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Selos para comemorar os 200 anos do lançamento de “Orgulho e Preconceito”

Publicado pela primeira vez em 28 de janeiro de 1813, o livro Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, está prestes a completar 200 anos. Para comemorar, o Correio Real Britânico (Royal Mail) vai lançar, no dia 21 de fevereiro de 2013, selos para comemorar este bicentenário. Os outros livros da escritora também entraram na festa e vão estampar os selos, criados pela Webb and Webb com ilustrações de Angela Barrett.

A Coleção L&PM Pocket já publica Orgulho e Preconceito, Razão e Sentimento, A abadia de Northanger e Persuasão. Para completar os títulos de Jane Austen, este ano, chegarão Mansfield Park e Emma.

A história da “História de O”

Por Paula Taitelbaum*

Meu primeiro contato com “História de O” foi a adaptação para quadrinhos feita pelo genial Guido Crepax. Comprei a graphic novel nos anos 90, numa época em que as HQ de luxo viraram febre e que me transformei em uma fiel colecionadora do gênero.

Em “História de O” desenhada por Crepax – assim como no livro original de Pauline Réage – a personagem título, chamada simplesmente de “O”, é levada a um castelo por seu amante René. Lá, ela é submetida a uma série de práticas de dominação, incluindo as mais criativas e bizarras fantasias de seu “senhor”. A partir daí, O descobre que prazer e submissão são dois lados da mesma moeda e que carrasco e vítima não passam de cúmplices em um pacto sinistro que pode trazer prazer a todos. E isso, cá entre nós, muito antes de “50 Tons de Cinza” aparecer por aí.

A chegada no "Chateau d'O" para receber o treinamento

Anos depois de ter conhecido O e sua saga, graças aos desenhos de Crepax, assisti a um documentário incrível que contava a verdadeira história da “História de O”. Esse documentário – que agora não lembro o nome – mostra quem foi Pauline Réage, a autora do livro escrito em 1954. Durante 50 anos, ninguém soube quem era Pauline Réage, pois o nome não passava de um pseudônimo.

Até que, em 1994, uma jornalista foi em busca da verdadeira identidade da escritora e finalmente chegou a uma comportada senhora francesa de 89 anos: Anne Desclos. Anne havia trabalhado como escritora, tradutora, editora e jornalista e ficado famosa com outro pseudônimo, Dominique Aury, nome que ela usava para assinar suas críticas literárias. Como Dominique, Anne tornou-se respeitada, foi premiada e apresentou aos franceses importantes autores como Virginia Woolf e F. Scott Fitzgerald. 

Na década de 1930, Anne conheceu o escritor francês Jean Paulhan, membro da Academia Francesa e diretor da revista literária Nouvelle Revue Française (que mais tarde se tornou a prestigiosa Gallimard). Ele era casado, mas os dois tornaram-se amantes. Em 1946, Paulhan convidou Anne para ocupar o cargo de editora da Gallimard e, durante a guerra, ela participou do movimento de resistência e publicou uma antologia de poesia erótica francesa.

No documentário, Anne conta que era totalmente apaixonada por Jean Paulhan e que, apesar da relação entre os dois ter durado décadas, eles nunca conseguiram dormir juntos. Em 1954, em mais uma madrugada que passava sozinha, Anne resolveu criar uma história para o amante. Sabendo que Paulhan adorava as novelas do Marquês de Sade, ela passou a noite inteira acordada escrevendo sem parar. Na manhã seguinte, “História de O” estava concluida. Ao receber o presente, naquela mesma manhã, Paulhan não acreditou no que leu e disse a Anne que jamais imaginou que uma mulher seria capaz de escrever uma história como aquela.

Jean Paulhan editou o livro e escreveu o prefácio de “História de O”. E jamais revelou a identidade verdadeira de Pauline Réage, pseudônimo que os dois escolheram juntos. O livro tornou-se um dos romances eróticos franceses mais lidos e polêmicos do século XX (inclusive proibido durante um tempo) e a tradução inglesa vendeu mais de três milhões de exemplares.

Após a morte de Paulhan, Anne seguiu guardando seu segredo e nem mesmo sua família sabia que ela era Pauline.

Fiquei tão fascinada por essa história que passei a colecionar todos os volumes em todas as línguas que encontrei de “História de O”. Tendo, claro, o quadrinho de Guido Crepax como destaque dessa coleção, já que ele foi o meu primeiro e é totalmente fiel à história original. Sem contar que os desenhos dão um toque ainda mais erótico à obra.

Para os que nunca leram, uma boa notícia: a L&PM irá relançar a graphic novel em março de 2013. E como a capa provalvemente será diferente da lançada nos anos 80/90, vem aí mais um volume para aumentar a minha coleção. Eba!

O primeiro "História de O" da minha coleção. Um grande quadrinho, um grande livro!

