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A turma do Snoopy vai ao cinema!

Agora é oficial: as tirinhas do Snoopy, de Charles Schulz, vão virar filme 3D! O anúncio foi feito pela Fox e o lançamento do longa, com direção de Steve Martino (o mesmo de “A Era do Gelo 4″), está previsto para novembro de 2015. Foram mais de dois anos de negociação entre o estúdio e a família Schulz, que, felizmente, chegaram a um acordo na semana passada.

O filme ainda não tem título, mas chega para celebrar o aniversário de 65 anos da primeira tirinha da turma do Snoopy e os 50 anos da lendária série de TV, ”A Charlie Brown Christmas”.

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Um papo sobre Eduardo Galeano no Festival de Inverno de Porto Alegre

A programação de literatura do Festival de Inverno de Porto Alegre recebe nesta terça-feira, dia 23 de julho, o escritor e tradutor Eric Nepomuceno para uma conversa sobre Eduardo Galeano e Gabriel García Márquez. Nepomuceno é o tradutor dos livros de Eduardo Galeano publicados pela L&PM, entre eles Os filhos dos dias, O livro dos abraços e Mulheres.

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Eric Nepomuceno e Eduardo Galeano

O encontro “Sangue Latino” desta terça, dia 23 de julho, acontece na Sala Álvaro Moreyra do Centro Municipal de Cultura (Av. Érico Veríssimo, 307) a partir das 19h30. O ingresso custa R$5.

Cinco curiosidades sobre Júlio Cortázar

julio-cortazar1. Cortázar começou a escrever aos oito anos de idade, “com uma novela que está guardada com cuidado (por minha mãe), apesar de minhas tentativas desesperadas de queimá-la”. Certa vez, um parente descobriu alguns de seus poemas e disse à sua mãe que “obviamente, esses poemas não eram dele”, o que causou uma grande tristeza no garoto.

2. Ele era fã de boxe e jazz e isso aparece em muitas de suas histórias, como “O perseguidor” e “Fim de jogo”. No caso do esporte, a relação extrapola a arte: houve uma época em que ele trabalhou como comentarista de boxe numa rádio, mas foi demitido porque ficava tão animado durante as transmissões a ponto de não ser compreendido pelos ouvintes! Mas voltando à literatura, os termos do boxe foram usados por Cortázar para explicar o que fazia: “a novela se ganha por contagem de pontos, já o conto, por nocaute”.

3. Não gostava de literatura “cabeluda” (como se referia à literatura erótica). Ele considerava “sujos” os seus contos “Tu más profunda piel” e “La señorita Cora” e sobre eles disse: “em toda a minha obra não fui capaz de escrever uma só vez a palavra buceta, que pelo menos em duas ocasiões me fez mais falta do que cigarros”.

4. Julio nunca parou de crescer – literalmente. Sofria de acromegalia, doença semelhante ao gigantismo, mas que se manifesta na idade adulta. Aos 60 anos, Cortázar continuava crescendo, tinha pés e mãos disformes. Ao morrer, com 70 anos, media 2,14m. Além disso, envelhecia lentamente, sempre aparentando ser mais jovem. O amigo Carlos Fuentes contava que, certa vez, quando foi visitá-lo, quem abriu a porta foi um rapaz que aparentava ter 20 e poucos anos. Ele pediu ao garoto que chamasse seu pai, mas era o próprio Cortázar (já com 50 anos de idade!) quem o recebia.

5. Devido aos lugares onde viveu nos primeiros anos de vida, Julio não conseguia pronunciar o “r” do castelhano e então falava tudo com “r” mais gutural, como os franceses.

Em breve, Nelson Mandela na L&PM

No dia 18 de julho de 1918 nascia Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado o mais importante líder da África Negra e ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993. Para celebrar a data, compartilhamos a seguir, em primeira mão, um trecho do livro Nelson Mandela, de Elleke Boehmer, com tradução de Denise Bottmann, que a L&PM vai lançar este ano.

mandela1“Na cultura de celebridades que marca o novo milênio, centrada no indivíduo como criador do próprio destino, é frequente considerar que Mandela foi não só o senhor de seu destino pessoal (como diz seu poema favorito), mas também o principal arquiteto da nova África do Sul. Considera-se inegável que ele travou uma luta unilateral pelos direitos dos negros e que, em seu caso, justifica-se a teoria de que os grandes homens fazem a história. No entanto, como ele mesmo frequentemente lembra a todos, a luta de libertação da África do Sul foi efetivamente travada e saiu vitoriosa enquanto ele definhava na prisão. Mandela ressaltou: “Sou apenas um entre um grande exército do povo”.

