Arquivo mensais:março 2011

O “Dia Mundial da Poesia” e das flores

O Dia Mundial da Poesia é também o primeiro dia da primavera no hemisfério norte. “O tempo da flor” – como é conhecida a estação mais colorida do ano – é perfeito para localizar a poesia amorosa. Já no século XI, na França, os poetas obedeciam estritamente à convenção de guardar suas odes amorosas para esta época do ano. Em língua portuguesa, há registros desta tradição deixados pelo rei-poeta D. Denis, que viveu no século XIII. Num diálogo entre duas jovens, uma delas apela para as flores novas de um pinheiro para saber notícias de seu amado.

A escolha do dia 21 de março como o Dia Mundial da Poesia não é, portanto, mera coincidência. Na obra da poeta portuguesa Florbela Espanca – que tem flor até no nome! – as flores são presença constante, como no soneto “Crisântemos”:

Sombrios mensageiros das violetas,
De longas e revoltas cabeleiras;
Brancos, sois o casto olhar das virgens
Pálidas que ao luar, sonham nas eiras.

Vermelhos, gargalhadas triunfantes,
Lábios quentes de sonhos e desejos,
Carícias sensuais d´amor e gozo;
Crisântemos de sangue, vós sois beijos!

Os amarelos riem amarguras,
Os roxos dizem prantos e torturas,
Há-os também cor de fogo, sensuais…

Eu amo os crisântemos misteriosos
Por serem lindos, tristes e mimosos,
Por ser a flor de que tu gostas mais!

Fernando Pessoa também canta as flores em seus poemas, sob o pseudônimo de Álvaro de Campos:

Dá-me lírios, lírios,
E rosas também.
Mas se não tem lírios
Nem rosas a dar-me,

Tem vontade ao menos
De me dar os lírios
E também as rosas.
Basta-me a vontade,
Que tens, se a tiveres,
De me dar os lírios
E as rosas também,
E terei os lírios –

Os melhores lírios –
E as melhores rosas
Sem receber nada,
A não ser a prenda
Da tua vontade
De me dares lírios
E rosas também.

Enquanto os poetas do lado de lá do globo gozam a chegada da primavera, do lado de cá, damos as boas vindas ao outono. Pablo Neruda, poeta chileno, faz as honras da estação em seu Livro das perguntas:

XLVII

Ouves em meio do outono
detonações amarelas

Por que razão ou sem razão
chora a chuva sua alegria?

Que pássaros ditam a ordem
da bandada quando voa?

De que suspende o beija-flor
sua simetria deslumbrante?

XLVIII

São os seus das sereias
os redondos caracóis?

Ou são ondas petrificadas
ou jogo imóvel de espuma?

Não se incendiou a pradaria
com os vagalumes selvagens?

Os cabeleireiros do outono
despentearam os crisântemos?

Para marcar o Dia da Imigração Judaica

“Havia guerra na Europa, mas a hora era de calma no Bom Fim. Os grandes negros da Colônia Africana ainda dormiam, ressonando forte e cheirando a cachaça. Três mulatas dormiam dilatando as narinas com volúpia. As gordas avós judias dormiam, os pálidos judeuzinhos dormiam, de boca aberta e respiração ruidosa por causa das adenóides. As mães judias dormiam seu sono leve e intranqüilo. Os pais judeus dormiam; logo acordariam e iriam, bocejando, acender os fogões de lenha, tossindo e lacrimejando quando as achas úmidas começassem a desprender fumaça.” (Moacyr Scliar em “A guerra no Bom Fim”)

Se há um escritor brasileiro que retratou a comunidade judaica no Brasil, ele é o saudoso Moacyr Scliar. Lembramos dele porque hoje, 18 de março, é o Dia Nacional da Imigração Judaica. E para marcar a data, aqui vão outros trechos de escritores judeus que a casa oferece. Além de Woody Allen, Allen Ginsberg e Franz Kafka, ainda há Isaac Singer, Freud e muitos outros.