* Toda semana, a Série “Relembrando um grande livro” traz um texto assinado em que grandes livros são (re)lembrados. Livros imperdíveis e inesquecíveis.

SÉRIE OURO da L&PM Editores: uma grande coleção para todos os leitores

A “Série Ouro” é uma grande coleção de livros em formato 23 x 16 cm, papel pólen e acabamento especial de luxo, cujos volumes têm entre 600 e 1.000 páginas. O objetivo desta série é reunir várias obras de grandes autores com amplo material de referência, como texto biográfico, bibliografia do autor e comentários críticos e históricos dos textos publicados.

Com esta coleção, a L&PM Editores disponibiliza para o público leitor as principais obras de grandes autores clássicos, modernos e também grandes autores de quadrinhos, através de edições cuidadosamente planejadas, totalmente referenciadas e com traduções de reconhecida excelência, no caso de autores estrangeiros.

Já foram lançados os seguintes livros:

WILLIAM SHAKESPEARE – OBRAS ESCOLHIDAS – “Hamlet”, “Macbeth”, “Romeu e Julieta”, “Otelo”, “A megera domada” e outros textos num total de 12 comédias, tragédias e dramas históricos. As traduções são de Millôr Fernandes e Beatriz Viégas-Faria.

LIVRO DOS POEMAS – Mais de 400 poemas de autores brasileiros e portugueses do século XIV ao século XX, organizados de forma temática pelo escritor Sergio Faraco.

MACHADO DE ASSIS – “Memórias póstumas de Brás Cubas”, Quincas Borba” e “Dom Casmurro”. Os três principais romances de Machado em edição inteiramente revista e anotada, partindo dos textos estabelecidos pela edição crítica do Instituto do Livro, estabelecida pela comissão Machado de Assis. Inclui resumo biográfico, cronologia, ensaios críticos, mapas e panorama cultural do Rio de Janeiro na época do autor.

CLÁSSICOS DO HORROR – Os mais célebres romances do gênero: “Drácula”, de Bram Stoker, “Frankenstein”, de Mary Shelley, “O médico e monstro”, de Robert Louis Stevenson.

GARFIELD – de Jim Davis. “2.582 tiras”. 624 páginas de pura diversão com um texto crítico de Hiron Goidanich (Goida), especialista em quadrinhos e fã de gatos.

PRÓXIMOS LANÇAMENTOS:

FREUD – “A interpretação dos sonhos”. Edição integral e anotada. Pela primeira vez no Brasil em tradução direta do alemão, traz notas e comentários que Freud adicionou ao longo de sua vida. A edição é coordenada por renomados psicanalistas e professores.

FREUD – “Textos sociais” – “Totem e tabu”, “Psicologia das massa e análise do eu”, “O futuro de um ilusão”, “ O mal-estar na cultura” e “O homem Moisés e a religião monoteísta”.

BALZAC – “O Pai Goriot”, “Ilusões perdidas” e “Esplendores e misérias das cortesãs”. Excelentes e modernas traduções. Edição inédita que apresenta em sequência os três romances que Balzac considerava um livro só.

MOACYR SCLIAR“O Exército de um homem só”, “A guerra no Bom Fim”, “Os deuses de Raquel”, “O ciclo das águas”, “A festa no castelo”, “Max e os felinos” e “Os Voluntários”.  Todos os romances são precedidos de ensaio crítico de Regina Zilbermann e de introdução biobibliográfica.

FERNANDO PESSOA“Cancioneiro”, “Mensagem”, Odes de Ricardo Reis”, “Poemas de Alberto Caieiro”, “Poemas de Álvaro de Campos”, “Quadras ao gosto popular”, “Poemas dramáticos”. Introduções, organização e notas de Jane Tutikian.

SHERLOCK HOLMES (CONAN DOYLE) “O vale do terror”, “O cão dos Baskerville”, “Um estudo em vermelho”, “O signo dos quatro”, “Memórias de Sherlock Holmes” e “O último adeus”. Todos os romances e os principais contos protagonizados pelo célebre Sherlock Holmes.

A primeira vez de Dom Quixote

A primeira edição de Dom Quixote, datada de 1605

Foi em 16 de janeiro de 1605 que os espanhóis puderam ler, pela primeira vez, a primeira parte das aventuras de El Ingenioso Hidalgo Don Quixote de La Mancha. Lançado inicialmente em Madrid, o grande romance de Miguel de Cervantes somaria 126 capítulos, divididos em duas partes – sendo que a segunda só seria lançada dez anos depois, em 1615.

Dom Quixote é considerado o primeiro romance moderno da história. Em 2002, o livro foi eleito a melhor obra de ficção de todos os tempos pelo Clube do Livro da Noruega em uma pesquisa realizada com 100 renomados escritores de 54 países.

