Arquivo mensais:julho 2010

Woody Allen e Carla Bruni juntos em Paris

Depois de modelo, cantora e primeira-dama, Carla Bruni agora é atriz. E não de qualquer diretor. Escalada para o próximo filme de Woody Allen, “Midnight in Paris”, mademoiselle Sarkozy reservou cinco dias de agosto próximo para filmar sob a câmera de Allen. Na nova comédia romântica do diretor, Carla será a diretora de um museu e suas cenas serão filmadas no espetacular hotel Le Bristol de Paris. No elenco, estão ainda Kathy Bates, Michael Sheen, Owen Wilson e a também francesa Marion Cotillard.

Mas enquanto o novo filme não chega, você pode ir se divertindo com um dos livros de Woody Allen publicados pela L&PM. Que loucura!, por exemplo, mistura humor, filosofia, psicanálise e, claro, boas histórias. E o melhor é que custa menos do que um ingresso de cinema…

Uma ode à Liberdade

Liberdade de pensamento, de imprensa, de expressão. Liberdade pra correr, pra despir, pra cantar. Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós. No Dia Mundial da Liberdade, – escolhido 14 de julho porque nesse dia de 1789 a França mostrou como se fazia para liberar geral – nós propomos que você liberte-se dos grilhões, dos complexos, dos preconceitos, das amarras, das pequenas culpas nossas de cada dia. Ok, não precisa inventar de derrubar a Bastilha novamente, mas quem sabe sair leve e solto por aí, somente com um livro no bolso, não seja uma forma de sentir a liberdade na pele? Freedom!  

E já que o assunto é liberdade, aí vão duas opções de leitura da Coleção L&PM POCKET que têm liberdade até no título:
Liberdade, liberdade, de Millôr Fernandes e Flávio Rangel
Liberdade de imprensa, de Karl Marx

Felipe Melo & Shakespeare

Ivan Pinheiro Machado

O Brasil ficou melancolicamente de fora da parte quente da Copa do Mundo de 2010. Antiga protagonista temida e respeitada, a seleção brasileira virou inofensiva coadjuvante da grande festa do futebol.
Felipe Melo foi eleito o saco de pancada.
Ele deu o passe genial para Robinho fazer o gol do Brasil contra a Holanda e pouco depois amputou as chances de reação do time ao colaborar no empate da Holanda e ir pra rua ao pisotear um holandês. Como diria William Shakespeare em Julio César: “o bem que os homens fazem quase sempre é enterrado com seus ossos…”

Veja outras frases do grande dramaturgo que estão em Shakespeare de A a Z, da Coleção L&PM POCKET, e que também podem ser aplicadas a certas cenas (dramáticas ou não) do futebol brasileiro:

– Muitos passam para outro amo pisando no primeiro.
– Foge de entrar na briga; mas se acaso brigares, faz com que o competidor te tema sempre.
– Poucos gostam de ouvir falar nas faltas que com prazer praticam.
– A impaciência só fica bem para um cachorro louco.
– Quem gosta de ser adulado é digno de adulador.

Os leilões literários mais estranhos da história

O The Huffington Post publicou um levantamento dos itens pertencentes a escritores mais estranhos já leiloados. Entre os objetos estavam a coleira do cachorro (US$ 11.590) e um palito de dente (ok, era um palito de dente de ouro, mas ainda assim um palito de dente que não vale quase US$ 10 mil) de Charles Dickens, uma suposta mecha de cabelos de Jane Austen (isso mesmo, suposta, mas que ainda assim foi vendida por £ 4.800) e “a ilha de Virginia Woolf“. Bom, nesse caso a ilha não era realmente da Virginia, mas acredita-se que foi ela que inspirou o clássico Rumo ao farol. O comprador provavelmente compartilha dessa teoria, já que desembolsou £ 80.000 pela propriedade, £ 30.000 a mais do que foi pedido.

Quem é Dorian Gray?