“E, como se seu Q. I. já não o isolasse bastante, sofria injustiças e perseguições por causa de sua religião, principalmente vindas de seus pais. É verdade que tanto seu pai quanto sua mãe frequentavam a sinagoga, mas não conseguiam admitir a ideia de que o filho fosse judeu. ‘Como foi acontecer isto?’ perguntava seu pai, indignado. Minha cara não mente, pensava Weinstein todo dia ao barbear-se. Tinha sido confundido várias vezes com Robert Redford, mas sempre por um cego. E havia também Feinglass, outro amigo de infância.”

“Por que nego o maná para os outros? / Porque o nego para mim. / Por que me neguei para mim mesmo? / Quem mais me rejeitou? / Agora acredito que você seja adorável, minha alma, alma de Allen, Allen – e você tão amada, tão doce, tão lembrada na sua verdadeira amabilidade, / seu Allen original nu respirando / alguma vez você voltará a negar alguém? / Querido Walter, obrigado pelo seu recado / Proíbo-o de deixar de tocar-me, homem a homem / Autêntico Americano / Bombardeios rasgam o céu (…)

“Tudo isso não era, por certo, um fenômeno isolado, as coisas se passavam de maneira semelhante em grande parte dessa geração de transição judaica, que emigrou do campo para as cidades ainda relativamente religiosa; acontecia espontaneamente, apenas acrescentava à nossa relação, à qual já não faltavam agudezas, mais uma bem dolorosa. Por outro lado também aqui tu deves, do mesmo modo que eu, acreditar em tua ausência de culpa…”

“Guernica” em 3D

E se fosse possível “entrar” na Guernica e ter a sensação de participar da cena que inspirou Picasso a pintar o quadro? Os objetos ganhariam volume e você teria a certeza de poder tocá-los. Pelo menos é esta a expectativa com o lançamento do 3D Art Book, de Tristan Eaton, que traz, além da Guernica de Picasso, obras de arte de diversos artistas como Kenzo Minami e Gary Taxali.

Quem tiver em casa um óculos de lentes azul e vermelha, pode começar agora mesmo:

"Guernica", de Picasso. (clique para ampliar)

Quadro do artista Kenzo Minami (clique para ampliar)

Peças de Gary Taxali (clique para ampliar)

Via Zupi.

Música com inspiração literária

Quem é fã, acaba se tornando especialista sobre o ídolo. Vive à caça de referências, obras raras e informações e, sempre que possível, não poupa homenagens: dá o nome do ídolo a animais de estimação, objetos, filhos e – por que não? – projetos profissionais. É o caso dos integrantes da banda russa Agatha Christie:

No site oficial da banda, todas as músicas estão disponíveis para streaming em vídeo.

Além da Rainha do Crime, o autor de On the road também ganhou versão musical: a banda inglesa Kerouac lançou no ano passado o EP Cold and Distant, Not Loving.

Para completar o setlist literário, aí vai uma sugestão para quem gosta de rock inglês dos anos 80: Virgínia Wolf (assim mesmo, com apenas um “o”). Veja o clipe oficial da música Waiting for your love, do álbum Push (1987):

Quem nunca confundiu Líbia com Líbano?

O pessoal do Jornal Nacional já trocou a bandeira da Líbia pela do Líbano no programa ao vivo, forçando o apresentador William Bonner a se desculpar em público. Apesar do nome parecido, eles ficam bem distantes no mapa – um na África, outro na Ásia.

A Líbia não sai do noticiário. Já o Líbano está na Série Quadrinhos da L&PM. O livro Valsa com Bashir conta a história de um veterano de guerra que tenta recuperar fragmentos perdidos de suas lembranças da Guerra do Líbano nos anos 80, e para isso, sai procurando seus velhos colegas para entrevistas cheias de remorso e catarse. Veja o teaser do livro em vídeo:

O “Frankenstein” de Tim Burton

Em 1984, quando era apenas um estudante do Instituto de Artes da Califórnia, Tim Burton produziu e filmou o curta Frankenweenie, uma paródia do filme Frankenstein, de 1931. No entanto, a criação do jovem cineasta não agradou. Na época, ele trabalhava na Walt Disney Company como aprendiz de animação e a empresa ainda financiava seus estudos. Mas após a estreia do curta, Tim Burton foi demitido sob a alegação de que não valia a pena investir em alguém que fazia filmes como Frankenweenie, considerado muito assustador e inadequado para a época.

