Snoopy e Charlie Brown interagem com crocodilo em novas camisas da Lacoste

Depois da joalheria de Hong Kong, chegou a vez da Lacoste comemorar os 60 anos de Charlie Brown e sua turma. As camisas das fotos serão lançadas pela grife francesa em outubro. É a primeira vez que a Lacoste convida outra empresa para incorporar o logo dela ao seu. Nas estampas, Charlie Brown, Snoopy, Woodstock e Linus aparecem interagindo com o tradicional crocodilo.

O chato e o sucesso da “Bienal de papel”

Ivan Pinheiro Machado

A Câmara Brasileira do Livro, que está sempre atenta às novas tendências, decidiu incluir no cardápio da Bienal de São Paulo um “Fórum Internacional do Livro Digital”. Na terça-feira passada, dia 10 de agosto, quando chegamos em São Paulo, fomos direto para o auditório do Anhembi ouvir o primeiro palestrante do “fórum”,  um tal Mike Shatzkin, cantado em prosa e verso como o grande especialista no assunto “livro digital” e dono de um blog, diz ele, de grande audiência na internet.

Em poucas palavras: Mike Shatzkin, em sua animada e ensaiada palestra, disse que tudo estava acabado, não haveria mais livros, não haveria mais livrarias, só livros digitais colocados diretos na rede e super segmentados. Ou seja, conclui-se da sua palestra que não haveria mais literatura , só livros técnicos, religiosos , de auto-ajuda. E falava, falava, esbravejava. Mike Shatzkin é consultor e provavelmente é muito bem-vindo pelas empresas de tecnologia que fazem um megalobby contra o livro tradicional, tentando vender seus suportes “kindle”, “iPad”, etc… Depois de 30 minutos de conferência, o auditório, que estava lotado, foi esvaziando aos poucos. É que Mike Shatzkin é um fundamentalista e, como todo o fundamentalista, não trabalha com opiniões divergentes, com o contraditório. Enfim, Mike Shatzkin é um chato.

E para comprovar que existe o contraditório, a própria Bienal encarregou-se de minimizar o catastrofismo do conferencista. O primeiro final de semana foi impressionante.

A L&PM existe há 36 anos e participou de todas as Bienais, tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro.  No fim de semana passado  foram batidos todos os recordes de venda em nosso estande, considerando todas as participações da editora em bienais. 

Claro que haverá um grande crescimento do livro digital, provavelmente alcançando consumidores que jamais leriam um livro impresso (e isto é muito bom). Mas, na minha opinião, é um erro opor um ao outro , como faz Mr. Shatzkin. Haverá espaço para os dois durante muitos e muitos anos.

Affonso Romano de Sant’Anna participa de mesa que homenageia Clarice

O Salão de Ideias, que nessa edição relembra a obra de Clarice Lispector, foi tomado pelos fãs da escritora nesse domingo. A mesa formada por Teresa Montero, José Castello e Affonso Romano de Sant’Anna comandou aquele que foi provavelmente o evento com maior participação do público até agora.
Affonso, mais do que um admirador de Clarice, era amigo da autora de A hora da estrela e contou algumas histórias interessantes. A mais engraçada tratava de um jantar organizado por ele em homenagem à escritora, e do qual ela pediu para sair 15 minutos depois de chegar.

Crianças tomam conta de espaço dedicado à Turma da Mônica

Lembra que comentamos ontem que qualquer evento que envolvesse Mauricio de Sousa era garantia de sucesso na Bienal? Pois esquecemos de mencionar um detalhe: também os eventos relacionados aos seus personagens são superconcorridos. O maior exemplo foi a enorme fila que se formou na entrada do espaço “Fábulas com a Turma da Mônica”, onde estavam instalados um parquinho e um teatro de bonecos.

Sábado de recordes no estande da L&PM

A abertura da Bienal para o público aconteceu oficialmente na sexta-feira, mas foi no sábado que os corredores e estandes ficaram realmente lotados pela primeira vez em 2010. Os vendedores do espaço da L&PM tiveram muito trabalho: foi o recorde de vendas da editora em todas as edições do evento. Pelo menos até agora.