Paula Taitelbaum

Dorian Gray é Narciso, Dionísio e Drácula.
O ego, o amor cego, o apego à imagem.
Dorian Gray é gótico, plástico, estético.
É o olhar da medusa: irônico, platônico.
Dorian Gray é botox, lifting, laser.
Um eterno retrato do mundo.
Dorian Gray é um espelhado lago profundo.
Dorian Cinza, Dorian Fênix, Dorian Gay.
É, de Oscar Wilde, o que há de mais genial.
Para sempre, imortal.

O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, foi reeditado recentemente pela L&PM.

David Coimbra visita a editora

 

Mal a Copa acabou e David Coimbra, que esteve na África do Sul como enviado do jornal Zero Hora, já apareceu na editora para fazer uma visita. Infelizmente foi só uma visita mesmo, sem distribuição de presentes ou lembrancinhas africanas. 

David conversa com o editor Ivan Pinheiro Machado / Foto: Cristine Kist

Está previsto para setembro o lançamento do próximo livro de David, Jô na estrada, uma compilação de três folhetins publicados no blog do jornalista. A autoria do livro será dividida com o ilustrador Gilmar Fraga, que contará partes da história da protagonista em forma de quadrinhos.

A guerra dançada

No futebol, sublimação ritual da guerra, onze homens de calção acabam sendo a espada vingadora do bairro, da cidade ou da nação. Estes guerreiros sem armas nem couraças exorcizam os demônios da multidão e confirmam sua fé: em cada confronto entre duas equipes, entram em combate velhos ódios e amores herdados de pai para filho. O estádio tem torres e estandartes, como um castelo, e um fosso fundo e largo ao redor do campo. No meio, uma raia branca assinala os territórios em disputa. Em cada extremo, aguardam os arcos, que serão bombardeados por boladas. Em frente aos arcos, a área se chama zona de perigo. No círculo central, os capitães trocam flâmulas e se cumprimentam como manda o ritual. Soa o apito do árbitro e a bola, outro vento assobiador, põe-se em movimento. A bola vai e vem e um jogador leva essa bola e passeia com ela até que alguém lhe dá uma trombada e ele vai escarranchado. A vítima não se levanta. Na imensidão da grama verde, jaz o jogador. E na imensidão das arquibancadas, vozes trovejam. A torcida inimiga ruge amavelmente:
– Morre!
– Que se muera!
– Devi morire!
– Tuez-le!
– Mach ihn nieder!
– Let him die!
– Kill kill kill!


Como a Copa termina neste final de semana, nossa série de posts com trechos de 
Futebol ao sol e à sombra, de Eduardo Galeano também encerra-se por aqui. Que vença o melhor. Ou não.
Leia os posts anteriores:
Cruyff
Gol de Zarra
Obdulio
Gol de Maradona
O gol
O árbitro
Gol de Nilton Santos
O pecado de perder

Cássia Kiss lê Doidas e Santas

Na última quarta-feira, a escritora Martha Medeiros se encontrou com a atriz Cássia Kiss no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília. Martha falou sobre sua carreira e a relação com o público e Cássia fez uma bela leitura de algumas crônicas de Doidas e Santas (assista no vídeo).

Em seu blog, Martha postou suas impressões do encontro: “Fui chamada ao palco e fiquei uma meia hora contando sobre como comecei minha carreira, os desvios e mudanças de rota desde a infância até chegar aqui, o que gosto de escrever, como costuma ser a reação dos leitores, enfim, um tricô regado a muito bom humor e informalismo. Eu me senti em casa, e acho que a plateia curtiu também.
E então chegou o grande momento: Cássia Kiss subiu ao palco para ler algumas crônicas do meu livro Doidas e Santas. Sempre considerei a Cassia uma atriz intensa, e imaginei que ela talvez desse uma certa dramaticidade ao texto, mas que nada, de cara ela foi tirando os sapatos que apertavam e deixou todo mundo super à vontade. Leu com muita graça e leveza, as pessoas riam demais, foi uma delícia.”
Para ler a íntegra do texto de Martha, clique aqui.

E se, como Robinson Crusoé, eu fosse parar numa ilha deserta?