Seu carisma pessoal é indiscutível. Todos os que o conhecem comentam o fascínio e a magia que dele irradia: uma soma de fama, estatura e boa aparência; uma memória enciclopédica para fisionomias; e mais alguma coisa indefinível, o atraente je ne sais quoi mandeliano. Um elemento central de sua personalidade, como escreve a romancista e sua admiradora Nadine Gordimer, é “um desprendimento do egocentrismo, a capacidade de viver para os outros”. Sua boa liderança e carisma foram fontes de inspiração importantes para a construção da África do Sul após 1994. Mandela é, certamente, um dos maiores símbolos de luta e persistência que jamais se viu, e fez de seu obstinado senso de justiça um exemplo para o mundo.”

Quatro mestres da ilustração em uma oficina sobre Dom Quixote

Uma oficina muito legal vai acontecer durante o 8º Festival de Inverno de Porto Alegre, promovido pela Coordenação do Livro e Literatura. Dom Quixote em quatro traços irá reunir desenho e literatura. A ideia é trabalhar uma cena, uma personagem ou o livro Dom Quixote La Mancha, de Miguel de Cervantes. Para ministrar essa atividade, foram convidados quatro desenhistas gaúchos, todos eles autores ou ilustradores aqui da casa: Santiago, Edgar Vasques, Gilmar Fraga e Iotti. Cada dia, entre 22 e 25 de julho, um deles irá demonstrar sua técnica e sua interpretação. 

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DOM QUIXOTE EM QUATRO TRAÇOS
22/jul: Santiago
23/jul: Edgar Vasques
24/jul: Gilmar Fraga
25/jul: Iotti
Sempre das 9h às 11h
Atelier Livre – Sala de Desenho 1
R$ 20,00

INSCRIÇÕES
Coordenação do Livro e Literatura:
Av. Erico Verissimo, 307 – subsolo da Biblioteca Municipal Josué Guimarães.
De segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h.
Mais informações pelos fones: 3289.8071/3289.8072

Há 77 anos, começava a Guerra Civil Espanhola

A Guerra Civil Espanhola começou com um golpe militar em 17 de julho de 1936. Mas quando as tropas lideradas pelo general Francisco Franco rebelaram-se contra o governo republicano, o impacto foi muito além de um choque entre diferentes ideologias. O conflito resultante influenciou o curso da política, da sociedade e da cultura, dentro e fora da Espanha. A ascensão do fotojornalismo na década de 30 permitiu que a guerra fosse a primeira a ser documentada através de imagens. Porém, mesmo com estes registros, várias questões sobre o conflito permanecem controversas. Em Guerra Civil Espanhola, o mais novo título da Série Encyclopaedia, a professora de História Espanhola na Universidade de Londres, Helen Graham, esclarece suas causas e consequências, examinando as cicatrizes que a guerra deixou na vida de centenas de pessoas e na história de toda a Europa.

A Guernica, de Picasso, é a imagem mais marcante da Guerra Civil Espanhola

A Guernica, de Picasso, é a imagem mais marcante da Guerra Civil Espanhola (clique para ampliar)

As mulheres tiveram intensa participação na Guerra Civil Espanhola

As mulheres tiveram intensa participação na Guerra Civil Espanhola

Foto de Robert Capa de 1939 mostra republicanos exilados marcha

Foto de Robert Capa de 1939 mostra republicanos exilados em marcha

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O golpe militar contra a República começou no dia 17 de julho de 1936 entre oficiais do exército colonial sediado no Marrocos, no Norte da África. Um dia depois, a rebelião espalhou-se para a Espanha continental na forma de sublevações de tropas das províncias. O golpe foi ao mesmo tempo um fracasso e um sucesso; fracassou na tentativa de tomar o país inteiro de maneira repentina e certeira, o que, aliás, era a intenção inicial dos rebeldes, mas foi bem-sucedido na paralisação do regime republicano e, fundamentalmente, privou-o dos meios para organizar uma resistência rápida e eficaz. A rebelião destroçou a estrutura de comando do exército, deixando o governo de Madri sem tropas e sem saber em quais oficiais podia confiar. O colapso simultâneo da polícia completou o quadro de graves problemas, criando um vácuo de autoridade na maioria das áreas republicanas que não teve paralelo na zona rebelde, onde os militares assumiram o controle desde o princípio. (Trecho de Guerra Civil Espanhola, de Helen Graham)