Quase três décadas depois, eis que Frankenweenie é recuperado pela mesma Walt Disney Company e vai virar um longa-metragem em stopmotion sob a batuta do próprio Tim Burton – que hoje é um diretor pra lá de reconhecido. A estreia está prevista para março de 2012.

Enquanto o novo filme não fica pronto, assista à primeira parte do curta renegado pela Disney em 1984 e crie suas próprias expecativas.

A L&PM publica a história de Frankenstein em versão pocket e no volume Clássicos do Terror, da série Ouro.

Será que teremos Lovecraft em 3D?

15 de março é o aniversário de morte de H. P. Lovecraft. Nesse dia, em 1937, com apenas 46 anos, o escritor se foi depois lutar quase um ano contra um câncer de intestino. Lovecraft morreu praticamente sem dinheiro e foi enterrado no jazigo da família no Swan Point Cemetery. Segundo testemunhas, apenas um pequeno grupo compareceu ao funeral: alguns amigos, seu editor, a ex-esposa, vizinhos e um casal de parentes distantes. Mas ao longo dos anos, no entanto, outros tantos vieram e, agora, são muitos os fãs e admiradores do autor de A tumbaO caso de Charles Dexter Ward e Nas montanhas da loucura que visitam o local, deixando pequenos presentes e fazendo com que o lugar pareça uma espécie de memorial.

Com seu estilo gótico e fantástico de escrever, Lovecraft talvez tenha sido mais famoso após a sua morte do que era em vida. Entre seus confessos admiradores, estão Tim Burton e o diretor mexicano Guillermo Del Toro (não confundir com Benício Del Toro!). Este último, aliás, declarou que está preparando a filmagem de Nas Montanhas da Loucura em 3D. O diretor de Hellboy sonha alto e já declarou que o filme baseado no livro de Lovecraft seria para sua carreira o que Titanic foi para James Cameron. Questionado pela revista Empire sobre as dificuldades na adaptação, Del Toro declarou que está reescrevendo sem parar: “Sigo reescrevendo, não por questões de orçamento, mas criativas (…) Lovecraft é dificílimo de adaptar. Ele é o mestre da ambigüidade e o cinema é uma questão de especificidade.”

Guillermo del Toro conseguirá filmar "Nas montanhas da loucura"? (Imagem via Live for Films)

As filmagens estavam previstas para junho de 2011, mas há poucos dias, a Universal, que bancaria o projeto de 150 milhões de dólares, deu para trás e cancelou a participação. O motivo seria a provável classificação “R” que o filme receberia – isso baseado no conteúdo do livro, uma obra de terror. “R” é o certificado que torna a película suscetível a receber censura acima de 17 anos nos EUA, o que faria com que ele fosse menos “comerciável”. Mesmo assim, Del Toro declarou que ainda tem esperanças de retomar com a Universal, principalmente agora que Tom Cruise teria confirmado sua participação no elenco.

Digamos que o suspense está no ar… Façam suas apostas.

19. O perigoso ofício de editor

Por Ivan Pinheiro Machado*

Todo editor com alguma presença no mercado sofre um assédio diário por parte de escritores novos ou nem tanto. É um lado estranho da profissão, pois temos que administrar a absoluta impossibilidade de publicar 99,9% do que nos é oferecido, tendo o cuidado de não fulminar sonhos, ilusões e, por que não, vocações. As editoras mais atuantes do mercado, sem exceção, têm o seu projeto editorial. Em cada uma delas, há um grupo de profissionais que faz a prospecção de novos títulos. Sempre dentro de uma ideia de conjunto de lançamentos e respeitando as séries, as grandes coleções e finalmente aquilo que chamamos a “cara” da editora ou, falando sério, a filosofia da editora. Ou seja, não se faz uma projeto de programação anual esperando que chegue algum original genial pelo correio ou, modernamente, num PDF via e-mail. Não. O projeto editorial de uma editora de respeito é sempre previamente traçado e a busca de títulos obedece a critérios rigorosos, tanto comerciais, como culturais. E isto, obviamente, não impede que sejam descobertos autores inéditos.

