em 5 volumes 😉
Publicamos na semana passada aqui no blog as ilustrações de Michael Paulus, o artista que imaginou e desenhou como seriam os esqueletos dos personagens de Charles Schulz, lembra? Charlie Brown, Lucy, Linius e Patty compareceram, mas não encontramos os ossinhos do Snoopy e do Woodstock. Até que o Juliano, leitor do blog, deixou nos comentários os links com as imagens que faltavam. Aí vão elas:
Pronto! Agora o time está completo. Obrigada, Juliano!
Você já parou para pensar como seria o esqueleto de Charlie Brown e seus amigos? O ilustrador Michael Paulus, sim. Há alguns anos atrás, ele desenhou a turma de Peanuts por dentro. Pena que Snoopy e Woodstock parecem não ter entrado na brincadeira…
E vem mais Peanuts por aí: em março, chega o volume 5 de Peanuts Completo. E para conhecer tudo o que a L&PM publica com a assinatura de Charles Schulz, clique aqui.
Ontem, 25 de dezembro, o assunto em quase todos os canais de TV foi… o Natal. Um documentário do History Channel contava sobre a origem dos especiais de Natal na televisão norteamericana. Segundo ele, tudo começou nos anos 50 quando um canal resolveu transmitir, na noite do dia 24, o filme “A felicidade não se compra” de Frank Capra. O célebre filme, de 1946, conta a história de um homem que, sem dinheiro, resolve se suicidar na véspera de Natal e é impedido por um anjo que, para fazer com que o sujeito mude de ideia, mostra como seria o mundo sem ele. O sucesso foi tanto que, a partir daí, os canais decidiram exibir filmes com temas natalinos todos os dias 24 de dezembro. Nenhum deles, no entanto, era especialmente produzido para a data. Foi só em 1962 que alguém teve a luminosa ideia de criar o primeiro especial de Natal. Nasceu assim a adaptação de Mr. Magoo para “Um conto de Natal” de Dickens.
Em 1965, a agência de publicidade da Coca-Cola, junto com o canal CBS, propôs a Charles Schulz que ele escrevesse um especial natalino com Peanuts. Aceito o desafio, mas com orçamento apertado, Bill Melendez dirigiu o primeiro Charlie Brown de Natal e propôs a inédita opção de usar crianças para dublar os personagens. O desenho animado (quadro a quadro!) levou seis meses para ser feito e só foi finalizado uma semana antes de ir ao ar. Schulz tinha exigido que, em alguma cena, a Bíblia fosse citada, mas quando viram Linus recitando a história do nascimento de Cristo segundo o Evangelho de Lucas, três executivos da CBS quase não deixaram o especial ser exibido. Mas Schulz insistiu, a Bíblia ficou e o resultado foi uma nevasca de americanos emocionados – cujos filhos e netos até hoje acompanham Charlie Brown e sua turma quando chega o Natal. (Paula Taitelbaum)
O artista japonês Yoshiteru Otani ficou famoso por fazer um grande mural no Schulz Museum, na Califórnia, usando 3.588 tirinhas (algo perto do número total de tirinhas dos 4 volumes de Peanuts Completo) impressas em azulejos de 5 x 20 cm. Mas o trabalhão que ele teve valeu a pena! A cena que mostra Charlie Brown e Lucy jogando futebol ficou perfeitamente reproduzida na parede do museu e impressiona todo mundo que visita o lugar.
No site do Schulz Museum, estão as fotos que mostram o passo a passo da montagem do mural, feita sob o olhar atento de Jean Schulz, ex-esposa do criador de Peanuts, que também colocou a mão na massa:
O site pinterest.com é uma descoberta e tanto. Um lugar que concentra gente com gostos e posts em comum. Ou, como diz a home, “as coisas que você ama”. Entre os tantos assuntos que encontramos por lá, Peanuts parece ser um dos mais populares. Há de tudo um pouco: arte, brinquedos, roupas, unhas, louças, bijus, bolos e ideias que são, literalmente, a cara do Snoopy! Aqui um pequeno exemplo do que você vai encontrar por lá. Ficou curioso pra ver mais? Clica aqui!