Terceiro livro mais traduzido no mundo, Dom Quixote só perde para a Bíblia e as obras completas de Lênin. Há, inclusive, versões em javanês e tibetano.

Muitos foram os pintores que retrataram Dom Quixote e seu fiel Sancho Pança, incluindo Picasso e Dalí. A partir de 1956, o pintor brasileiro Cândido Portinari começou a produziu uma série de desenhos em lápis de cor inspirada nos personagens de Cervantes.

Dom Quixote por Cândido Portinari

Dom Quixote surrealista por Salvador Dalí

O inconfundível Dom Quixote de Picasso

A Coleção L&PM Pocket publica Dom Quixote em dois volumes com tradução de Viscondes de Castilho e Azevedo. E também na Coleção Clássicos da Literatura em Quadrinhos.

Do primeiro encontro com Claudia Tajes à peça “Dez (quase) amores”

Por Paula Taitelbaum* 

Lembro da primeira vez que a Claudia Tajes veio falar comigo. O ano era 2000 e o mês era agosto. Eu já conhecia ela de nome e de vista, mas nunca tínhamos nos falado até aquele momento. O cenário era esse: Bar Ocidente lotado, música muito alta, luz difusa e um certo nível de álcool no sangue. Foi quando uma bela mulher de cabelos ondulantes aproximou-se de mim e falou que adorava os meus poemas. Acho que eu não contei isso pra Claudinha até hoje, mas levei uns bons minutos pra reconhecer que aquela era ela. Claudia me disse que ía lançar um livro também pela L&PM que, nessa época, já era a minha editora. Não lembro o que mais conversamos, mas tenho certeza de que ela me fez rir  (ela sempre me faz rir) e, quando chegou outubro, fui direto pra fila de lançamento do Dez (quase) amores na Feira do Livro de Porto Alegre. Eu e a minha barriga, pois nessa festa que nos falamos pela primeira vez eu já estava grávida e nem sabia. 

Na Feira, comprei o livro e ganhei um autógrafo adorável. Naquele mesmo dia, comecei a ler e não parei mais até terminar. E pensei “Nossa, essa Claudia Tajes é o máximo”. Dez (quase) amores traz dez histórias de amor que começam no colégio e vão seguindo uma ordem cronológica. Dez encontros que viraram desencontros. Dez desventuras em série que nos fazem rir pra não chorar. 

A partir daí, ficamos muito amigas e a Claudia lançou vários outros livros. Li todos eles. Mas continuei tendo Dez (quase) amores como o meu preferido. Talvez porque ele tenha sido o ponto de partida do meu primeiro encontro com a Claudia escritora. Talvez porque foi esse livro que nos aproximou. 

E agora, mais de uma década depois, eis que virei uma das atrizes da peça baseada em Dez (quase) amores. Meu papel é o de Gláucia, a melhor amiga da personagem principal. A adaptação para o teatro, dirigida por Bob Bahlis, estreou nos palcos em 2008 e Gláucia era interpretada por Claudia Meneghetti, atriz que faleceu no ano passado. Antes do Natal, Bob me ligou perguntando se eu aceitaria fazer a Gláucia em três apresentações especiais dentro da programação do Porto Verão Alegre. Aceitei, claro. Como não iria aceitar? 

*Paula Taitelbaum é escritora, coordenadora do Núcleo de Comunicação L&PM, atriz e amiga de Claudia Tajes. 

Eu e Carla Gasperin em foto de divulgação da peça

SERVIÇO 

O que: Dez (Quase) Amores – direção de Bob Bahlis
Quando: de 15 a 17/01, às 21h.
Onde: Sala Álvaro Moreyra
End.: Avenida Érico Veríssimo, 302 – Menino Deus
Quanto: R$ 25,00 Inteira
R$ 20,00 Clube ZH
R$ 12,50 Maiores de 60 anos
* Estudante (venda somente no teatro, duas horas antes do espetáculo):
Ter a qui: R$ 12,50
Sex a dom: R$ 20,00 

Maiores informações no site: http://www.portoveraoalegre.com.br/portal/php/detalhes.php?idp=1

Clássicos da literatura na Série Mangás

A Coleção L&PM Pocket está preparando, para  2013, os novos volumes da Série Mangás. Dessa vez, os títulos são clássicos da literatura adaptados e desenhados para agradar os fãs do estilo japonês. O primeiro volume será Hamlet, de Shakespeare. A tradução já foi feita por Alexandre Boide e agora o livro está em fase de paginação, com os ballons estão sendo preenchidos com a história em português. A previsão de chegada deste primeiro volume é março.

Aqui você pode ver os originais da clássica história shakespeariana em japonês:

Além de Hamlet, virão A arte da guerra, de Sun Tzu; O grande Gatsby, A metamorfose, O contrato social, Assim falou Zaratustra, Manifesto do partido comunista, Em busca do tempo perdido, Os irmãos Karamazov e Ulisses.