Evento com Mauricio de Sousa é garantia de sucesso

Se atrasar para qualquer evento que envolva Mauricio de Sousa na Bienal não é uma boa ideia. Muita gente deu de cara com portas fechadas e plaquinhas de “lotado” hoje à tarde. Quem chegou na hora assistiu a uma conversa descontraída (não se pode chamar de debate) entre Mauricio e Rubem Alves no Salão de Ideias. Os dois foram parceiros nos projetos Pinóquio às avessas e A menina e o pássaro encantado.

Mauricio, Rubem e o mediador, Heitor Ferraz, falaram para uma plateia lotada / Foto: Tássia Kastner

Enquanto isso, em outro ponto do Anhembi, uma fila enorme já esperava pelo autógrafo do criador da Turma da Mônica.

Jornalismo é tema de mesa em dia agitado na Bienal

Foi difícil para o público decidir o que fazer na tarde desse sábado na Bienal de São Paulo. Uma das mesas mais esperadas de toda a programação reuniu no Território Livre os jornalistas Caco Barcellos, Alberto Dines, Lílian Romão e Armando Antenor para debater a profissão.

Profissionais discutiram a profissão com plateia repleta de estudantes / Foto: Tássia Kastner

Profissionais discutiram a profissão com plateia cheia de estudantes / Foto: Tássia Kastner

E no final ainda sobrou espaço até para, vejam só, literatura. Caco citou Nietzsche e Schopenhauer como dois de seus autores preferidos, e Dines relembrou uma adaptação de Hamlet para o cinema feita em 1948 por Laurence Olivier. E é com um trecho dessa adaptação que encerramos o post:

Regina Duarte interpreta A negrinha

Regina no Palco / Foto: Tássia Kastner

Quando chegou ao Palco Literário, Regina Duarte provocou no público que lotava o espaço apenas uma reação: tirar muitas fotos . Eram fãs que esperavam a atriz para uma leitura e um bate-papo. E ela não deixou por menos: foi simpática e sustentou o sorriso bem conhecido por meio de suas personagens.

Regina leu o conto A Negrinha, de Monteiro Lobato. Com o microfone em uma mão, mas tentando deixar o texto apoiado na mesa – “Sou uma atriz meio italiana, não consigo interpretar se não tiver ao menos uma das mãos livres para mexer”  – a atriz interpretou o texto com competência por cerca de meia hora.

Nas perguntas, teve que responder sobre seu trabalho na TV e nos palcos. Com talento, trouxe a literatura para a discussão e questionou o acesso das crianças a informações que elas ainda não tem maturidade para absorver. Mas no fim confessou que ela mesma subervetera essas instruções quando mais nova, e  que ficou de castigo quando o pai soube que ela havia lido O príncipe, de Maquiavel.

Zé do Caixão é primeira atração do Salão de Ideias

Até parecia piada, como disse um colega jornalista da Folha, mas não era: pouco antes do início da palestra de Zé do Caixão, às 13h de uma sexta-feira 13, a Bienal ficou às escuras pela segunda vez no mesmo dia – a primeira havia sido pouco mais de meia hora antes. 

Plateia espera no escuro início da palestra de Zé do Caixão / Foto: Cristine Kist

Nada que desanimasse a plateia que lotou o Salão de Ideias para ouvir as histórias de um dos personagens mais tradicionais do Brasil. 

Zé do Caixão fala para uma plateia lotada / Foto: Cristine Kist

A próxima mesa do Salão, prevista para às 15h, continua num clima terror:  André Vianco, Martha Argel e Giulia Moon discutem o vampirismo na ficção brasileira. Já a palestra de Dacre Stoker, sobre a qual falamos aqui, foi cancelada. O sobrinho-bisneto do autor de Drácula não pôde viajar por motivos pessoais. A organização está tentando remarcar.