Por Ivan Pinheiro Machado*
No post da semana passada da série Era uma vez… uma editora, a Paula Taitelbaum, que coordena o núcleo de comunicação da L&PM, na minha ausência, iniciou um assunto que tem muito a ver com a história da editora: a coleção Quadrinhos L&PM. Tão importante são os quadrinhos para nós (o primeiro livro da editora foi o Rango 1, de Edgar Vasques, um livro de tiras de humor), que eu vou me estender neste assunto. Foi assim:
Em 1980 nós decidimos fazer uma coleção de quadrinhos nos moldes europeus. Nosso modelo era a extinta editora francesa Futurópolis, que resgatava e reconstituía os originais das primeiras histórias dos clássicos americanos e as editoras Castermann, Glennat e Dargaud. Ficávamos fascinados quando íamos a Paris e víamos, nas livrarias Fnac, numa grande sala destinada somente aos quadrinhos, dezenas de jovens sentados no chão lendo belos álbuns por horas a fio.
No Brasil, embora em declínio, havia a histórica editora EBAL que publicava os clássicos em edições luxuosas. Os quadrinhos mais populares, os tradicionais gibis, com os personagens americanos da Marvel e da DC Comics em suas novas versões requentadas, eram vendidos somente em bancas de jornais. Nossa idéia era publicar os álbuns nos modelos europeus, no formato 28 cm x 21 cm, papel de alta qualidade, edições costuradas, quase luxuosas e colocar os quadrinhos nas livrarias. O preço seria uma média entre as edições luxuosas do Príncipe Valente, por exemplo, e os gibis vendidos em banca.
Quando adolescente, meu pai foi para o exílio fugindo das perseguições da ditadura militar que imperava (literalmente) no Brasil. Toda a minha família foi para Roma. Foi lá que conheci um dos grandes personagens dos quadrinhos europeus na época, Corto Maltese, o fascinante marujo criado por Hugo Pratt (1927-1995). Eu e meu irmão éramos fãs de Corto e líamos avidamente todos os dias a tira que saía no jornal Corriere de la Sera. Aos domingos era publicada a sequência da história em meia página (8 tiras) formato standard (tipo Estadão).
Quando projetamos a coleção de quadrinhos em 1980, escolhemos como primeiro título – numa homenagem à nossa estadia romana – o “romance gráfico” de Hugo Pratt, A Balada do Mar Salgado, primeira aventura publicada de Corto Maltese em livro. Uma longa história em quadrinhos de 200 páginas, onde Corto vive as mais variadas aventuras pelos mares do Sul entre piratas, bandidos e nativos das ilhas. Calado, bonitão, desiludido da vida, Corto é uma espécie de herói romântico, sentimental e duro, quando é preciso ser duro. Na sequência, publicamos outro italiano lendário, Guido Crepax (1933 – 2003), que fazia também enorme sucesso na Europa com sua lânguida, misteriosa e “gostosíssima” personagem Valentina. Depois, decidimos seguir “apresentando” os grandes quadrinistas internacionais ao público brasileiro; publicamos Moebius, Altan, Wolinski, Pichard, Jean Claude-Claeys, Quino (os cartuns), Fontanarrosa, Mathias Schulteiss, Rotundo, Magnus, Manara. Todos estes autores, com exceção de Manara e Quino, foram editados pela primeira vez no Brasil pela coleção Quadrinhos L&PM. Também publicamos de forma pioneira os autores underground Robert Crumb e Gilbert Shelton (Os Freak Brothers).