Por que não publiquei Glauber

Por Ivan Pinheiro Machado*

No inverno de 1977, bem no começo da editora L&PM, recebemos uma correspondência que não trazia o nome do remetente. Eu tinha 24 anos e, editor principiante, havia mandado cartas pedindo livros para mais ou menos 20 intelectuais brasileiros “de peso”. Passados dois meses, ninguém havia respondido. O carteiro só trazia contas a pagar. Mas recebemos uma, aparentemente o primeiro retorno. Muito curioso, abri o envelope e fui direto à assinatura. Ilegível. Li o texto datilografado em duas páginas de papel A4 e, nas primeiras linhas, identifiquei um dos destinatários da nossa busca por livros novos.

A assinatura era de Glauber Rocha. Ele queria publicar a sua obra e mencionava “vários livros” e especialmente uma história do cinema.

Na carta de junho de 1977, Glauber escrevia: “minha ‘História do Cinema’ tem mil páginas [“¦], é um livro original porque eu revelo entrevistas inéditas com cineastas do mundo todo e conto a História do ponto de vista de um cineasta que viveu por dentro da cozinha. […] Conto a verdadeira história do Cinema Novo, 15 anos de política e cultura. Não existe bibliografia de cinema que preste no Brasil”. E encerrava assim: “Não quero enviar originais pelo Correio. Mandem alguém ou venham aqui”. Através de amigos no Rio consegui o telefone dele. Liguei, ele mesmo atendeu e combinamos uma reunião dois dias depois no Rio.

Saí de Porto Alegre com chuva e frio e cheguei ao Rio sob um sol feérico que brilhava num céu sem nuvens. Deixei minha pequena bagagem no hotel e fui direto ao edifício na Lagoa. Ao sair do elevador, senti um cheiro forte de maconha. Segui o rastro que estava no ar e cheguei ao apê 201, emprestado por um amigo psiquiatra a Glauber Rocha e a sua namorada, uma deslumbrante loura colombiana.

Ao entrar no apartamento com vista para a lagoa Rodrigo de Freitas, Glauber ofereceu-me uma poltrona, uma cerveja e começou um longo, brilhante e exaltado monólogo sobre sua obra como escritor e sobre o potencial cinematográfico que a história do Rio Grande do Sul possuía. Ele sugeria uma filmagem da Guerra dos Farrapos com Marlon Brando no papel do líder da revolução, Bento Gonçalves. “Eu ligo pra ele e faço o convite. Ele me conhece. Vou propor uma participação na bilheteria.” E sugeria ainda que Sônia Braga fosse Anita Garibaldi. “Ela nasceu para ser a Anita”, disse. Por fim, mostrou-me dois calhamaços datilografados com cerca de 500 páginas cada um.

O primeiro era uma coletânea de “ensaios e observações filosóficas”, e o segundo era um “romance épico” que se chamaria “Django”, baseado na vida de João Goulart, o Jango. “Depois eu mostro a História do Cinema.” Eu observava perplexo aquela explosão verborrágica. Ele tinha uma fluência impressionante. Falava sobre o momento de abrandamento da ditadura, da genialidade de Golbery do Couto e Silva, o chefe do Gabinete Civil, que seria o “grande artífice do desmonte do regime”, era “o gênio da raça”, expressão que ele repetia sempre quando se referia ao Golbery e que acabou ficando célebre.

Depois de quatro horas ouvindo discursos, fui embora. Combinamos que eu retornaria no outro dia. Foi o que fiz. Lá chegando, tudo aconteceu como no dia anterior; mais uma sessão de discursos brilhantes. Ele falava, falava e, de tempos em tempos, fazia uma longa pausa arfando, exausto. Descansava um pouco e voltava a falar, falar.

A conversa (monólogo) acabou no começo da noite porque sua mulher lembrou que os dois tinham uma exibição especial de “Dona Flor e seus Dois Maridos”, o filme de Bruno Barreto. Combinei de voltar no dia seguinte para acertar os detalhes do contrato e pegar os originais dos livros. Foi o que fiz.

Cheguei às 15h e toquei a campainha. A loura atendeu a porta e, sem me convidar para entrar, disse constrangida: “o Glauber não pode atender, mas manda dizer que desistiu de publicar os seus livros”. E encerrou o assunto, fechando a porta na minha cara.

Fiquei ali parado por uns dois minutos tentando absorver aquele desfecho surreal. À noite voltei para Porto Alegre. Sem livro nenhum, mas pelo menos com esta curiosa história para contar.

Para ler toda a carta clique aqui

* Ivan Pinheiro Machado é editor da L&PM. Este texto foi publicado originalmente na coluna “Arquivo Aberto” do Caderno Ilustríssima da Folha de S. Paulo em 13 de janeiro de 2012.