Mas há, de parte de muita gente, a ideia de que o editor TEM que ler o seu livro, TEM que publicar seus primeiros poemas. Alguns autores não admitem a recusa. Acham que uma editora comercial é uma fundação sem fins lucrativos. Enquanto que, na verdade, uma editora é um negócio como outro qualquer; tem dezenas, às vezes centenas, de funcionários, investe em matéria-prima, equipamento, tecnologia, marketing dos autores, prestadores de serviço, etc, etc. Ou seja, uma editora tem que ter resultado comercial para poder pagar seus escritores, fornecedores e sobreviver como negócio. Dito isto, vou contar uma pequena fábula sobre o perigosíssimo ofício de editor:

Um punhal surge do escuro

Foi lá pelo começo dos anos 1990. Um jovem poeta, conhecido meu e filho de uma pessoa de muito prestígio na cidade, ligava insistentemente pedindo para falar comigo. Eu, sabendo o motivo do telefonema, instruía minha secretária a dizer que não estava para ver se o cara percebia que eu não queria falar. Mas ele insistiu, insistiu tanto, que eu acabei atendendo. Ele queria publicar os seus poemas para a Feira do Livro de Porto Alegre daquele ano. Eu expliquei que não estávamos fazendo livros de poesia, que a Feira do Livro estava muito em cima da hora (dois meses) e que – ele me perdoasse – mas era comercialmente muito complicado publicar poetas estreantes, etc. etc. Então ele pediu que, pelo menos, eu lesse os poemas dele. E se despediu bastante aborrecido. Prometi que leria seu precioso livro. E cumpri. Li os primeiros três poemas. Eram tão primários, infantis (o cara tinha uns 35 anos) que parei de ler e esqueci do assunto. Nossa sede era um sobrado na aprazível rua Nova York no bairro Higienópolis em Porto Alegre. Um dia de inverno, fiquei trabalhando até mais tarde e fui o último a sair, já noite fechada. Meu carro estava estacionado em frente à editora. Distraído, eu fechava o portão, quando uma sombra saltou de trás de uma árvore. Meu coração disparou, pois imaginei um assalto. O vulto aproximou-se e a luz do poste de iluminação da rua fez com que rebrilhasse uma faca com uma lâmina de mais ou menos um palmo de comprimento. Parei aterrorizado. Quando consegui tirar os olhos da faca e olhar na cara do sujeito vi que era ninguém menos do que… o poeta. Seus olhos faiscavam. “Agora terás que me dizer por que não vais publicar meus poemas!!!”

Dei dois passos para trás. Fiquei com vontade de correr, afinal, como dizia o personagem de Albert Finney em “À sombra do vulcão”(de John Huston), aquela seria “uma forma estúpida de morrer”. Mas correr seria uma imensa humilhação. Aos poucos, retomei a coragem e falei mansamente, sempre cuidando aquela lâmina ameaçadora. “Calma fulano (perdoem, mas não posso dizer o nome do cara), quem é que disse que eu não vou publicar o teu livro?”. Ele parou, fez um ar de espanto e deixou cair os braços. Ficou olhando aparvalhado para a faca e dizia baixinho: “o que que eu estou fazendo”. Enquanto ele fazia esta reflexão, eu saltei prá dentro do meu carro e saí cantando pneu. O coração batia na boca. Nunca mais vi o poeta. Pra dizer a verdade, nunca mais ouvi falar do poeta. Mas, para todos os efeitos, sempre que saio da editora mais tarde, anoitecendo – até hoje – sempre olho para os lados. Pode aparecer um assaltante, é verdade, mas aprendi a tomar cuidado, sobretudo, com os poetas incompreendidos.