Novo livro de Martha Medeiros chega às livrarias nas próximas semanas

A graça da coisa” é o novo livro de crônicas de Martha Medeiros que está quase chegando às livrarias. A previsão era a de que ele estivesse disponível para compra a partir de 18 de julho, mas um pequeno atraso na gráfica fará com que o lançamento ocorra a partir do dia 23 de julho.

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O Jornal Zero Hora de quarta-feira, 17 de julho, publicou uma matéria em que Martha – diretamente de Londres – falou um pouco sobre “A graça da coisa“. Leia abaixo:

Por uma vida menos rabugenta

Luiza Piffero – Segundo Caderno do Jornal Zero Hora – Pg. 3

Como uma consulta ao psiquiatra que dá certo, os textos de Martha Medeiros partem das neuroses do dia a dia e desembocam num convite para encará-las com mais leveza. Para sentar no divã com a autora, basta abrir A Graça da Coisa, livro que reúne 80 crônicas publicadas em Zero Hora e no jornal O Globo, entre maio de 2011 e junho de 2013, com lançamento nacional amanhã.

– É um convite a enxergar a vida sem tanta rabugice. Por trás de tudo, mesmo das coisas mais sérias, há algo que desperta nosso humor – diz a cronista.

A Graça da Coisa pede que o leitor se deixe conduzir por dúvidas que nem sempre querem ser respondidas, assim como insights sobre as relações humanas, comentários sobre filmes ou anedotas cômicas.

– Escrevo para compreender o que penso sobre determinado assunto, é algo pessoal que reparto com os leitores, uma terapia em grupo – explica a cronista, em entrevista de Londres, onde realiza uma imersão na língua inglesa com retorno marcado para agosto.

Do seu consultório particular, Martha emerge com a convicção de que a saída é encontrar a “graça” da coisa, sendo que essa coisa desforme é a própria vida. Sua maior satisfação é quando o leitor entra mesmo na sessão:

– Me toca muito quando me dizem que, de certa forma, participei de algum momento delicado de suas vidas… Fico impressionada como o colunista pode, à distância, interagir com a vida íntima de quem não conhece.

Do jornal ao livro, as crônicas sofreram poucas modificações. A transição é importante, diz a autora, para garantir maior vida útil ao pensamento da crônica, além de confirmar a autoria do texto, pois há versões adulteradas de seu trabalho circulando pela web. Em A Graça da Coisa, estão reunidos os escritos mais atemporais e também os preferidos pela autora – a sessão de autógrafos deve ocorrer na Feira do Livro. Por enquanto, Martha segue frequentando a The London School of English. Embora não tenha a intenção de começar a escrever em inglês, ela revela que os estudos foram impulsionados por um convite para integrar informalmente a equipe da The School of Life, iniciativa do filósofo Alain de Botton que está se estabelecendo no Brasil.

 

Jane Austen é um santo remédio

Logo após a I Guerra Mundial, a leitura de Jane Austen foi prescrita para os soldados ingleses em estado de choque. O assunto entrou em pauta quando a médica britânica Paula Byrne, autora do livro The Real Jane Austen: A Life in Small Things, disse em entrevista ao jornal inglês The Telegraph que as palavras de Austen foram capazes de dar uma segurança aos veteranos de guerra, oferecendo a eles um “grande conforto” em um “mundo louco”.

Provavelmente você não é um veterano de guerra, mas se também estiver precisando de conforto para as loucuras da vida, os médicos recomendam: leia Jane Austen.

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De Jane Austen, a L&PM Editores publica Orgulho e preconceito, Persuasão, Mansfield Park, Razão e sentimento e A abadia de Northanger.