Num trabalho de “reconstituição histórica” das HQs americanas, resgatamos as primeira histórias de Batman de Bob Cane, Superman de Jerome Segel e Joe Shuster, Fantasma de Lee Falk e Ray more, Dick Tracy de Chester Gould, Mandrake de Lee Falk e Phil Davis, Flash Gordon de Dan Barry, Spirit de Will Eisner, Popeye de E. Segar, Steve Canyon de Milton Cannif, Cisco Kid de J. Salinas entre muitos outros. Publicamos também na coleção de quadrinhos vários autores brasileiros como Caulos, Miguel Paiva, Chico Caruso, Paulo Caruso, Edgar Vasques, Luis Fernando Veríssimo, Mauricio de Sousa e Flavio Collin. Enfim, foram 123 álbuns em grande formato lançados num período 8 anos. Até que fomos fulminados pela concorrência das grandes editoras de revistas. Começavam a surgir as famosas “grafic novels” lideradas por Frank Miller e seu Batman futurista. Ali começou o fim da nossa coleção, pois no dinheiro de hoje, os nossos álbuns custariam entre R$ 25,00 e R$ 30,00. Nossa concorrência apresentava maravilhosas histórias inteiramente a cores (95% dos nossos álbuns eram em branco e preto, conforme as histórias originais). As grandes tiragens, a forte (e cara) propaganda e a distribuição em milhares de bancas faziam com que estas “grafic novels” chegassem ao consumidor por menos de R$ 10,00. O remédio foi honrosamente encerrar a coleção.
Mas quase como um vício, esta idéia dos quadrinhos sempre rondou a L&PM. Seguidamente temos recaídas. E desde o ano 2000 temos retomado a publicação eventual de histórias em quadrinhos. Destaque para a série de histórias de Agatha Christie, a história que, filmada, quase ganhou o Oscar de filme estrangeiro de 2009, Valsa com Bashir de Ari Folman, Aya de Yopougon de Margarite Abouet (álbuns coloridos) e a grande série das obras completas de Shulz, Peanuts que chega ao seu quarto volume em luxuosas edições em capa dura. A L&PM está lançando também, ainda em 2011, uma grande série de clássicos internacionais adaptados aos quadrinhos.
Tanto está no DNA desta casa, que os quadrinhos estão também magnificamente representados na maior coleção de livros de bolso do país que é, justamente a Coleção L&PM POCKET; lá estão Hagar, Garfield, Dilbert, Recruta Zero, Peanuts, Snoopy, Smurfs e grandes autores brasileiros como Laerte, Angeli, Glauco, Adão Iturrusgarai, Edgar Vasques, Iotti, Santiago, Mauricio de Sousa entre outros.
Para encerrar, aguarde a grande novidade, também para 2011: antes do Natal você vai ter na Coleção L&PM Pocket várias séries dos melhores Mangás japoneses. Evidentemente, para ler de trás pra diante…
*Toda terça-feira, o editor Ivan Pinheiro Machado resgata histórias que aconteceram em mais de três décadas de L&PM. Este é o trigésimo-sexto post da Série “Era uma vez… uma editora“.
Se você é fã de Peanuts e achou que estava por dentro de todas as peripécias de Snoopy, Charlie Brown e sua turma, saiba que o simpático cãozinho foi o primeiro beagle a pisar na Lua. Isso mesmo! Está tudo “documentado” numa série de seis tirinhas publicadas por Charles Schulz em 1969, em que o próprio Snoopy aparece comemorando o feito:
E ele não estava brincando: Charlie Brown e Snoopy foram os mascotes da tripulação da Apollo 10, missão realizada em maio de 1969 que “preparou o terreno” para a Apollo 11, que voaria rumo ao espaço dois meses depois, sob o comando de Neil Armstrong. Enquanto o astronauta John Young se aproximava da superfície da Lua a bordo do “módulo lunar Snoopy”, seu colega de tripulação, Tom Stafford, o observava de longe a bordo do “módulo de comando Charlie Brown”.
Portanto, pode-se dizer que foi graças à ajuda de Snoopy e Charlie Brown na missão Apollo 10 que Neil Armstrong pisou na Lua em 20 de julho de 1969 🙂
Hoje, Dia dos Namorados, ninguém melhor do que Charlie Brown e Snoopy para mostrar que o amor é lindo, mas a amizade também é bonita demais. As tirinhas abaixo estão em Snoopy 2 – Feliz Dia dos Namorados!