Para ler o próximo post da série “Era uma vez uma editora…” clique aqui.

A estrada que trouxe a foto de “On the Road”

Por Paula Taitelbaum

Não me pergunte como cheguei até Walter Salles. Foi uma espécie de estrada, trilhada pelos caminhos virtuais da internet, e que fizeram com que o endereço de email dele estacionasse na minha caixa de entrada. Com a bênção de Jack Kerouac, Walter respondeu à primeira mensagem que enviei, e que pedia uma pequena entrevista para o site da L&PM sobre On the Road, livro publicado por aqui e cuja história ele estava rodando na época. Aliás, não falei: isso foi há quase um ano. Em janeiro de 2011, enviei um novo e-mail elogiando as primeiras fotos divulgadas do filme e, de carona, comentei o quanto o “still” do Garrett Hedlund, um dos atores principais, havia feito sucesso entre as garotas do Núcleo de Comunicação L&PM. Walter, num misto de gentileza e provocação, enviou-me então duas fotos P&B que mostravam o galã Garrett na pele de Dean Moriarty, dançando num inferninho do México. Assim que eu abri os anexos, foi uma gritaria geral na sala (ok, exagerei, não gritamos, só suspiramos, vá lá…). A questão é que não podíamos mostrar as imagens pra ninguém. Muito menos passar adiante. E isso ele nem precisou dizer. Fotos como estas necessitam de uma autorização formal para serem usadas. Nada a fazer a não ser suspirar, portanto… E ali ficaram as imagens guardadas em uma pasta do meu computador.

Com a proximidade do aniversário de Jack Kerouac, 12 de março, comecei a pensar em como poderíamos fazer algo especial para comemorar a data. Será que não haveria a possibilidade de liberarem uma das fotos? Afinal, publicamos On the Road – o manuscrito original. Diante da minha pergunta, Walter foi novamente de uma gentileza ímpar e prometeu falar com a produtora, a francesa MK2, sobre a possibilidade de nos liberar uma das imagens, inédita no mundo. Depois do Carnaval, a resposta chegou: podíamos escolher uma das fotos. A MK2 escaneou a imagem (a  foto era em papel!) feita por Gregory Smith, nos mandou em alta, e autorizou a publicação no site da L&PM. Foi assim que, na sexta, dia 11 de março, um dia antes do aniversário de Kerouac, começamos a divulgar, através das redes sociais da editora, que a foto seria publicada em primeira mão no sábado ao meio-dia.

Sábado de manhã, o  Twitter mostrou o seu poder, fazendo com que a notícia se espalhasse rapidamente pelo mundo: começaram a chegar mensagens vindas da Europa, Ásia e EUA. Sites e blogs internacionais de fãs de Garrett Hedlund, Kristen Stewart, Jack Kerouac e On the Road também trataram de ajudar espontaneamente na divulgação. Quando a foto foi ao ar, os acessos saltaram. Muitos agradeceram o presente. Outros tantos disseram que Kerouac estava devidamente homenageado. Vários se mostraram ansiosos pela chegada do filme. E nós seguimos suspirando. Imagine quando o filme estreiar…

 

Nossa estante de poesia

O dia do aniversário de Castro Alves, 14 de março, é também o Dia Nacional da Poesia no Brasil. O autor de Espumas flutuantes e Os escravos divide não só o aniversário, mas também a nossa estante de poesia com diversos outros autores do gênero como Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Olavo Bilac, Mario Quintana, Millôr Fernandes, Martha MedeirosPaula Taitelbaum e Affonso Romano de Sant’Anna.

Junto com os brasileiros, os portugueses Fernando Pessoa e Florbela Espanca e o chileno Pablo Neruda também marcam presença. Mas estes a gente deixa pra homenagear na próxima segunda, 21 de março, quando comemoramos o Dia Internacional da Poesia.