Paula Taitelbaum

Entre lançamentos e reedições, todo dia chegam livros da coleção de bolso à minha mesa. Entre os que recebi essa semana estava As aventuras de Robinson Crusoé, de Daniel Defoe. A emocionante aventura do náufrago mais famoso da literatura fez com que eu recordasse outra história. Lembrei de uma questão que me foi apresentada há alguns anos pelo professor do Parque Lage, Charles Watson, em seu curso de Processo Criativo: “Se você fosse um escritor e, depois de um naufrágio, ficasse totalmente sozinho em uma ilha deserta; se tivesse total certeza de que jamais seria resgatado, que ninguém nunca, em hipótese alguma, fosse ler os seus escritos, você continuaria escrevendo?”. Meus colegas de curso, entusiasmados com suas próprias capacidades artísticas e com todas as possibilidades criativas que ali afloravam, responderam, em sua maioria, que sim, obviamente continuariam escrevendo, inclusive para matar o tempo, para registrar suas memórias, etc, etc. Eu não tive tanta certeza. Não cheguei a responder em voz alta, mas pensei que a possibilidade de escrever para ninguém ler era praticamente nula pra mim. No entanto, o grupo continuou cruzando suas palavras por um tempo, defendendo entusiasticamente que um escritor não precisa de leitores, discutindo a tese quase à exaustão, até o professor interromper. Se não me engano (já aviso que às vezes me engano), ele disse que essa questão foi levantada por Sartre em um ensaio ou artigo. E disse mais: que mesmo que os presentes ali duvidassem, era provado que ninguém escreveria numa ilha deserta se tivesse a certeza de que não haveria leitores para sua obra, nem mesmo leitores póstumos. As necessidades de sobrevivência numa ilha deserta seriam muito mais latentes e não haveria sentido em criar arte sem um receptor. Mas… – sempre existe um “mas” nessas horas – o professor expôs que existia, sim, uma possibilidade de continuar escrevendo. “Que possibilidade seria essa?” Perguntou mais uma vez o caro Watson. Dessa vez arrisquei:  “Talvez…” disse eu. “Talvez se eu pudesse me distanciar do texto de uma forma que eu não o percebesse como meu, se eu conseguisse me espantar com a leitura, me descolar da própria autoria, ser eu o meu leitor, então, quem sabe, eu continuasse escrevendo…”

O professor sorriu satisfeito.“Exatamente”, falou ele. “Essa seria a única maneira de continuar escrevendo”.

Faz tempo que fiz esse curso. Mas nunca esqueci a lição.

P.S.1: Eu realmente espero nunca ir parar em uma ilha deserta. Mas um dia, quem sabe, ainda consigo me distanciar de mim mesma…
P.S.2: Se você já leu Robinson Crusoé, sempre vale a pena ler de novo. Se não leu, nunca é tarde para se apaixonar por esse livro.

Novas caixas têm amor, quadrinhos, gastronomia e Maigret

Chegaram na editora essa semana os protótipos de quatro novas caixas especiais (veja todas as outras aqui). E como se tratam de protótipos, ou seja, de materiais que ainda não estão finalizados, vocês podem aproveitar outra caixa, a de comentários, para deixar sugestões, críticas e elogios. Principalmente elogios. Sejam legais.

– Humor em quadrinhos: exemplares de Rê Bordosa e Wood & Stock, do Angeli, Aline, do Adão Iturrusgarai, Piratas do Tietê, do Laerte e Geraldão, do Glauco.

– Amor: exemplares de Trilogia da Paixão, de Goethe, Cem sonetos de amor, de Pablo Neruda, Sonetos para amar o amor, de Camões e Primeiro amor, de Turguêniev.

– Gastronomia: receitas de Arroz, Carnes, Churrasco, Aves e ovos, Lata, Light, Macarrão, Molhos, Patisseria e Pescados.

– Todos os contos de Maigret: reúne os volumes 1 e 2 das coletâneas do inspetor de Simenon.

Além dessas, também está sendo preparada a Caixa Revolução Francesa, com os volumes 1 e 2 da obra de Max Gallo.